Wednesday, 08 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

O Globo ganha destaque internacional com capa de Obama

Leia abaixo a seleção de sexta-feira para a seção Entre Aspas.


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Comunique-se


Sexta-feira, 7 de novembro de 2008


 


ELEIÇÕES NOS EUA
Sérgio Matsuura


Edição do O Globo com vitória de Obama ganha destaque mundial


‘Alguns fatos, pela importância, ganham destaque na imprensa do mundo inteiro. O resultado da última eleição americana foi um deles. Pela primeira vez um negro ocupará a Presidência dos Estados Unidos. Para os jornalistas, resta o desafio de buscar o diferencial. Na quarta-feira (05/11), O Globo conseguiu esse feito e foi o único jornal do mundo a trazer na primeira página o segundo nome do presidente eleito, Barack Hussein Obama.


O diretor de redação do veículo, Rodolfo Fernandes, explica o motivo da escolha que levou o O Globo a ser o único jornal brasileiro exposto no Newseum, em Washington, e a receber destaque no noticiário da rede CNN.


‘Nós queríamos evitar os títulos mais previsíveis, tipo ‘O primeiro negro presidente’, ‘Obama eleito’. Então optamos pelo que consideramos mais simples e significativo: a história toda do Obama, tudo o que ele carrega. Todo o simbolismo da sua eleição está contido integralmente no nome dele. Não era preciso dizer mais nada. A carga histórica de tudo o que aconteceu nos EUA se resume aos três nomes, Barack Hussein Obama. Neste sentido, ressaltar o nome do meio dele era fundamental. Acabou sendo um fato único entre todos os jornais do mundo, o que também é muito difícil em eventos como este’, diz Fernandes.


Como o anúncio do resultado da eleição ocorreu por volta das 2h (horário de Brasília), apenas o terceiro clichê da edição noticiou o fato. A primeira versão, fechada às 22h30min, tinha como manchete ‘Voto em massa por Obama’. A segunda, fechada uma hora depois, dizia ‘Obama sai na frente’.


‘A confirmação da vitória de Obama só saiu às 2hs, quando grande parte da nossa edição já estava fechada. Foi realmente uma grande superação de todos os envolvidos. Mas são esses momentos históricos que deixam os jornalistas mais motivados. Todos vão se lembrar muitos anos ainda que estavam trabalhando na madrugada em que o primeiro negro chegou ao poder no país mais rico do mundo, apenas 44 anos após o fim da segregação racial’, comenta Fernandes.


Nos EUA, os jornais impressos se transformaram em documentos históricos e artigos de colecionadores. A procura em bancas foi alta e, de acordo com o site Editor & Publisher, o The New York Times teve que imprimir uma carga extra de 50 mil exemplares. O The Washington Post imprimiu 30% a mais que o normal e, mesmo assim, foi forçado a lançar uma edição comemorativa com tiragem de 350 mil.


O Chicago Tribune, da terra natal de Obama, imprimiu 200 mil exemplares extras. No USA Today, o número chegou a 500 mil. Mesmo com a iniciativa dos jornais de aumentar a produção, o site de leilões online eBay tinha na noite de quarta mais de 200 ofertas de venda da edição do The New York Times. Alguns dos vendedores pediam até US$ 400 pelo produto que, em banca, custa US$ 1,50.’


 


 


Comunique-se


Barack Obama dá primeira coletiva na sexta (07/11)


‘Segundo a agência Reuters, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, vai conceder sua primeira entrevista coletiva nesta sexta (07/11), em Chicago, depois de reunião com conselheiros econômicos.


Obama se encontra com conselheiros para definir parte de seu gabinete. Em seguida, dará a entrevista.


No começo da próxima semana, o presidente eleito se encontra com o atual presidente, George W. Bush, na Casa Branca, segundo informações de um representante do Partido Democrata.’


 


 


SAÍDA
Comunique-se


Silvio Luiz e Paulo Morsa demitidos para ‘adequação do número de funcionários’


‘Segundo o diretor de Esportes da Band, Carlos Gomes, a decisão de demitir sete pessoas do núcleo esportivo trata-se de uma ‘adequação do número de funcionários’. Agora, a emissora passa a ter quatro narradores e oito repórteres – a demissão incluiu Silvio Luiz e um repórter cujo nome ele não informou. O comentarista Paulo Roberto Martins, conhecido como Paulo Morsa, também foi demitido.


‘Também tínhamos muito comentarista. Tiramos o Paulo Roberto Martins, que participava apenas do programa do Milton Neves, aos domingos. Não podíamos contar com ele em outros programas porque ele trabalha o dia inteiro na Rádio Record’, disse Gomes.


Ele nega que a decisão de demitir Paulo Morsa esteja ligada ao 15º Ranking Baixaria na TV, elaborado pelas Comissões de Legislação Participativa e a de Direitos Humanos e Minorias, liderado pelo programa de Milton Neves por causa das críticas que o comentarista fez ao Grêmio.


