Saturday, 12 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1309

Comunique-se

CBM EM DEBATE
Comunique-se

Barbara discute futuro e falhas da CBM

‘Após 43 anos de carreira no mercado publicitário, Daniel Barbara assumiu em fevereiro a presidência da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), criada pelo empresário baiano Nelson Tanure. Apenas neste ano, o grupo adquiriu a Editora Peixes e a CNT e disputa a compra da Editora Três ao mesmo tempo que enfrenta a insatisfação de seus jornalistas devido às condições de trabalho na empresa. Em entrevista ao Comunique-se, Barbara esclareceu suas posições sobre o futuro da CBM e de seus empregados.

Sinergia explorada ao limite

O papel de Barbara – que se pronuncia Barbará, apesar da ausência do acento agudo – na presidência da companhia é imprimir uma linha comum às quatro empresas de comunicação que atualmente compõem o grupo. A proposta é que sob o mesmo comando, Jornal do Brasil (JB), Gazeta Mercantil, Editora Peixes e JBTV, antiga CNT, tenham mais força do que a soma de suas partes individuais.

‘Minha função aqui é fazer com que se explore ao limite as sinergias que esse grupo pode gerar’, afirmou, apontando a variedade de veículos que a CBM pode oferecer em uma negociação publicitária como um dos grandes diferenciais que a companhia possui para crescer. Ele acredita que o acréscimo de empresas numa progressão aritmética levará a uma expansão geométrica da CBM, que tem a ambição de se tornar o quinto maior grupo de mídia do país em três anos.

Dinheiro de Docas

Apesar do crescimento horizontal do grupo, que começou com a compra do Jornal do Brasil em 2001, prosseguiu com o lançamento da versão brasileira da Forbes em 2002, com a aquisição da Gazeta Mercantil no ano seguinte e terminou incorporando as outras duas empresas este ano, o crescimento individual de seus meios não teve a mesma expressão. Ao contrário, a Gazeta Mercantil, carro-chefe do grupo, perdeu mais de 20 mil exemplares diários de tiragem desde sua compra por Tanure e outros veículos do grupo também enfrentam dificuldades individuais.

Barbara aponta a pulverização dos investimentos da CBM para além da Gazeta e do JB ocorrida neste ano como uma das possíveis soluções para a dependência do grupo em relação a seus maiores veículos. O executivo descarta o interesse da companhia em uma emissora de rádio, considerando que sua incorporação ao grupo não traria a sinergia que tanto buscam e por avaliar que o meio consome mais recursos do que retorna.

O dinheiro investido na compra dos veículos da CBM vem de Nelson Tanure e dos outros acionistas minoritários da Docas S.A., holding do empresário baiano que agrega, além da Companhia Brasileira de Multimídia, estaleiros, academias de ginástica e companhias que atuam no mercado imobiliário. A voracidade com que Tanure vem agregando empresas de mídia a seu grupo está próxima ao fim, reconhece Barbara, e deve se esgotar caso a CBM consiga incorporar a Editora Três, que roda, entre outras, a IstoÉ.

O empresário tem uma preferência por veículos que estejam em crise financeira e tenham um nome estabelecido no mercado – casos de JB, Gazeta e Três. Tanure não compra as empresas, apenas paga pelo arrendamento de suas marcas a seus donos, que continuam proprietários tanto da empresa, quanto de suas dívidas. No caso da Três, foi o dinheiro da CBM que encerrou a greve dos jornalistas por seus salários, em março. ‘Fizemos o empréstimo para poder negociar uma empresa que existisse, senão ela já teria parado de funcionar. Há conversas com Alzugaray [proprietário da editora], mas o que está determinando o ritmo dos negócios são os advogados e os auditores, que estão realizando um raio x da empresa’, apontou.

Questionado se o investimento de um empresário como Tanure em empresas de comunicação visa apenas ao lucro ou se ele também está interessado na influência que a mídia proporciona, Barbara afirmou que nunca viu Tanure se beneficiar do poder que seus meios lhe conferem. De acordo com o presidente da CBM durante as reuniões do conselho editorial o empresário define a defesa de bandeiras genéricas e politicamente corretas, como a ecologia, mas que nunca deu uma determinação no sentido de publicar algo com interesses velados.

Calcanhar de Aquiles

Durante cerca de oito meses de irregularidades em seus pagamentos, os profissionais da Editora Três relutaram para entrar em greve por temer prejudicar a empresa. O fator que finalmente unificou os jornalistas e determinou a paralisação da empresa foi a aproximação de Nelson Tanure como um dos prováveis compradores da editora. As baixas condições de trabalho nas redações da CBM lesaram tanto a imagem do grupo que os profissionais da Três aprovaram uma moção de protesto contra a possibilidade de Tanure comprar a empresa.

Sobre o caso, Barbara avalia que ‘os jornalistas e funcionários da três tem duas opções, a empresa quebrar e eles irem buscar seus direitos no bispo ou a empresa pode vir pra cá e a gente salvar uma boa parte dos empregos e da atividade’. Ele reconhece a CBM terá que pagar o preço pela ‘falta de compreensão’ desse ponto de vista por parte dos profissionais da Três, mas afirma que, se fosse um desses jornalistas, ‘rezaria todos os dias para o Tanure continuar vivo, porque ele é a unica alternativa aos Alzugaray’.

Dentro de casa, profissionais da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil ouvidos pelo Comunique-se usaram termos como ‘degradante’ e ‘sofrível’ para classificar as condições de trabalho em seus veículos. Jornalistas da Gazeta afirmaram que estão há mais de quatro anos sem nenhum tipo de aumento e que a maioria absoluta dos funcionários é contratada como Pessoa Jurídica (PJ) e por isso não possui os direitos trabalhistas previstos pela legislação, como vale-transporte e alimentação. Um profissional afirmou que, contando com férias atrasadas, o jornal lhe deve o equivalente a oito salários e que já ficou três meses sem receber.

Além disso, o excesso de trabalho também é uma realidade. A integração do grupo obrigou os profissionais a produzir conteúdo para outros veículos, sobrecarregando a rotina de trabalho dos jornalistas. Uma repórter da companhia afirmou: ‘Hoje eu escrevi três textos que são lixo, tenho consciência disso e vergonha deles. Mas eu não posso deixar de assiná-los porque são minha responsabilidade’.

Barbara reconhece que há problemas sérios na relação entre os jornalistas e a direção da empresa e pede paciência aos profissionais. Argumenta que a CBM, como grupo unificado, ainda é recente e que precisa de um tempo para se adaptar. Garantiu que novas contratações serão feitas nos próximos meses e que Augusto Nunes é o responsável por avaliar a melhor forma de fazê-lo. Editorias e seções enfrentam os problemas mais críticos de escassez de mão-de-obra.

Sobre as questões trabalhistas, envolvendo dívidas, benefícios e o regime de contratação dos profissionais da empresa, Barbara informa que está buscando no mercado um profissional para cuidar do RH da companhia e lidar com esses problemas, mas confessa que não sabe como isso vai ficar pois ainda ‘não teve tempo de pensar no problema’.

De todo modo, garantiu que haverá uma folga orçamentária para ser investida na melhoria dos direitos trabalhistas como um todo. ‘Vamos avaliar isso do ponto de vista de recursos humanos, mas que vai haver uma mudança vai. Se vai ser melhor imediatamente ou em médio prazo, não sei dizer, mas vamos cuidar desse pessoal com carinho’, concluiu Barbara.’

DIPLOMA EM DEBATE
Engel Paschoal

Jornalista precisa de diploma da vida, não diploma de jornalista, 9/04/07

‘Fonte:Corrêa Neto online

A primeira vez que ouvi falar da necessidade do diploma para ser jornalista foi há muitos anos, quando uma colega me disse: ‘Tá sabendo da lei que vai obrigar os jornais a contratarem só quem tiver diploma de jornalista?’

Confesso que, na época, nunca tinha ouvido falar em faculdade de jornalismo. Como eu já vinha exercendo a profissão, imediatamente requeri minha matrícula, de número 9051.

De lá para cá, esse assunto virou polêmica e agora me dou conta de que o decreto-lei que instituiu a obrigatoriedade de diploma de curso superior de Jornalismo já está fazendo 30 anos. Interessante é que não consigo me lembrar de nenhum jornal ou revista que defendeu abertamente essa obrigatoriedade. Ao contrário, a Folha de S.Paulo, entre outros, foi multada pelo Sindicato sob a alegação de ter gente sem diploma.

Ao que me consta, o Brasil é o único país em que existe tal exigência e não me parece que por isso nosso jornalismo seja melhor que o dos americanos, ingleses ou espanhóis, por exemplo. Aliás, há muitos jornalistas de reconhecida competência que estão na ativa hoje no Brasil e que não têm diploma de jornalista.

Apesar disso, é preciso reconhecer que, apesar de existirem muitas faculdades de Jornalismo (assim como de outras especialidades) que estão interessadas apenas em ganhar dinheiro, há algumas escolas de bom nível, sérias e com gente empenhada em formar profissionais. E que é melhor um jornalista com diploma de Jornalismo de faculdade decente que jornalista sem curso algum.

No entanto, ser jornalista é saber ver o que está acontecendo. Para isso é preciso conhecimento e, acima de tudo, experiência. Conhecimento não se adquire apenas na escola, mas em livros, filmes, discos e, agora, também através de computador. Experiência, só no dia-a-dia. Ou seja, não é preciso uma faculdade de Jornalismo para se ensinar isso aos jornalistas. É preciso viver, ganhar experiência, porque, por melhores que sejam a faculdade e o aluno, ao começar a trabalhar numa redação, todo jornalista ainda tem muito que aprender.

Acho que um médico que sabe escrever pode fazer muito melhor uma matéria sobre medicina nuclear, mudança de ministro, um assassinato ou mesmo um jogo de futebol do que um mau repórter, que exerce a profissão simplesmente porque é formado por uma faculdade de Jornalismo. O mesmo pode-se dizer de um físico, sociólogo, historiador, advogado etc.

Não estou dizendo que é preciso ser médico, físico, sociólogo, historiador, advogado etc. para escrever bem sobre um assunto. Há bons jornalistas que o fazem sem ter nenhum destes diplomas. O que digo é que o simples fato de ser formado em Jornalismo não dá a ninguém mais ou menos condições para escrever a respeito daquilo. Por isso, também não considero necessária a obrigatoriedade da pós-graduação em Jornalismo.

Por outro lado, acho que se deveria exigir um diploma superior de todo jornalista. Aliás isso é hoje uma realidade em qualquer profissão. É praticamente impossível se conseguir um bom emprego sem curso superior e o conhecimento de pelo menos uma outra língua, além do português. Com o jornalista não tem porque ser diferente.

Cabe aqui ressaltar que os grandes veículos já têm seus cursos de Jornalismo, os quais vêm aperfeiçoando o conhecimento, na prática, de quem pretende ingressar numa redação. O do Estadão, que neste ano completa 10 anos, é um exemplo. E temos também um curso de formação de editores: está no terceiro ano o Curso Master de Jornalismo, do Centro de Extensão Universitária, em São Paulo. Portanto, não é preciso obrigar ninguém a fazer uma faculdade de Jornalismo para poder exercer essa profissão. Além de exigir diploma superior e conhecimento de pelo menos outra língua, o veículo pode dar ao jornalista um treinamento através de um curso próprio. Futuramente, se o profissional tiver condições de assumir outras funções, um curso como o Master de Jornalismo é altamente recomendado.

A volta ao sistema anterior, no qual qualquer pessoa, independentemente do grau de escolaridade, podia ser jornalista, nem precisa ser cogitada. O próprio mercado de trabalho já sepultou essa possibilidade.

Portanto: 1) não sou a favor da obrigatoriedade de diploma de jornalista; 2) o fim dessa obrigatoriedade vai fazer com que sobrevivam as melhores faculdades de Jornalismo, porque elas terão que se aperfeiçoar ainda mais já que acaba a reserva de mercado; 3) deveria ser obrigatório um curso superior e o conhecimento de uma língua estrangeira; 4) os cursos de jornalismo dos próprios veículos são dignos de elogio e incentivo; 5) os veículos poderiam inscrever mais profissionais em cursos como o Master de Jornalismo, que, a exemplo do curso do Estadão, da Folha, da Abril e os de outros veículos, conta com profissionais renomados de outros países para aprimorar os conhecimentos do jornalista e, em conseqüência, a prática de um bom jornalismo.

(*) Jornalista.’

INTERNET
Bruno Rodrigues

‘Check-list’ sobre a informação na Web, 5/04/07

‘Para começar abril com o pé direito e encerrar com fecho de ouro esta primeira fase da coluna – na próxima semana você irá entender! -, aqui vão 30 boas dicas de como trabalhar (ainda) melhor a informação para a mídia digital.

Bom proveito!

1- Sobre as vantagens da internet

* Os principais benefícios em utilizar a internet merecem ser lembrados ao usuário sempre que possível: o acesso imediato, o conforto indiscutível, a atualização constante, a abrangência das informações oferecidas e a rapidez no contato.

* A internet reavivou o contato do cidadão com as instituições, e por isso deve-se estimular a cada instante a opinião do usuário. É ele o termômetro de informações e serviços que você disponibiliza.

2- Sobre a Informação na web (em geral)

* Trabalhe com a idéia de camadas, oferecendo aos poucos os aspectos da informação.

* Liste todos os aspectos de uma informação que você irá abordar, e analise se eles serão mais bem apresentados em texto, tabela, gráfico ou imagem.

* Disponibilize dados completos, e aborde todos os aspectos possíveis sobre o tema. A idéia é esgotar todas as possibilidades.

* Embora um site seja um ‘arquivo’ de informações, a idéia não pode ser levada ao pé da letra. É preciso destacar, periodicamente, o que não é mais novidade.

3- Chamada de primeira página

* Os títulos de uma chamada precisam incluir a palavra-chave que defina o aspecto da informação que será apresentada logo a seguir, no texto da chamada.

* O texto da chamada deve ser econômico, tanto pela necessidade de objetividade nos aspectos da informação a ser acessada, quanto por uma questão de espaço.

