Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

NYT anuncia cobrança por conteúdo online


Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


 


INTERNET


Sérgio Dávila


‘New York Times’ cobrará por acesso a conteúdo on-line


‘O ‘New York Times’, o jornal mais influente do mundo e o terceiro maior em circulação dos EUA, anunciou que a partir do começo de 2011 passará a cobrar pelo acesso ao seu site, hoje gratuito, a partir de uma certa quantidade de textos lidos.


Se bem-sucedida, a ação pode iniciar um efeito dominó no resto da indústria jornalística local, que na maioria dos casos segue o modelo atual do diário.


De acordo com o anunciado, visitantes frequentes do site do jornal passarão a pagar uma mensalidade fixa depois de ultrapassarem um número de artigos lidos de graça num período de 30 dias. O jornal não divulgou o valor a ser cobrado nem o número limite de textos gratuitos. Assinantes da versão em papel continuarão a ter acesso on-line total gratuito.


O modelo é similar ao utilizado hoje em dia pelo britânico ‘Financial Times’ e tenta não afugentar o leitor eventual da versão on-line. O nytimes.com é hoje o site noticioso mais frequentado dos EUA, com 17 milhões de visitantes por mês, e, embora a empresa não confirme o número, gera US$ 100 milhões anuais em publicidade.


A maioria dos frequentadores do site, segundo a empresa, é de leitores não fiéis, que chegam ao endereço por mecanismos de buscas ou agregadores de notícias, como o Google News. É esse grupo que o ‘Times’ evita alienar com a ação.


A empresa diz que ainda está trabalhando nos detalhes e que muita coisa pode mudar até a implantação do novo modelo, daí a antecedência do anúncio. ‘Isso permitirá que nós comecemos a discussão para responder a muitas perguntas que nos preocupam’, disse Arthur Sulzberger Jr., publisher do ‘Times’. ‘Não podemos acertar apenas 50% ou 3/4, temos de estar realmente certos.’


O jornal já cobrou por parte de seu conteúdo on-line antes, em 2005, quando o serviço TimeSelect fechou o acesso a artigos de colunistas e editoriais do jornal. Na época, 210 mil assinantes aceitaram pagar US$ 49,95 (R$ 89,41) por ano pelo serviço. A iniciativa foi abandonada com o boom da publicidade on-line, em 2007.


A crise que atinge o mercado jornalístico local, causada pelo encolhimento do mercado publicitário em decorrência da crise econômica, a diminuição do número de leitores da versão em papel dos jornais, a fuga dos classificados para sites gratuitos e a migração de anúncios para o meio on-line num ritmo menor do que o esperado, faz com que as empresas revejam seu modelo de negócios.


Um dos que vêm ganhando mais força é cobrar por todo o conteúdo on-line, como já faz o diário econômico ‘Wall Street Journal’, o de maior circulação do país. Agora, a decisão do ‘Times’ pode popularizar um segundo modelo, híbrido.’


 


 


Bill Gates adere ao Twitter e arrebanha seguidores


‘O fundador da Microsoft, Bill Gates, abriu seu perfil oficial no serviço de microblogs Twitter anteontem. Em menos de 24 horas e com apenas cinco ‘tweets’ (mensagens cujo texto não ultrapassa 140 caracteres), sua conta ganhou o selo de autêntica -e mais de 200 mil seguidores.


Internautas saudaram o fundador da Microsoft. Respondendo ao ator Ashton Kutcher, Gates agradeceu às calorosas recepções.


‘Obrigado a você e a todas as outras pessoas que me deram boas vindas. Eu tenho muito a aprender sobre o Twitter, mas espero compartilhar mais’, escreveu.


Na tarde de hoje, o nome do fundador da Microsoft entrou nos Trending Topics -temas mais comentados no serviço de microblogs.


A entrada no serviço já rendeu piadas de internautas. Um usuário de Nova York satirizou a chegada de Gate com uma paródia à famosa tela azul de erro do sistema operacional Windows junto à ‘baleia’ que indica erro no Twitter.


O perfil está em www.twitter.com/BillGates.’


 


 


Amazon eleva royalty de livros para o Kindle


‘A rede de varejo on-line Amazon anunciou que pagará a autores e editoras uma parcela maior dos ganhos obtidos com livros vendidos para o seu leitor eletrônico Kindle. Sob o novo programa, que é limitado a livros com valor entre US$ 2,99 e US$ 9,99 e entra em vigor em 30 de junho, autores e editoras terão direito a receber 70% do preço de um livro. Segundo a Amazon, escritores normalmente recebem entre 7% e 15% do preço de lista de livros tradicionais.’


 


 


TELEVISÃO


Laura Mattos e Clarice Cardoso


Casal que posou nu comanda ‘Ídolos’ evangélico na RedeTV!


‘O cantor Conrado, que já fez filmes dos Trapalhões e posou pelado para a revista ‘G Magazine’, será o apresentador do ‘Desafio da Música Gospel’.


O programa será exibido na Rede TV!, aos sábados, às 13h30, a partir de 6 de março.


A mulher de Conrado, Andréia Faria -mais conhecida como a paquita Sorvetão, da Xuxa-, fará reportagens dos bastidores da competição.


Os dois ficaram famosos nos anos 80 e posaram nus, mas se converteram à religião evangélica e passaram a falar sobre religião na TV. Conrado, então, gravou um CD gospel.


A atração será como um ‘Ídolos’ cristão. Um caminhão ‘estúdio móvel’ irá a Fortaleza, Salvador, Manaus, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis, São Paulo e ao Rio testando candidatos. Depois, os classificados passarão por treinamentos e provas, e o público escolherá o vencedor via celular.


A cantora Soraya Moraes, que já venceu quatro prêmios Grammy Latino, é cotada para ser uma das juradas da atração, que será gravada em cinco meses,terá 22 episódios e distribuirá R$ 5 milhões em prêmios. A produção afirma não estar ligada a nenhuma igreja.


Mas para se inscrever,no site(www.desafiodamusicagospel.com.br), o candidato tem de informar religião (‘evangélica’ ou ‘outra’), líder e telefone da igreja que frequenta. O programa não é da Rede TV!, mas da produtora Espaço/Z.


JÚLIO, ALÍPIO…


O contrato da equipe que faz o ‘Cocoricó’, único infantil de sucesso atualmente na Cultura, acabou e não foi renovado pela emissora. Fernando Gomes, diretor do programa e manipulador do protagonista Júlio, diz que isso aconteceu porque a nova temporada já foi gravada e uma próxima leva de episódios ainda não entrou em produção


…LOLA, LILICA E ZAZÁ


Fernando Gomes concorda que é um risco deixar a equipe disponível no mercado, mas diz que isso já ocorreu outras vezes entre a produção de duas temporadas. ‘E uma TV pública não pode manter profissionais contratados sem trabalho’, opina. A Cultura está tentando captar verba para produzir um filme do ‘Cocoricó’. Gomes tranquiliza os fãs da série: ‘O ‘Cocoricó não acabou.


TCHAU


O primeiro paredão do ‘BBB 10’, na terça, deu 30 pontos de média(dados prévios da Grande SP). A do ‘BBB9’ foi 32, a do ‘BBB8’, 37, e, a do ‘BBB7’,42.


FEIURINHA


Xuxa estará amanhã em Angola para divulgar ‘O Mistério da Feiurinha’, que passou de 1 milhão de espectadores no Brasil. A angolana Lesliana Pereira, uma fada no longa, é apresentadora do ‘Revista África’, programa da Globo visto por 190 mil assinantes no país.


ALFINETE


O estilista Ronaldo Ésper já sabe que seu contrato com a RedeTV!, que vence em fevereiro, não será renovado e deve fazer teste no ‘Ratinho’ (SBT).’


 


 


Lucas Neves


Programa mostra processo de criação de espetáculos teatrais


‘Capturar uma peça em vídeo é destruí-la, dizem os puristas. Com os pixels, perde-se o traço distintivo da experiência teatral: a presença em carne e osso, que instaura a vulnerabilidade do ator.


O Oficina de José Celso Martinez desafiou a máxima, reconciliando as linguagens nos recentes DVDs de ‘Bacantes’, ‘Cacilda!’, ‘Boca de Ouro’ e ‘Ham-Let’ -na maioria das vezes, com bons resultados.


Agora, é o diretor de TV e cinema Marco Altberg, 56, quem testa alquimias entre vídeo e teatro. Em ‘Quarta Parede’, que estreia hoje, no Canal Brasil, ele combina flagrantes de ensaios, entrevistas com atores, diretores e equipes técnicas e pílulas das peças propriamente ditas.


‘Nos anos 90, criei a ‘Revista do Cinema Brasileiro’ para preencher um espaço que o filme nacional não ocupava na TV. O mesmo acontece com o teatro, daí o programa de agora’, diz. ‘O que é generalista na ‘Revista’, até por conta do formato jornalístico dela, aqui é atenção ao detalhe. Não dá para querer fazer uma transposição para a televisão, por conta das especificidades de cada meio.’


‘Quarta Parede’ chegou a ser exibido por um breve período no Multishow, no fim dos anos 90. Quando o perfil do canal mudou, a atração foi cortada. ‘Mas continuei a filmar peças. O teatro não tem memória. Grandes atuações não são guardadas. Queria fazer um arquivo de montagens. No fundo, sabia que ia dar em alguma coisa.’


Na estreia, a câmera de Altberg passeia pelas coxias de ‘O Homem que Viu o Disco Voador’, peça de Flávio Márcio encenada em 2001 por Aderbal Freire-Filho, no Rio. Ainda virão ‘South American Way’, ‘Diário de um Louco’ e ‘Um Dia das Mães’, entre outras.


QUARTA PAREDE


Quando: estreia hoje, às 21h


Onde: no Canal Brasil


Classificação: livre’


 


 


POLÍTICA


Candidatura de apresentador de TV assusta Cabral e Garotinho


‘O governador Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR) temem a candidatura ao governo de Wagner Montes (PDT), apresentador da TV Record. Montes foi eleito deputado estadual em 2006 com 111.802 votos, mas estima-se que teria mais de 200.000 votos se tentasse a reeleição. Cabral o avisou que quer conversar, e Garotinho já se reuniu com ele. Mas poucos acham que ele trocará seu salário na TV (cerca de R$ 350 mil) por uma campanha difícil.’


 


 


MULTIMÍDIA


Lúcia Valentim Rodrigues


Criador de ‘CSI’ mistura livro, filme e internet


‘No meio do caminho de Anthony E. Zuiker havia uma greve. A paralisação dos roteiristas em 2007 deu três meses para o criador de ‘CSI’ pensar em que poderia trabalhar fora da TV.


‘Leio devagar. Então achei que podia explorar novos meios de experimentar um romance. Daí surgiu a ideia do digilivro, que mistura publicações, filmes e comunidades sociais’, conta, em entrevista, por telefone, de Los Angeles.


‘Grau 26’, primeiro romance digital, é lançado pela Record. Aborda as tentativas de agarrar um serial killer de nível máximo de periculosidade.


Sqweegel não tem ética, método nem alvo certo. Veste uma roupa que deixa as cenas dos crimes livres de provas. Há anos, ele estupra, sequestra e mata com requintes de crueldade, que incluem desfigurar uma mãe diante de seu bebê.


A ideia é que, a cada 25 páginas, uma senha remeta ao site do projeto, abrindo uma ‘ponte’ com informações exclusivas, mas que não comprometem a leitura normal do livro.


‘Você pode ler o livro do começo ao fim, sem se conectar à internet. Mas pode se conectar para ver uma cena de amor, de horror, ou ligar para o assassino ou ele te ligar de volta. É como se houvesse um filme dentro do livro’, diz ele, que com os curtas fez sua estreia na direção.


‘Depois que comprou o livro, é sua escolha como vai consumi-lo. É como o iPod. Você personaliza tudo, está no controle.’ O projeto total tem orçamento de US$ 2,1 milhões, dos quais US$ 1 milhão foi gasto neste primeiro livro. Zuiker ainda espera ‘pelo menos’ outros dois. Mas para isso vai ter de enfrentar as críticas ao romance.


‘Acho que a natureza extremamente sombria dos protagonistas tem mais apelo para os europeus. Há gente que não entende o conceito, há quem não goste dos vídeos, há os que adoram. O projeto continua.’


Algumas opiniões já modificaram o próximo livro, previsto para outubro. ‘Haverá menos ciberpontes, porque são muito caras e consomem muito tempo de criação. Mas, se o leitor quiser ver todas de uma vez, vão fazer sentido fora do livro.’


