Tuesday, 21 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1288

Repórteres do Watergate relembram convívio com Ben Bradlee

Há 40 anos, Ben Bradlee ensinou-nos sua teoria geral sobre o trabalho em jornal e a vida: “Nariz para baixo, bunda para cima e vamos em frente rumo ao futuro.” Ele compreendia o passado e sua importância, mas estava inteiramente livre dele. O passado era uma história a ser aprendida. E ele não se deixava ser emocionalmente obstruído pelo passado ou desencorajado por seus altos e baixos.

Embora seja quase sempre um clichê, neste caso cabe a analogia militar: um grande general, sereno durante a batalha, com o amor e afeto de suas tropas, que protegia, era agressivo ao enviá-las numa missão.

Ele era um original em sua própria criação, diferente de qualquer outra pessoa na redação – diferente em temperamento, diferente no aspecto e mesmo diferente em seu físico e sua linguagem (uma mistura de um inglês aristocrático e o idioma de um marinheiro esperto). Ele não só transformou o Washington Post, mas a própria natureza e as prioridades do jornalismo.

Aparentemente, ele não era um homem de arrependimentos. Nunca era cínico, mas persistentemente cético. E o que guiava sua vida – ressalte-se, sem farisaísmo algum – era o respeito pela verdade.

“Nunca suponha nada”

Uma das formas de avaliar o comando de Bradlee era como ele tratava de equívocos e erros, talvez a responsabilidade mais desconfortável de um jornalista. Na realidade, é um teste de força, competência e fidelidade para com a verdade.

Durante a reportagem que proporcionou a matéria sobre Watergate, nós vivíamos nas trincheiras com Bradlee e, quase exatamente há 42 anos, cometemos um erro épico: foi quando denunciamos, numa matéria de primeira página, que o depoimento secreto do grande júri havia reconhecido que o chefe de gabinete de Richard Nixon, Bob Haldeman, controlara um fundo sigiloso que fora usado para financiar a invasão de Watergate e outras atividades clandestinas ilegais.

A matéria, quatro meses depois que a Casa Branca rotulara a invasão um “roubo de terceira classe”, representava um enorme avanço no sentido de tornar os crimes de Watergate mais próximos do Salão Oval. Nosso problema é que não existira tal depoimento do grande júri – embora se tenha posteriormente concluído que tínhamos razão e Haldeman não apenas controlava aquele fundo, como controlava muita coisa mais. “O que é que aconteceu?”, perguntou-nos Bradlee. A Casa Branca e os simpatizantes do presidente estavam desencadeando uma porção de denúncias e desmentidos que aparentemente tinham credibilidade. Não tínhamos certeza sobre qual era o nosso erro naquele dia de outubro de 1972 e nos comportávamos desastradamente. “Vocês não sabem onde estão”, disse Bradlee. “Vocês não têm os fatos. O negócio é aguentar um pouco. Vamos ver como a coisa fica.” Finalmente, Bradlee girou sua cadeira, pôs uma lauda em sua velha máquina datilográfica manual e começou a digitar. Após algumas primeiras tentativas, emitiu sua declaração: “Vamos apoiar a matéria.”

Não havia rancor ou raiva para conosco, embora mais tarde ele tenha dito que aquele foi um de seus piores momentos em 23 anos como editor-executivo do Post. Tínhamos cometido um erro idiota, de foca, e estava em jogo muita coisa. Nossa principal fonte, o tesoureiro da campanha de Nixon, sabia que Haldeman havia controlado o fundo – e ele dera um depoimento no grande júri. Mas ninguém lhe fizera perguntas sobre Haldeman e nós supúnhamos que ele tivera falado sobre o assunto, violando, dessa forma, uma das regras básicas de Bradlee: “Nunca suponha nada.”