* Estimule a ação. Abuse de verbos e expressões como ‘conheça’, ‘descubra, ‘consulte’ e etc.

* Sempre vale checar se todos os recursos essenciais à eficácia da sua chamada estão sendo utilizados: um título que traga a palavra-chave; um texto que inclua o aspecto principal do conteúdo a seguir; e elementos de apoio, como a imagem, que não repitam o que os outros itens já abordaram como forma de persuasão.

4- Texto principal

* Cheque todas as informações e as revise minuciosamente até que possam ser disponibilizadas.

* No bom discurso web, o tom emocional é que cativa e cria o visitante fiel.

* Escreva como se estivesse explicando o assunto a um leigo, mesmo que o tema seja banal.

* Incluir a palavra-chave que define uma página no título, e grifar em cada parágrafo as que melhor o resumem, são ações recomendadas para que a informação seja facilmente

visualizada em um texto.

* Prefira o travessão (-) aos dois pontos (:) que, na tela do computador, tendem a escapar ao olhar.

* O texto principal precisa responder a todas as questões jornalísticas básicas, e assim atender o usuário com a objetividade que ele deseja. As questões jornalísticas deixam claras sobre o quê é o assunto, quando ele ocorreu, quem está envolvido, como foi, onde ele transcorre e o porquê dele ter acontecido.

* Em geral, o texto principal possui entre 15 e 25 linhas.

* Para prender a atenção do usuário, aborde o aspecto mais interessante no primeiro parágrafo, e só depois apresente os detalhes.

* Por vezes, é melhor utilizar um sinônimo para um termo que é considerado claro para o usuário em geral, mas que seria obscuro para um determinado público.

* Lide com uma idéia a cada parágrafo. Se ele ficar extenso em demasia, desdobre a idéia apresentada, e transforme o parágrafo em dois.

* Opte sempre pela voz ativa. A voz passiva indica uma linguagem menos coloquial, inadequada à internet. A voz ativa é também mais enxuta: é possível dizer a mesma coisa com menos palavras.

5- Links

* Ao sugerir páginas do próprio site, só inclua um link ao longo do texto quando for abordar outros aspectos que possam complementar a própria informação, nunca outra informação.

* Ao sugerir páginas de outro site, não basta criar um link de acesso. É preciso explicitar quais informações o usuário encontrará, para que fique claro o porquê da sua indicação.

Insira uma frase explicativa logo após o link, então.

6- Conteúdo expandido (páginas de ‘Leia Ainda’, ‘Veja Também’, etc.)

* O usuário espera encontrar nestas páginas todo o detalhamento que deseja, portanto não há limite para a extensão dos textos.

* Contudo, textos extensos em excesso são o sinal de que as informações merecem ser disponibilizadas em outras páginas.

Elas permitem que o usuário apreenda o assunto em etapas, e não receba todas as informações em uma página única.

* O conteúdo expandido é o principal responsável pelo retorno do usuário.

7- Conteúdo fechado

* Avisar o usuário sobre áreas restritas de um site é uma atitude que demonstra respeito, e também a preocupação em orientá-lo a cada instante em que ele está navegando pelas páginas.

* Uma das premissas do conteúdo restrito é a atualização rígida das informações, não importa a forma com que estas páginas são alimentadas.

8- Imagem

* A imagem jamais deve repetir um aspecto que já foi abordado por outro componente da informação web. Os componentes – imagem, texto, vídeo e áudio – são complementares, fechando, cada um a seu modo, o cerco à informação em questão.

9- Áudio e vídeo

* Ao oferecer acesso direto à fonte da informação, a utilização do áudio e do vídeo na web garante transparência e credibilidade ao site, o que é relevante na construção da empatia com o usuário.

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Nesta segunda-feira, dia 9, participarei do evento – gratuito – ‘Tendências da Comunicação Digital’, promovido pelo British Council. Se você não mora no Rio de Janeiro, não se preocupe: o encontro será transmitido ao vivo pela internet a partir dos sites dos organizadores (entre eles o Comunique-se) e os internautas poderão fazer perguntas em tempo real. Mais informações, em meu blog, o ‘Cebol@’.

(*) É autor do primeiro livro em português e terceiro no mundo sobre conteúdo online, ‘Webwriting – Pensando o texto para mídia digital’, e de sua continuação, ‘Webwriting – Redação e Informação para a web’. Ministra treinamentos em Webwriting e Arquitetura da Informação no Brasil e no exterior. Em sete anos, seus cursos formaram 1.300 alunos. É Consultor de Informação para a Mídia Digital do website Petrobras, um dos maiores da internet brasileira, e é citado no verbete ‘Webwriting’ do ‘Dicionário de Comunicação’, há três décadas uma das principais referências na área de Comunicação Social no Brasil.’

JORNAL DE BAIRROS
Milton Coelho da Graça

Dr. Roberto e Cabam sumiram da foto…, 9/04/07

‘Vocês se lembram daquela técnica soviética de contar a história, fazendo sumir nomes e fotos? Pois a criação do Jornal de Bairros, 25 anos depois, foi contada com um pouco dessa técnica. Na verdade, quem teve a idéia do suplemento e mandou fazer foi Roberto Marinho. Quem organizou a equipe, comandou e botou o primeiro número para rodar foi o chefe de redação do jornal, Henrique Caban.

A matéria histórica publicada pelo jornal no dia 30/03, um quarto de século depois, não menciona nem Roberto Marinho nem Caban. Milton Temer, editor a partir do número 2, talvez tenha esquecido sobre o que já encontrou pronto ou, mais provavelmente, seu depoimento teve de ser cortado por falta de espaço. Essa deve também ter sido a razão da ausência dos depoimentos de Luiz Garcia, Merval Pereira, Celso Itiberê e outros contemporâneos do nascimento do Jornal de Bairros e ainda estão ali na redação. Eu já estou fora, mas também fui testemunha: era o editor-chefe do jornal.

Na comemoração dos 50 anos, como será contada a história?

Marreta nem sempre é verde, só amarela

O governo chinês proibiu os jornais de suspenderem a prática – muito comum – de cobrar pelas notícias publicadas. A medida foi tomada depois que um funcionário de jornal foi assassinado ao tentar extorquir o dono de uma mina que funcionava ilegalmente.

O próprio presidente da República, Hu Jintao, interveio no caso, pedindo uma super-rigorosa investigação do crime que colocou em manchetes ‘a inescrupulosa prática de muitos jornais’ – como afirmou um grande diário nacional – ‘em que os repórteres pedem a entrevistados e personagens que paguem suborno ou comprem publicidade para ter um noticiário favorável ou evitar um ruim.’

A CNS (a Radiobrás de lá) anunciou esta determinação governamental: ‘A mídia não pode usar a cobertura noticiosa para pedir dinheiro ou publicidade, ou fazer qualquer atividade que signifique extorsão.’ Também segundo legislação, a mídia só deve usar jornalistas registrados e que não participem de qualquer atividade comercial.

Já fui editor de um jornal em que o diretor de publicidade ‘acumulava’ a função de colunista social. Ele me explicou que era muito importante sua presença em todas as festas e encontros sociais. Fazia fotos e conversava com empresários e respectivas senhoras. Quando aparecia no dia seguinte para corretar publicidade, levava cópias das fotos como presentes e o caminho da fatura estava aberto. Mas ele explicava com toda a clareza que as duas funções não se misturavam.

