TELETIPO
O caso é contado por James V. Grimaldi [Washington Post, 6/5/02]: uma redatora do jornal pediu ao Zoológico Nacional do Smithsonian Institution a ficha médica de uma famosa girafa que morrera. A resposta, enviada pela diretora Lucy Spelman, era de que ela não poderia ter acesso a tais documentos porque isto violaria os direitos dos animais à privacidade e seria uma intrusão no relacionamento animal-tratador. Lucy também argumentou que o público não seria capaz de entender os dados contidos no documento e a divulgação poderia atrapalhar a pesquisa acadêmica. O porta-voz do Zoológico, Robert Hoage, ressalta que os médicos forneceram resumos aos jornalistas e deixaram o patologista à disposição para entrevistas, mas não comentou a resposta da diretora.
A BBC lançou um novo sistema de busca de internet depois que pesquisa revelou que a maioria dos usuários britânicos estava insatisfeita com as opções atuais, que direcionam principalmente para sítios americanos e cheios de propaganda. Segundo a BBC [3/5/02], o BBCi Search providencia material livre de anúncios e restrições comerciais, dando preferência hierárquica a páginas do Reino Unido e removendo material pornográfico da base de dados.
Dois jornais reformistas iranianos foram fechados por tribunal da linha-dura no Irã, pondo fim à trégua na repressão à livre expressão. Contra o estatal Bonyan alegaram infrações às leis de imprensa. O Iran Daily foi fechado por "insultar santidades religiosas e publicar mentiras". Foi uma reação dos religiosos às comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Segundo a Reuters [4/5/02], com o liberal Mohamad Katami na presidência, o país começou a ter mais espaço para a livre expressão. Contudo, extremistas acusam a imprensa de subverter o regime muçulmano. O líder supremo, o aiatolá Ali Kamenei, mentor da repressão, deu seu recado: "Certas pessoas dizem qualquer coisa contra o sistema islâmico e nossas crenças religiosas, e depois reclamam de não haver liberdade".