Tuesday, 30 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Crime segue impune no Irã

O embaixador iraniano na Grã-Bretanha, Seyyed Mohammad Hossein Adeli, reconheceu, em palestra na Universidade de Oxford, o assassinato da fotojornalista Zahra Kazemi por agentes de segurança do país. ‘Eu não apoio o assassinato desta senhora por algumas forças de segurança’, respondeu ao ser questionado sobre a morte de Zahra, que tinha dupla cidadania iraniana e canadense, em julho de 2003. Ela morreu com ferimentos no crânio, depois de passar uma semana detida por fotografar famílias de presos do lado de fora da penitenciária de Evin. No ano passado, um agente da Inteligência foi julgado pelo caso, mas absolvido. As autoridades do Irã tentaram acobertar as circunstâncias da morte da fotógrafa, mas depois admitiram que ela havia sido espancada durante interrogatórios na prisão. Os culpados pelo crime, porém, nunca foram identificados. Informações dos Repórteres Sem Fronteiras [9/2/05].



Programa mostra técnicas de tortura

O Channel 4, canal de TV público britânico famoso por apresentar atrações polêmicas, está preparando um reality show sobre as técnicas de interrogatório utilizadas pelo exército americano em Cuba. Guantanamo Guidebook, com estréia prevista para março, examinará os efeitos destes artifícios em sete voluntários, por 48 horas. Durante as gravações, os participantes do programa foram expostos a temperaturas extremas e obrigados a permanecerem acordados por longos períodos. As técnicas são baseadas em informações de documentos do governo dos EUA, conta Adam Pasick [Reuters, 9/2/05], e foram aplicadas por especialistas em interrogatórios. Segundo um porta-voz do canal, os voluntários foram examinados rigorosamente antes do programa, e receberam cuidados médicos e psicológicos intensivos durante e após as gravações. Um dos participantes foi obrigado a deixar o programa depois de sofrer hipotermia.