Todos nós conhecemos mil variedades de marretas – desde as grandes, feitas por alguns donos das empresas de comunicação, até as de alguns apresentadores de programas de rádio e repórteres. Coisas do passado? Nos maiores jornais e revistas, certamente sim. Mas ainda recentemente uma mala com quase dois bilhões de reais ia ser entregue a uma revista para publicar um dossiê contra um candidato a governador…

E cada um de nós certamente vai querer saber se os chineses serão capazes de fazer cumprir uma lei dessas, num país maior do que o nosso, uma população quase sete vezes maior, cem cidades com mais de um milhão de habitantes, dinheiro rolando cada vez mais, jornais, rádios e tevês locais sempre com mais leitores e maiores audiências.

O dono da mina e seis outros cúmplices estão presos pelo espancamento e morte do funcionário do jornal, que, segundo a associação profissional, não era jornalista registrado. O jornal sequer publicou a notícia da morte.

Outros repórteres, que ligaram para a redação, ouviram uma curiosa explicação: Lan, a vítima, foi o único responsável por sua morte.

Pequenos poderosos ensinamentos

Dan Rather (um dos mais famosos âncoras da TV americana) reiterou seu sentimento de que muitos jornalistas hoje – e ele reconhece que também caiu nessa armadilha – procuram se tornar simpáticos demais a pessoas em posições de poder, tanto em empresas como no governo.

‘O nexo entre jornalistas poderosos e pessoas no governo e no poder corporativo’ – disse Rather – ‘tornou-se próximo demais.

Você pode se aproximar tanto de uma fonte que acaba se tornando parte do problema, explica Rather. ‘Algumas pessoas dizem que essas pessoas poderosas usam jornalistas e na verdade fazem isso. E usarão com a maior intensidade possível, até o ponto em que o jornalista decida opa, assim já é demais’.

Os jornalistas não podem aceitar a diluição da verdade para proteger seu acesso ao poder.

Daniel Terdiman, entrevista com Dan Rather para o site cnet.com, 12.3.2007

(*) Milton Coelho da Graça, 76, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se.’

JORNALISMO ESPORTIVO
Marcelo Russio

Acabou a figura do cronista, 3/04/07

‘Olá, amigos. Cada vez mais tenho me convencido de que não basta a um jornalista esportivo ser apenas jornalista. Na medida em que os assuntos abordados pela esfera esportiva aumentam, é necessário que a formação de um profissional da área esportiva seja mais completa. Não é raro termos de nos aventurar pela esfera jurídica, policial e até econômica para conseguirmos dar uma informação da melhor maneira possível.

Quando um jogador de futebol é preso por não pagar pensão a um de seus 18 filhos, é importante que expliquemos como e por que este cidadão foi detido. Quando um atleta é negociado com um clube do exterior e uma operação financeira é feita para que os seus direitos federativos sejam pagos, precisamos entender os mecanismos monetários e explicar ao leitor de forma clara.

Da mesma forma, uma disputa jurídica entre duas entidades, sejam clubes ou federações, precisa ser elucidada, e as possibilidades de desfecho analisadas de forma competente pelo jornalista, que precisa entender o que acontece e transmitir informativamente.

Por tudo isso, a formação dos jornalistas, nas faculdades, deveria prever a especialização do profissional. Não apenas aspectos técnicos de redação, apuração e diagramação, mas também aspectos gerais das áreas que compreendem o noticiário. Política, economia, direito e cultura, entre outras, deveriam ter seus princípios básicos dados nas salas de aula, para que os jornalistas não saíssem dos bancos universitários crus como saem hoje.

Claro que alguns dirão que a informação e a especialização em uma determinada área devem ser de responsabilidade de cada profissional, e que esse seria o seu diferencial na competição por uma vaga no mercado. Discordo em parte, pois um jornalista é, por definição, uma pessoa informada, mas que precisa entender aquilo que informa, e a sua linguagem específica. Mesmo que haja uma infinidade de assuntos, as editorias são basicamente as mesmas, e poderiam ser mais bem exploradas pelos professores das faculdades.

Afinal de contas, quanto melhor sairmos das salas de aula, melhor informaremos. A figura do cronista puro e simples está, a meu ver, quase sepultada.

(*) Jornalista esportivo, trabalha com internet desde 1995, quando participou da fundação de alguns dos primeiros sites esportivos do Brasil, criando a cobertura ao vivo online de jogos de futebol. Foi fundador e chegou a editor-chefe do Lancenet e editor-assistente de esportes da Globo.com.’

MERCADO EDITORIAL
Eduardo Ribeiro

As reestruturações de JT e Diário de S. Paulo, 4/04/07

‘Dentro de 10 ou 20 dias o Jornal da Tarde estará sob nova direção. Deixaram o jornal nesta 2ª.feira (2/4) o editor-chefe Celso Kinjô e o editor-executivo Fernando Fernandes, responsável pelo fechamento. Pouco antes, na semana passada, saiu o editor-executivo Sidney Mazzoni, que coordenava as editorias de Esporte do JT e do Estadão. As mudanças, segundo informou o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, a este Jornalistas&Cia, encerram o ciclo de ajustes na equipe, que começaram pelo Estadão.

Ali, houve algumas saídas (Flávio Gut e Ricardo Anderáos, entre elas, ambas na área de conteúdo digital), algumas chegadas (Pablo Pereira, como editor-executivo, e Marco Chiaretti, como editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado) e vários remanejamentos (Rui Nogueira de São Paulo para Brasília, Luiz Fernando Rila, de Brasília para São Paulo, e Flávio Pinheiro, de São Paulo para o Rio).

Com os ajustes feitos no Estadão, os olhos voltaram-se para o Jornal da Tarde, que a partir de agora deverá passar por um processo de rediscussão dos rumos editoriais, razão pela qual, segundo informou Gandour, optou-se pela renovação das lideranças.

Os editores que saem foram responsáveis pela reforma de 2006 e pela reestruturação econômica que permitiu ao jornal, já há alguns anos, operar no azul. A empresa, agora, quer revisar esse projeto e optou por buscar um novo nome para o comando, que poderá vir tanto das próprias redações do Grupo Estado quanto de fora. Só depois dessa contratação será definido o substituto de Fernandes e, eventualmente, o de Mazzoni, cujo cargo está sendo redesenhado.

Com as saídas de Kinjô e Fernandes, Raimundo Silva assumiu o abre do jornal, permanecendo Luciano Paco, o Coruja, no fechamento, ambos reportando-se por enquanto ao editor-chefe do Estadão, Roberto Gazzi.

Diário de S. Paulo

O Diário de S. Paulo também está mudando, mas são mudanças no conteúdo com a mesma equipe e até com a chegada de alguns reforços. O editor-chefe Luiz André Alzer, que foi enviado do Extra, do Rio, para assumir o Diário de S. Paulo, após dois meses estudando o jornal, considera ter chegado a hora de algumas mudanças que, segundo ele, darão nova alma ao veículo. O pacote de novidades editoriais anunciado tem por objetivo deixar o Diário mais atraente, melhor editado e ainda mais próximo de seus leitores. Acompanhe as mudanças.

