Leia abaixo a seleção de segunda-feira para a seção Entre Aspas. ************ Folha de S. Paulo Segunda-feira, 22 de novembro de 2010 TELEVISÃO Keila Jimenez Resgate no Chile foi atração mais vista na TV paga A cobertura das eleições e o emocionante resgate dos mineiros chilenos foram os programas mais vistos na TV paga em outubro. Segundo pesquisa Ibope, a cobertura da Globonews da retirada dos mineiros, batizados de ‘Heróis do Chile’, foi o programa assistido pelo maior número de espectadores na TV por assinatura no mês passado. O Ibope não divulga pontos de audiência na TV paga, mas a Folha apurou que, durante o resgate, nos dias 12 e 13 de outubro, mais de 6 milhões de pessoas diferentes passaram pelo canal. Em segundo lugar, está o plantão de eleições, também da Globonews, e, em terceiro, o Mundial de vôlei masculino, exibido pelo Sportv. Apesar de não liderar em ibope a lista dos canais pagos no período, o Cartoon exibiu as atrações com o maior número de telespectadores mirins (de 4 a 11 anos) na TV paga, como o ‘Cine Cartoon’. Em outubro, o Discovery Kids manteve a liderança entre os canais pagos, seguido por Sportv e Disney Channel (que subiram, cada um, uma posição em relação ao ranking do primeiro semestre). O Cartoon aparece em quarto lugar, seguido por TNT, Globonews, Nickelodeon, Telecine Pipoca, Viva e Fox. O Multishow, oitavo em ibope no primeiro semestre, caiu para a 15ª posição. Surto Fernanda Young já começou a gravar em Israel sua nova atração no GNT, ‘Duas Histéricas na Terra Santa’, um mix de programa de turismo, reality e comédia. Bandolins Oswaldo Montenegro terá um especial na Gazeta no dia 26 de dezembro. Decibéis A gritaria de Raquel (Regina Duarte) na reprise de ‘Vale Tudo’ (Viva) virou piada no Twitter. Fãs da trama compararam a potência das cordas vocais da atriz ao barulho da Fórmula 1. Novela Caminha para um final feliz a renovação de contrato de Benedito Ruy Barbosa e das filhas, Edmara e Edilene, com a Globo. Eles querem fazer em 2011 o remake da novela ‘Meu Pedacinho de Chão’. Fantasmas A Record comprou nova temporada da série ‘Assombrações’, do Discovery Channel, quadro do ‘Domingo Espetacular’. Ilha Crise? O jornalismo do SBT ganhará nova estrutura e modernos equipamentos de edição até dezembro. Na frente ‘Corações Feridos’, próxima novela do SBT, já tem 50 capítulos editados. A trama, que não tem data de estreia, encerrará suas gravações em dezembro. Pólvora Na ânsia de fisgar anunciantes, a Globosat chegou a lançar um plano comercial do Pan de 2011 quando a compra estava quase fechada com a Record. Tirou rapidinho de circulação, assim que as conversas desandaram. com SAMIA MAZZUCO TODA MÍDIA Nelson de Sá Joana d’Arc rebelde Sobre o processo da ditadura contra Dilma Rousseff noticiado pela Folha no sábado, ‘New York Times’ e ‘Washington Post’ postaram, da Associated Press, ‘Passado guerrilheiro da presidente eleita do Brasil é descrito’. Os textos ‘indicam que supervisionava um arsenal de armas’, mas ‘muito da informação vem do interrogatório de torturados’. A agência anota que ela era vista como ‘Joana d’Arc do movimento’. Na France Presse, ‘Presidente eleita foi ‘Joana d’Arc’ rebelde’. No título do argentino ‘La Nación’, ‘Novas revelações sobre o passado de Dilma’, com o correspondente enfatizando a expressão ‘Joana d’Arc da subversão’. Já no título do espanhol ‘ABC’, ‘Dilma foi torturada durante 22 dias na ditadura’. No título do inglês ‘Telegraph’, a partir de notícia do ‘Globo’ na sexta, ‘Próxima presidente do Brasil foi cérebro por trás dos revolucionários radicais’. VATICANO & DILMA O jornal ‘semioficial’ da Santa Sé, ‘L’Osservatore Romano’, deu no sábado o texto ‘Com Dilma Rousseff, intervenção mais forte do Estado na economia’. Diz que ela ‘não abandonará a política liberal de Lula, mas prosseguirá no acréscimo do peso das empresas públicas’. Dá como sinal de continuidade a confirmação de Guido Mantega, ‘nascido em Gênova’. Um dia antes, a Folha noticiou a carta de Dilma a Bento 16, dizendo esperar ‘relações fecundas’. E o ‘New York Review of Books’ postou análise de Lilia Schwarcz, anotando que Dilma, ‘que é bastante secular, fez tentativas desajeitadas de cortejar os votos católicos’. E que o papa, três dias antes da eleição, ‘endossou implicitamente seu rival, José Serra’. RISCO? QUE RISCO? John Authers, colunista e editor da seção Lex do ‘Financial Times’, publicou no sábado que o ‘Risco começa a deixar as economias emergentes’. Pergunta se chegou a hora de parar de chamar o investimento ‘em China, Brasil e outros’ como ‘risco’. Mais: ‘Será que o mundo emergente agora é o destino para aqueles que buscam segurança?’