O repórter cinematográfico Marcelo Assunção e seu auxiliar, Fábio, da TV Record, foram agredidos e presos por guardas civis metropolitanos na segunda-feira (18/12), por volta das 13h, durante manifestação de estudantes na porta da Prefeitura de São Paulo. Assunção e Fábio, que estavam realizando seu trabalho, foram levados para o 3º Distrito Policial, na Santa Ifigênia. As imagens do confronto foram exibidas no programa SP Record, enquanto o repórter cinematográfico e o auxiliar relataram a violência dos guardas ao tentar impedi-los de gravar a manifestação. Outros jornalistas que estavam no local também foram rechaçados pelos guardas.
O que preocupa nesta situação – e em todos os casos envolvendo a imprensa e o cerceamento ao direito do jornalista de trabalhar e informar a população – é o fato de que a violência deixa de ser uma atitude isolada e se torna um processo com profundas implicações sociais.
Se as autoridades – que devem ser os guardiões dos direitos sociais – tornam-se agentes da violência e não são punidas por estes atos, a essência do Estado de Direito se vê ameaçada. A conseqüência disto pode ser percebida pelo grande número de casos envolvendo agressões a jornalistas por parte de autoridades, registrados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo nos últimos meses. Tolerar esta situação é inaceitável, é permitir que a liberdade e a democracia, duramente conquistadas pelo povo brasileiro, sejam achincalhadas.
Diante deste lamentável acontecimento, o Sindicato dos Jornalistas vem a público cobrar do prefeito municipal de São Paulo um compromisso público com a liberdade de imprensa, punindo os culpados e garantindo aos jornalistas o direito ao trabalho.
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