Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Os pesos e as medidas

O mundo gira, a imprensa roda. Não faz tanto tempo assim, os advogados eram os heróis do Judiciário: eles garantiam os direitos dos presos, enquanto policiais, promotores e juízes eram apontados, com raras exceções, como os vilões que queriam colocar cidadãos patriotas, talvez radicais mas sinceros, nos cárceres da ditadura. Hoje, para boa parte dos meios de comunicação, os reis são promotores e juízes. Eles é que lutam para erradicar a corrupção, enquanto os defensores são depreciativamente chamados de “bons advogados” (“contratados para manter os privilégios dos poderosos criminosos de colarinho branco”) e acusados de cumprir o dever constitucional de defender os acusados nos tribunais. “Bons advogados” é depreciativo? É – nada surpreendente, porque são também acusados de ser “bem pagos”. Há quem diga que o advogado é tão criminoso quanto seu cliente, porque deveria saber que o dinheiro de seus honorários tem origem obscura.

E como é que se decide que o dinheiro tem origem obscura se ainda não houve julgamento?

Mas há também uma divisão interessantíssima no noticiário. Os acusados de crimes violentos contra a vida e a propriedade são “suspeitos”, “supostos”, por mais evidente que seja sua participação no evento. Recentemente, um cavalheiro foi preso por suspeita de participar do estupro e assassínio de uma jovem. Indicou à polícia o local onde havia escondido o corpo. E a imprensa o trata como suspeito. Na Alemanha, uma garota turca ajudou duas jovens a fugir de um grupo de rapazes, que as havia encurralado no banheiro e tentava estuprá-las. Um dos integrantes do grupo a agrediu com golpes na cabeça e ela morreu. O que dizem nossos veículos? Que ele “supostamente” a agrediu – supostamente, embora ela tenha efetivamente morrido em consequência da suposta agressão.

Já os acusados de crimes contra o sistema financeiro são tratados pela imprensa como culpados. A vida, pelo jeito, é menos importante que o dinheiro.Eles não são acusados, nem indiciados, nem réus que aguardam julgamento. São considerados, automaticamente, criminosos. E se algum magistrado de instância superior lhes concede liberdade provisória, ou tranca o processo, ou – heresia das heresias, usa a primeira garantia legal da História, o habeas corpus, velho de mil anos, para libertar alguém que não precisaria estar preso – é porque também deve estar metido na maracutaia.

Este colunista leu com atenção o noticiário da Operação Lava-Jato e da Operação Juízo Final. Se os juízes determinaram alguma medida e as instâncias superiores não a modificaram, isso significa que tudo está sendo feito de acordo com a lei. Mas a dúvida é com relação ao noticiário: vários dos detidos foram levados para Curitiba, ouvidos pelo juiz do caso e libertados. A detenção – ou, mais precisamente, condução coercitiva – tinha apenas o objetivo de ouvi-los. Por que, ao menos nesses casos, não foi feito primeiro uma intimação, para que comparecessem? E, em caso de nãocomparecimento, aí sim seriam levados sob vara, coercitivamente? Deve haver motivos legais para isso. Mas este colunista, provavelmente por falha em sua pesquisa, não encontrou a explicação na imprensa. Seria terrível imaginar que o objetivo do interrogatório sob condução coercitiva fosse exclusivamente o de expor o interrogado à curiosidade da opinião pública, para escarmento. E, pior ainda, que a imprensa tenha aceito alegremente este tipo de oportunidade de filmá-lo e fotografá-lo.

