Em um passado não muito distante, as poucas tecnologias midiáticas distanciavam as pessoas do mundo de informações que as cercava. A distância talvez fosse longa demais e as estradas poderiam estar sem acesso. O deadline exigia um trabalho rápido e o tempo para apurar os fatos não favorecia o jornalista. E por isso, muitas vezes, as “notícias quentes” não chegavam a serem publicadas e os leitores tinham que se contentar com fatos ultrapassados.
Então, com a globalização e todos os avanços tecnológicos, surge a praticidade da tecnologia móvel que revolucionou o modo de se fazer jornalismo. Os celulares e tablets tornaram os repórteres onipresentes, fazendo com que a notícia chegue até eles, já que os mesmos nem sempre podem chegar até a notícia. As redes sociais, inseridas na mídia pós-massiva, possibilitam a qualquer cidadão conectado produzir, distribuir, receber e atualizar informações que chegarão do Brasil ao Japão.
O jornalismo hiperlocativo é isso, a notícia produzida com a participação de muitos para uma única finalidade: informar. O Twitter é um exemplo dessas redes sociais que usam da mídia pós-massiva para contribuir, aperfeiçoar e construir a notícia, através de dispositivos baseados em localização. O jornalista já não precisa estar presente no local para averiguar o acontecimento, ele obtém as informações que precisa pelas pessoas que estão online, no lugar onde o fato acontece e pelas buscas por palavras chaves ou hashtags. É a apropriação das redes sociais para difusão da informação.
A facilidade que a mídia pós-massiva trouxe ao jornalismo, não tira a credibilidade da função massiva que a mídia tradicional apresenta, pois ela surgiu como um complemento, que acrescenta, favorece e agiliza a construção e a disseminação da informação. Dessa forma, passou a se fazer um jornalismo participativo, onde há a possibilidade de interação entre produtor e receptor, entre jornalista e público.
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Iolanda Pedrosa e Wanda Diniz são estudantes