E até assume os erros: ‘Devemos fazer algo diferente para o terceiro livro, até descobrirmos o que funciona. As pessoas querem coisas leves e tocantes, que as façam se sentir melhor. Por isso ‘Grau 26’ não foi um sucesso. No segundo livro, faremos algo mais comercial’.


Mesmo sem ser um best-seller, Zuiker tem crédito na praça. Suas franquias de ‘CSI’, que incluem histórias em Los Angeles, Miami e Nova York, mudaram os seriados investigativos. É nessa inovação que quer chegar com o digilivro. ‘Assumimos muitos riscos. Quisemos errar agora para poder melhorar no futuro’, afirma.


E aposta na interatividade: ‘O leitor tem de ser menos passivo. A internet está mudando o mundo radicalmente. Depois que o comportamento do público muda, ele não volta atrás’.


GRAU 26


Autor: Anthony E. Zuiker e Duane Swierczynski


Tradução: Sergio Duarte


Editora: Record


Quanto: R$ 39,90 (434 págs.)’


 


 


Megaprodutor prepara 2 séries investigativas


‘Quando Anthony E. Zuiker lançou seu romance interativo, em setembro, disse ‘haver muitos jeitos de não ver TV’. Uma declaração no mínimo inusitada para quem, há dez anos, revolucionou a área com ‘CSI’, ao unir crimes, ciência e tecnologia. Seu sucesso gerou mais de 200 episódios, duas franquias e dezenas de similares.


Zuiker tem de pensar algo novo. De novo. E rápido, já que ‘CSI’ dá sinais de cansaço.


Duas propostas concorrem na CBS, emissora que exibe suas outras produções. A mais popular é ‘Cyber Crimes’, que reúne uma força-tarefa em Washington para combater o crime virtual, entre pornografia, sequestros, pedofilia etc.


Já ‘Jax & Amber’ trata de resolver homicídios, em Los Angeles, a partir de uma perspectiva feminina. Se forem aprovados, entrarão na grade americana ainda neste ano.


Mas Zuiker acha que não pode mais fazer uma série semanal sem se preocupar com o que o público consome nos outros dias. ‘A TV já não tem um encontro marcado. As pessoas não querem assistir ao vivo, a menos que sejam eventos esportivos. Com isso, a TV perde milhões de dólares em publicidade. É um modelo quebrado.’


Ele diz que criadores como J.J. Abrams (‘Lost’) e Tim Kring (‘Heroes’) ‘estão experimentando’. ‘As séries vão incorporar algo de outras mídias. Assim que terminar o programa, algo vai levar o fã à internet. Aí vai receber mensagens no celular. Ou ter acesso aos bastidores. Quando for o dia do novo episódio, voltarão para a frente da TV porque não vão querer perder a experiência. É impensável alguém assistir a um programa, esquecer dele por uma semana e depois voltar para vê-lo. Esse modelo morreu.’’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


 


HAITI


João Paulo Charleaux


Equipes de busca e jornalistas sofrem com traumas psicológicos


‘Além dos haitianos que viveram o terremoto do dia 12, trabalhadores humanitários e jornalistas que chegaram depois à cena da catástrofe também podem ser afetados pelos efeitos do transtorno pós-traumático.


Dores de cabeça, problemas gástricos, irritação, insônia, falta de apetite, ansiedade e tristeza profunda estão entre os sintomas mais comuns e podem se manifestar muito tempo depois da experiência traumática ser vivida.


‘O contato com a violência, com os saques, e com os corpos que emergem dos escombros aumentam a chance de a pessoa desenvolver algum distúrbio mental’, disse ao Estado o chefe do serviço de psiquiatria dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), Renato Souza.


A ocorrência de réplicas do terremoto ? como a registrada ontem no Haiti ? também é apontada como um dos maiores fatores de stress para as pessoas envolvidas no desastre.


Segundo Souza, pessoas que trabalham ou foram afetadas por um desastre natural procuram os serviços de saúde queixando-se apenas dos sintomas. Quando médicos de agências humanitárias acostumados a lidar com catástrofes conversam com os pacientes, os relatos das experiências traumáticas começam a aflorar.


No início da crise, até poucas horas depois do abalo, são comuns os ‘tremores, crises de ansiedade, desespero e uma tristeza profunda’ nas vítimas, segundo Souza, que trabalhou no tsunami que arrasou o Sudeste Asiático em 2004 e o terremoto ocorrido no Paquistão em 2005.


