Thursday, 02 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Jornalismo e a cidadania mastercard

FALTA REPORTAGEM

Antônio Marcus Alves de Souza (*)

Mikhail Bakhtin, discutindo o estudo das ideologias e a filosofia da linguagem, afirmou que a palavra é o modo mais puro e sensível de relação social (1) A partir de Bakhtin penso que podemos imaginar vários desdobramentos para a relação entre imprensa e cidadania, o tema central proposto para essa nossa conversa. E será assim, em tom de diálogo, que pretendo apresentá-los algumas das minhas mais recentes preocupações sobre essa problemática tão importante e ao mesmo tempo tão esquecida do centro concreto de nosso exercício profissional. Muito tem se falado da imprensa e cidadania. É um tema que tem uma certa aura, para usar uma expressão charmosa que vem desde Baudelaire e Benjamin.

Discutir os pontos de contato da imprensa e cidadania pressupõe um recorte mais amplo que nos conecta a uma relação entre jornalismo e sociedade. Isto nos obriga a fazer um novo desdobramento e pensar: não estaremos discutindo qualquer jornalismo. Nem mesmo qualquer sociedade. O que nos interessa é perceber, de modo fragmentado e provisório, alguns lances sobre a relação entre o jornalismo e a sociedade brasileira contemporânea, marcada pela crescente modernização tecnológica e pelo esforço de fazer-se presente no mundo global.

Estamos apostando, no desenvolvimento desta conversa, em um conjunto de problematizações que, talvez, nos conduzam a redescoberta de uma herança. Trata-se de uma herança que recoloca, antes de mais nada, uma pequena pergunta que ecoa já há um certo tempo: qual o sentido do jornalismo na sociedade contemporânea?

Quais os sentidos do jornalismo quando observamos, de um modo simples, e sem muito rigor na observação, que atualmente qualquer grupo de jovens de 13-15 anos tem condição de tratar as informações e colocá-las no formato de um jornal. Suponho que se faz necessário uma reorientação na formação dos futuros jornalistas diante desse fato social experimentado a partir da emergência de novas tecnologias.

O específico da formação jornalística, agora, talvez nos conecte novamente a uma perspectiva do jornalista que tem capacidade não apenas de produzir informativamente a notícia, mas dá conta de interpretá-la, construí-la no jogo discursivo com outros campos do conhecimento. Esse aspecto da formação sugere uma outra perspectiva para os futuros profissionais: a condição do intelectual público, que foi perdendo seu significado nos últimos anos. Entender o jornalista nessa condição de intelectual público implica, muito possivelmente, em uma revisão do nosso passado recente.

Fazemos essa visita à história a partir da problematização de Daniel Pécault sobre a relação entre os intelectuais e a política no Brasil. Pécault nos mostra, sobretudo, um quadro de resistência e, em certos momentos, uma atitude de conformismo intelectual frente ao cenário pós-golpe militar no Brasil dos anos 65-79. Em seu livro, ao discutir os bloqueios à esquerda intelectual, Pécault vai nos mostrando um momento bastante rico e perturbador que a intelectualidade brasileira viveu no pós-ditadura. Certas contradições colocadas pela dinâmica social do Brasil daquela época obrigaram a uma reformulação do próprio campo intelectual. A fracassada reação ao golpe. A adesão dos segmentos da classe média, inclusive a simpatia de associações profissionais como a OAB, levam a desilusão dos intelectuais nacionalistas. Passado o primeiro momento de surpresa, os intelectuais tentam reafirmar uma nova missão. Escreve Pécault a certa altura:


"No silêncio a que estão reduzidas as classes populares, no contexto de fragmentação da esquerda, no ambiente de radicalização da juventude estudantil, (os intelectuais) atribuem a si a responsabilidade de continuar a assumir a representação das primeiras, de resgatar uma certa coesão da segunda e de prevenir o isolamento da terceira".(2)


É necessário entender a "invenção" de uma tal missão no seu próprio contexto para não incorrermos na falsa idéia de uma nostalgia do passado. Trata-se de compreender, em perspectiva, as respostas historicamente colocadas por segmentos sociais marcados pelo terror da falta de democracia. Será nesse cenário que se constitui o papel social dos intelectuais associado a própria idéia de autonomia do campo intelectual.(3) Os intelectuais abandonam a zona satélite do Partido Comunista Brasileiro (PCB) para fazerem uma entrada em um processo que vamos experimentar marcantemente nos 80-90. Com o declínio do sentido político da missão intelectual construída durante o regime militar, emerge a cultura de massa. Reina a modernização, vai dizer Pécault.


