Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Facebook paga pela transmissão de vídeos ao vivo

O Facebook está pagando para tornar popular seu serviço de transmissão ao vivo e as empresas jornalísticas estão entre as que mais lucraram com isso. O Wall Street Journal revelou na terça-feira (21/06) que a rede social gigante assinou 140 contratos, com várias celebridades e organizações jornalísticas, no valor total de 50 milhões de dólares [R$ 167 milhões]. Os principais pagadores foram o BuzzFeed, o New York Times e a CNN, com contratos anuais de respectivamente 3,05 milhões de dólares [R$ 10,2 milhões], 3,03 milhões de dólares [R$ 10,1 milhões] e 2,5 milhões de dólares [R$ 8,35 milhões].

Segundo o Wall Street Journal, os veículos escolhidos para pilotar o programa foram selecionados devido à sua perícia em produzir vídeos ao vivo: “O Facebook convidou publishers a participarem do programa com base, em parte, no seu histórico com vídeos ao vivo”, disse o porta-voz da empresa. “Entre outros fatores, o Facebook também procurou personalidades públicas que conseguissem ‘produzir com facilidade e testassem uma variedade de programas ao vivo’, tanto transmitindo as principais notícias quanto fazendo entrevistas com pessoas interessantes.”

Várias das organizações jornalísticas citadas na matéria do Wall Street Journal – entre as quais o BuzzFeed, o New York Times e a Vox Media – já haviam reconhecido que tinham aceitado dinheiro do Facebook.

A revelação do WSJ ocorre num momento em que as organizações jornalísticas vêm fazendo grandes investimentos na produção de vídeos, em parte como reação à decisão do Facebook de priorizar o vídeo em seu algoritmo News Feed. O vídeo também representa um preço melhor que o da exposição de publicidade e é menos suscetível aos bloqueios de anúncios que vêm sendo adotados por um segmento crescente de consumidores de notícias.

Fonte: The Wall Street Journal

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Benjamin Mullin é jornalista e editor administrativo do site Poynter