Para minimizar os efeitos psicológicos negativos, organizações humanitárias como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) obriga seus funcionários internacionais a permanecer por no máximo um ano numa missão considerada altamente operacional. Depois disso, o empregado mantém-se afastado por três meses.


Nos últimos anos, a organização também criou uma unidade responsável por cuidar dos casos de stress entre seus funcionários. A medida mais recomendada é a simples conversa entre os colegas, onde todos possam contar o que viveram no dia.


JORNALISTAS


Ao contrário da maioria das pessoas, os repórteres viajam aos locais dos desastres para ver cenas que muitos tentam evitar.


O transtorno pós-traumático afeta mais de um quarto dos jornalistas, de acordo com a International Safety Institute (Insi), um conglomerado de organizações de jornalistas dedicado a aumentar a segurança destes profissionais em contextos de violência e de desastres naturais.


Entre as causas que contribuem para um diagnóstico tardio deste distúrbio está a ‘cultura machista’ das redações jornalísticas e a crença de que estes profissionais ‘podem resolver seus problemas sozinhos’.


Os casos envolvendo jornalistas e distúrbios mentais são tão comuns que a Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia fundou um grupo para tratar especificamente do assunto, o Centro Dart para Jornalismo e Trauma, que publica artigos, recomendações e debates na internet.


Para o professor de psicologia da Faculdade de Medicina da USP Julio Peres, até mesmo os leitores que acompanham a cobertura de desastres podem ser afetados.


‘Ver imagens de vulnerabilidade e desamparo pode desencadear associações com fatos ocorridos na vida do próprio leitor. E isso pode ser suficiente para desencadear sintomas como pesadelos, úlcera, gastrite, enxaquecas e depressão.’’


 


 


INTERNET


Efe


‘NYT’ vai começar a cobrar pelo acesso a conteúdo na web


‘O jornal The New York Times vai começar a cobrar, a partir de 2011, uma quantia, ainda não estipulada, dos leitores que com frequência acessam o seu site. A cobrança pelo acesso ao conteúdo eletrônico da publicação foi anunciada ontem pela companhia que edita o jornal. A empresa informou, porém, que alguns artigos continuarão sendo oferecidos de graça aos internautas.


Com a medida, o New York Times se junta a outros veículos da imprensa americana, como o Wall Street Journal, que já cobram tarifas aos leitores de seus sites. ‘Este anúncio nos permite pensar qual será o processo que aplicaremos e com o qual muitas das perguntas que agora nos preocupam vão ser respondidas’, disse o presidente da The New York Times Company e editor do jornal, Arthur Sulzberger.


Os responsáveis pela publicação estudam agora como será feita a cobrança. Por isso, evitaram dar detalhes do sistema que será adotado, mas disseram que quem visita o site do jornal terá acesso gratuito a um determinado número de artigos por mês. Só depois de esta quantidade ser alcançada é que o pagamento será necessário. Esse é o modelo que já é seguido, por exemplo, pelo britânico Financial Times, que vem tendo bastante êxito com suas operações na internet.


DEMANDA


Os diretores confirmaram ainda que os assinantes da edição impressa do New York Times terão acesso ilimitado ao conteúdo da internet. Também disseram que a oferta de artigos gratuitos poderá variar conforme ‘as condições econômicas e a demanda dos leitores’.


‘Trata-se, até certo ponto, de uma aposta no futuro para o qual a internet se encaminha’, acrescentou Sulzberger, segundo quem a decisão anunciada ontem não vai mudar ‘a dinâmica financeira do jornal da noite para o dia’.’


 


 


ASSINATURA


Marili Ribeiro


MP estuda rever comercial na TV paga


‘O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo abriu consulta pública para avaliar as condições de oferta de programação em canais pagos de televisão. A iniciativa foi motivada por queixas de consumidores nos órgãos de defesa sobre aumento de espaços comerciais na TV por assinatura.


O procurador da República responsável pelo caso, Marcio Schusterschitz, informa que, nos próximos 60 dias, cada um dos envolvidos pode encaminhar provas que acharem relevantes, emitir opiniões sobre os atuais procedimentos e defender pontos de vista. ‘Será um período em que vamos colher informações’, explica ele. ‘Depois, vamos formatar denúncia ou buscar consenso sobre as práticas a serem adotadas.’