. Argumenta com ‘números precisos’ para o custo percentual do seguro contra moratória hoje no mercado. O risco chinês está abaixo do francês e no nível do britânico. O risco brasileiro está abaixo do italiano e é metade do espanhol. ‘Este julgamento relativo do mundo emergente se reverteu completamente nos últimos dois anos.’ Na mesma linha, o consultor em commodities Donald Coxe, de Chicago, fala ao ‘Barron’s’ que hoje ‘o esquisito é que os únicos fatores de risco são na nossa parte do mundo _não nos mercados emergentes’. NO ATLÂNTICO SUL O ministro da Defesa, Nelson Jobim, dias depois da eleição de Dilma, atacou a estratégia de EUA e Otan para o Atlântico Sul, como destacou a Folha. E ontem, em meio à cúpula da Otan na Europa, ‘O Estado de S. Paulo’ deu que a ‘Marinha vai ter seis submarinos atômicos e mais 20 convencionais até 2047’. Seria ‘a mais poderosa força dissuasória’ da região. Ecoou em jornais da Argentina ao Chile -e por agências de EUA e Europa, estas sublinhando que, segundo o almirante Neto Moura, ‘a defesa do pré-sal e a nova posição do Brasil no contexto mundial são fatores que reforçam a necessidade da dissuasão’. Lula ‘visita as obras’ do estaleiro no Rio no mês que vem. Lula & Honduras O site RT noticiou no final da semana que o presidente Porfírio Lobo declarou que o deposto Manuel Zelaya ‘pode regressar’ a Honduras. E que em dezembro Lobo e Lula se encontram na República Dominicana ‘para avaliar garantias para o regresso’. Obama vs. Cuba Jim Sciutto, correspondente da ABC, escreve na ‘New Republic’ que ‘Cuba está se abrindo’, mas ‘a América vira as costas’. Diz que até ‘proposta modestas’, como permitir visitas de americanos a eventos religiosos, ‘estão paradas na mesa de Obama’. SOB ATAQUE A ‘Scientific American’ dá longo ensaio de Tim Berners-Lee, criador da world wide web, que faz 20 anos. Ele alerta que ‘é preciso defender a web’, ameaçada de ser quebrada em ‘ilhas fragmentadas’ por Apple, Facebook e Google Eike quer iPad O site da ‘Forbes’ e a Bloomberg destacaram que ‘o homem mais rico do Brasil’, Eike Batista, ‘quer uma fábrica da Apple’ no Rio, para reduzir o preço com que o iPad vai estrear no país. Negocia com fabricantes da Ásia, mas depende de aceitação da Apple. E já vem o iPad 2 O site DigiTimes, de Taiwan, deu que três fabricantes foram certificadas pela Apple para a ‘segunda geração do tablet’, que ‘segundo fontes’ abre distribuição já em fevereiro. No Brasil, lamentou o site MacWorld, ‘nem a primeira chegou…’. ERA DIGITAL Futuro da mídia é tema de seminário em SP O papel dos jornais na era digital e a transição do setor para ‘companhias de mídia’, com o uso de plataformas múltiplas de informação, serão temas de seminário promovido pela INMA (International Newsmedia Marketing Association) hoje e amanhã, em São Paulo. A audiência em diferentes meios -mídia impressa, on-line, celular, iPad e tablets-, publicidade multimídia e estratégias de marketing das empresas de notícias estarão no centro das discussões do ‘INMA Seminário Internacional de Jornais – Visão 360º’, no Renaissance Hotel. Recentes casos de sucesso de jornais brasileiros e do exterior relacionados aos temas serão apresentados por executivos de grandes empresas de mídia. Laura Langdon, do diário americano ‘The New York Times’, mostrará novidades sobre a integração do jornal impresso com as plataformas digitais. Jornalistas da mídia brasileira, como Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado, e Ascânio Seleme, editor-executivo da InfoGlobo Comunicações, falarão sobre a experiência brasileira na integração das redações dos meios on-line e impresso. Aman Nayar, do ‘The Times of India’ -jornal de língua inglesa mais vendido no mundo-, mostrará como a empresa conseguiu mais que dobrar a circulação do seu principal jornal, que vende aproximadamente 4 milhões de exemplares por dia. Já Federico Poletto, do grupo Clarín, falará sobre o ‘Gran DT’ -um jogo on-line lançado pelo jornal de maior circulação na Argentina como estratégia de marca. O jogo atraiu 2 milhões de pessoas por edição e despertou o interesse de um novo público, que teve seu primeiro contato com o jornal por meio da plataforma digital. A INMA é uma entidade sem fins lucrativos fundada há 80 