Foram anunciados, nesta segunda-feira [12/4], os vencedores dos prêmios Pulitzer de 2009, nos EUA. Pela primeira vez, uma organização de notícias online sem fins lucrativos foi homenageada com a mais prestigiada premiação da indústria jornalística americana. A médica Sheri Fink, que escreve para o site ProPublica, ganhou o Pulitzer na categoria de jornalismo investigativo por um projeto em parceria com o diário New York Times. O artigo detalhava episódios de eutanásia realizados por médicos em New Orleans depois do furacão Katrina e foi publicado também na revista do Times.
O jornalão nova-iorquino levou mais dois prêmios. O jornalista Michael Moss recebeu um Pulitzer por uma reportagem sobre os perigos de se ingerir carne contaminada; e Matt Richtel, por uma série sobre a ameaça causada por motoristas que enviam e lêem mensagens de celular enquanto dirigem.
O Washington Post ganhou quatro prêmios. Receberam o Pulitzer a colunista política conservadora Kathleen Parker; a crítica de dança Sarah Kaufman; o jornalista Gene Weingarten, por um artigo sobre pais que provocam a morte dos filhos por deixá-los presos dentro do carro; e o correspondente do jornal no Iraque, Anthony Shadid, que já havia levado o prêmio em 2004 e foi finalista em 2007.
O Pulitzer especial de serviço público foi para o pequeno jornal Bristol Herald Courier, da Virginia, que, com circulação de 29 mil exemplares, revelou que muitas companhias de energia não haviam pagado royalties pela extração de gás natural e que os royalties que eram pagos não chegavam às pessoas que deveriam recebê-los.
Concedido pela Universidade de Columbia, em Nova York, o Pulitzer foi criado em 1917, seis anos depois da morte de Joseph Pulitzer, então dono do St. Louis Dispatch e do New York World. Além das categorias de jornalismo, a premiação também engloba trabalhos de literatura, dramaturgia e música. Todos os premiados podem ser vistos aqui. Com informações de Richard Pérez-Peña [The New York Times, 12/4/10].