Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Jornalista sequestrado na Somália é libertado

Após quase três anos de sequestro, o jornalista germano-americano Michael Scott Moore, de 45 anos, foi libertado na terça-feira (23/9). Moore estava na Somália fazendo pesquisas para um livro sobre os piratas somali quando foi capturado por uma milícia armada.

Moore é autor dos livrosSweetness and Blood – sobre a popularização do surfe pelo mundo desde sua invenção na costa ocidental dos Estados Unidos – e de Too Much of Nothing, também sobre surfe, romance que narra a vida de dois jovens em uma cidade fictícia da Califórnia. Ele também contribuiu com publicações para a revista literária The Atlantic Monthly, para a revista cultural Slate e para o The Los Angeles Times.

Fim do pesadelo

Moore trabalhava na versão em língua inglesa da revista Spiegel International à época de seu sequestro. De acordo com Wolfgang Büchner, editor-chefe da Der Spiegel, Moore parecia estar em bom estado de saúde. Büchner disse que a equipe nunca havia perdido as esperanças de encontrar o colega e que estavam todos muito felizes porque o “pesadelo havia chegado ao fim”.

Embora demorada, a libertação do jornalista não deixou de causar polêmica, pois só ocorreu mediante pagamento de resgate. A maioria dos países europeus discorda da política da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, que normalmente se recusam a negociar com sequestradores.

Sequestradores não foram identificados

Embora os piratas da Somália atuem livremente na região onde Moore se encontrava, não ficou claro qual foi o grupo local responsável pelo crime.

Vários grupos armados lutam pelo controle da Somália desde que o presidente Siad Barre foi derrubado, em 1991. Muitas das regiões do sul e do centro do país estão sob controle da organização al-Shabab.