anos. Atualmente conta com mais de 4.500 membros da indústria jornalística, em 82 países. Durante o evento, o diretor-executivo e CEO da INMA, Earl Wilkinson, abordará temas como monetização dos conteúdos, inovações em tecnologia e a sobrevivência e o desenvolvimento da indústria de jornais. INTERNET Ronaldo Lemos O Brasil está por fora do novo conteúdo digital QUEM MORA nos Estados Unidos vive uma realidade diferente na internet. Há uma revolução em curso por lá nos serviços digitais. Quem quer assistir a um filme pode ir ao Netflix.com e baixar na hora, pagando uma taxa por mês. Para ouvir música, é o mesmo. Basta acessar o Pandora.com, digitar o nome do artista e ouvir. Se a opção é assistir a um seriado de televisão, vá ao Hulu.com, em que é possível ver séries como ‘Glee’, ‘House’, ‘The Office’ e assim por diante. Você clica e assiste legalmente, sem precisar baixar nada. A mesma coisa para games. Em redes como a Playstation Network, dá para comprar jogos bacanas, como Last Guy, tudo on-line. Isso para não falar do ‘velho’ iTunes, a loja de músicas da Apple que tem um catálogo enorme e vende música por faixa, de maneira conveniente e a um preço razoável. Há até gente cancelando a assinatura da televisão a cabo para viver só de internet. Dizem que o conteúdo é melhor e ainda dá para economizar (o fenômeno foi apelidado de ‘cord cutting’, ‘cortar o cordão’). Só tem um problema: nenhum desses serviços funciona no Brasil. Quando usados aqui, aparece um aviso do tipo ‘este serviço não está disponível no seu país por razões de licenciamento’. O Brasil está fora do novo conteúdo digital. Muita gente culpa os altos impostos, que impediriam, por exemplo, o iTunes de se instalar no país. É claro que isso é importante. Mas a razão principal é outra: é caro e complexo demais conseguir licenciar os conteúdos para o Brasil. E isso esbarra no interesse das empresas locais. Haveria músicas e filmes disponíveis na internet que ainda nem foram distribuídos aqui. Caetano Veloso é uma das poucas vozes que têm falado sobre isso. Em sua coluna no jornal ‘O Globo’, ele tem escrito sobre o iTunes. Quer entender por que o site não funciona no Brasil e torce para que isso mude, como aconteceu no México. Estou com ele. ************ O Estado de S. Paulo Segunda-feira, 22 de novembro de 2010 RADIODIFUSÃO Lisandra Paraguassú ‘Regulação não tem a ver com censura’ A consultora da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) Eve Salomon estudou a situação do sistema de radiodifusão brasileira por um ano para propor diretrizes para uma regulação de mídia, um assunto controverso no País. Para ela, regular não é censurar, e as diferentes visões políticas precisam ser protegidas. O que falta no atual sistema de radiodifusão no Brasil? A primeira coisa de que sentimos falta é uma estratégia global, um sentido nacional de como a televisão deverá ser usada em benefício dos cidadãos brasileiros. O setor diz que o que eles produzem é bom para o Brasil, mas não é algo que o Brasil decidiu. Em outros países o que descobrimos é que o Estado pensou a respeito da TV e o que quer para o seu país. Licenciaram TVs para prover isso. É o que parece estar faltando, liderança e estratégia. Quando se fala em regulação no Brasil sempre surge um temor de que acabe se chegando a algum tipo de censura, daí a dificuldade de debater isso no País. Regulação e censura não têm qualquer relação. Para começar, em bases bem simples, censura significa impedir que alguma coisa seja transmitida ou impressa. A regulação nunca olha alguma coisa antes, apenas depois de ser transmitida. Você pode transmitir ou publicar o que quiser e, se isso fere a lei, ser punido depois. A regulação, quando feita da maneira correta, é uma maneira de proteger a liberdade de expressão. Isso não é apenas garantir o direito de dizer o que você quer, mas também o direito dos cidadãos de receber o que eles precisam para operar em uma democracia. É preciso respeitar a privacidade das pessoas, não transmitir mensagens de ódio, é preciso proteger as crianças e garantir que as notícias sejam acuradas. Esses são os princípios básicos que estamos propondo para o Brasil, nada mais. Mas há sempre desconfianças de ambas as partes. O governo reclama da mídia, a mídia suspeita de que as boas intenções possam, no final, ser usadas não para garantir direitos, mas para tentar controlar visões políticas divergentes. Não sei o que o governo vai fazer, mas a regulação