Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

À queima-roupa

Novamente a violência. Só que aqui não teve agito, matérias especiais, discussões acaloradas, religiosos e jornalistas à beira de um ataque de nervos. Apenas uma nota redimindo todos e culpando todos. Que maravilha que é a imprensa. Ou melhor: o poder da imprensa. Afinal, seja enorme, nanica ou alternativa, quem detém o poder faz e edita o que quer. Uma matéria como esta, que é capaz de discutir com tanta sagacidade a formação educacional de uma pessoa desarmada assassinada a sangue-frio, à queima-roupa, é praticamente uma aula de jornalismo. Que pena. Desisto de tentar entender. E de aprender também.

Francisco Vitar



Duas palavras

Bem sacado!

Olavo Oliveira

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Mandinga atrás das câmeras

O que poderia estar sendo usado como um poderoso instrumento de educação, com a divulgação de informação útil, promoção de debates político-sociais e entretenimento sadio é desperdiçado pelos detentores do quarto poder. Chegou-se a um nível vergonhoso. Há programas cujos apresentadores se auto-intitulam ‘fofoqueiros de plantão’. Passam a tarde inteira a discorrer e especular sobre a vida dos famosos-porém-não-prestigiados ícones de passageiro destaque da TV brasileira, geralmente globais. É incrível como tanto talento é desperdiçado.

Na semana passada meu colega de turma compartilhava sua traumatizante experiência vivida ao assistir a um desses programas de ‘jornalismo denuncista’ de final de tarde. Desde o início do programa até o fim o ator-apresentador anunciava a iminente explosão de uma bomba. Meu desafortunado colega esperou, esperou e esperou… e nada de explosão. Exclamou estupefato: ‘Nunca mais assisto a isso na TV!’. O telespectador é de tal forma preso à tela que chego a pensar que alguma mandinga é feita por detrás das câmeras, porque não é possível que tanta futilidade atraia tanta gente. Se fosse apenas baboseira, até compreenderia, mas a partir do momento em que a programação ofende e ridiculariza o telespectador… aí a coisa complica. Há coisas boas para se ver na TV. Então, pessoal, dêem audiência ao que presta!

Felipe Blanco Godeiro da Silva



Sem certezas

Crimes bárbaros distantes da vida do telespectador? Tem certeza, Sr. Viana? Eu não teria tanta…

Aclair Santana

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Obrigado, sensacionalistas!

De tanto explorar a violência (até mesmo na sua total banalidade), usar a polícia como ‘bode expiatório’ (sem nunca falarmos que o Estado tem culpa) até conseguirmos desarmá-la (e armando os bandidos), hoje vemos o que criamos: violência ao vivo e a cores! Agradeçamos aos amigos sensacionalistas e que hoje, após iniciarem o processo, estão fora dele.

Eduardo Gonçalves, estudante de Jornalismo, Recife



CULTURA DO ÓDIO
Bom debate, mas…

O autor faz um bom debate acerca da cultura do ódio, porém, quando começa a defesa do Estado de Israel ele se equivoca, pois não faz análise dos fatos em si, simplesmente defende Israel. Um exemplo: grupos israelenses foram os primeiros a usar o terrorismo como forma de pressão para a formação do de um Estado judaico. E o que foi a expulsão de milhares de palestinos de seus lares senão um ato terrorista? Para deixar claro, sou totalmente contra atos terroristas como luta política.

Espartaco de Oliveira