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Foi lançado pela União dos Consumidores de Nova York o sítio do Consumer WebWatch <www.consumerwebwatch.org>, projeto dedicado a melhorar a credibilidade da informação na internet. Pesquisa feita pela organização mostra que os americanos estão preocupados com a confiabilidade do conteúdo da rede. Por exemplo, 60% dos entrevistados acham ser "muito importante que propaganda esteja claramente identificada e diferenciada de notícia e informação".
Carl Sullivan [Editor & Publisher, 16/4/02] conta que, inicialmente, o Consumer WebWatch não vai monitorar especificamente sítios jornalísticos. Será dada ênfase aos mais utilizados, como os de saúde e compras.
Para a imprensa de internet já existe outra organização que faz trabalho de pesquisa e monitoramento, a Online News Association (ONA). Seu presidente Bruce Koon saúda a chegada da nova entidade de proteção ao consumidor: "Todo tipo de estudo ou discussão que abrange este tema é claramente de nosso interesse". Ele diz ser contra a adoção de sistema de ranking que tente classificar a qualidade de informação nos sítios. Na página da ONA <www.journalists.org> há um estudo de credibilidade com cinco regras importantes:
1. Identidade: sítios devem indicar com clareza seu proprietário, propósito e missão.
2. Propaganda e patrocínio: notícia e informação devem estar claramente distintas de propaganda e comércio eletrônico.
3. Serviço ao consumidor: todas as taxas cobradas e relações financeiras com outros sítios devem estar discriminadas.
4. Correções: informação errada ou que possa induzir a equívoco deve ser corrigida com máxima aplicação.
5. Privacidade: a postura do sítio a este respeito deve ser fácil de ser encontrada e entendida.
MÍDIA ÉTNICA
Pesquisa feita pela fundação New California Media é a primeira tentativa de quantificar a recepção de mídia étnica no estado com maior número de minorias dos EUA continental. Os resultados revelam o alto nível de aceitação e consumidores leais: 84% dos hispânicos, asiáticos e afro-americanos dizem se informar através de emissoras (rádio e TV) e publicações étnicas, sendo que 68% preferem estes aos veículos em inglês.
Segundo Pui-Wing Tam [The Wall Street Journal, 23/4/02], a conclusão reforça a idéia, levantada por muitos cientistas sociais, que desafia a imagem tradicional de sociedade integrada. Estes grupos preferem contar com suas próprias fontes de informação e acabam se definindo como comunidade também pela mídia que consomem.
Outros dados da pesquisa indicam que, diariamente, 63% dos californianos não-brancos vêem canais de TV em sua língua materna, enquanto 58% ouvem emissoras de rádio étnicas. Jornais, no entanto, são lidos todos os dias por apenas 22%. O estudo envolveu mais de duas mil pessoas, e apenas 27% das entrevistas foram feitas em inglês: o resto respondeu em espanhol, russo, chinês e laosiano, entre outros idiomas. "É o primeiro passo para mostrar que a mídia étnica tem credibilidade", diz Sandy Close, diretora da New California Media, o que deve encorajar anunciantes a procurar estes veículos.
O Bank of America é um dos que já estão convencidos da necessidade de investir nesse segmento. Liam McGee, presidente da unidade californiana, diz acreditar que 80% do crescimento futuro do banco nos EUA virá de comunidades asiáticas, hispânicas e afro-americanas. Em 2001, o Bank gastou US$ 10 milhões em anúncios multiculturais; para este ano, já estão reservados US$ 40 milhões.
Públicos diferentes, programas diferentes
A diferença entre o que brancos e negros americanos assistem na TV cresceu no último trimestre. Segundo análise da Initiative Media, apenas sete dos 20 programas preferidos pelos negros também aparecem na lista dos 20 mais de telespectadores brancos, um a menos do que no ano anterior.
Entre os que figuram em ambas as listas estão CSI e 60 Minutes, da CBS e ER (Plantão Médico) e Law & Order, da NBC. Donna Petrozzello [New York Daily News, 16/4/02] conta que este é o primeiro registro de queda no número de programas assistidos pelos dois grupos, o que é atribuído ao sucesso das sitcoms My Wife and Kids e Bernie Mac, que têm elenco negro e atraem maior audiência desta comunidade. Bernie Mac foi o primeiro entre afro-americanos e Friends, entre os brancos.