de conteúdo é apenas uma pequena parte de todo um pacote. O que recomendamos é material que já está na Constituição e não representará nenhum controle nas empresas existentes, pelo menos naquelas responsáveis. Não iria acrescentar nenhuma restrição. O que vai ajudar a fazer é dar alguma certeza sobre as regras. Não há porque haver preocupação com a liberdade de discurso político, porque isso não está incluído. Pelo contrário, o discurso político precisa ser protegido de toda forma. Mas se a intenção é que a regulação se baseie em leis e princípios constitucionais, qual a razão de ter uma legislação e um sistema específico? A vantagem de ter uma agência e um sistema regulador é que é muito mais rápido e muito mais barato, muito mais simples. A regulação permite que, em casos de desrespeito, possa haver um diálogo e possam ser definidos procedimentos para evitar repetições de problemas sem que se precise apelar para a Justiça, o que pode chegar a punições muito mais duras que o necessário. Nas agências existentes no Brasil, os membros são indicados pelo governo e aprovados pelo Congresso, em um processo absolutamente envolto em política partidária. Bem, essa não é uma forma realmente independente. Em alguns países há agências que têm seus membros apontados politicamente. Mas as melhores práticas internacionais têm ido além disso. Os membros precisam ser politicamente o mais independentes possível, independentes também do setor que eles vão regular. TELEVISÃO Cristina Padiglione Cabrini se recusa a pilotar jornal policial Convidado a apresentar no SBT um noticiário popular que estreia na próxima segunda-feira, às 18h, Roberto Cabrini gentilmente declinou. O jornalista teria justificado que não se sente bem à frente de programas do gênero e que isso comprometeria sua dedicação, na medida necessária, ao Conexão Repórter, título que já gerou três CPIs e que acaba de faturar Prêmio Esso em telejornalismo pelo episódio Sexo, Poder e Intrigas na Igreja Católica. Cabrini, visto por alguns como figura sub-aproveitada no SBT, emprestaria credibilidade ao novo programa. Mas. com contrato a vencer em dois anos e meio, o jornalista pleiteia a continuação de seu Conexão, com destino incerto em 2011. Meu vício e você Jurema, na mesma pele do Hubert que se desdobra entre os papéis de FHC e Lula, vai às lágrimas com show da Marrom: Alcione cantou Meu Ébano e Garoto Maroto no Casseta & Planeta que a Globo exibe amanhã. 7 prêmios Hebe entregou no Grammy Latino, a Chitãozinho&Xororó, Sérgio Mendes, Gilberto Gil, Adriana Calcanhoto, Maria Bethânia, Zezé&Luciano, Diogo Nogueira e Charlie Brown Jr. No ar hoje. ‘Se seu marido chegar em casa de mau humor, não o incomode’ Dica de Íris Abravanel na crônica Armas para manejar um Homem, de seu livro, Recados Disfarçados Bárbara Paz, Adriana Esteves, Mateus Solano e Paulo Vilhena embarcam esta semana para Tóquio, onde gravam as primeiras cenas de próxima novela das 7 da Globo, de Walcyr Carrasco. Voltam no dia 13. No Japão, a Globo contará com apoio logístico da IPC, emissora tratada pelo grupo como sua única afiliada internacional. Embora tenha já iniciado as gravações da 4ª temporada de Qual é o Seu Talento, o SBT não produziu ainda a final da terceira safra, a ser gravada no dia 8 para ir ao ar no dia 15, 21h15. Vizinhos de mesa na calçada da Pizzaria Real, o diretor da ESPN José Trajano e Lobão gravaram conversa para o Lobotomia que a MTV exibe hoje, às 23h30. Glória Perez e Manoel Carlos esmiúçam o merchandising social de suas novelas em encontro marcado para hoje à noite, na Livraria Travessa do Shopping do Leblon, Rio, a convite de André Bernardo e Cintia Lopes, autores do livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo. No contrafluxo de Zeca Camargo, que ia de aeroporto em aeroporto, Álvaro Garnero e o jornalista José Ramalho prometem fazer a volta ao mundo em 80 dias sem avião. Estreia em 1º de janeiro, à meia noite, na Record. Ainda na Record, Ídolos terá sua 4ª temporada gravando a partir de janeiro. A caravana de audições começa por Florianópolis, terra do último vencedor (Israel Lucero), passa por São Paulo, Rioe, para contemplar a concentração de talentos do eixo Minas-Bahia e Centro Oeste, por Uberlândia. Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlink, também produtoras de Som & Fúria, finalista ao Emmy Internacional, representam a O2 Filmes na cerimônia de entrega do prêmio, hoje, em Nova York. ************