‘Aliás o ranking foi até estranho, a gente até riu. Um programa que não apela é do Milton. A gente gosta do Morsa, eu que o lancei na TV Cultura e o trouxe para cá’, respondeu o diretor.


‘Acho que não tem ligação com esse ranking. O que sei é que se trata de corte de pessoal, contenção de despesas. Quanto ao ranking, as pessoas levaram para um lado diferente. Falar mal de time é baixaria? Respeito a opinião de todos, mas não achei que aquilo tenha sido motivo para entrar em ranking de baixaria na TV’, observou Morsa.’


 


 


 


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Folha de S. Paulo


Sexta-feira, 7 de novembro de 2008


 


ELEIÇÕES NOS EUA
Fernando Gabeira


Trajetória da esperança


‘RIO DE JANEIRO – A vitória de Obama é um manancial de interpretações. Muitos podem mergulhar nele e sair com sua verdade. Nos EUA, tudo é possível, dirão alguns maravilhados com a democracia norte-americana. Pela primeira vez um negro chega à Casa Branca, dirão os interessados em acompanhar a trajetória da luta racial.


Os mais modernos vão atribuir um grande peso à internet. Obama e sua equipe usaram o instrumento de forma competente. Mas é interessante observar alguns pontos: o simples fato de ser negro não define em si a vitória de Obama. Outros negros tentaram. A internet entregue a si mesma não faz nada; o domínio do instrumento não substitui a força do conteúdo.


Estou convencido de que a análise política de Obama foi um fator decisivo. Ele concluiu que um tempo estava se acabando, que as querelas dos anos 60 chegavam ao esgotamento. Viu o país dividido entre republicanos e democratas, assim como outros pequenos impasses que o debate nacional estimulava. Resolveu construir pontes.


Esta decisão, para mim, foi sábia. De que adiantam debates estéreis, em que se volta para casa com uma sensação de superioridade moral, mas nenhum avanço prático?


Uma realidade importante até para o Brasil: embora existam dois fortes partidos disputando o poder, grande parte da população não se identifica integralmente com eles. Nos EUA, são os independentes. O candidato fala para os independentes. É capaz de mobilizá-los? Entre eles estão 40 milhões de jovens, ávidos por proposta de esperança.


Ao longo de dois anos de campanha, foi possível colocar o país de pé, esperando, com orgulho, horas numa fila de votação.


No Brasil, com nossos métodos modernos, podemos suprimir as filas. Mas estamos em condições de injetar esperança menos de uma década depois da eleição de Lula?’


 


 


José Sarney


Um menino do Havaí


‘OS ESTADOS Unidos não vão mudar. Continuarão com seus problemas, suas contradições, sua crise, suas duas guerras (Iraque e Afeganistão), os contenciosos do Oriente Médio, Coréia do Norte, Irã e, para não ficarmos fora do jogo, os jocosos desafios de Venezuela, Bolívia e Equador. A grande máquina econômica, política e cultural funcionando.


Uma recessão chegando e uma imagem internacional discutida pela ação de George W. Bush, uma versão atual de Theodore Roosevelt, do ‘big stick’.


Não é que tudo se tenha ‘cambiado para se quedar lo mismo’. A vitória de Obama não muda, mas muda tudo. A mensagem que a América mandou ao mundo apaga todos os seus equívocos para situar-se no seu forte, que são as grandes idéias que semeou e mudaram a humanidade: a Declaração de Independência, com a palavra de Jefferson de que ‘todos os homens são iguais’ e têm direito ‘à vida, liberdade e busca da felicidade’.


A força da liberdade, seu poder criador, o sonho de tantos imigrantes de todas as raças e credos, tudo para a construção de uma sociedade democrática. Nada melhor para resumir o que aconteceu do que as palavras do próprio Obama em seu discurso de vitória: ‘Se alguém ainda duvida de que a América é um lugar onde tudo é possível, pergunta se o sonho dos pioneiros está vivo em nossos tempos e questiona o poder de nossa democracia, esta noite é sua resposta.’


A vitória foi, assim, dos Estados Unidos. É o país que justifica ao mundo o porquê de sua liderança e a sua capacidade de renovar-se, mesmo em meio a uma tempestade econômica que ninguém sabe quando começou e quando irá terminar.


Quanto ao presidente eleito, sua rica biografia mostra que as forças propulsoras do seu êxito são sua inteligência e seu talento político, formado num cerco de segregação que o levou a escrever que ‘o termo branco era extremamente incômodo em minha boca’. Viveu, então, a capacidade de transitar ‘entre meus dois mundos’, sabendo que ‘com um pouco de colaboração de minha parte os dois se conciliariam’. Ele traz esperança e a carga adicional de ser um símbolo para a humanidade de reconciliação das raças e projeta o ideal de um mundo sem cor de pele e nivelado pelo sonho de Luther King: o caráter.