 

É rico, é culpado

As reportagens sobre os empresários presos em Curitiba são também interessantes, pelo que revelam do pensamento dos repórteres. Claro, a diferença de padrão de vida entre a cadeia e a casa dos prisioneiros vale matéria. Mas a mal contida alegria ao narrar que não havia camas suficientes e empresários tinham de dormir em colchões no chão, que não tinham onde ficar durante o dia e precisavam improvisar cadeiras e sofás com lençóis e cobertores, já não está na linha do bom jornalismo. Descrever as roupas das pessoas que visitavam os presos como se estivessem cobrindo um desfile de moda fez parte da demonstração de preconceito. As maletas eram identificadas por sua marca e algumas características – uma delas, pasme, tinha rodinhas! – os trajes das senhoras visitantes foram descritos com riqueza de detalhes. Boa parte das mulheres, veja só!, usava terninhos e óculos escuros. Isso, sem dúvida, deve ter grande importância.

A isso se dava tanta importância que outros fatos acabaram sendo noticiados com desleixo. Por exemplo, uma reportagem informava que era permitida a visita ao preso por grupos de até duas pessoas, “além de dois adolescentes”.

A partir de que idade um adolescente vira uma pessoa?

 

Os xaatos

O fundamentalismo xiita de grupos jornalísticos partidarizados ultrapassou todos os limites.

1. A notícia de que uma lista de 33 pessoas, que a polícia considera envolvidas no cartel do metrô e dos trens urbanos em São Paulo, foi encaminhada à Justiça, mereceu divulgação nos maiores jornais do país, recebeu mais de quatro minutos – um tempo imenso – no Jornal Nacional, entrou nos grandes portais noticiosos de internet. Mesmo assim, houve jornalistas que protestaram, principalmente nas redes sociais, contra o “escasso noticiário”, de “baixa visibilidade”, atribuído principalmente à participação de governantes do PSBD no caso. Uma reclamação: “Saiu onde no jornal? Pé de página? Chamada de três linhas na primeira? Matéria de 20 linhas lá dentro, escondidinha?” O cartel ficou mesmo escondido durante muitos anos, sendo este colunista um dos poucos a insistir em que fosse investigado. Mas, especialmente a partir do momento em que os procuradores suíços conseguiram atrair a colaboração de colegas brasileiros, o inquérito começou a andar. E, se não tem o apelo do mensalão, isso se deve a um único problema: o mensalão incluía dirigente políticos importantes, como José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e outros, enquanto o cartel tucano envolve por enquanto políticos bem menos expressivos, como José Aníbal, Rodrigo Garcia e Robson Marinho. Na opinião deste colunista, a investigação pode e deve ir mais longe, para descobrir como, em dez anos, o desvio de mais de R$ 800 milhões passou despercebido por três governadores e seus secretários e assessores. Mas que agora houve boa divulgação do envio do inquérito à Justiça, pela Polícia, isso houve.

2. Eliane Cantanhêde, uma jornalista importante, bem lida, foi demitida da Folha. Uma perda para o jornal, que gerou muitas reclamações de leitores. Mas faz parte do jogo. O que não faz parte do jogo foi assistir a manifestações de jornalistas que, por discordância com o pensamento de Eliane, comemoraram a demissão (outros ficaram felizes por acreditar que a Folha demitiu jornalistas para reduzir prejuízos, e que isso é prova de que o jornal está decadente). Festejar demissão de colegas, festejar corte de vagas, festejar a possibilidade de fechamento de um dos maiores empregadores do país! Radicalismo normalmente é burro, mas não é preciso exagerar.

Bem, Eliane Cantanhêde passou pouco tempo longe de jornais diários. Sua coluna passa para O Estado de S.Paulo. Mais comentários rancorosos, indignos, desrespeitosos. Gostem ou não, Eliane é uma profissional de prestígio, vai para um jornal de prestígio, cria uma vaga nova, reforça um veículo de comunicação que é dos grandes empregadores do país. Manifestar-se contra isso? Então, tá.