O caderno Viver, de Variedades, passa a se chamar, de 2ª a sábado, Vamos Ver, mantendo o nome anterior nas edições dominicais. Em termos de conteúdo, o Vamos Ver terá como carro-chefe as notícias de tevê e o Viver, temas como comportamento, saúde e bem estar. O caderno passa a adotar oficialmente o formato tablóide em todas as edições e vai circular diariamente com 12 páginas, que viram 16 às 6ªs.feiras, por conta da programação de fim de semana.

A contracapa do 1º caderno muda e passa a abrigar diariamente o Diário da Fama, sob a responsabilidade de Guilherme Samora. Essa página abrirá espaço para mostrar os bastidores do mundo das celebridades e será feita em sinergia com a Retratos da Vida, do Extra, que é conduzida por Leo Dias, no Rio de Janeiro. Ambos trocarão muitas notas e informações, mas manterão nas respectivas páginas o foco local e também notas exclusivas.

Outra contracapa que ganhará uma seção fixa é a do caderno de Economia, sobre Saúde, com edição de Jaqueline Falcão e circulação de 2ª a sábado. Vai se debruçar sobre temas como prevenção, descobertas e novidades na área da medicina, pesquisas e assuntos que tenham a ver diretamente com a vida das pessoas. Os chamados temas macro ou institucionais vão para o caderno geral.

Esta página também está ganhando a seção Qual é o seu problema, com perguntas de leitores e respostas formuladas com orientação de médicos e especialistas.

Na 2ª.feira, dia mundial do início das dietas, essa página será temática, dedicada exatamente a Dieta e Boa Forma, sempre apresentando uma receita light, uma tabela de calorias e uma sugestão de dieta da semana, produzida com orientação médica. Jaqueline, na produção desse material, terá o apoio do repórter Bruno Folli.

A página 2 também foi inteiramente remodelada. Além de incluir Previsão do Tempo, Diário do Leitor (com cartas dos leitores) e a tradicional seção Há cem anos, com notícias publicadas pelo jornal um século atrás, a Página 2 terá diariamente uma coluna âncora, no alto da página, com um tema fixo por dia da semana. Às 2ªs.feiras tem o Gente da Cidade, produzida por Donizete Costa, com o perfil de personalidades marcantes, mas anônimas, da cidade; às 3ªs é a vez de Nós Testamos, com Carol Knoeloch, que a cada semana testará um serviço tradicional da cidade, como uma forma de prestação de serviços aos leitores (a estréia foi um teste com cinco empresas de entrega, que se valem dos chamados motoboys); às 4ªs é o dia de Meu Começo, com Eric Fujita, que vai mostrar o começo e a evolução da vida de personalidades da cidade e os conselhos que dão para quem está começando agora; às 5ªs, o espaço será ocupado por Glenda Pereira, com Trânsito Livre, que vai se debruçar sobre as condições de tráfego da cidade, além de trazer dicas de trânsito de motoboys e motoristas de táxi – os profissionais que mais conhecem o pesado trânsito de São Paulo; às 6ªs, chega São Paulo que eu Adoro, com Marcos Carrieri, que toda a semana convidará uma personalidade da cidade para elaborar um roteiro de fim de semana que considere ideal, complementado por uma seção de serviços com todos os endereços e outras informações relevantes; os sábados serão dedicados ao Cadê Você, com Nicolau Radamés Creti, seção que, como o nome diz, procurará descobrir e mostrar como estão hoje personalidades que um dia foram famosas, mas depois sumiram no tempo; os domingos vão abrir espaço para Júlio César Barros mostrar o É cada Coisa!, com um resumo das notícias mais pitorescas da semana, única que não terá exclusivamente São Paulo como limite geográfico, valendo curiosidades de todo o Brasil e também do Exterior. Esta página passará a abrigar também os editoriais, que vinham sendo publicados abaixo da coluna de Ancelmo Góis; esse espaço é agora ocupado com o resultado das loterias. Outra novidade da página é a introdução de charges, que o jornal até então não publicava. O espaço passa a ser ocupado pelo chargista Renato Machado.

Uma quarta mudança foi a padronização das colunas e outros ajustes gráficos com o objetivo de dar mais uniformidade ao jornal e aprofundar o relacionamento com o público-alvo, as classes B e C.

E por fim, uma quinta notícia, a ampliação da equipe. Além do chargista, o jornal abriu quatro outras novas vagas, que foram preenchidas por Marcos Carrieri (Variedades), Leandro Calixto e Fabrício Calado Moreira (ambos para São Paulo) e Carla Campos (estagiária do Viajar).

Num e noutro jornal, as mudanças estão apenas começando, devendo ser aprofundadas no decorrer dos próximos meses.’

JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu

C…-de-boi aéreo, 5/04/07

‘apagar a escuridão

feito Diógenes

: lanterna na mão

em busca de meus genes.

(Linaldo Guedes in DNA)

Cu-de-boi aéreo

O considerado João Bittencourt Salvatti, de Florianópolis, escreveu à coluna com todo o texto em caixa alta, como se gritasse sua indignação contra o Jornal da Band do sábado, 31/3:

(…) E depois de mostrar cenas de revolta nos aeroportos, revolta justíssima, por sinal, nas quais um ex-passageiro quebrou alguma coisa no balcão de uma companhia e outro atirou um grampeador no balcão, o apresentador do telejornal, rapaz que nunca vi na minha vida, vociferou: ‘lugar para se fazer protesto é Brasília e não o aeroporto’.

Pois eu gostaria que esse apresentador passasse o que nós passamos nos aeroportos, gastando dinheiro com comida, dormindo no chão, sem condições de sequer tomar um banho e, ainda por cima, sendo destratados por funcionários despreparados para lidar com o público!!!’

Janistraquis também acompanhou as confusões, viu outro passageiro danificar uma vidraça e meter a mão na cara de uma funcionária que correu atrás dele para lhe cobrar a ‘dívida’. E já inseriu tudo no seu livro História da Arruaça no Brasil – Do Arrancarrabo ao Cu-de-Boi.

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Serapilheira

O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal no Planalto, de cujo varandão ora em reforma dá pra ver os ministros abrindo a porteira, pois Roldão interrompeu momentaneamente a leitura dos jornais para escrever esta carta:

Prezado Senhor

Renato Ferraz

caderno HORA LIVRE

Correio Braziliense dia 2 abril

Na piada da página 7 aparece escrito ‘um saco de aninhagem’. Com o revisor ortográfico do WORD este erro seria logo detectado. O certo é aniagem. O dicionário ensina que é um tecido grosseiro de juta, linho cru ou outra fibra vegetal, usado especialmente na confecção de sacos e fardos. E ensina ainda um sinônimo, muito usado em Portugal: serapilheira.

Segundo Janistraquis, ‘saco de aninhagem’ é aquele utilizado nos galinheiros, sobre o qual aninham-se as poedeiras…

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E o salário?!?!?!