Impaciência única

O apoio de Bradlee naquele momento extremamente difícil foi mais do que conforto e um voto de confiança. Sabíamos que ele acreditava que estávamos no bom caminho, mas havíamos tropeçado – de maneira quase fatal. Ele transmitia uma serenidade tranquila. (Sua mulher, Sally Quinn, disse que nunca notou em Ben um único momento de depressão.)

Para Ben, era uma questão de fatos. Quais eram os fatos? Haviam sido checados? Quem dissera algo diferente? Nenhum repórter teria experiência suficiente se não tivesse enfrentado um inquérito de Ben Bradlee. Em determinado momento daquele episódio enlouquecedor, nós estávamos resumindo para ele o que dissera uma de nossas fontes. “Não”, insistiu Ben. “Eu quero ouvir com exatidão o que vocês perguntaram e qual foi sua resposta precisa.”

Quando, finalmente, esclarecemos nosso erro sobre Haldeman alguns dias mais tarde – com mais provas ainda de seu controle sobre o fundo sigiloso –, Ben Bradlee já estava lá na frente. Sua pergunta foi: “O que é que vocês têm para amanhã?” Em outras palavras, sempre em frente. Nariz pra baixo, bunda pra cima. Como iríamos explicar aos leitores – e a ele – o que estava acontecendo e por quê?

Quando o cineasta Alan Pakula procurara um ator para fazer o papel de Bradlee para a versão cinematográfica de Todos os Homens do Presidente, Jason Robards Jr. parecia uma opção natural. Mais tarde, Pakula contou-nos que, de saída, Robards ficara entusiasmado, levara o script para casa, lera e, quando voltara, estava perplexo. “Não posso fazer o papel de Ben Bradlee”, disse Robards. “Por quê?”, perguntou Pakula. “Tudo o que ele faz é andar em círculos e dizer aos repórteres ‘Onde está a porra da matéria?’” “É isso que faz o editor do Washington Post”, explicou Pakula. “O trabalho dele é esse. Tudo o que você tem a fazer é descobrir quinze maneiras, diferentes e dramáticas, de dizer ‘Onde está a porra da matéria?’” “Ah, bom”, respondeu Robards. Ele assumiu o papel, desempenhou-o como se estivesse na pele de Bradlee por toda sua vida e ganhou um Oscar como ator coadjuvante.

Quando Ben ouviu essa história, riu às gargalhadas. Sim, ele tinha que dar o incentivo. Mas não, acrescentou rindo, o trabalho não era só esse.

Bradlee tinha uma impaciência única. Essa característica fora identificada cedo em sua vida. Ele participara da famosa Faculdade de Medicina de Harvard no final da década de 1930. Assistentes sociais e psicólogos faziam entrevistas e acompanhavam 268 assuntos (Bradlee chamava-os “cobaias” em sua memória) ao longo da vida. Um dos primeiros entrevistadores divulgou sua “impaciência” acrescentando: “Houve momentos em que bebeu álcool demais, mas isso não o satisfaz.”

Bradlee imitou Kissinger

De certa maneira, nada o satisfazia por completo. Ele tornava tudo mais difícil para todo mundo – inclusive para si próprio. Desde o dia em que assumira como editor do jornal na década de 60, ele zanzava por todo o quinto andar da redação em busca de uma boa matéria ou da fofoca mais recente. O comando físico e o ânimo de Bradlee – que, por si, era uma espécie de liderança – eram famosos e muito imitados (de uma maneira horrorosa por muitos de seus seguidores, que usavam camisas Turnbull & Asser, a ponto da redação, às vezes, lembrar uma rua de casas de moda). À medida que parava para conversar com repórteres, com o peito empinado e um olhar de curiosidade e prazer no rosto, o trabalho muitas vezes era suspenso e a equipe tentava adivinhar o que significavam aqueles sinais. Se dois ou três repórteres conversavam num grupinho, ele se aproximava. Talvez tivessem alguma coisa que ele quisesse saber.