3. O radicalismo crescente faz com que a precisão das notícias também se transforme em algo muito discutível. Um grande jornal impresso informou, outro dia, que os governadores eleitos pelo PT articulam a volta do imposto do cheque, ou CPMF. Primeiro, a informação está errada: a CPMF, Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, só pode ser proposta pelo governo federal. Os governadores têm todo o direito de apoiar ou não a proposta, mas a iniciativa não é deles. E, entre os governadores “eleitos pelo PT”, são citados o paranaense Beto Richa, do PSDB, e o paraibano Ricardo Coutinho, do PSB. Bom ou ruim? Em termos de recriação do imposto, cada um tem sua opinião. Mas em termos de notícia, mudar os governadores de partido sem dúvida é ruim.

 

De anjo a demônio

Um dia, apareceu no noticiário um cavalheiro com nome de viking, ousadia de viking, tudo de viking, de quem nunca se ouvira falar, e se transformou numa rápida celebridade nacional. Fazia e acontecia: um megahipersuperporto gigante dentro do mar, bem longe da praia, empresa de minério, empresa de petróleo, compra de um dos mais tradicionais hotéis do Rio para transformá-lo em sede de suas empresas (depois mudaria de planos e o hotel seria transformado num dezoito estrelas, ou coisa parecida), parceria em projetos sociais, parceria em projetos urbanísticos, um McLaren Mercedes estacionado na sala de sua mansão, entrevistas sucessivas prometendo tornar-se o homem mais rico do mundo.

A imprensa o aceitou bem: publicava suas entrevistas quase diárias, divulgava seus projetos ainda em fase inicial como se fossem obras em andamento, fazia questão de ouvi-lo sobre tudo, do mercado de minério de ferro na Ásia dentro de 40 anos até o foguete europeu que um dia pousaria num cometa. Resultado: não deu certo. E até o hotel, o mais simples de seus projetos, está parado. Não é o que era, não se sabe o que será. Sabe-se o que é: no momento, uma obra inacabada. Funcionar e render, que é bom, isso não.

Pois não é que só então, depois que tudo pifou, que os meios de comunicação começaram a prestar atenção nos detalhes do império de Eike Batista? Nem o minerioduto que liga Conceição do Mato Dentro, em Minas, ao Porto de Açu, no Rio, escapa à sina dos projetos esquisitos. O minerioduto estourou os custos em US$ 10 bilhões, estourou o prazo em cinco anos, teve de ser vendido por Eike à Anglo-American. E agora, quando começou a funcionar, descobriu-se que é poluidor. E que, no meio da grande seca, precisa de 2,5 milhões de litros de água por hora. Tudo bem, o charme, a ostentação de riqueza, o convívio com os poderosos devem ter tapado os olhos dos meios de comunicação. Mas, considerando-se o estouro do prazo e dos custos, seria exigir demais que os meios de comunicação já tivessem investigado o minerioduto mais cedo?

 

Da prefeitura para o povo

É uma placa oficial, fotografada pelo leitor Carlos Cunha, colocada em frente ao prédio da Câmara Municipal de São Paulo. Quem tem competência para instalá-la é a CET, da Prefeitura. A placa, que proíbe qualquer tipo de parada de veículos, começa chamando o pedestre de “pedrestre” – tadinho!

Mas o mais interessante é a linguagem tecnocrática de quem cuida do trânsito paulistano:

** “Área reservada para canalização de pedrestre”.

Além de virar “pedrestre”, o cidadão vai entrar pelo cano?

 

Livros…

Uma bela pesquisa, que durou dez anos, do repórter Marcelo Godoy, de O Estado de S.Paulo: uma história do DOI-Codi, centro de tortura do regime militar. O DOI-Codi, sucessor da Oban, Operação Bandeirantes, tinha autorização para prender clandestinamente, para sequestrar, para torturar, para matar, para forjar fatos, para ocultar corpos, para ignorar quaisquer leis do país. Godoy lança seu livro, A Casa da Vovó, no dia 12/12, às 14h, em sessão especial na Assembleia Legislativa paulista; e promove noite de autógrafos no mesmo dia, a partir das18h30, no bar Canto Madalena, rua Medeiros de Albuquerque, 471.

