O Komsomolskaya Pravda, jornal mais influente da Rússia, acabará sob o controle do Kremlin na medida em que o cerco governamental à mídia se fecha para as eleições de 2007. O diário será comprado, provavelmente em janeiro, pela OAO Gazprom Media, divisão da estatal russa de gás. Uma vez concretizado o acordo, mais de 90% das empresas de mídia na Rússia estarão nas mãos do Estado – cenário que preocupa os defensores da liberdade de expressão. Fundado em 1925, o Komsomolskaya Pravda não é crítico do Kremlin e costuma publicar artigos positivos sobre o presidente Vladimir Putin. Mas parece que o governo não quer se arriscar diante das eleições parlamentares de dezembro do ano que vem, vistas como uma prévia das eleições presidenciais, marcadas para três meses depois, avalia Andrew Osborn [The Independent, 23/11/06].
Mídia irá incentivar gravidez na Coréia do Sul
Roteiristas de novelas estão sendo recrutados a ajudar a Coréia do Sul na difícil tarefa de aumentar os índices de natalidade do país. Trinta roteiristas de novelas e programas de entretenimento participaram, na semana passada, de um workshop de dois dias patrocinado por organizações ligadas ao governo. O objetivo do evento era estimular os escritores a aumentar a representação positiva de famílias e nascimentos na mídia, especialmente nos dramas televisivos. Segundo um pesquisador sul-coreano, os programas de TV costumam mostrar famílias com muitos filhos de forma negativa e a vida de mulheres solteiras como algo ‘legal e sábio’. A taxa de fertilidade no país, que representa o número médio de filhos por mulher fértil, teve queda recorde para 1,08 em 2005. Cada vez mais as mulheres sul-coreanas trabalham fora e se casam tarde. Analistas já haviam alertado que o baixo índice de nascimentos pode causar uma queda na força de trabalho nacional, levar a uma sociedade envelhecida e prejudicar o já complicado sistema de aposentadoria. Informações da AFP [21/11/06].