Saturday, 25 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1289

A mídia fez a diferença

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Você sabe que depois de cada fim-de-semana nas grandes cidades acontecem chacinas que matam 5 ou 6 pessoas. Você sabe também que a soma destas chacinas numa sexta e sábado pode alcançar algumas dezenas de vítimas fatais. Mas todos nós sabemos que a imprensa fornece estas cifras macabras com a maior frieza, como se fosse a coisa mais normal do mundo.


No entanto, o seqüestro do ônibus 174 na semana passada no Rio de Janeiro, com apenas duas vítimas, teve uma tremenda repercussão, consternou o país, assustou ainda mais a sociedade e empurrou os governantes a adotar uma série de medidas para enfrentar a violência.


Quem fez a diferença? A mídia faz a diferença. A maciça cobertura ao vivo do seqüestro do ônibus durante quatro horas e meia, a morte de uma inocente e o assassinato posterior do seqüestrador conseguiram a façanha de manter o assunto ao longo de um prazo recorde.


O Plano Nacional de Segurança Pública anunciado há pouco pelo próprio Presidente e o ministro da Justiça é a melhor prova de que há uma relação de causa e efeito entre a intervenção da mídia e as mudanças de atitude tanto nos governantes como nos governados.


Este Observatório que tratou do sinistro episódio 24 horas depois de acontecido não pode permitir que caia na vala comum das pequenas tragédias que compõem esta grande tragédia nacional da violência urbana.


Fomos buscar alguns protagonistas, uma delas na dupla condição de vítima e jornalista. Se você é desses que querem esquecer a realidade, mude de canal.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm