Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1280

Coreia do Norte não exibe jogos de países inimigos


Leia abaixo a seleção de segunda-feira (14/6) com artigos sobre a Copa do Mundo.


 


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Folha de S. Paulo


 


DIPLOMACIA


TV norte-coreana mostra jogos, mas não os de países inimigos


‘A emissora de televisão estatal norte-coreana transmitiu ao vivo três partidas da Copa do Mundo e trechos da cerimônia de abertura.


Segundo a agência de notícias Associated Press, as partidas de ‘inimigos da Coreia do Norte’ (os vizinhos do Sul e os EUA) não foram ao ar.


Por isso, os norte-coreanos não puderam assistir a EUA 1 x 1 Inglaterra nem a Coreia do Sul 2 x 0 Grécia, ambos anteontem. Os jogos transmitidos foram África do Sul x México, Uruguai x França e ainda Argentina x Nigéria.


Havia a chance de nenhum jogo ser exibido. A TV estatal não tem verba para comprar os direitos e depende de ajuda da Coreia do Sul.


Ontem, a seleção norte-coreana, primeira adversária dos brasileiros na Copa, fez um treino fechado em Johannesburgo.’


 


 


CORNETA


Fábio Zanini


Caça à vuvuzela


‘O objeto símbolo da Copa do Mundo da África do Sul pode ser banido dos estádios.


O diretor-executivo do comitê organizador do Mundial, Danny Jordaan, disse ontem que está examinando reclamações de jogadores e técnicos quanto ao barulho excessivo nas partidas.


‘Se houver razões para isso [banir as vuvuzelas], nós o faremos’, declarou, em entrevista à rede britânica BBC.


‘Nós estamos tentando criar alguma ordem’, afirmou Jordaan. ‘Pedimos que não houvesse vuvuzelas durante a execução de hinos ou anúncios nos estádios. É difícil, mas estamos tentando lidar com isso da melhor maneira possível’, declarou.


Homem forte do comitê organizador, Jordaan afirmou que emissoras de TV também reclamam do barulho.


Pessoalmente, ele diz que prefere músicas a cornetas. ‘Cantos sempre geraram uma atmosfera maravilhosa em estádios, e gostaria de encorajar as pessoas a cantar. Nos dias da luta contra o apartheid, nós cantávamos, e durante toda a nossa história foi nossa habilidade de cantar que inspirou e trouxe emoções’, declarou.


O barulho monótono e estridente das cornetas foi responsabilizado pelo capitão da França, Patrice Evra, pelo fraco desempenho de sua seleção na estreia contra Uruguai. ‘Não conseguimos dormir à noite por causa das vuvuzelas. As pessoas começam a tocar às 6h’, reclamou.


Se realmente decidir banir as cornetas, a Fifa comprará uma briga feia com os sul-africanos. O objeto, embora detestado por muitos torcedores, virou um símbolo do futebol local. Nos jogos da Copa até agora, mesmo torcedores estrangeiros adotaram as vuvuzelas.


Anteontem, elas podiam ser vistas nas mãos de milhares de ingleses e norte-americanos no confronto entre os dois times em Rustenburgo.


Os organizadores da Copa já colocaram uma série de restrições ao uso das cornetas dentro dos estádios. Apenas vuvuzelas com até 1 m de comprimento podem ser utilizadas durante as partidas.’


 


 


Emissoras tentam abafar as cornetas


‘Duas TVs alemãs, ARD e ZDF, recorreram à locução tradicional -com o microfone na mão- nas transmissões dos jogos da Copa para minimizar o som das cornetas nos estádios.


O tradicional sistema de captação de som foi a única saída encontrada pelas emissoras para amenizar o zunido, que parece incomodar os ouvidos europeus. Por estar próximo dos lábios do locutor, o microfone ameniza o som ambiente.


Esta foi a solução mais rápida encontrada pelas emissoras alemãs, em resposta às inúmeras reclamações recebidas de telespectadores sobre o zumbido das vuvuzelas nas transmissões ao vivo. Muitos deles creditavam o barulho a problemas técnicos.’


 


 


 


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