Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Mais jornalistas mortos

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MONITOR DA IMPRENSA


COLÔMBIA

Rebeldes colombianos mataram um repórter de rádio no norte do país. É o quarto assassinato de jornalistas colombianos neste mês, de acordo com a polícia local. Edgar Tabera, de 38 anos, foi morto no dia 17 de maio por homens armados com pistolas em sua fazenda na cidade de Guespa, da província de Santander. Para a polícia, como sempre, os assassinos são das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Para alguns especialistas, os responsáveis são os paramilitares ilegais de direita.

A guerra civil na Colômbia já dura 37 anos, tornando o país um dos mais perigosos para jornalistas. No dia 3 de maio, segundo a Reuters (18/5/01), um repórter esportivo de TV levou seis tiros na cabeça quando saía de uma universidade em Cáli. Esse assassinato foi considerado obra das milícias de direita.

Mais dois jornalistas foram mortos em incidentes distintos no mês passado ? um redator do semanário comunista Voz e outro repórter esportivo.

RÚSSIA

O banqueiro americano Boris Jordan, interinamente no comando da NTV, a emissora que já foi do magnata russo da mídia Vladimir Guzinski, disse no dia 18 que pretende vender as ações da rede ainda este ano, por US$ 75 milhões. Segundo Peter Graff [Reuters, 18/5/01], o diretor afirmou que os resultados de uma auditoria seriam divulgados em uma semana, mostrando que a empresa está à beira da falência. Jordan espera salvar a emissora cortando gastos, pagando as dívidas e recuperando a audiência com uma programação melhor. Contra as acusações de que é fantoche do Kremlin, rebateu que uma respeitável esquipe de jornalistas provará que a rede continua independente.

A NTV foi tomada de Gusinski pela estatal de gás russa Gazprom, sob a acusação de má administração, e calcula-se que hoje acumule um total de US$ 112 milhões em dívidas. "O relatório dirá que sem mudanças na estrutura de capital a companhia vai falência", disse Jordan.

Muitos jornalistas abandonaram a rede, optando pela emissora rival, de outro magnata, Boris Berezovsky, mas alguns voltaram. Tatiana Mitkova, a apresentadora de notícias mais popular do país, tornou-se editora-chefe. Mesmo assim, a desconfiança quanto à nova direção continua forte. Teme-se que, sob o comando de Jordan, que fez fortuna meteórica na Rússia pós-URSS, como a maioria dos "magnatas", a emissora perca totalmente o caráter independente. Na semana passada, ela foi a única a dar destaque a denúncia da Human Rights Watch, que acusou as forças russas de homicídios na Chechênia. Para os liberais, essa liberdade tem vida curta.


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NOVA YORK

Pesquisa online virou reportagem de capa da edição de 16 de maio do New York Daily News. O sítio perguntou aos leitores sua opinião sobre o divórcio entre o prefeito Rudolph Giuliani e a primeira-dama Donna Hanover. A manchete dizia "Leitores do Daily News: não exclua Donna!"

Embora a reportagem admita que pesquisas online não são científicas, o tablóide nova-iorquino deu destaque a três perguntas. Segundo Karim Mostafa [Editor & Publisher, 17/5/01], uma das perguntas indagava se o prefeito e seu advogado deveriam ficar atacando Donna: 87% disseram que não. As duas perguntas seguintes se referiam a quem deveria deixar a Gracie Mansion, Donna ou Rudy (apelido do prefeito). Dos participantes, 37% afirmaram que Donna deve sair de casa, enquanto 44% optaram pela saída de Giuliani.

Extraindo o máximo de notícias do sítio ? e, como de costume, derrapando nos factóides ?, o jornal investiu pesadamente em fóruns online para opinião de leitores.


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