Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Repórter americano sequestrado continua desaparecido

James Foley, jornalista americano que foi sequestrado no dia 22/11/2012 em Taftanaz, na Síria, ainda segue desaparecido. Segundo a Global Post, veículo online para o qual Foley trabalhava, homens armados interceptaram seu carro quando ele ia em direção à fronteira com a Turquia. Desde então, sua família não recebeu nenhuma notícia dele e nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo sequestro.

A organização Repórteres Sem Fronteiras pediu sua libertação imediata. “Estamos muito preocupados com James Foley. Ele deve ser solto sem atraso. Ele é um jornalista profissional que conhece bem as zonas de guerra e que estava oferecendo uma cobertura útil e imparcial sobre a situação na Síria”, disse a organização.

Depois de mais de seis semanas sem notícias, a família de Foley resolveu quebrar o silêncio na semana passada, em um apelo a seus sequestradores. “Queremos que Jim volte com segurança para casa ou pelo menos queremos falar com ele para saber que ele está bem”, disse John Foley, pai do jornalista. “Às pessoas que estão com ele, por favor, entre em contato conosco para que possamos trabalhar juntos para sua libertação”.

Foley trabalhava para diversos veículos, incluindo a Agence France-Presse, que expressou apoio para sua família. “Estamos entranto em contato com muitas pessoas e estamos fazendo o possível para ajudar a obter sua soltura”, disse o presidente e executivo-chefe da AFP, Emmanuel Hoog. Em 2011, Foley já havia sido capturado por forças libanesas, enquanto cobria a guerra civil e foi solto após seis semanas.

Muitos jornalistas foram sequestrados ou desapareceram nos últimos meses na Síria. Somente no ano passado, 28 foram mortos. O repórter americano Austin Tice está desaparecido desde 13/8/12. O Comitê para Proteção a Jornalistas classificou o país, no ano passado, como o mais perigoso para jornalistas. Informações da Repórteres Sem Fronteiras [3/1/13] e de Holly Ramer [AP, 3/1/13].

Leia também

Aumenta violência contra jornalistas na Síria