O considerado Herbert de Almeida Vianna, jornalista no Rio, ficou deverasmente perplexo com este textinho que leu na coluna do não menos considerado Juca Kfouri:

(…) Alguém já disse que jornalista não tem amigos, nem anunciantes, nem governo, nem patrões, ou melhor, que o patrão do jornalista é o leitor, o ouvinte, o telespectador, o internauta. E que também estes devem ser contrariados sempre que engrossarem correntes que deixem de levar em conta o que é factual. É duro, mas é simples.

Herbert escreveu:

Uai, e quem paga então o salário do jornalista?!?!?!

É mesmo, Juca; quem paga o raio do salário?!?!

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Voando baixo

A considerada Cristiane Mendonça, assessora de imprensa em São Paulo, viu a Folha Ilustrada derrapar na pista, neste textinho que flanava abaixo do título John Travolta enfrenta pane e faz pouso de emergência na Irlanda:

O ator norte-americano John Travolta, 53, precisou realizar um pouso de emergência com seu avião privado no aeroporto de Shannon, na Irlanda, depois de uma pane nas turbinas, na noite de segunda-feira. (…)’Se ele não tivesse conseguido aterrizar em Shannon, teria sido o fim de sua vida. Se podia ver claramente que ele estava muito contente de estar vivo’, disse uma fonte do aeroporto. Em 1999 o ator sofreu um outro problema no meio de um vôo, quando seu jato privado perdeu uma turbina e Travolta aterrizou em Boston.

Janistraquis concorda com você, Cris; não é possível que, da aterrissagem em Boston à aterrissagem na Irlanda, passados oito anos, ainda se escreva aterrizar em vez de aterrissar!

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Sexo oral

O considerado Sérgio Pavarini passeava os olhos pelo Portal Terra quando tropeçou nesta perturbadora chamada:

Mulher faz sexo oral em arma contra HIV.

Dá mesmo a impressão de que a mulher tem uma arma apontada para sua cabeça e está… ou vai fazer… ou já fez, porém o textinho ‘esclarecia’:

O ex-tenista alemão Michael Stich está promovendo, com sua fundação, uma campanha publicitária de prevenção à contaminação de crianças pelo vírus da aids. A nova propaganda está causando polêmica por suas fotos que simulam sexo oral.

Pavarini desabafou:

São tantos os deslizes do Portal que por ali a língua portuguesa continua sob sete palmos de…. terra. Felizmente, estamos na semana da Páscoa, período propício a ressurreições.

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Cabra invejoso

Os considerados José Alberto Moraes Ribeiro e Athaíde Feijó, do Rio; Eva Denderovsky, de Porto Alegre; Ivan Hurtado García-Mendez, de São Paulo, e muitos outros mais e indignados leitores que escreveram durante esta semana querem registrar aqui seu repúdio ao texto de José Roberto Torero na Folha de S. Paulo, texto visto como a quinta-essência da inveja nacional.

‘Esse tal de Torero é daqueles que não conseguem engolir o sucesso dos outros, coisa comum neste país de m…, como dizem vocês’, vociferou um desses leitores, nem todos torcedores do Vasco, esclareça-se. ‘Além de Romário, o sujeito deve ter ódio de Pelé, Ayrton Senna e até do Lula, torneiro-mecânico que chegou lá!’, clama outro.

Janistraquis recomenda ao talentoso Torero que se mande pra Argentina e peça asilo na sede do River Plate, porque aqui no Brasil até os flamenguistas e os corinthianos torcem por Romário e respeitam as contas que não foram feitas pelo craque e sim por três respeitados jornalistas esportivos.

Visitem o Blogstraquis e vejam como o invejoso pisou na bola.

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Casa do c…

Depois da derrota e eliminação da Copa do Brasil, ontem à noite no Maracanã preparado para a festa de Romário, o colunista ameaçou entrar em profunda depressão, porém Janistraquis, que não desiste nunca, como o pessoal do PT, resolveu manifestar douta opinião:

‘Considerado, perdemos para o Gama; o Vasco é da Gama. Quer saber? Tá tudo em casa!’

Então viva o Gama, que fez 2 a 1 e despachou o Vasco para a casa do c…

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Promovido para baixo

O considerado Thomaz Magalhães acompanhava nos jornais os episódios do chamado apagão aéreo quando encontrou este, com perdão da palavra, despacho da Agência Estado:

O brigadeiro Carlos Aquino (…) deixará o comando do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta-1) dia 11 de abril. A transmissão do cargo, marcada no início de março, foi devido à sua promoção a coronel, já previamente decidida e que entrou em vigor dia 31 de março, dia seguinte ao motim. O cargo é privativo de coronel.

Thomaz, que já viu muita esquisitice neste país de m…, protestou:

Começa que esse monte de brigadeiro na aeronáutica já conflita com o que aprendi, em tenra idade, no ginasial/colegial: marechal, do exército; brigadeiro, da aeronáutica; e tem mais um supertítulo desses para a marinha, são patentes privativas de generais-comandantes em guerra.

Agora, brigadeiro ser promovido a coronel, é inédito.

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Guerra nas Estrelas

O colunista informa aos amigos e colaboradores que esteve a lutar contra um vírus mais poderoso que o vilão de Guerra nas Estrelas; quando já perdia por 10 a 0, foi socorrido pelo considerado Fabio José de Mello, mestre em computadores. Porém, nos primeiros dias da refrega, Janistraquis e eu contabilizamos a perda de inúmeras mensagens.

Portanto, os amigos que nos últimos dez dias enviaram colaborações para a coluna, por favor reenviem-nas (este reenviem-nas é uma homenagem à memória de Jânio Quadros, que deve ser sempre lembrado nesses tempos nos quais escasseia a autoridade pública).

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Nota dez

Ao celebrar o dia da mentira, em excelente texto no Observatório da Imprensa, o considerado professor e escritor Deonísio da Silva recordou:

Célebres mentiras já foram pregadas na data, inclusive na imprensa, como a de que a minúscula república russa de Djortostão doara seis metros quadrados de seu território a uma república vizinha para arrebatar do Vaticano o título de menor Estado autônomo do mundo.

Leia aqui a íntegra dessa ilustrada e divertida história das ‘pernas curtas.’

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Errei, sim!

‘LESA-REVISÃO – Estimulante título de matéria policial do Diário do Nordeste, de Fortaleza: Autor de crime morte a vigilância e foge da cadeia. Janistraquis garante que isto é crime de lesa-revisão e o responsável deveria pagar caro. Concordo. (abril de 1992)’

AFEGANISTÃO
Comunique-se

Talibã anuncia morte de repórter afegão, 9/04/07

‘O porta-voz talibã Shahbuddin Ata anunciou à emissora privada ‘Tolo TV’ no domingo (08/04) que o repórter afegão Ajmal Naqshbandi foi decapitado. O jornalista foi seqüestrado em 04/03 junto ao correspondente italiano Daniele Mastrogiacomo, para quem trabalhava como intérprete, e o motorista Said Agha. O motorista foi assassinado no dia 16/03 por ter sido considerado um ‘espião das forças militares estrangeiras’. Já Mastrogiacomo foi solto no dia 19/03 após a liberação de cinco prisioneiros talibãs pelo governo do Afeganistão.