 

…livros…

José Sarney tem antecedentes: um de seus pais políticos foi o senador Vitorino Freire, senhor do Maranhão por quase 30 anos (o cacique que o sucedeu foi exatamente Sarney, que tinha sido seu discípulo e, depois, foi seu adversário). Freire tem características interessantes: era, por exemplo, amigo pessoal da família do presidente Eurico Dutra, e costumava, quando visitava o Rio, levar manteiga da fazenda e ovos fresquinhos para dona Santinha, sua esposa – que, habituada à vida do marido na caserna, comandava pessoalmente a cozinha do Palácio do Catete. Dizia-se (e a expressão ficou viva por muitos anos) que Freire era “da copa e da cozinha” do palácio presidencial. Teve ligações com Getúlio Vargas, era amigo de Juscelino Kubitschek, e era ouvido por eles também por seu saber político.

Um cacique, mas um cacique até moderno para a época. Um bom livro sobre ele: O Vitorinismo, de Benedito Buzar, uma bela edição da Livraria Resistência Cultural. Vendas pela internet (R$ 40,00), em liv.resistenciacultural@gmail.com

 

…a mancheias

Como os estrangeiros veem o Brasil? No dia 12/12, na Livraria Martins Fontes, Avenida Paulista, 509, SP, há uma bela oportunidade de descobrir: sai o livro Palavra de Gringo, em que dez jornalistas estrangeiros escrevem sobre nosso país, com ilustrações da brasileira Rita Wainer. Os autores: Jenny Barchfield, EUA; Phillip Lichterbeck, Alemanha; João Almeida Moreira, Portugal; Lamia Oualalou, Marrocos; Santiago Alberto Farrell, Argentina; Verónica Goyzueta, Peru (uma das donas de um belo bar em São Paulo, o Tubaína, na Rua Haddock Lobo); Tom Phillips, Inglaterra; Waldheim García Montoya, Colômbia; Henrik Brandão Jönsson, Suécia; Julia Michaels, EUA.

 

Grandes fotos

Um dos mais notáveis e belos animais do mundo corre sério risco de extinção: o rinoceronte, protegido por lei em alguns poucos santuários da África, mas mesmo assim sendo caçado ininterruptamente (a lei, ora a lei!) O fotógrafo Erico Hiller preparou uma esplêndida exposição fotográfica sobre os rinocerontes, hoje tão poucos: dia 11, às 18h30, na Rua Sumidouro, 580, praça Victor Civita. Vale a pena ver as fotos – e vale a pena ouvir o fotógrafo: “Mal consigo crer que este ser tão fascinante pode ter sua jornada interrompida na nossa geração”.

 

Como…

No portal noticioso de um grande jornal, noticiando a morte de Roberto Bolaños, o criador de Chaves:

** “Deixa seis filhos de seu primeiro casamento, Roberto, Marcela, Paulina, Teresa e Cecilia”.

Ruy Onaga, Luiz Carlos Cardoso e Raul Drewnick, notáveis revisores, mestres deste colunista, sempre ensinaram os redatores que, quando se cita um número, é bom verificar se não está faltando ou sobrando. Quase nunca o número está certinho.

 

…é…

Três exemplos notáveis:

1. De um portal noticioso importante, sobre a eleição de Tabaré Vasquez no Uruguai:

** “Governista irá susceder Mujica”.

Não estranhe: Tabaré é também é o “antescessor” (ou será “antesseçor”?) de Mujica.

2. De um grande jornal impresso, de circulação nacional:

** “(…) mal intensionada(…)”

Ah, eças más intensões!

3. De um grande jornal impresso, primeira página de Esportes:

** “Corinthians é goleado mais vai à Libertadores”.

Mais vai, claro. Embora tenha corrido o risco de “menos vai”.

 

…mesmo?

