Livros não mudam o mundo, /quem muda o mundo são as pessoas. /Os livros só mudam as pessoas. (Mario Quintana)
Esta obra foi concebida inicialmente não como livro, mas como uma palestra para estudantes de jornalismo de uma universidade paulistana empenhados em escrever livros-reportagem para seus trabalhos de conclusão de curso – TCCs. Razões alheias à vontade do autor causaram uma série de adiamentos, ao fim dos quais problemas com o calendário de aulas impediram que a palestra fosse realizada. Mas o contato com uma parcela dos estudantes mostrou haver enorme interesse pelo processo de elaboração, produção e edição de reportagem em livro. Daí nasceu a idéia de compartilhar uma parte da experiência profissional com esse público. O roteiro da palestra começou, então, a ser adaptado para o presente trabalho.
Impossível falar de livro-reportagem sem falar – e muito – de reportagem e jornalismo. Por isso, esta obra acaba transitando pela periferia de uma série de questões centrais do jornalismo, na tentativa de criar um panorama compreensível sobre a profissão e situar nele o papel do livro como veículo jornalístico. Era intenção mostrar a experiência do dia-a-dia aplicada ao livro-reportagem.
Reflexão e debate
Os conceitos aqui emitidos são fruto de experiência de 21 anos de trabalho em redações (jornal, revista e internet), assessoria de imprensa e diferentes etapas da produção de livros – jornalísticos ou não – como autor e como profissional de editora.
Este não é um trabalho acadêmico no sentido clássico do termo. Não pretendo polemizar com obras e autores anteriores. Ao contrário. Foram meu ponto de partida. Sinto-me particularmente feliz e agradecido pela oportunidade de rever conceitos e práticas pessoais e profissionais. Espero que os objetivos tenham sido atingidos, sobretudo o de contribuir minimamente para a reflexão e o debate nesta profissão tão carente de rumos. Convido os eventuais leitores a uma análise crítica do conteúdo deste livro.
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Jornalista