Seja agressivo, insistia. “Gosto muito de repórteres que vão empurrando em frente”, disse numa entrevista que gravamos em 1973 para o livro que estávamos escrevendo sobre Watergate – e que acabou sendo Todos os Homens do Presidente. “E sinto-me extremamente confortável – ainda mais confortável sendo um editor que gosta de empurrar para trás.”

Ele não editava o jornal para os amigos ou para os poderosos.

Quando estávamos levantando uma matéria sobre o papel de Henry Kissinger, conselheiro de segurança nacional de Nixon, na seleção de 17 assessores da Casa Branca e repórteres a serem grampeados para descobrir as fontes de vazamentos, Kissinger explodiu quando o informamos que suas observações seriam citadas no jornal. “O quê?!”, exclamou. Ele não adotava esse tipo de norma com outros repórteres. Sua voz subiu de tom. “Não tenho que me submeter a um interrogatório policial sobre esse assunto.”

Logo seríamos convocados para uma reunião com os editores veteranos do jornal na sala do subeditor de Bradlee, Howard Simons. Bradlee, que não estava no prédio, telefonou e, imitando Kissinger num sotaque alemão exagerado, deu a notícia. “Acabei de receber uma chamada de Henry. Ele está furioso. Vocês decidem o que deve ser feito. Farei o papel do repórter e irei ler o que Henry disse. Se ajudar, podem usá-lo.”

“Algumas vezes, ela ficou bastante preocupada”

No debate que se seguiu, houve um atraso com a matéria e levamos um furo – que não foi o primeiro, nem seria o último – de Seymour Hersh, do New York Times, embora as citações do que Kissinger nos dissera tenham saído, logo em seguida, no Post e, um pouco depois, em vários livros. Bradlee ficou entusiasmado com o surgimento do crédito de Hersh em matérias fundamentais sobre Watergate publicadas pelo Times. “Já não controlávamos a matéria sozinhos”, disse-nos alguns meses depois daquela mesma entrevista gravada. “Foi uma época muito divertida.”

Bradlee não se esquivava a fazer jogo de cena para proteger seus repórteres. Quando a comissão de reeleição de Nixon nos citou numa ação judicial contra nossas notas sobre Watergate, assim como de outros colegas do Post, Ben Bradlee e a publisher do jornal, Katharine Graham, concordaram em declarar que ela – e não seus repórteres – era a proprietária legal de todos os bens e que qualquer ação judicial teria que ser dirigida pessoalmente contra ela. “Se o juiz quiser mandar alguém para a cadeia, terá que mandar a senhora Katharine Graham”, disse-nos Bradlee, triunfante. “E, por incrível que pareça, ela disse que vai! Então, o juiz ficaria com isso na consciência. Imaginem a cena de uma limusine parando em frente ao Centro de Detenção Feminino e saindo dela nossa moça, indo para a cadeia para pleitear o recurso da Primeira Emenda… Essa imagem iria correr o mundo e todos os jornais do mundo.”

Só quando entrevistamos Bradlee naquele verão de 1973, em meio às audiências sobre Watergate no Senado que passavam na televisão, é que compreendemos até que ponto ele – e Katharine Graham – havia sido pressionado e como nos isolara. Ele não informara nem a Howard Simons sobre sérias tentativas de fazer o Post baixar o tom na cobertura de Watergate.

“Eu estava começando a compreender que era o meu c… que estava na reta”, disse. Recebia telefonemas de outros editores de jornais – colegas por quem tinha alta estima – que o advertiam que o Post “tinha enlouquecido”. Katharine Graham era bombardeada pelo governo, principalmente por Kissinger; por seus amigos mais próximos, entre os quais os influentes colunistas Joseph Alsop e James Reston; e por membros de sua própria diretoria.