De uma consultoria daquelas bem caras, num livreto com conselhos para manter a fidelidade dos clientes, incluindo o cuidado com a comunicação escrita:

** “Toda organização necessita de um cuidado especial no atendimento ao público, sendo fundamental que a área de recursos humanos se atentem a essa questão (…)”

Se a organização não se atentarem a essas questão os plural não vai funcionar.

 

Frases

>> Do escritor Diogo Mainardi: “Depois de maquiar as contas por 4 anos, governo decidiu aumentar impostos de produtos de maquiagem.”

>> Do jornalista Cláudio Tognolli: “Mensaleiros e petroleiros já escolheram o cardápio da ceia: PF de robalo.”

>> Do internauta Fernando Castelo:             “O Congresso Nacional deveria ter sido isolado pelas Agências de Saúde. Contaminação pelo vírus É Bola!”

>> Do jornalista Gabriel Meissner: “ Quando vejo gente reclamando que os escândalos do PSDB são nota de rodapé (mesmo que não sejam), sempre tenho a impressão de que há um desejo oculto de que os escândalos do PT é que fossem.”

>> Do publicitário Arturo Nascimento, citando o cartaz numa repartição pública: “Teoria é quando se sabe tudo e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por que. Neste recinto, conjugam-se teoria e prática: nada funciona e ninguém sabe por que.”

 

E eu com isso?

** “Após separação, Clarice Falcão vai à noite de autógrafos de Gregório Duvivier”

** “Miley Cyrus passeia com Patrick Schwarzenegger”

** “Claudia Leitte curte festa pré-Carnaval no Rio”

** “Decotada e sem sutiã, Rihanna mostra demais”

** “De biquíni, Paula Fernandes reforça o bronzeado na praia”

** “Criador de ‘Walking Dead’ diz que Daryl Dixon é heterossexual”

** “Guilhermina Guinle curte a filha na praia”

** “Irina Shayk sai pelas ruas de Nova York com capuz de pelo branco”

** “Tarcísio Meira e Glória Menezes juntos em aeroporto”

** “Hilary Duff embarca em Los Angeles com o filho no colo”

** “Ellen Rocche curte descanso em Aruba”

** “Heidi Klum mostra o corpão em dia de praia na Jamaica”

** “Mirella Campos curte fim de semana ao lado da filha”

** “Anna Kendrick só twitta sóbria”

** “Divertida, Claudia Raia faz caras e bocas durante gravação na praia”

** “Justin Theroux adora dar sustos em Jennifer Aniston”

** “Marcelo Serrado sai de moto com amigo em Ipanema”

** “Mulher de chefão da CIA já beijou James Bond”

** “Mãe de filho de Rogério Ceni é atriz de Chiquititas”

 

O grande título

Muita abundância, muita variedade, muita bobagem. Podemos começar por aqueles títulos que não eram para ser bem assim, acabaram sendo, e deu no que deu.

Do press-release de um restaurante de sucesso:

** “Forbes Brasil de apresenta o fenômeno brasileiro do food service”

De um grande jornal impresso de circulação nacional, realçando duplamente seu compromisso com o Brasil:

** “O preço da gasolina praticado no Brasil está de 20% a 24% mais caro no Brasil do que no Golfo do México, principal referência internacional”

Temos manchetes com grandes novidades. Por exemplo, no portal noticioso de um grande jornal:

** “Construtoras terão de pagar aluguel de advogado”

Ou este exemplo, que também parece coisa nova:

** “Brasileiros trocam famílias por viagens de Natal baratas”

Puxa, já que estão trocando algo tão precioso como a família, bem que poderiam optar por viagens de Natal mais caras!

E o grande título, provando que muita gente, além de “see dead people”, como no filme, consegue também ouvi-la:

** “UPP da Maré só será prioridade nos jogos, diz analista após morte”

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Carlos Brickmann é jornalista, diretor da Brickmann&Associados Comunicação