"Ocorrem também rápidas mudanças no modo de vida e nos valores da juventude das classes favorecidas. A ‘cultura de esquerda’ é acolhida nesse processo de modernização, um processo, porém, que já não tem muita relação com um projeto de sociedade."(4)


Constatar essa alteração da cultura brasileira nos últimos 30 anos não significa afirmar que os intelectuais tenham se ausentado totalmente da cena social. Ao contrário; podemos observar a sua presença em diversas situações aparecendo ora através de polêmicas ? como na questão do enfrentamento contra censura em um primeiro momento ou das patrulhas ideológicas posteriormente ?, ora através da imprensa alternativa e de um conjunto de revistas especializadas.

Será justamente no campo da imprensa que vamos identificar um crescimento do debate e a emergência de uma maior diversidade, ou nos termos de Pécault, uma maior diversificação do campo intelectual.

A reflexão sobre a relação do jornalismo com a sociedade ? a partir da qual aparece o exercício da cidadania ? pressupõe uma contextualização de um par de conceitos particularmente importante: o engajamento e a mobilização social. O primeiro, hoje, parece estar em desuso ? muito dificilmente observamos uma maior referência ao engajamento ? e, na mídia, momentos importantes como as comemorações do 1? de Maio, tornam-se apenas mais um espetáculo ou um grande disputa pela "deusa" da sorte para ver quem ganha o último modelo do carro popular. Os segmentos historicamente sempre mais críticos da sociedade parecem ter abandonado o sentido do engajamento trocando-o pela mobilização consumista-cidadão ? o que talvez reforce a virada de sentido da própria idéia de cidadania discutida por Néstor García Canclini ao afirmar o postulado de que a construção contemporânea da cidadania aposta muito mais no vago sonho do consumo.(5).

Mas não devemos avançar, ainda, nesse problema. Antes será preciso fazer um esforço de identificar uma situação. Nos anos 60-70 o debate intelectual era construído a partir de um postulado de maior diálogo com a sociedade. Será realizado nas páginas de jornais que marcam um tempo e um posicionamento forte frente a ditadura. Estou pensando a título de exemplo a experiência do Opinião em seu marcante enfrentamento com a Censura. Em 1977 os jornalistas de Opinião, cansados de serem censurados, lançam o famoso editorial "Fim de uma Etapa", no qual explicam que o jornal não mais circularia sob o regime de censura prévia. Na luta de Opinião vemos algo importante para entendermos a época e lançarmos elementos sobre o papel dos intelectuais nesse processo de fomentar o debate público. O jornal assume os riscos do editorial e da posição de não mais submeter-se a censura. Pinheiro Machado em um livro quase memorial sobre o processo conta toda essa história e pontua algo importante: a posição não era tomada isoladamente apenas por jornalistas daquela publicação. Apoia-se, no entanto, no posicionamento do próprio Conselho de Colaboradores do Jornal composto por intelectuais como Antônio Callado, Antônio Cândido, Fernando Henrique, Millôr, Celso Furtado, Paulo Emílio Salles Gomes, Weffort, Paul Singer.(6) Um conjunto de nomes constitutivo de um certo agrupamento intelectual que dialogava de forma marcante com a imprensa e com a sociedade. Muitos intelectuais tinham nas páginas dos jornais um espaço público de expressão e de formulação de um pensamento sobre a sociedade brasileira. A Universidade não era o lugar exclusivo de realização do discurso intelectual e o sistema de mídia capacitava a uma abertura maior para pensar a sociedade. Essa tendência, vamos observar mais tarde, entra em declínio e a imprensa passa a ser o lugar de fala e competência maior dos jornalistas ? tecnicamente capazes do domínio da linguagem.(7). A minha questão principal aqui é sobre uma virada desse processo, que podemos marcar por volta da primeira metade dos anos 80, momento de conquistas democráticas e de maior emergência de uma diversidade dos campos intelectual e do jornalismo. Não tenho a intenção de fazer uma periodização das diversas etapas desse processo, apenas pontuar um sentimento geral de que, com o processo de modernização da imprensa brasileira durante a primeira fase da Nova República, experimentamos uma virada do sentido dos debates intelectuais estimulados por um conjunto de jornalistas. Não quero dizer com isso que estamos mudos. O centro de nossa atenção é que já não se postula, a partir do debate, uma relação processual com a sociedade, pequenos grupos e comunidades. A ênfase recai mais em uma idéia de performatividade jornalística, na vaga noção de jornalismo-cidadão como prestação de serviços e menos no estabelecimento de interações entre os profissionais da imprensa e os grupos sociais.

Nossa avaliação inicial é que esse processo é iniciado ainda na Abertura e consolidado ao longo de um período entre os anos 80-2000, com o fortalecimento de uma cultura do consumo legitimada e estimulada pelo próprio sistema de mídia. Estou pensando aqui em um trabalho organizado por Cremilda Medina que revela muitas esperanças e assombrações dos jornalistas durante a Nova República. Lá, naquele debate, encontramos a gênese de uma formação discursiva, para falarmos com apoio da arqueologia de Foucault(8), bastante representativa desse postulado.

