Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Familiarmente, Huck

Parece que a Rede Globo acertou a mão ao escalar o casal de apresentadores Angélica e Luciano Huck para liderar sua programação de sábado à tarde. A emissora, que vem apresentando sutis, mas importantes mudanças nos últimos tempos – desde o uso de monocromia em seu logotipo até a adoção de vozes femininas nas locuções –, tem conseguido, com os dois, disponibilizar ao telespectador um entretenimento sadio e familiar no dia mais querido da semana.

Exibido logo após o Jornal Hoje, o Estrelas, como bem sugere o nome, mostra Angélica entrevistando celebridades. Ali, os artistas cozinham, mostram suas casas, revelam seus hobbies e apresentam suas famílias. Angélica tem a missão de não deixar que a atração vire uma insossa cópia televisiva da Ilha de Caras. E cumpre bem seu papel. As entrevistas são interessantes, divertidas e fluem naturais como um bate-papo.

Novos quadros

Mais tarde, Luciano Huck comanda o Caldeirão. No extremo oposto do Estrelas, o programa pouco fala de gente famosa, já que faz do povo seu principal personagem. Os quadros são recheados de boas ações: tem o que transforma casas em ruínas em lares aconchegantes, o que faz de automóveis velhos belas máquinas sobre quatro rodas e até o que promove o reencontro de quem não se vê há muito tempo. Huck conta histórias de gente de carne e osso que luta por mais uma chance na vida. Consegue emocionar e ajudar, sem parecer assistencialista apenas.

No último sábado, Huck adiantou que deve estrear novos quadros no mês de abril, o que quer dizer que o programa será mantido na grade 2014 da Globo. Se depender dos positivos índices de audiência, o Estrelas também fica. A família Huck está dando conta do recado e o público é que se beneficia.

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Taís Brem é jornalista, Pelotas, RS