Desta mensagem ele teve a responsabilidade histórica de ser o protagonista. Não pode falhar no exercício do poder que lhe foi entregue para pacificar, unir e construir um mundo diferente daquele que encontrou quando nasceu numa noite do Havaí nos braços de um queniano, preto como a noite, egresso de uma das tribos mais primitivas do seu país, um menino a chorar, mas um líder que mudou a história americana.’


 


 


Painel do Leitor


Eleição nos EUA


‘‘A manchete de quinta-feira da Folha (‘Vitória histórica de Obama afasta conservadores e derrota racismo’) causou impacto, mas os 96% de votos dos afro-americanos em Obama são profundamente indagadores: afinal isso também não é racismo?’


ORSON MUREB JACOB (Assis, SP)


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‘Nenhum jornal teve a brilhante idéia de nos mostrar a tradução completa da folha de papel utilizada na votação americana, apesar de nos inundarem com notícias irrelevantes e cadernos especiais.


Seria muitíssimo instrutivo conhecer que tipo de questões os cidadãos americanos puderam decidir no voto. Gastamos mais de meio bilhão de reais com a nossa última eleição e a nossa participação se restringiu a escolha entre um João e um José.


Esse desperdício da real democracia e do dinheiro público não é evidente? Não temos questões urgentes e de interesse central para decidirmos conjuntamente?’


ALEXANDRE RUSZCZYK NETO (Porto Alegre, RS)’


 


 


LITERATURA
Arnaldo Niskier


Machado ainda vive


‘MACHADO DE Assis foi a atração literária do ano. Sua vida e a vasta e musculosa obra serviram de pretexto para aulas, seminários, conferências e artigos. Como nunca houve antes neste país. A exposição na Academia Brasileira de Letras reuniu milhares de estudantes em visitas guiadas sem precedentes.


É pertinente, por isso mesmo, um comentário sobre as ilações pedagógicas da obra do ‘bruxo do Cosme Velho’. De propósito ou sem querer, a verdade é que a educação apareceu muito, até mesmo nas ironias do escritor carioca, que, se reportando a uma aula na escola pública que freqüentou, viajou com o pensamento nas asas de um papagaio de papel, enquanto a gramática era deixada em segundo plano. Nem por isso a sua escrita deixou de ser impecável, anos mais tarde.


Numa releitura dos seus romances, contos, poemas, crônicas e cartas, descobre-se que ele se esmerava em mostrar de que maneira cada um de nós pode chegar a se tornar um ser humano melhor.


Não nos preocupamos exatamente com lições morais, mas com o que o espírito de Machado acolheu e que seria de interesse objetivo da educação do seu tempo. A presença do professor, a forma dos castigos, a valorização de línguas estrangeiras e o pouco prestígio dado à educação feminina são temas recorrentes em suas obras.


O mundo melancólico de Machado, com as suas voltas à infância sofrida, mescla-se com a nostalgia presente no ‘Conto de Escola’: ‘Para cúmulo do desespero, vi através das vidraças da escola, no claro azul do céu, por cima do morro do Livramento, um papagaio de papel, alto e largo, preso de uma corda imensa, que boiava no ar, uma coisa soberba. E eu na escola, sentado, pernas unidas, com o livro de leitura e a gramática nos joelhos’.


Em ‘Outros Contos’, encontramos mais uma preciosidade ligada à idéia do magistério, no sentido que lhe quis dar Machado de Assis: ‘Meu propósito era ser mestre de meninos, ensinar alguma cousa pouca do que soubesse, dar a primeira forma ao espírito do cidadão… Calou-se o mestre alguns minutos, repetindo consigo essa última frase, que lhe pareceu engenhosa e galante… O mestre, enquanto virava a frase, respirando com estrépito, ia dando ao peito da camisa umas ondulações que, em falta de outra distração, recreavam interiormente os discípulos’.


É um texto admirável, de que se podem tirar diversas inferências: a fina ironia com respeito à idéia abominável de delação; a existência somente de meninos na classe, revelando a discriminação então existente; a repetição exaustiva da palavra ‘mestre’, com que Machado designava os professores; o retrato de corpo inteiro de uma classe típica, em que ocorrem fatos ainda hoje comuns no espírito da garotada. Isso tudo além do mestre, que, falando para si mesmo, revelava o inteiro teor do que então denominávamos ‘magister dixit’.


A crítica de Machado à escola mostrava suas idéias: os alunos não eram interessados porque também os mestres não o eram. O professor da época não fazia o aluno raciocinar; antes, queria impressionar e impor-se pela dificuldade das palavras; discursava, emitindo conceitos fora do alcance dos alunos. Nos textos, aparecem os castigos físicos, como a palmatória, que em ‘Conto da Escola’ é descrita como ‘cheia de olhos’.


A cultura de Machado veio do seu autodidatismo, pois só fez os estudos primários. É verdade que era pobre e precisou trabalhar como tipógrafo.


Mas teria ele continuado na escola se pudesse? Foram perguntas que me ficaram -e ficarão- sem resposta.


