Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Correspondente da CNN reporta para al-Jazeera no Egito

Um correspondente da CNN reportou para a al-Jazeera do Cairo, no início da semana, porque os jornalistas da rede do Catar foram expulsos do Egito. Ian Lee – que no início de março estava na Ucrânia pela CNN – cobria o julgamento do jornalista da al-Jazeera Peter Greste, acusado, com outros profissionais da emissora, de pôr em risco a segurança nacional e dar auxílio a uma organização terrorista.

“Vamos para Ian Lee, do lado de fora do tribunal no Cairo. Ele é correspondente da CNN e está reportando para nós porque os jornalistas da al-Jazeera foram proibidos de trabalhar no Egito”, anunciou o âncora da rede do Catar antes de passar pra Ian.

O julgamento, no entanto, foi adiado para a próxima semana. Vinte funcionários da emissora foram acusados de divulgar informações falsas e de ligação com a Irmandade Muçulmana, facção política a qual era ligado o presidente deposto Mohamed Morsi. No ano passado, após a queda do presidente, a Irmandade foi classificada de “grupo terrorista” pelo governo. Greste, que é australiano, foi preso no fim de dezembro junto com o egípcio-canadense Mohamed Fahmy, que dirigia a sucursal da al-Jazeera, e o produtor egípcio Baher Mohamed. A rede tornou-se alvo do governo egípcio porque o Catar apoia a Irmandade.

Em fevereiro, jornalistas de diversos países participaram de um protesto em solidariedade aos profissionais da al-Jazeera presos e processados no Egito. O Dia Global de Ação foi organizado em conjunto à campanha #FreeAJStaff (Libertem a equipe da Al-Jazeera).