Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Seis anos e meio de prisão para Conrad Black

O empresário de mídia Conrad Black, ex-presidente da Hollinger International acusado de fraude e obstrução à justiça, foi sentenciado esta semana a seis anos e meio de prisão, cerca de ¼ da pena máxima que o Ministério Público americano almejava. Black, conhecido também como Lorde Black de Crossharbour, foi durante oito anos presidente e executivo-chefe da Hollinger – império internacional de mídia que incluía os jornais Daily Telegraph, Jerusalem Post e Chicago Sun-Times.


O empresário deixou o cargo em 2003, após uma investigação interna ter concluído que ele e outros executivos teriam desviado mais de US$ 32 milhões através de pagamentos não-autorizados. Black foi considerado culpado em julho deste ano. ‘Eu francamente não entendo como alguém no topo de um império de mídia possa se engajar em uma conduta deste tipo’, afirmou a juíza distrital Amy St. Eve, que presidiu o julgamento. Em resposta, Black expressou estar triste e lamentar o ocorrido.


O ex-magnata terá que devolver US$ 6,1 milhões – que o tribunal estimou como valor comprovado roubado dos acionistas da empresa e pagar US$ 125 mil de multa. Depois de pagar fiança, ele poderá ficar em liberdade até dia 3/3, data marcada para a prisão. A juíza recusou um pedido para a tomada de sua casa na Flórida e de seu apartamento em Nova York. Além de Black, foram acusados o ex-vice-presidente da Hollinger, Peter Atkinson; o ex-gerente financeiro, John Boultbee; e o ex-conselheiro-geral Mark Kipnis. Atkinson foi condenado a dois anos de prisão e a três de liberdade condicional. Boultbee a 2 anos e três meses, três anos de liberdade condicional e uma restituição de US$ 152,500. Kipnis foi condenado a seis meses de prisão domiciliar e cinco anos de liberdade condicional. Ele também terá de realizar 275 horas de serviço comunitário. Informações de Andrew Harris e Joe Schneider [Bloomberg, 10/12/07].