Não se deve esquecer nenhum desses pormenores se queremos uma educação renovada. Machado afirmava no conto ‘Verba Testamentária’ que ‘esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito. Obra de lápis e esponja’. Quando escrevia isso, certamente, ele queria dizer exatamente o contrário.


ARNALDO NISKIER, 73, é professor de história e filosofia da educação e presidente do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio de Janeiro. É ex-secretário de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, ex-membro do Conselho Nacional de Educação, professor emérito da Eceme e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras.’


 


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


De Roubini para Obama


‘O economista Nouriel Roubini postou ontem sobre ‘a bagunça econômica e o desastre financeiro que Obama vai herdar’. Avalia que ‘a boa nova é que a América elegeu um presidente com liderança, visão e grande inteligência’. E que ‘indivíduos como Larry Summers e Tim Geithner’, candidatos a secretário do Tesouro, ‘seriam excelentes escolhas’, para formar ‘uma equipe econômica de primeira’.


‘No entanto’, diz o Senhor Apocalipse, a herança ‘é pior que tudo o que os EUA enfrentaram por décadas: a recessão mais severa em 50 anos; a pior crise financeira e bancária desde a Grande Depressão; um déficit fiscal explosivo que pode alcançar US$ 1 trilhão em 2009 e em 2010; um imenso déficit em conta corrente; um setor residencial com milhões de insolventes e à beira de perder seus lares’ etc. etc.


BAIXAR A BOLA


‘As próximas dez semanas’, até a posse, ‘dão a Obama uma chance de recalibrar as esperanças do resto do mundo’ e também americanas.


A nova ‘Economist’, com a manchete ‘Grandes Expectativas’, faz o alerta de que ‘muitos dos mais ardentes apoiadores de Obama serão frustrados’, ‘não-americanos também devem se preparar para desapontamento’ e ‘Obama certamente vai fracassar mais do que ter êxito, como a maioria dos políticos’. Ele não tem alternativa, precisa resistir aos democratas mais extremados do Congresso e evitar o protecionismo, diz a revista. ‘E a América vai e deve continuar a pôr seus interesses e o de seus aliados em primeiro lugar’.


OMBRO


Durante seu programa, Oprah Winfrey afirmou desconhecer o homem que a apoiou ao chorar no discurso de Obama, em cena emblemática. De todo modo, ‘Obrigado, senhor homem, por me deixar chorar em seu ombro’


KARL ROVE 2


Ontem no site da ABC, o blog de George Stephanopoulos, que foi da campanha e da Casa Branca de Bill Clinton, postou que o estrategista de Obama na campanha, David Axelrod, aceitou o posto de ‘consultor sênior’ da Casa Branca


DO PÚBLICO AO PRIVADO


Sobre o Brasil, a ‘Economist’ relata como o aperto no crédito chegou ao ‘Brasil Inc’, o setor privado.


Avalia que a fusão de Itaú e Unibanco aponta que o futuro para as empresas ‘é mais difícil, mas pelo menos desta vez as finanças públicas não são o problema’. Concentra-se novamente nas apostas em derivativos, que causaram a escassez do crédito interno. ‘É novidade para o Brasil: um problema financeiro criado inteiramente no setor privado, não público. É um progresso, de certo modo. Mas significa que o investimento desmorona.’


O DIA DA REFORMA


Mais da ‘Economist’, que saúda o ‘marco cultural’ que foi a adoção do feriado de 31 de outubro pelo Chile. Os latino-americanos ‘sempre celebraram uma pletora de feriados católicos’, mas agora chegou a vez da data em que Martinho Lutero ‘pregou suas 95 teses na porta de uma igreja em Wittenberg, Alemanha, iniciando a Reforma’. A aprovação foi unânime, no Congresso.


Citando os já 15% de evangélicos brasileiros, diz a revista que o avanço protestante ‘parece inexorável’, sobretudo entre os latino-americanos mais pobres.


CNN, A AGÊNCIA


Encerrada a campanha, a mídia americana se prepara para um confronto inusitado. A CNN, grande vencedora na cobertura do dia da eleição, avança sobre a Associated Press, agência que está sendo ameaçada de abandono até pela rede Tribune Co., de ‘Los Angeles Times’ e ‘Chicago Tribune’. Mês que vem, diz o site Editor & Publisher, o canal apresenta o CNN Wire em evento com a presença de jornais como o ‘Daily News’, de Nova York.’


 


 


PUBLICIDADE
Folha de S. Paulo


Companhia terá R$ 15 mi por ano para divulgar país


‘A CDN (Companhia de Notícias) venceu licitação do governo para divulgar o Brasil no exterior. O contrato é de R$ 15 milhões por um ano, com a possibilidade de renovação por mais 60 meses.


Outras quatro empresas disputaram, mas a CDN, com o menor preço, foi classificada em primeiro lugar, com 147,27 pontos (o teto era de 158 pontos).


