Tuesday, 30 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Guerra e informação

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.


Na guerra do Caucaso, meados do Século XIV, os relatos dos jornalistas chegaram aos leitores através de pombos correio. Na Primeira Guerra Mundial usava-se o telegráfo, na Segunda Guerra usou-se o rádio, o telefone, a telefoto e o cinema. A Guerra do Vietnã foi travada através da tv e nesta Guerra, a primeira da era da globalização, a grande vedete é a internet.


Antes faltavam informações, agora parece haver um excesso de informações. Antes era preciso esperar o fim das guerras para saber exatamente porque tinham começado. Agora, menos de duas semanas depois de iniciada a Guerra, o site da BBC fez ontem uma enquete mundial: a cobertura da Guerra está excessiva? Informação nunca é demais, a prova disso é que junto com a avalanche de notícias sobre o conflito, temos uma avalanche de notícias sobre a forma de noticiar o conflito. O juízo sobre a informação hoje tornou-se tão importante quanto a própria informação. O público quer saber e, ao mesmo tempo, quer discutir como está sabendo.


A internet consagrou-se nesta Guerra porque tem justamente esta característica alternativa. A internet é veloz não apenas para transmitir as notícias mas para multiplicar as formas de transmitir as notícias. Tanto assim que depois dos portais e dos sites a última palavra da internet são os blogs, o espaço individual onde a informação é personalizada e o informador não pode esconder-se no anonimato e na distância. Graças ao blog o jornalista pode dirigir-se diretamente ao internauta e este dirigir-se diretamente ao jornalista. Não sabemos ainda quais serão as conseqüências desta Guerra mas uma coisa é certa: a mídia jamais será a mesma.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm