Após um artigo, publicado em maio, sobre o affair que a tornou famosa, Monica Lewinsky tornou-se oficialmente colaboradora no site da revista americana Vanity Fair. Em sua primeira contribuição, postada no fim de julho [31/7], Monica escreveu sobre como reagiu ao escutar uma piada com seu nome quando assistia a um episódio do seriado Orange is the New Black.
“Eu fiz o que usualmente faço nessas situações onde a cultura me joga um fragmento de quem eu costumava ser. Após me encolher de constrangimento, o sopro da vergonha, e a noção de que eu não estou mais em controle da minha própria vida, eu estremeci, me levantei do sofá e desliguei a TV”, conta ela, para em seguida analisar como pessoas “comuns” lidam com a exposição indesejada na mídia ou nas redes sociais. “Cada vez mais eu descubro que aqueles que perderam o controle de suas narrativas públicas fazem o contrário”.
Resposta aos críticos
Monica cita o caso de uma adolescente americana que, ao se deparar com uma pichação caçoando de seu corpo, decidiu tirar uma foto diante da ofensa e postar em uma rede social para rebater seus críticos. “Carleigh [a menina em questão] respondeu ao bullying recusando-se a sofrê-lo, recusando-se a ter sua identidade definida por terceiros”.
O tema parece bem familiar a Monica, que ficou conhecida há 16 anos quando era estagiária da Casa Branca e teve um caso com o então presidente Bill Clinton, provocando um enorme escândalo político. Mas, segundo a porta voz da Vanity Fair, Beth Kseniak, a nova colaboradora não se restringirá a uma temática específica. “Não há cronograma ou uma área temática; ela e seu editor estão em busca de tópicos de interesse relevantes”, afirmou.