A área de consultoria da empresa atende há três meses o PSDB nacional. A companhia também tem contrato com outros dois órgãos do governo: Banco Central e Banco do Brasil.


A Secom, responsável pela licitação, não quis se pronunciar porque há prazo de cinco dias úteis, a contar de ontem, para recursos de empresas que não foram classificadas.’


 


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Canal pago vai exibir seriados na internet


‘O canal Sony decidiu enfrentar a concorrência da internet unindo-se a ela. Passará a exibir na web os episódios das séries que apresenta na TV paga. Inicialmente, se limitará aos produtos da Disney, mas pretende fazer isso com toda a grade.


Os episódios entrarão na internet no dia seguinte à transmissão pela TV paga e ficarão disponíveis durante uma semana. A exibição pela web será em streaming e em tela pequena.


Desde terça, o site do Sony exibe a nova ‘Private Practice’. Hoje, entra o primeiro episódio da segunda temporada de ‘Ugly Betty’. Na terça, é a vez de ‘Samantha Who?’. A quinta temporada de ‘Desperate Housewives’ e a nova de ‘Lost’ também entrarão na web.


Diretor de marketing dos canais Sony para a América Latina, Miguel Rios diz que não teme perder audiência na TV paga, porque a base do cabo está crescendo. Mas, com a explosão da banda larga (a Net tem 2,1 milhões de assinantes de banda larga, contra 2,9 milhões de TV paga), não poderia deixar a nova tecnologia de fora. ‘Acreditamos que o site um dia será rentável’, diz.


O executivo afirma que a idéia é oferecer mais uma alternativa ao telespectador e atender a pessoas que viajam muito e, principalmente, aos jovens.


O Sony terá mais conteúdo, mas não é o primeiro canal a se abrir na internet. O Warner Channel já exibe na rede ‘Gossip Girl’ e ‘Terminator’.


SOCORRO


Pela primeira vez, Xuxa está tendo aulas de canto lírico e sapateado. Faz parte da preparação para a gravação de seu especial de fim de ano na Globo, um musical dirigido por Wolf Maya. Na emissora, a pergunta que não quer calar é: Xuxa, finalmente, aprenderá a cantar?


GESTOS


Já está no YouTube vídeo em que Alexandre Garcia aparece gesticulando no ‘Bom Dia Brasil’ de quarta. O jornalista, em Brasília, ficou momentaneamente sem retorno de áudio e o cobrou no ar.


BOLA MURCHA


Não é só na Globo que o futebol está em baixa. Anteontem à tarde, na Record, Real Madrid x Juventus deu só 4,8 pontos. Quem se deu bem foi a Band, que virou vice no horário.


DRAMA 1


Continua tenso o clima na Band. Depois de demitir mais de 200 profissionais da teledramaturgia, a emissora dispensou sete do esporte, incluindo o locutor Silvio Luiz (que continua no BandSports). Ontem, a área de esportes foi fundida à de jornalismo. Ficará sob o guarda-chuva de Fernando Mitre, diretor de jornalismo.


DRAMA 2


A expectativa é de mais cortes. Nas coxias, há muita incerteza. Profissionais graduados acreditam que, apesar de a direção negar, a programação passará por grande reformulação.


DRAMA 3


Nesses tempos de crise, os altos executivos da Band já nem mais cogitam tirar o pastor R.R. Soares do horário nobre, como queriam há alguns meses.’


 


 


Lúcia Valentim Rodrigues


Novo desenho é incorreto e cativante


‘Flapjack é um garoto normal.


Quer dizer, mais ou menos. Ele tem a imaginação e a atitude às vezes mesquinha e egoísta de toda criança. Tem bom coração também. Mas sua protetora é uma baleia chamada Bolha e o melhor amigo, um pirata de perna-de-pau que responde pelo nome de Capitão Falange.


Os três viajam pelos sete mares atrás de doces -mais os dois que o materno cetáceo. A busca não se concretiza e abre uma brecha para aventura do programa seguinte.


O politicamente incorreto habitual dos desenhos do Cartoon Network está presente, é claro, mas de uma maneira mais suave, chegando a ser quase ingênua -pelo menos, nos primeiros episódios.


A homenagem a Julio Verne e seu clássico ‘20 mil Léguas Submarinas’ -aventura no interior do submarino Nautilus, que viaja a lugares exóticos dos quatro cantos do planeta nos idos de 1800- aparece num capítulo em que o garoto Flapjack resolve apostar uma corrida com um inventor de coisas fantásticas.


No caso, a concorrente da Bolha é uma baleia-robô superágil que usa carvão como combustível, alimentado por um bando de adolescentes irados e com larica. Incorreto, mas termina cativante.


