Após quase três anos de sequestro, o jornalista germano-americano Michael Scott Moore, de 45 anos, foi libertado na terça-feira (23/9). Moore estava na Somália fazendo pesquisas para um livro sobre os piratas somali quando foi capturado por uma milícia armada.
Moore é autor dos livrosSweetness and Blood – sobre a popularização do surfe pelo mundo desde sua invenção na costa ocidental dos Estados Unidos – e de Too Much of Nothing, também sobre surfe, romance que narra a vida de dois jovens em uma cidade fictícia da Califórnia. Ele também contribuiu com publicações para a revista literária The Atlantic Monthly, para a revista cultural Slate e para o The Los Angeles Times.
Fim do pesadelo
Moore trabalhava na versão em língua inglesa da revista Spiegel International à época de seu sequestro. De acordo com Wolfgang Büchner, editor-chefe da Der Spiegel, Moore parecia estar em bom estado de saúde. Büchner disse que a equipe nunca havia perdido as esperanças de encontrar o colega e que estavam todos muito felizes porque o “pesadelo havia chegado ao fim”.
Embora demorada, a libertação do jornalista não deixou de causar polêmica, pois só ocorreu mediante pagamento de resgate. A maioria dos países europeus discorda da política da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, que normalmente se recusam a negociar com sequestradores.
Sequestradores não foram identificados
Embora os piratas da Somália atuem livremente na região onde Moore se encontrava, não ficou claro qual foi o grupo local responsável pelo crime.
Vários grupos armados lutam pelo controle da Somália desde que o presidente Siad Barre foi derrubado, em 1991. Muitas das regiões do sul e do centro do país estão sob controle da organização al-Shabab.