“A certa altura, Katharine disse que era melhor conversarmos sobre o assunto porque era muito, muito sério”, disse-nos Bradlee. “Ela estava recebendo um bocado de besteiras de amigos como Alsop e Reston, que lhe diziam que o Post não tinha qualquer apoio com isso de hostilizar o governo e por que é que nenhum outro jornal divulga esses fatos? E ela voltava a procurar-me e me jogava tudo isso e eu aguentava tudo e lhe dava garantias” de que as matérias eram excelentes. “Por algumas vezes, ela ficou bastante preocupada”, continuou Bradlee. “Vejamos. Ela ia à Wall Street e seus amigos lhe diziam que [o pessoal de Nixon] queria acabar com o Post, e que a estavam seguindo e grampeando seus telefones, e que estavam me seguindo e grampeando meu telefone e que não estavam bobeando. E ela voltava e continuava tudo para mim.”

“Nunca vou esquecer a cara de desconfiança que vocês tinham”

Entre outras coisas, ela manifestava a preocupação de que assessores de Nixon vazassem informações – verdadeiras ou não – sobre sua vida pessoal, disse Bradlee. (Durante todas as investigações feitas no caso Watergate, não surgiu qualquer prova de que Katharine Graham, Ben Bradlee ou qualquer outra pessoa do Post tivesse sido grampeada ou seguida.)

Um momento decisivo, disse Bradlee, foi uma matéria publicada em setembro de 1972, três meses depois da invasão ao edifício Watergate, quando John N. Mitchell, ex-gerente da campanha de Nixon e seu ministro da Justiça, durante uma conversa telefônica, reagiu dizendo-nos que “Katie Graham vai passar por um mau bocado” se fosse publicada alguma matéria que o implicasse. E Mitchell ainda acrescentou que, num futuro próximo, “vamos fazer uma matéria sobre todos vocês”, e desligou.

“‘Você não sabe o risco que você corre se estiver errado, diziam-me as pessoas’, e eu sabia muito bem disso”, disse-nos Bradlee. “Eram pressões, pressões… que aumentavam diariamente. É claro que eu estava apavorado.”

Num dado momento, surgiu uma oportunidade para que a empresa do Washington Post comprasse uma emissora de televisão em Hartford, no estado de Connecticut. Bradlee falara com membros da diretoria do Post que estavam preocupados com o impacto que as matérias sobre Watergate pudessem ter na possível compra. “Estariam [os donos da emissora] mais ou menos dispostos a vender [devido às matérias que publicávamos]? E eu sabia sobre esse debate e não ia dizer coisa alguma a vocês, ou a Simons [então chefe de redação].”

“Você nunca quer estar errado”, disse. “Quando você está jogando este tipo de jogo, as apostas triplicam, quadruplicam de uma maneira multidimensional.” “É claro que tínhamos nas mãos um desafio e tanto, certo? E eu não sabia ao certo se a capacidade de destruição estava nesse desafio ou no presidente, ou em ambos.” E acrescentou: “Vocês estavam tratando de uma matéria de polícia e aí surgia mais alguma coisa e nunca vou esquecer aquela cara de desconfiança que vocês tinham.”

Como fazer para manter o analista calado

Como editor, ele tomou as decisões finais sobre a publicação de dúzias de matérias que poderiam revelar segredos de segurança nacional.

Durante o primeiro mês da presidência de James Carter, em 1977, Bradlee foi convocado ao Salão Oval quando o Post se preparava para publicar uma matéria dizendo que o rei Hussein, da Jordânia, estava na folha de pagamentos da CIA. Carter confirmou os pagamentos da CIA, mas fez um pedido pessoal a Bradlee para que não publicasse a matéria. Depois que Carter admitiu, no entanto, que a publicação não punha em risco a segurança nacional, Bradlee tomou a decisão de imprimir a matéria, provocando a ira do presidente. Uma nota pessoal de Carter chegou ao jornal repreendendo Ben Bradlee pela matéria “irresponsável”.