AS TRAPALHADAS DE FLAPJACK


Quando: hoje, às 19h; sex., às 19h, sáb., às 10h, e dom., às 18h


Onde: no Cartoon Network


Classificação indicativa: livre’


 


 


CINEMA
Silvana Arantes


Mãe coragem


‘Quando vai presa, acusada de ser responsável pelo fim homicida do triângulo amoroso em que vivia, Julia Zarate (Martina Gusmán) leva na barriga um filho que não desejou, cujo pai ela não sabe se é a vítima do crime passional ou o sobrevivente, Ramiro (Rodrigo Santoro).


A partir dessa introdução, o longa ‘Leonera’, que é o aspirante argentino ao Oscar 2009 de melhor filme estrangeiro e estréia hoje no Brasil, assume o curso em direção ao seu tema central -a maternidade.


Não ‘a maternidade como algo imaculado, etéreo, mas algo confuso e conflituoso’, diz o diretor, Pablo Trapero.


É característica dos quatro longas anteriores de Trapero, entre eles ‘Família Rodante’ e ‘Nascido e Criado’, retratar personagens que ‘tentam organizar suas vidas nas condições em que lhes é dado viver, procurando criar um ambiente harmônico no meio do caos’, conforme aponta o cineasta.


O ‘caos’ de Julia corresponde à rotina da ala materna da prisão onde seu filho nasce e tem o ‘direito’ de viver e estudar até os quatro anos de idade, segundo a legislação argentina. A estréia do filme no país vizinho suscitou debate em torno da lei. ‘Achei que encarcerar crianças fosse um invento nosso, mas descobri que é assim em muitos países além da Argentina’, comentou Trapero.


O título do filme é referência às áreas de trânsito, chamadas ‘leoneras’, onde as prisioneiras aguardam, antes de deixar a carceragem, para dar depoimentos ou cumprir outras determinações da Justiça.


Para Trapero, ele representa também a ‘transição’ que ocorre na vida de Julia nos cinco anos em que o filme acompanha a personagem.


‘Acho que o filme postula que, seja lá o que for por que se passe na vida, é preciso seguir em frente. O que nos faz seguir em frente é o amor. No caso de Julia, é o amor por seu filho Tomás’, afirma Gusmán.


O desempenho da atriz como Julia cativou a crítica no Festival de Cannes, em que ‘Leonera’ competiu, em maio passado. Muitos a apontaram como favorita na disputa entre intérpretes femininas, vencida pela brasileira Sandra Corvelloni, por ‘Linha de Passe’, de Walter Salles e Daniela Thomas.


Ilusão perdida


‘Obviamente eu me iludi, porque todo mundo falava disso [a chance do prêmio]’, lembra Gusmán. ‘No início, senti uma tristeza. Depois, achei melhor. Se no meu primeiro papel como protagonista ganho uma Palma de Ouro em Cannes, o que faço depois?’, pondera.


No caso de Trapero, que chamou a atenção internacional com seu primeiro longa, ‘Mundo Grúa’ (1999), competir em Cannes confirmou sua importância no cenário mundial.


‘Fico feliz que Trapero agora esteja no patamar da competição’, disse o diretor do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, à Folha, em maio passado.


O cineasta encara sua carreira -e a de outros contemporâneos em evidência na Argentina, como Lucrecia Martel, Daniel Burman e Lisandro Alonso- como um sinal ‘meio contraditório’ em relação à realidade do país que os engendrou.


‘Os 90 foram uma época muito frívola na Argentina. Mas é quando começam a aparecer expressões de resistência na música, na literatura e no cinema’, afirma Trapero.


Para o cineasta, ‘isso tem a ver com a necessidade de contar histórias, de contar a versão da história que víamos e não a que nos contava os jornais’. Ele diz que ‘o cinema dos 90 funciona como a resistência na Argentina, como esse outro olhar sobre a realidade e a busca por um ponto de vista pessoal’.’


 


 


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Santoro faz exercício de intimidade


‘‘Imagina você fazer parecer que conhece uma pessoa há anos, que já teve uma relação, já dormiu com ela e, na verdade, você conheceu essa pessoa ontem. É um exercício!’, afirma o ator Rodrigo Santoro.


Foi a esse exercício que Santoro se entregou ao interpretar o apaixonado e trágico Ramiro em ‘Leonera’. O ator conta que chegou a Buenos Aires num dia e, no seguinte, filmou com a atriz Martina Gusmán, que conhecera na véspera.


Ela interpreta a protagonista Julia, com quem Ramiro tivera um romance que resultou, na perspectiva dele, num filho. Julia não apóia essa versão.


Ao receber o convite para o papel de Ramiro, junto com o roteiro de ‘Leonera’, em que viu um ‘conflito humano escrito com inteligência e profundidade’, Santoro fez um ‘intensivão’ sobre a carreira de Trapero. Assistiu em dois dias aos quatro filmes anteriores do cineasta e aceitou o convite.


‘Confiei no que vi nos filmes do Pablo. Confiei no Waltinho [Salles, co-produtor do longa], que é um amigo e uma pessoa por quem tenho o maior respeito e admiração. Confiei no risco, no novo, num novo idioma’, diz o ator, sobre a decisão.


