Friday, 26 de July de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1298

Os bastidores da crise

Ao apresentar, prezado leitor, esse modesto trabalho, feito às pressas, porque incalculável é a minha indignação, maior ainda a velocidade dos escândalos que a todos horrorizam, desejo fazer-lhe uma confissão.

Em 55 anos de jornalismo, em grande parte dedicado à Política, nunca presenciei ou acompanhei momento tão vergonhoso. Por isso, decidi fazer algumas perguntas a mim mesmo, entrevistando a própria alma, o espírito público que me arrasta inapelavelmente a um verdadeiro estado de choque cívico.

Saiba, portanto, que estamos vivendo a página mais obscura de nossa História. Ou reagimos – e aqui você encontrará alguns caminhos – ou nos degradamos para sempre. Melhor seria inutilizar o título eleitoral, abstrair-se da nacionalidade e entregar ao imponderável e às artimanhas da falta de caráter o seu futuro, de seus filhos e netos.

Em Nação ultrajada – constituinte ou revolução você conhecerá os bastidores da crise, os antecedentes escabrosos, os escondidos propósitos, a trama diabólica dos seus principais protagonistas. Dou-lhe acesso a informações e reflexões que não poderá encontrar na Imprensa, no rádio, na TV ou em qualquer outro veículo. Simplesmente porque todos, sem exceção, estão comprometidos, são cúmplices da tragédia hoje patrocinada pelo PT, mas que já vem de longe, como tenho de testemunhar nesta hora da Verdade. Afinal, os milhões ‘valerianos’ não foram parar somente em paraísos ficais, foram também depositados nos balcões de anúncios, nas tesourarias de jornais, revistas e emissoras, nos amplos espaços da propaganda oficial. Um verdadeiro mecenato.

Tampouco deverá confiar nos que entregam as entranhas pela conquista do poder, que miram muito mais os holofotes da mídia, dos canais abertos ou fechados, do que a verdade e a consciência. Em última análise, despreze aqueles que pensam exclusivamente em seus interesses, em suas carreiras, pouco ou nada importando os destinos da Nação. Não dê crédito aos que querem ‘sangrar’ o presidente da República, seus asseclas e sequazes, para exauri-los até as eleições de 2006. Faltam-lhes autoridade ética e independência moral, para tanto. Por último, não se deixe contaminar com as patranhas do mercado financeiro, unicamente interessado na manutenção do clima de desavergonhada especulação.

Ao invés, sugiro-lhe que leia atentamente estas páginas, despretensiosas mas autênticas e honestas. Reflita, medite com seus botões sobre o desabafo de um jornalista que não tem rabo preso, que aprendeu com notáveis estadistas como fazer Política, como exercer o ‘munus público’, enfim que não defende nenhum interesse senão o de ajudar, com a experiência que o tempo lhe proporciona, a reconstruir o Brasil, reerguer das cinzas as instituições republicanas.

Minhas palavras passam, meus conceitos fluem no perpassar da História. Mas, seus juízos, leitor, são cruciais para o futuro do nosso País.

Com você estão as chaves e o segredo de portas arrombadas.

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Jornalista