Bradlee sempre desconfiou das afirmativas – principalmente por parte de presidentes – de que matérias deveriam deixar de ser publicadas por motivos de segurança nacional, tal como demonstrado, volta e meia, por denúncias espúrias, inclusive no caso dos Papéis do Pentágono. Mas nem sempre. Em 1988, um analista norte-americano de baixo escalão procurou o Post com informações sobre programas importantes e ultra-confidenciais. O Ocidente ainda não ganhara a Guerra Fria. Como conta Bradlee em seu livro de memórias A Good Life, de 1995, esse analista forneceu “detalhes de três operações diferentes, cada uma delas envolvendo sistemas através dos quais os soviéticos controlavam unidades distintas de suas forças nucleares e cada uma descrevendo como os Estados Unidos haviam conseguido penetrar nesses sistemas em tempo real”.

Bradlee encontrou-se pessoalmente com o analista e concluiu que as informações, se divulgadas, representavam “claramente uma ameaça à segurança desta nação”. Ele recusou-se a publicar, mas ficou preocupado – não por motivos de concorrência, mas no interesse da segurança dos Estados Unidos – com a possibilidade de que o analista procurasse outras organizações jornalísticas até encontrar um editor que quisesse publicar. Ben Bradlee era um patriota da velha escola e testemunhara muita violência durante os três anos em que servira a bordo do destroier USS Philip no Pacífico, durante a II Guerra Mundial. “Queríamos que ele acreditasse que estava com a bola cheia”, escreveu Bradlee em seu livro de memórias. E ele discutiu com o diretor William Webster, da CIA, como fazer para manter o homem de fora: dar-lhe uma promoção na CIA e, em seguida, avisá-lo que, se alguma vez discutisse os programas ultra-confidenciais, seria acusado, condenado e preso. Aparentemente, o analista nunca divulgou informações para qualquer outro jornalista e os detalhes das operações, que foram muito bem-sucedidas, mostraram-se tão vulneráveis que autoridades do serviço de inteligência dizem que mesmo hoje não deveriam ser revelados.

Legado de honestidade

Ben Bradlee era a essência do jornalismo. Em 2008, voltou a sentar-se conosco para uma conversa gravada sobre Watergate, sua vida e o Post. Ben fez uma reflexão sobre as convulsões por que passava a mídia jornalística, trazidas, entre outros fatores, pelo declínio econômico da indústria jornalística, a ascensão da internet e a impaciência e a velocidade do fluxo das notícias – o que o preocupava profundamente.

Havia muitas queixas de que os jornais iriam desaparecer, disse ele. “Fico estarrecido com isso. Não consigo imaginar um mundo sem jornais. Não consigo. Consigo imaginar um mundo em que os jornais serão impressos de maneira diferente, distribuídos de maneira diferente, mas continuará existindo uma profissão de jornalismo e seu trabalho será divulgar o que acreditam que seja a verdade. E isso não irá mudar.”

Nós tínhamos apenas 30 anos de idade quando escrevemos Todos os Homens do Presidente e dizer que, na época, éramos influenciáveis – por Bradlee e por sua metodologia – seria um eufemismo. Porém, à medida que nossa parceria vingou por décadas, assim como a amizade e o vínculo criado por uma experiência compartilhada e única se tornou indestrutível, continuamos estarrecidos e influenciáveis por sua sabedoria, a verdade inimitável de seu exemplo e ainda incrédulos em relação à pura alegria e determinação que ele parecia trazer diariamente à vida e que, quando o conhecemos pela primeira vez, suscitara desconfiança. Durante os quarenta anos que se seguiram, aprendemos e tornamos a aprender que tudo aquilo que havíamos observado era verdadeiro.

“Como é que você gostaria de ser lembrado?”, perguntou-lhe sua mulher (por 36 anos) Sally numa entrevista para o Post em 2012. Sua resposta é a sua essência: “Deixar um legado de honestidade e viver a vida o mais próximo à verdade que conseguir.”

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Bob Woodward e Carl Bernstein são coautores dos livros sobre Watergate Todos os Homens do Presidente e Os Últimos Dias