Um grupo de jornalistas entregou um requerimento assinado por quatro mil pessoas ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para pressionar a China a proporcionar maior liberdade de imprensa, no momento em que o país se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de 2008.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras qualificou a China como ‘a maior prisão do mundo para os jornalistas, ciberdissidentes e internautas’, condenados por divulgar temas como democracia, corrupção ou situação das minorias. Além de bloquear centenas de sítios jornalísticos estrangeiros, o departamento público de segurança mantém correspondentes estrangeiros sobre vigilância e não hesita em ‘deter, ameaçar e até violentar’ aqueles que violam o guia para correspondentes que estão trabalhando no país.
A porta-voz do COI, Giselle Davies, disse que é tarefa do COI permitir que a mídia faça seu trabalho com tranqüilidade durante os 17 dias dos Jogos Olímpicos. Segundo ela, o contrato feito com a cidade-sede assegura que os 20 mil jornalistas estrangeiros credenciados cumprirão seu trabalho com segurança na cobertura dos Jogos Olímpicos.
De acordo com o Comitê de Proteção aos Jornalistas, sediado em Nova York, a China detém o maior índice de prisão de jornalistas pelo sexto ano consecutivo, com 42 repórteres detidos em 2004. Informações da AP [8/8/05] e dos Repórteres Sem Fronteiras [8/8/05].