Sob o título ‘Televisão por Assinatura e Transparência nas Relações de Consumo: a quantidade de programação, quantidade de publicidade e o direito à informação’, a iniciativa do MPF quer levantar mais do que questões referentes à quantidade de propaganda. Quer também discutir à qualidade da programação veiculada. Nesse ponto, Schusterschitz ressalta o que chama de ‘casos visíveis de infomercial’.


A TV paga, ‘por respeito ao equilíbrio contratual e por boa fé’, na opinião do procurador, não deveria usar o recurso do teleshopping, em especial em meio aos programas. Para ele, o assinante deve ter claro qual a proporção entre o conteúdo de entretenimento e as inserções publicitárias. É responsabilidade das operadoras dar esse tipo de informação.


A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), em defesa dos filiados, diz que, apesar da receita publicitária ter aumentado, cada operadora insere apenas oito minutos de comerciais a cada hora de programação.


As assinaturas dos mais de 6,4 milhões de usuários respondem por 70% do faturamento das empresas, que somou R$ 7,86 bilhões no primeiro trimestre do ano passado, o que representou 16,4% mais que no ano anterior. Os investimentos publicitários no setor somam 4% do bolo total e representam cerca de R$ 487 milhões.


Os dados sobre a consulta pública estão disponíveis no site do MPF.’


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


Fiadora poderosa


‘Os bancos estão abrindo linhas de crédito de olho em uma fiadora poderosa: a Globo. Vários bancos estão preparando planos de empréstimos para oferecerem a clubes de futebol de olho na grana que eles levam da emissora pelos direitos de transmissão dos jogos.


Prática recente, vem se tornando cada vez mais comum integrantes do Clube dos 13 pegarem empréstimos em bancos – a juros altos – e colocarem como garantia o contrato que possuem com a Globo. Sim, a emissora não participa dessas negociações diretamente, mas garante ter todas elas.


Há quem sustente que a prática amarra o Clube dos 13 à Globo, uma vez que, endividados – com dinheiro da TV já prometido aos bancos -, os times se sentem obrigados a renovarem contrato com a emissora. A rede nega, diz que essas dívidas com bancos não podem exceder o tempo do contrato em vigência pelos direitos de transmissão.


Pelo pacote de futebol deste ano, a Globo pagou R$ 220 milhões ao Clube dos 13. O valor pode crescer caso a audiência média dos jogos seja superior a 21 pontos, sendo que cada ponto extra vale cerca de R$ 1 milhão.


Aperte o play


Marcelo Adnet atormenta a cantora Danni Carlos no 15 Minutos em Dobro de hoje, na MTV. Na atração, gravada na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, Adnet aproveita o talento da cantora para interpretar a música alheia – Danni Carlos gravou vários CDs só de covers – e solta todo o seu potencial.’


 


 


Entrelinhas


‘Acredite se quiser: o portal da Record, o R7, tem um link exclusivo para cobertura do Big Brother Brasil 10, da Globo. Detalhe: o patrocinador do link é A Fazenda 2.


Em meio a todo esse drama que Hebe Camargo vem enfrentando, há quem tenha clima e disposição no SBT para fazer terrorismo na produção do programa da loira. Ameaças como: ‘Se ela ficar afastada cinco meses, o que faremos com vocês?’


A TV Cultura dispensou na segunda-feira, por telefone, praticamente toda a equipe do infantil Cocoricó.


A emissora diz que os contratos com os manipuladores do Cocoricó se encerram em 31 de janeiro e os 39 episódios da nova temporada já estão prontos.


A Band vendeu quatro das cinco cotas nacionais de patrocínio de sua cobertura de carnaval, o Band Folia. Valor de tabela de cada cota: R$ 13 milhões.


O que é pior que ser ex-BBB? É ser ex-BBB duas vezes. A miss Joseane foi eliminada – de novo – anteontem do reality da Globo, que registrou média de 30 pontos de ibope, um dos piores índices de 1.º paredão.


O canal Esporte Interativo estreou esta semana na TV paga na operadora Via Embratel.


A dupla humorística Erik Gustavo e Ronald Rios, da produtora carioca Badalhoca, ganhará um programa semanal na MTV. Estreia em 5 de março, à 0 h.’


 


 


 


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