Nos diversos depoimentos dos profissionais participantes do debate observamos uma lacuna: a ausência da reportagem na imprensa. Experimentamos uma contradição rica naqueles anos e nos dias de hoje: tínhamos bons jornalistas e jornais, mas reclamava-se da falta de reportagem vista aqui como o lugar de expressão mais aprofundada de uma fala, de uma interpretação dos fatos sociais. José Hamilton Ribeiro mostra-se preocupado com essa situação e questiona mais de uma vez porque não fazemos reportagens se temos bons repórteres. Sua resposta caminha para a problemática econômica: não temos esse gênero definidor do jornalismo devido aos custos. Fazer reportagem é caro.(9) É possível que esteja certo; mas, é provável ? e temos as ferramentas conceituais e teóricas para o entendimento disso apenas em nossa época ?, que o fator determinante para esse silêncio, esse vazio da reportagem no jornalismo brasileiro esteja associado a outros elementos. A nossa leitura para esse vazio da reportagem e, portanto, para a existência de um vácuo entre o jornalismo e a sociedade, associa-se a dominante cultural tecnicista estimulada tanto pela cultura universitária, já sem a ênfase na formação de um intelectual público, comprometido com a sociedade e também pela cultura de massa ? especializada na criação, como disse certa vez Alfredo Bosi, de um "mundo de receituário"(10). Nesse mundo a idéia de um jornalismo que mantenha vínculos com a sociedade passa a ser apenas a sugestão de "dicas", regrinhas de como fazer certas coisas. Canais de televisão e jornais impressos gastam grande parte da energia criativa dos seus repórteres para ensinar a população a se prevenir dos apagões. Enfatiza-se nobremente formas mágicas de como educar nossos filhos, como fazer a lancheira da criança, como evitar que a criança passe horas em frente à televisão; ensina-se até mesmo como manter boas relações com o vizinho do condomínio. A cidadania é postulada no gesto simplório de economizar eletricidade enquanto não se comenta as questões mais graves da falta de planejamento de diversos governos brasileiros para o problema energético. Então podemos observar que a possível relação conturbada, conflituosa entre o jornalismo e a sociedade ? passou a ser menos um postulado da formulação do debate público ? mantido durante duas décadas por um conjunto de jornalistas e de intelectuais ? e mais um olhar passivo, cristalizado, superficial da mídia. Uma superficialidade que legitima e garante a própria cultura de massa vivenciada agora, em seu alto grau, como uma cultura do espetáculo. A lógica do espetáculo é o fator determinante da expulsão da reportagem no jornalismo brasileiro, considerado desde a Nova República como sendo "tecno-amorfo".(11)

Pensar a relação entre jornalismo e sociedade talvez ganhe alguma importância se observamos que nosso jornalismo está preso nas malhas dessa perspectiva espetacular da realidade, na qual a própria definição de cidadania é alterada, resignificada. A perspectiva de uma humanidade cidadã é secundarizada e substituída gradativamente por um "cidadão-mastercard".

A crítica à sociedade do espetáculo já foi muito bem diagnosticado por Guy Debord. O pensador francês faz uma conexão conceitual que pode, pelo menos provisoriamente, nos orientar na caracterização da sociedade do espetáculo. Após montar a tipologia do espetáculo, ele escreve:


"A sociedade modernizada até o estágio do espetacular integrado se caracteriza pela combinação de cinco aspectos principais: a incessante renovação tecnológica, a fusão econômico-estatal, o segredo generalizado, a mentira sem contestação e o presente perpétuo".(12)


A validade dessa formulação, na perspectiva que ora trabalhamos, é múltipla. Primeiro porque vai se aproximar de uma condição da experiência de vida contemporânea já aceita como "condição pós-moderna". Uma segunda validade do referencial de Debord está na associação do poder espetacular com a idéia de segredo, uma ligação, portanto, com o mítico, o irracional, o encantado. Toda essa formulação, finalmente, opera com a possibilidade de uma categoria de percepção do tempo ? centrada agora no presente.

