O jogo foi no sábado, último dia 8. Torcedores do Ceará, felizes com a vitória do Vozão diante do Atlético de Goiás, pela série B do Campeonato Brasileiro, encontram um erro grotesco na página 14 do O POVO onde foi publicada a matéria do jogo, na edição de domingo passado. Um quadro mostrava o resultado da partida: Ceará 1, Atlético/GO Zero. Mas para a surpresa dos torcedores, no lugar do escudo do Ceará estava o do Fortaleza e no lugar do Atlético/GO o emblema da Ponte Preta que empatara com o tricolor em 1 a 1 também numa partida disputada no sábado. Além do erro dos escudos, o da informação do técnico. PC Gusmão, segundo a publicação do jornal, era o técnico dos dois times.
O leitor Tarcísio Albuquerque reclamou da troca dos emblemas e disse não ser a primeira vez que identificara erros nas páginas do GOL!. De fato, em várias edições, reclamei do quadro com os resultados das séries A e B do Campeonato Brasileiro que saíam com o ano de 2008 – Brasileiro 2008. ‘Tem de ter um revisor aí, né? disse o leitor. Reforço a reclamação. Faltou cuidado do editor e diagramador na hora de revisar a página. Aliás, acredito que a página nem foi revisada, porque não se admite a troca de símbolos de times cearenses rivais como Fortaleza e Ceará de formatos e cores tão diferentes.
A ombudsman e o editor-adjunto do Núcleo Cotidiano, Rafael Luís, responsável pelo caderno GOL!, passaram a semana respondendo a e-mails e telefonemas sobre o erro, mesmo que a correção tenha sido feita na edição do dia seguinte (domingo, 10) na seção Erramos (pág. 4) explicando que ‘os escudos do Ceará e Atlético/GO foram trocados, de maneira equivocada, pelos do Fortaleza e Ponte Preta na matéria ‘Vozão de vez no G4′ e os distintivos corretos estavam publicados na página 2 do caderno GOL!’.
Realmente, os símbolos reais dos times constavam do quadro da matéria com o título ‘Vovô ostenta retrospecto inédito’ e com a explicação de que O POVO publicara os escudos errados na ficha técnica, mas que estavam corretos naquela edição. Também foi publicado o nome certo do técnico do Atlético/GO, Mauro Fernandes. Caberia também um pedido de desculpas à torcida alvinegra.
Perguntei ao editor-adjunto Rafael Luís o que ocorrera e ele lembrou que tinha sido uma situação desgastante, que acabara atingindo toda a equipe. Na edição de domingo, segundo Rafael, o editor de plantão não revisou direito a página e o diagramador, que é quem puxa os escudos (coloca na página), não percebeu o erro. ‘O resultado foi aquela coisa maluca, que nunca tinha visto em jornal (acredite, para um torcedor, trocar escudo – e logo pelo do rival – é algo sério). Fico triste porque tenho implantado uma política de erro zero, mesmo que isso custe minutos a mais na edição e minutos a menos no meu tempo livre. Espero que o pessoal que tem reclamado não deixe de ser nosso leitor’.
Cartas e artigos
Colaboradores reclamam dos cortes nos artigos e nas cartas enviadas à editoria de Opinião, além da demora na publicação dos textos. Um deles é Américo Souza, que se queixa de cortes no artigo intitulado ‘Uma vez mais a cultura do espetáculo’. Ele acha que se o texto estava longo ou se alguns trechos não deviam ser publicados que o editor deixasse o artigo de fora. ‘O POVO tem o direito de decidir o que deve ou não constar em suas páginas, todavia, isso não lhe dá o direito de editar um texto de outrem e publicá-lo como se fosse sua opinião integral por ele assinado’. Ele tem razão, pois o editor deveria avisá-lo sobre as modificações.
Quanto à demora, uma das reclamações é do funcionário público Sebastião Ramos que colabora para a página ‘Espiritualidade’ Ele diz que ultimamente vem demorando muito a publicação de seus artigos, o que não ocorria quando começou a enviá-los há dois anos.
Pedi ao editor de Opinião, Valdemar Menezes, que explicasse como é o procedimento da sua editoria com relação aos artigos e cartas, quanto ao tamanho, cortes e o tempo para ser publicado. Ele diz: Temos dois tamanhos de artigos: cerca de 1.900 caracteres com espaço e cerca de 2.900 caracteres com espaço. Os primeiros saem nos dias da semana, com exceção de quarta-feira e domingo. Os segundos saem às quarta feiras e sábados (quando a página não é temática).
O editor de Opinião diz ainda que os artigos não são publicados por ordem cronológica, mas, segundo a oportunidade, a relevância, a conjuntura, a representatividade – são vários critérios que ficam a juízo do editor. Os menores têm uma saída mais rápida. Os maiores dependem de que a página no sábado, ou na quarta feira, não seja temática. No domingo também há espaço para um artigo eventual no tamanho maior já referido. Na terça-feira, geralmente a página é temática, só raramente é composta de artigos variados. Assim, naturalmente, acumulam-se contribuições, sobretudo, dos artigos maiores.