Três homens condenados pelo estupro de uma fotojornalista em Mumbai, na Índia, em 2013, receberam pena de morte no fim da semana passada. Um quarto réu foi sentenciado à prisão perpétua.
A fotojornalista de 22 anos estava com um repórter em uma fábrica têxtil desativada em um antigo bairro industrial de Mumbai quando foi surpreendida pelo grupo de agressores. Seu colega foi amarrado e espancado enquanto ela era estuprada. O crime ocorreu em agosto do ano passado.
“Este é o primeiro caso na Índia em que a pena de morte é aplicada com a vítima viva”, afirmou o promotor Ujjwal Nikam, que pediu a pena com base em uma dura legislação contra crimes sexuais aprovada após a morte de uma estudante vítima de um estupro coletivo em um ônibus em Nova Délhi no fim de 2012.
Os três homens já haviam sido condenados no mês passado pelo estupro de outra mulher em julho de 2013, um mês antes ao ataque à fotojornalista. A juíza Shalini Phansalkar-Joshi afirmou que a ofensa teve “natureza diabólica” e ressaltou que a punição pesada enviará uma mensagem forte à sociedade indiana.
A Índia ampliou as penas para crimes sexuais e diminuiu o tempo de julgamentos por estupro depois da grande repercussão à morte de uma estudante de 23 anos atacada na capital em dezembro de 2012. Por aquele crime, quatro homens foram sentenciados à morte. Tanto o julgamento do caso de Nova Délhi quanto os de Mumbai foram concluídos em sete meses. Na semana passada, 24 homens foram condenados à prisão pelo estupro de uma adolescente sequestrada em 1996 no estado de Kerala. Em 2005, um tribunal havia inocentado 23 dos acusados, mas, no ano passado, a mais alta corte do país determinou que houvesse um novo julgamento – que foi concluído em seis meses.
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