Com significado fundamental para a trama, mas poucas cenas na tela, Ramiro trazia para Santoro ‘o desafio de fazer o público conhecer bem esse personagem nos breves momentos em que ele aparece’.


Santoro atua em espanhol com sotaque argentino. O filme não esclarece o país de origem de Ramiro. ‘Trapero disse que ele poderia ter vindo de qualquer parte da América do Sul, mas vivia há muito tempo na Argentina’, diz Santoro.’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Sexta-feira, 7 de novembro de 2008


 


ELEIÇÕES NOS EUA
Ferdinando Casagrande, Kisumu, Quênia


‘Vó, tem um repórter branco no portão’


‘Quando acordei na manhã de ontem, a recepção do hotel em que me hospedei estava lotada de jornalistas estrangeiros fazendo check-out. Pensei comigo: se todos eles estarão no vôo para Nairóbi, então não haverá ninguém no portão da casa de Sarah Obama, avó do presidente eleito dos EUA, Barack Obama.


Com essa idéia na cabeça, parti para outra vila, chamada Sauri. No entanto, a chuva que caiu durante a noite transformou a estrada em um rio de lama. Ao não conseguir passar, percebi que era um sinal. Decidi, então, ir para Kogelo, onde mora a família do democrata no Quênia.


MUDANÇA


No caminho, algumas mudanças na região eram perceptíveis. A estrada que leva à vila de Kogelo começou ser reparada antes da eleição americana. Há poucos dias, o governo local também decidiu levar energia elétrica ao local, uma antiga reivindicação da comunidade.


Quando cheguei à vila, como imaginara, não havia nenhum jornalista estrangeiro. E, como eles não esperavam a imprensa, o portão estava aberto. Fui entrando, até parar na porta da casa de Sarah. O quintal estava animado, com cerca de 50 pessoas em volta. Muitas delas aproveitavam a oportunidade para tirar fotos com um boneco gigante de Obama.


Quem me recebeu na porta foi a Auma Obama, meia-irmã do novo presidente dos EUA:


– Você é jornalista.


– Sim, mas estava passando, resolvi só me despedir de vocês.


– E essa câmera? Você não vai poder fazer fotos aqui.


-A câmera está fechada. Vim dizer adeus, agradecer por tudo, desculpar por alguma coisa…


– Hum, então está bem. Obrigada, boa viagem.


– Será que eu poderia me despedir também de Sarah?


– Mas você não vai poder fazer fotos nem perguntas…


– Tudo bem, só para dizer adeus. Sabe como é, sou do Brasil, vim de muito longe.


– Tá, mas você vai ter de esperar ali naquele canto. Todas aquelas pessoas querem falar com ela. Há uma fila.


Realmente era um monte de gente. Contei 23 pessoas na minha frente. Mas resolvi esperar um pouco. Passados 20 minutos, Auma mandou me chamar antes dos outros. Entrei na sala e Sarah estava sentada no sofá. Disse-lhe quem eu era e a que vinha. Auma traduzia tudo para o luo. Então pedi uma foto. Ela abriu um sorriso largo e disse:


– Senta aqui, meu filho.’


 


 


O Estado de S. Paulo


‘Post’ imprime 350 mil cópias adicionais


‘O jornal The Washington Post decidiu imprimir 350 mil cópias extras da edição do dia 5, na qual relata a eleição do democrata Barack Obama como o primeiro presidente negro dos EUA. As edições comemorativas serão colocadas à venda hoje em algumas lojas. A direção do jornal tomou a decisão após as cópias originais se esgotarem rapidamente. Outros jornais – como o The New York Times, o Los Angeles Times e o Chicago Tribune – também imprimiram edições extras após a eleição.’


 


 


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Leilão na internet


‘400 dólares foi a oferta feita em um leilão pela edição do jornal ‘NYT’ sobre a vitória de Obama’


 


 


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TVs dos EUA batem recorde de audiência


‘Mais de 60 milhões de americanos assistiram à cobertura da apuração eleitoral na noite de terça-feira nas seis principais emissoras de televisão dos EUA. Este número representa um aumento de 10% em relação à eleição de 2004, de acordo com estimativas da empresa de pesquisas Nielsen Research. A campeã de audiência na TV aberta foi a ABC, com 13,1 milhões de espectadores. Entre os canais a cabo, o canal mais assistido foi a CNN, com 12,3 milhões.’


 


 


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Sarah não sabia que África era continente


‘Agora que as eleições nos EUA terminaram, informações dos bastidores de campanha começaram a vir à tona na imprensa americana. Carl Cameron, repórter da TV Fox News, disse que houve uma preocupação entre assessores de John McCain sobre a falta de conhecimento da vice Sarah Palin. Segundo eles, a republicana não sabia que a África era um continente e não um único país, além de desconhecer os membros do Nafta, pacto comercial entre EUA, Canadá e México.’


