Friday, 11 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1309

Difícil com ele, pior sem ele

MONITOR DA IMPRENSA


CNN E LOU DOBBS

Dois anos depois de deixar, rompido, a CNN, o fundador do Moneyline, Lou Dobbs, voltou à emissora, à frente do programa, renomeado Lou Dobb?s Moneyline. A rede está pagando US$ 4 milhões por seu retorno como âncora, bem mais do que ganhava quando saiu (US$ 1 milhão). Segundo Verne Gay [Newsday.com, 14/5/01], Dobbs foi convidado pessoalmente pelo novo chefe da Turner Broadcasting Systems. Depois que abandonou o Moneyline ? principal "filé" da CNN ?, o programa perdeu a liderança de audiência para o concorrente Business Center, da CNBC. Diz-se que sua partida custou quase US$ 50 milhões à rede, que está apostando alto no regresso.

Dobbs deixou a CNN em junho de 1999, depois de um desentendimento com Rick Kaplan, presidente da emissora nos Estados Unidos, e tornou-se presidente do site Space.com. Para retornar à emissora abandonou tal cargo, mas permanece como diretor e mantém seus investimentos no site. Agora, pretende fazer o programa um pouco diferente: notícias gerais com inclinação para os negócios.

Em seu segundo programa de volta à emissora, no dia 15, Lou Dobbs entrevistou Jacques Nasser, chefe-executivo da Ford Motor Co. Ao finalizar a conversa, desejou "tudo de melhor" ao empresário e à empresa. Os dois se encontrariam no mesmo fim de semana, num luxuoso encontro de executivos da Ford e de suas concessionárias na Flórida. Segundo Howard Kurtz [Washington Post, 18/5/01], a própria empresa confirmou que Dobbs seria pago pela presença, enquanto o manual de ética da CNN estabelece que seus funcionários não recebam por palestras financiadas por grupos ou associações mostrados no canal. Um porta-voz da rede disse que a emissora aceitou que fossem mantidas as palestras marcadas pelo jornalista antes da volta à CNN.

BLENDER

Um começo embaraçoso. Em sua edição de lançamento, que chegou às bancas americanas na semana passada, a revista musical Blender teve que dividir sua garota de capa com a revista feminina Redbook, no mercado há 98 anos. Sob foto sensual de Janet Jackson, "Janet! A rainha do pop está de volta", o slogan: "A revista mais moderna de música." Numa pose bem mais comportada, Janet posa na Redbook para falar de sua luta pessoal contra a depressão, a dor da traição no segundo casamento etc. Segundo Simon Dumenco [Inside, 14/5/01], pegou mal para a Blender, que pretende ser uma nova alternativa à Rooling Stone e à Spin.


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