Tuesday, 15 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1309

Desculpas a Greenspan

THE WASHINGTON POST

O Washington Post se retratou por matéria publicada na sexta-feira (29/6) sugerindo que o presidente do Federal Reserve (o banco central americano), Alan Greenspan, teria discordado severamente da decisão do governo Bush sobre o controle do preço da eletricidade, informa a Dow Jones & Company [3/7/01].

Baseada em discurso de Greenspan em Chicago sobre os efeitos econômicos dos preços de energia, a matéria dizia que o presidente do Fed discordava dos argumentos da Casa Branca de que tal controle desencorajaria investimentos em novas usinas de força, necessárias para suprir a escassez de energia, que tem causado aumento nos preços. A reportagem foi amplamente divulgada pelo governador da Califórnia, o democrata Gray Davis, crítico feroz do governo Bush, que se opõe ao controle de preços.

Embora Greenspan parecesse sugerir em seu discurso que o controle não seria uma solução para os problemas de eletricidade da Califórnia, ele "não se referiu ao controle de preços ou à posição do governo sobre isto", concedeu o jornal na correção, no sábado. O Post diz ter interpretado incorretamente as observações de Greenspan.

ESPNEWS

Por muitos anos, especialistas em tecnologia especularam sobre o que a internet poderia significar para a indústria televisiva. Agora, poderão perguntar aos fãs de esportes em cerca de 250 mil lares que compram o serviço de TV a cabo da Charter Communications. Entre o fim de junho e o início de julho, a ESPNews, canal de notícias esportivas 24 horas, foi retirada da Charter em algumas regiões dos EUA porque a ESPN, que pertence à Walt Disney Co., discordou das restrições à distribuição da programação da ESPNews na internet.

Segundo Seth Schiesel [The New York Times, 2/7/01], é a primeira vez que um canal a cabo é retirado do sistema por um conflito sobre o video streaming, tecnologia que permite a internautas verem vídeos na rede. A disputa pode ser precursora de batalhas maiores na indústria da comunicação.

A Charter quer que a ESPN limite a quantidade e o tipo de programação da ESPNews disponível na internet, inicialmente no ESPN.com. A emissora e a Disney se recusaram a aceitar tais restrições. A Charter e outras companhias de TV via satélite pagam para ter a ESPN em sua grade de programação. A empresa está preocupada com a possibilidade de estar pagando por um conteúdo que também é distribuído gratuitamente no ciberespaço.

Na semana passada, cerca de 1,3 milhão dos 6,4 milhões de assinantes da Charter tinham acesso à ESPNews.

CORÉIA

Quebrando seu silêncio, o presidente da Coréia, Kim Dae-jung negou, no dia 2 de julho, acusações de que uma auditoria fiscal em empresas de mídia foi determinada para calar as críticas dos jornais ao governo. "Esse caso foi conduzido com justiça, não houve interferências externas", disse o presidente.

Dae-jung revelou que também haverá investigação criminal sobre a alegada evasão de impostos na mídia coreana. Segundo Shin Yong-bae [The Korea Herald, 3/7/01], esta foi a primeira reação pública do governo sobre o assunto. O Serviço Nacional de Impostos anunciou em 20 de junho que 23 organizações de mídia deixaram de pagar impostos, que totalizam 339 milhões de dólares entre 1995 e 2000. O Fisco acusou seis jornais e três proprietários por infração das leis fiscais.

O presidente disse ainda que "só se pode ter uma nação forte quando a mídia é forte também". Para ele, a investigação será uma oportunidade para empresas midiáticas se transformarem em organizações mais transparentes e sólidas.

    
    
                     

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