 


 


INTERNET
Reuters, São Francisco


Yahoo agora quer ser vendido à Microsoft


‘Depois de vários meses em busca de alternativas para a oferta de aquisição apresentada pela Microsoft, o presidente-executivo do Yahoo, Jerry Yang, disse, em um evento em São Francisco, no Estados Unidos, acreditar que a melhor opção para a empresa em crise continua a ser um acordo entre as duas companhias.


Falando no evento Web 2.0 Summit, horas depois de o rival Google ter abandonado os planos de parceria publicitária com o Yahoo, Yang disse que continua aberto à possibilidade de vender a empresa à Microsoft, mas pelo preço certo. ‘As pessoas que me conhecem sabem que não tenho problemas de ego no que tange a manter ou não a independência da empresa’, disse.


Yang afirmou que continua ‘disposto a considerar’ a venda da divisão de buscas do Yahoo para a Microsoft, mas apontou que não havia ‘notícias novas’ sobre as negociações entre as duas empresas.


A Microsoft anunciou em fevereiro uma oferta de US$ 31 por ação pelo controle do Yahoo, um negócio de cerca de US$ 42 bilhões. A oferta foi recusada pela direção do Yahoo, que dizia que a proposta subvalorizava a empresa.


Posteriormente, a Microsoft chegou a subir a oferta para US$ 33 por ação, mas a direção do Yahoo pediu US$ 37. Sem acordo, no dia 3 de maio a Microsoft anunciou que desistia definitivamente do negócio.


Atualmente, as ações do Yahoo estão sendo negociadas na casa dos US$ 14 na bolsa eletrônica Nasdaq, bem abaixo, portanto, dos US$ 31 por ação que a Microsoft havia oferecido inicialmente. A empresa recebeu severas críticas dos investidores por ter recusado a oferta apresentada pela gigante do software.


Na quarta-feira, os papéis do Yahoo dispararam, depois que um boato veiculado em um blog informou que a empresa estaria em negociações avançadas com a Microsoft para uma aquisição, pelo valor de US$ 17 a US$ 19 por ação. O blog também anunciou que Yang renunciaria ao posto executivo. Dirigentes do Yahoo informaram posteriormente, porém, que o boato não procedia.


No evento em São Francisco, Yang se recusou a falar sobre as discussões entre Yahoo e Time Warner quanto à aquisição da divisão America Online, que continuam, de acordo com fontes. Em lugar disso, o co-fundador do Yahoo expôs sua visão quanto ao futuro da empresa, que inclui fazer do site um serviço de múltiplos recursos que forneça tudo aquilo que as pessoas procuram na Internet.


GOOGLE


Jerry Yang se mostrou, na verdade, decepcionado com a decisão do Google de desfazer a parceria em buscas na internet fechada entre as duas empresas em junho. O Yahoo tinha previsão de receber cerca de US$ 800 milhões por ano em receita adicional com essa parceria.


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em um comunicado divulgado na quarta-feira, disse ter avisado o Google que planejava entrar com um processo para barrar o acordo ,com base em regras antitruste. ‘Caso as companhias tivessem implementado o acordo, a competição com o Yahoo sofreria impacto imediatamente no que se refere às páginas de busca’, disse o Departamento de Justiça.


O Google informou que, com isso, desistiu do acordo para evitar uma batalha jurídica. ‘Depois de quatro meses de revisão, incluindo discussões sobre variadas possibilidades de mudanças no acordo, está claro que os órgãos reguladores e alguns anunciantes continuam preocupados sobre essa parceria’, disse David Drummond, diretor de assuntos legais do Google, no blog da companhia. ‘Estamos, é claro, desapontados de que esse acordo não tenha seguido à frente’, acrescentou o executivo.


Juntos, o Google e o Yahoo controlam mais de 80% do mercado de buscas na internet, de acordo com a comScore Inc.’


 


 


TELEVISÃO
Keila Jimenez


SBT adia novela


‘A Revelação, novela de Iris Abravanel, deve estrear somente em 2009. O folhetim foi anunciado ontem, em evento em São Paulo para o mercado publicitário, como uma das novidades da emissora para o próximo ano.


Comandado pela diretora-geral, Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, o encontro ainda anunciou no pacote para 2009 os programas Esquadrão da Moda e 10 Anos Mais Jovem.


Apresentado por Isabella Fiorentino, Esquadrão da Moda tem como proposta melhorar o visual de um participante, com dicas de moda e beleza. Já o 10 Anos Mais Jovem é um daqueles realities que promovem transformação total em uma pessoa que aparenta bem mais idade do que realmente tem.


A direção do canal também agradeceu pelo apoio do mercado anunciante e comemorou a retomada do segundo lugar em audiência na média geral do dia.


‘Recuperamos o lugar que sempre foi nosso há 27 anos, e não vamos deixar a peteca cair’, afirmou Daniela Beyruti.


O diretor de rede, Guilherme Stoliar, fez ainda questão de ressaltar que a crise econômica mundial não deve afetar o SBT em 2009.’


 


 


 


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