O escritório da emissora de TV al-Arabiya em Gaza foi atingido por uma bomba, na segunda-feira (22/1), informa nota da Reuters [22/1/07]. Segundo a polícia local, o ataque não deixou feridos. A redação estava vazia quando o artefato, colocado do lado de fora do local, foi detonado. A porta de entrada do escritório foi destruída e algumas paredes internas foram danificadas.
Os grupos Hamas e Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, ligado ao Fatah, condenaram o atentado. O editor-executivo da al-Arabiya, Nabil al-Khatib, afirmou que a emissora havia recebido ameaças, mas não sabia dizer se o ataque estava ligado a elas. Um funcionário contou que, na semana passada, a emissora recebeu ligações anônimas ameaçando colocar fogo na sucursal de Gaza depois da transmissão de um discurso do primeiro-ministro Ismail Haniyeh.
Negativa e protesto
O Hamas, grupo no poder, teria reclamado que a exibição dos comentários de Haniyeh tirou afirmações do primeiro-ministro de contexto e ameaçado entrar na justiça caso a emissora não se desculpasse com o político. Funcionários da al-Arabiya alegaram, entretanto, que exibiram uma gravação sem edição tirada de um sítio palestino. O porta-voz do Hamas, Ismail Rudwan, afirmou que o grupo não estava envolvido no ataque ou nas ameaças telefônicas.
Na terça-feira (23/1), cerca de 200 palestinos, muitos deles jornalistas, participaram de um protesto para chamar a atenção pública ao atentado à redação do canal. Os manifestantes se reuniram na frente do Parlamento. O sindicato dos jornalistas, ligado ao Fatah, decidiu dar início a um dia de greve para demonstrar o descontentamento pela agressão criminosa à al-Arabiya. Com informações da AFP [23/1/07].