ASSOCIATED PRESS
Cerca de 1.700 funcionários sindicalizados da agência americana Associated Press fizeram protesto por estarem trabalhando sem contrato desde novembro. Eles deixaram de assinar seus trabalhos em 9/1/03. Jornalistas e fotógrafos não aceitaram a proposta de aumento de 1,9% no salário porque o crescimento de cerca de 40% nos gastos com plano de saúde excederia o benefício.
Peter Johnson, do USA Today [9/1/03], aponta que o cozinheiro da lanchonete da AP em Nova York ganha mais que muitos de seus repórteres em escritórios regionais. Um jornalista em topo de carreira, que é atingido em seis anos na agência, ganha US$ 1.088 por semana na redação nova-iorquina. No New York Times, cargo semelhante tem salário de US$ 1.445.
A AP é uma cooperativa sustentada por 1.550 jornais americanos e milhares de emissoras de rádio e TV em 120 países. O protesto dos funcionários foi amplo, mas os veículos de comunicação estão acostumados a editar o material recebido da agência, cortando os créditos, de modo que, possivelmente, a mobilização passou despercebida pela maioria dos colegas. A última manifestação de larga escala deste tipo na imprensa americana aconteceu em outubro, quando a equipe do Washington Post não assinou suas matérias por cinco dias. Em novembro, trabalhadores e empregador chegaram a um acordo.