Recuperando o conteúdo e a forma marxista do Manifesto Comunista, Debord vai tratar a mercadoria como espetáculo, no qual o mundo sensível e real "é substituído por uma relação de imagens". Tal relação existiria acima do real sensível ou do concreto-objetivo, nos quais temos o apelo fundante da prática da reportagem. No jornalismo contemporâneo os próprios jargões são alterados seguindo essa lógica do espetáculo. Não usamos mais a expressão "fonte" jornalística. Agora é charmoso produzirmos matérias com "personagens"; se você ligar para um jornal ou uma televisão sugerindo uma matéria sem personagem dificilmente tal sugestão vira pauta. Ora, é preciso questionar: o que é uma personagem? Qual a gênese desse termo e como ele migra da literatura para o jornalismo? Personagem nos remete a idéia de ficção, incompatível com a tradição da prática da reportagem, que promete um aprofundamento dos relatos sobre os fatos, uma interpretação maior de certas cenas sociais, o debate crítico. É importante observar como Debord vai trabalhar, quase em termos conceituais próprios de Marx, a relação entre fetiche da mercadoria e sociedade do espetáculo. Na caracterização da emergência da sociedade do espetáculo Debord nos conduz à primeira metade do século XX, mais pontuadamente por volta dos anos 20, pois para ele tal sociedade não teria, em 1967, mais que 40 anos. Nesse curto espaço de tempo, e no Brasil tivemos o processo aceleradamente entre os anos 80-90, perdemos a perspectiva da geração de uma crítica. Ou, como afirma Debord:


"Liquidaram com a inquietante concepção, que predominara por mais de duzentos anos, segundo a qual uma sociedade podia ser criticada e transformada, reformada ou revolucionada".(13)


A reportagem não transforma os fatos em fetiches, daí que ela é "abandonada" ou secundarizada. Em seu lugar, ao invés da criação de um debate sobre os rumos da sociedade e os sentidos da cidadania, temos a invenção de uma cidadania-mastercard, capaz de transformar ? com a ajuda do jornalismo ?, nossos melhores sonhos e segredos em uma mercadoria.

(*) Mestre em Comunicação e Doutor em Sociologia pela UnB. Professor da Universidade Católica de Brasília

Notas

1 ? BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e a filosofia da linguagem. . São Paulo: Hucitec, 1997. 8? edição.

2 -PÉCAULT, Daniel. Os intelectuais e a política no Brasil ? entre o povo e a nação. São Paulo: Ática, 1990. p.201.

3 ? Trata-se de nomear a vocação política dos intelectuais considerando a necessidade de conquista de uma autonomia da esquerda comunista ? diga-se do PCB. Pécault considera que os anos 64-68 dão prova desse movimento rumo à autonomia, sobretudo no plano cultural. Pécault. Op. cit. p. 202.

4 ? Pécault. Op. cit. p 203.

5 ? Conf. CANCLINI, Néstor García. Consumidores e Cidadãos ? conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

6 ? MACHADO, J.A Pinheiro. Opinião x censura ? momentos da luta de um jornal pela liberdade. Porto Alegre: L&PM. 1978.

7 ? Para um aprofundamento dessa problemática de um possível declínio do intelectual público associado ao desenvolvimento de toda uma cultura universitária auto-suficiente e sustentável, recomendo uma consulta a RUSSEL, Jacoby. Os últimos intelectuais. São Paulo: Edusp/Trajetória Cultural, 1990.

8 ? Foucault define a formação discursiva, em relação à constituição de objetos, "se se estabelecer um conjunto semelhante; se se puder mostrar como qualquer objeto do discurso em questão aí encontra seu lugar e sua lei de aparecimento; se se puder mostrar que ele (o objeto do discurso) pode dar origem, simultânea ou sucessivamente, a objetos que se excluem, sem que ele próprio tenha que se modificar." FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

9 ? Conf. MEDINA, Cremilda. (Org.) O Jornalismo na Nova República. São Paulo: Summus, 1987. P. 136-140.

10 ? ALFREDO, Bosi. Dialética da Colonização. São Paulo; Companhia das Letras, 1992. Trabalho aqui especificamente com o capítulo "Cultura brasileira e culturas brasileiras".

11 ? A expressão é usada pelo jornalista José Hamilton Ribeiro no debate conduzido por Cremilda Medina nos anos 80. Sugestivamente o título dessa parte do livro é: "Inquietudes e Incertezas Profissionais". Op. cit. p 137.

12 ? DEBORD. Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. p.175.

13 ? Para Debord, e nisso repousa seu ceticismo, a mercadoria já não pode ser criticada por ninguém, "nem como sistema geral, nem como esses trastes que os chefes de empresa acharam conveniente colocar no mercado". op. cit. 183.

Bibliografia

ALFREDO, Bosi. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e a filosofia da linguagem. . São Paulo: Hucitec, 1997. 8? edição.

CANCLINI, Néstor García. Consumidores e Cidadãos ? conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

DEBORD. Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

MACHADO, J.A Pinheiro. Opinião x censura ? momentos da luta de um jornal pela liberdade. Porto Alegre: L&PM. 1978.

MEDINA, Cremilda. (Org.) O Jornalismo na Nova República. São Paulo: Summus, 1987.

PÉCAULT, Daniel. Os intelectuais e a política no Brasil ? entre o povo e a nação. São Paulo: Ática, 1990.

RUSSEL, Jacoby. Os últimos intelectuais. São Paulo: Edusp/Trajetória Cultural, 1990.