Na sexta-feira (06/04) o presidente afegão, Hamid Karzai, assegurou que a libertação dos cinco membros talibãs foi ‘um caso muito extraordinário’, e as autoridades não voltarão a trocar prisioneiros por reféns ‘em nenhum caso’. A troca foi criticada pela oposição italiana, e mal-vista pelos Estados ocidentais, como publicou a mídia italiana durante as últimas semanas.

Por enquanto, nenhuma fonte oficial confirmou as alegações de Shahbuddin Atal, e o porta-voz do Ministério do Interior, Zemarai Bashary, limitou-se a assinalar que o governo ‘não tem provas’ do assassinato. (*) Com informações da Agência EFE’

VIDA MODERNA
José Paulo Lanyi

A novíssima religião virtual, 3/04/07

‘Tenho um conhecido que acha que vivemos, literalmente, em um enredo de novela. Eu disse literalmente. Pelo que entendi, somos personagens de uma trama. Do outro lado da vida temos diretores, roteiristas, produtores… Só não entendi onde entram os caras da maquiagem…

Lá nessa outra dimensão também haveria um público, gente que assiste à nossa vida e torce contra e a favor. Nada do que fazemos ficaria alheio a essa multidão. E os nossos atos seriam, na verdade, escritos e dirigidos. Nós pensamos que fazemos tudo por nós mesmos, quando, na realidade, seguimos, inconscientemente, o roteiro à risca.

Esse meu conhecido me disse que outro dia, ao reparar em um homem que estava na calçada diante de uma estação do metrô, concluiu que se tratava de um figurante. Os movimentos daquele homem seriam típicos de um figurante. Pelo que entendi, eram uns gestos mecânicos, sem sentido, que não serviam para nada… Só podia ser um figurante…

Nessa sua surpreendente constatação metafísica, o sentido inato do mistério em todos os povos, plenos da busca do eterno e da convicção de uma divindade, seria conseqüência da nossa condição de atores e atrizes que sabem, lá no fundo, que um dia este show vai acabar e todos voltarão para a área administrativa do estúdio. Digo ‘este’ porque o meu conhecido é reencarnacionista. Ou seja: logo estaremos de volta aos cenários e às externas da Terra para viver uma outra personagem.

Veja só… Hoje o Bush é o protagonista. Na próxima, ele pode voltar em um papel menor, como pipoqueiro ou segurança de boate. Hoje, Dercy Gonçalves; amanhã, secretária-geral da ONU. Hoje, André Falavigna (o maior cronista brasileiro ainda vivo); amanhã, Marilyn Monroe. Hoje, Fernando Mariz Masagão (o maior escritor brasileiro que nunca escreve); amanhã, o Somália, aquele jogador do Azulão. Hoje, José Paulo Lanyi. Amanhã, coisa ainda pior…

Claro: quando me refiro à Marilyn e ao Somália, penso no arquétipo, penso na Marilyn do futuro, no Somália do futuro…

Falando em arquétipo, essa tese tem um quê junguiano e explicaria o porquê das coincidências (ou da sincronicidade): o roteirista armou tudo. Simples assim.

Talvez esse sistema explique, também, as investigações sobre a existência dos espíritos: Allan Kardec seria uma espécie de ator rebelde que começou a sacar o lado de lá mas perdeu o essencial: o mundo dos espíritos nada mais é do que o grande complexo do estúdio e toda a sua esquipe…

De sua parte, os católicos teriam intuído, com o Céu, o Inferno e o Purgatório, os bairros nobres, as favelas e a baixa classe média: ou seja, as regiões habitadas pelos espectadores desta nossa novela.

O Nirvana dos budistas é a desculpa dos atores folgados, desses que acham que são tão indispensáveis que se sentem donos da novela. São tão estrelas que se sentem a própria novela!

Outro exemplo: os muçulmanos homens são daqueles atores que adoram uma farrinha depois das gravações… Se for com virgem, tanto melhor… (Atenção, muçulmanos, isto é importante: tenham bom humor e, por gentileza, não matem este colunista).

Os ateus são como os comunistas: atores limitados, sem imaginação, desses que fazem burocraticamente a sua parte, reclamam de tudo, questionam o roteiro e vivem perguntando se os outros têm DRT…

Melhor parar. Não vou escrever nenhum evangelho. Limito-me a me perguntar se isso tudo é ou não é real. O BBB pode ser um ‘toque’ da direção, assim como o ‘Matrix’, ‘O Show de Truman’, o ‘Second Life’, a Internet em geral. E só os mais espertos entenderão…

Se é verdade que o ar está cheio de espíritos que vagueiam pelas nossas casas, indiscriminadamente atraídos pela natureza dos nossos pensamentos, disso ainda não tenho certeza. Mas existe uma verdade absolutamente palpável: a Internet nos traz esses ‘espíritos vivos’ (ou atores-personagens, sabe-se lá…) de todo e de qualquer lugar: é gente da Índia, do Egito, da Holanda… de Tóquio, Viena ou Camanducaia. Mesmo que a gente não saiba ou não queira. Dá o que pensar…

Com a Internet e certos programas de televisão, minha ‘energia’ se juntou à sua. Você é uma alma penada na minha tela. Os spams são turbas de espíritos zombeteiros. E eu sou a sua assombração nesta terça-feira de Deus.

(*) Jornalista, escritor, crítico, dramaturgo, escreveu quatro livros, um deles com o texto teatral ‘Quando Dorme o Vilarejo’ (Prêmio Vladimir Herzog). No jornalismo, tem exercido várias funções ao longo dos anos, na allTV, TV Globo, TV Bandeirantes, TV Manchete, CNT, CBN, Radiobrás e Revista Imprensa, entre outros. Tem no currículo vários prêmios em equipe, entre eles Esso e Ibest, e é membro da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes).’

TV & INTERNET
Antonio Brasil

ABC News cria telejornal exclusivo para internet, 9/04/07

‘Deve ser o começo do fim dos telejornais como conhecemos. Os telejornais exclusivos para a TV parecem que estão com seus dias contados.

A rede de TV americana ABC anunciou que já está transmitindo um jornal de 15 minutos ao vivo com conteúdo original para a Internet ancorado pelo seu principal jornalista, Charles Gibson, substituto do falecido Peter Jennings. Pelo jeito, a tão anunciada e esperada migração dos telejornais para a Internet já começou.

Sinto que vejo o futuro hoje. E já não era sem tempo. Os telejornais como conhecemos estão cada vez mais chatos, perdem audiência e anunciantes. Viraram programa de velho que desconhece a Internet.

Há muitos anos apostamos na migração da TV e dos telejornais para a Internet. Aqui na UERJ, desde 2001, abandonamos as TVs ‘ditas’ universitárias e produzimos telejornais ao vivo com conteúdo original criado por alunos especialmente para a Internet. Desenvolvemos novas linguagens e ferramentas para o jornalismo do futuro. Esse também foi o nosso tema de pesquisa de pós-doutorado nos EUA. Já naquela época acreditamos na migração dos telejornais para a rede.

Agora, o principal jornal da ABC, o World News Tonight with Charles Gibson já pode ser assistido em versão digital em qualquer lugar do mundo – inclusive no Brasil – no site da ABC News (ver aqui e clique em Daily webcast) diariamente às 3:00 p.m., ET, horário da costa leste americana ou 17h, Brasília).

Trata-se de uma proposta ousada e radical. A concorrência e a crítica observam com atenção. Ao contrário das propostas anteriores, inclusive a do nosso velho JN da Globo, o telejornal da ABC para a internet tem conteúdo e formatos originais. Além disso, conseguiu o mais difícil: o direito de furar o principal telejornal da rede. No momento, desenvolve novas tecnologias e forma uma equipe de jornalistas que vão interagir entre a Internet e a TV para produzir os novos telejornais da emissora.

TV digital de verdade

Aos poucos, a redação digital, aquela mesa isolada ou aquela salinha com alguns poucos profissionais está avançando e tomando conta da redação principal. Aqueles jovens e outros não tão jovens que adoravam computadores e acreditavam no poder da Internet estão assumindo os postos de direção nos departamentos de jornalismo das redes americanas. Nada mais natural. Sinal evidente dos novos tempos. Assim como a TV, aos poucos, superou o rádio, o jornalismo digital assume caráter hegemônico e avança contra o meio televisivo.

A TV digital de verdade está na Internet. A TV digital que está sendo implantada no Brasil visa agradar radiodifusores poderosos. Não passa de mais do mesmo com imagem melhorada.

A ABC News está indicando um novo caminho para a televisão aberta. O telejornal transmitido na Internet, além de buscar um público que há muitos anos abandonou a TV, também pretende ser um laboratório para linguagens e conteúdos que serão utilizados pelos jornais da rede.

A ABC News também anunciou a promoção de Jason Samuels. Ele era responsável pelo conteúdo jornalístico do site da emissora e agora será encarregado de todo o conteúdo digital do principal telejornal da ABC, o World News Tonight. Samuels vai supervisionar as transmissões digitais dos repórteres e correspondentes estrangeiros via banda larga para o novo telejornalismo digital da ABC e promover uma integração ainda maior com o site principal da rede, o ABCNews.com. ‘Trata-se de um novo jornal para uma nova geração de usuários digitais’, afirmou Samuels no noticiário da emissora. Uma proposta inovadora para uma TV que perde audiência para a Internet e até mesmo para os videogames. E pelo jeito, a ousadia da ABC parece estar dando certo. No último mês de março, pela primeira vez desde 1996 a rede americana conseguiu superar o até então ‘imbatível’ Nightly News da NBC.

Nada como haver competição entre os telejornais de um país. Nos EUA não há monopólio de audiência em um único telejornal noturno.

Aos poucos, passo a passo, a Internet invade os telejornais.

Enquanto isso, aqui no Brasil, o ministério das comunicações anuncia nesta segunda a concessão dos canais digitais para alguns poucos radiodifusores. Os mesmos de sempre. E investimos milhões – só a migração das TVs educativas estatais custará cerca de R$ 240 milhões – para promover uma TV digital que já nasce velha, condenada à morte prematura.

(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Trabalhou no escritório da TV Globo em Londres e foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. Autor de diversos livros, a destacar ‘Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica’ e ‘O Poder das Imagens’. É torcedor do Flamengo e não tem vergonha de dizer que adora televisão.’

COMUNIQUE-SE
Cassio Politi

C-se não distingue palavrão e censura Japiassu, 9/04/07

‘A coluna Jornal da Imprença de 05/04 traz um título esquisito: ‘C…-de-boi aéreo’. Cadê a palavra inteira? Moacir Japiassu, o autor da coluna, me enviou um e-mail para reclamar da política do Comunique-se de censurar palavrões em suas páginas.

‘A literatura está e sempre esteve recheada de palavrões que expressam as iras e frustrações do dia-a-dia; o teatro também. Pois o C-se, que não é dirigido por um pregador do faroeste, corta tudo, como se as crianças fossem aprender besteiras quando acessassem nosso portal’, sustenta Japi.

Argumento, inicialmente numa postura bem CDF, que, se liberados neste portal, os palavrões tendem a rebaixar as discussões a um nível periclitante. Porém, quando decido consultar o Aurélio, me vejo obrigado a abrir mão dessa linha cu-de-ferro e concordar com Japi. Afinal, o dicionário classifica como chulos muitos daqueles termos que bem conhecemos, e que não convém elencar aqui. Mas nos libera para usar outros, pois os classifica de populares.

Por exemplo, ‘cu-de-ferro’ não é palavrão. Portanto, não deve sofrer censura. ‘Seria divertido, se não fosse escandalosamente burro, proibir-se a tradicionalíssima expressão cu-de-boi’, argumenta Japi. Segundo o Aurélio, esse verbete tem dois possíveis significados. Pode ser rolo, confusão, briga. Ou, então, um tipo de arma de origem baiana. Mas de ofensivo, ‘cu-de-boi’ não tem nada.

Anos atrás, conheci em Alagoas o cu-de-jegue, que não desclassifica este texto, mas pode causar bebedeira a este ombudsman. Cu-de-jegue nada mais é do que uma cachaça ingerida com sal e limão.

É preciso ponderar que muitos dos debatedores ultrapassam os limites do respeito em fóruns virtuais. E aí o palavrão potencializa agressões e derruba o nível da conversa. Por isso, na outra ponta, o moderador (Comunique-se) precisa mesmo colocar ordem na casa, desde que os critérios sejam claros e bem embasados. Foi o que faltou à redação no caso da coluna Jornal da Imprença da semana passada. Afinal, não faz sentido a palavra ser modificada no título e mantida no corpo do texto.

Sensacionalismo

Uma leitora reclamou da reportagem ‘Prédio da CNN é invadido por atirador’. Segundo ela, o Comunique-se foi sensacionalista. A acusação tem fundamento. O título induz o leitor a pensar num atentado contra a emissora norte-americana. Cheguei a imaginar a cena: um veterano de guerra, com perturbações mentais, armado com uma potente metralhadora, provocando pânico na redação da CNN.

Mas não foi nada disso. Após discutir com uma mulher, um homem sacou uma arma e atirou. O segurança do prédio reagiu atirando no homem. Eles estavam no saguão do prédio onde fica a CNN, em Atlanta (EUA). Não estavam propriamente na emissora. O saguão dá acesso também ao Omni Hotel. Ali perto, fica a sede do badalado time de basquete profissional Atlanta Hawks.

Há muitas outras formas de identificar esse tipo de criminoso. ‘Atirador’ está longe de ser a mais apropriada. Não houve, portanto, invasão à CNN nem atirador.

Justiça seja feita: o corpo da notícia publicada no Comunique-se traz as informações corretas. O problema aqui descrito se concentrou no título.

Cassio Politi é jornalista. Trabalha com Internet desde 1997. Esteve em projetos pioneiros em jornalismo na Web, como sites da Zip.Net, e no site UOL News, do Portal UOL. Ministra cursos de extensão sobre Jornalismo On-Line e Videorreportagem desde 2001. Deu aulas em 25 estados brasileiros para mais de 2 mil jornalistas. Em janeiro de 2007, tornou-se o primeiro ombudsman do Comunique-se, empresa na qual também ocupa o cargo de diretor de Cursos e Seminários.’

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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

Veja

Terra Magazine

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