Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Trégua em disputa pelo futuro do grupo

A guerra entre Carl Icahn, acionista que lidera um grupo de investidores que detêm 3,3% da Time Warner, e o presidente do grupo, Richard D. Parsons, pode estar próxima do fim. Icahn estaria disposto a desistir da campanha que vinha liderando desde o ano passado para dividir o grupo em quatro empresas e tirar Parsons da presidência. Em troca da trégua na ofensiva, que teria o apoio de três sócios – os fundos Franklin Mutual Advisors, JANA Partners e S.A.C Capital Advisors – e Bruce Wasserstein, presidente do banco de negócios Lazard, Icahn proporia mudanças menos drásticas no grupo. De acordo com fontes envolvidas nas negociações, ao longo desta semana ele já teria apresentado uma nova lista de sugestões a Parsons.


Se ambos chegarem a um acordo, as propriedades do grupo Time Warner – incluindo Warner Brothers, HBO, CNN, America Online e a revista Time – permaneceriam unidas. Parsons vinha sendo acusado por Icahn de má-administração das empresas. O preço das ações da Time Warner, maior grupo de mídia do mundo, vem caindo desde a fusão com o provedor de internet AOL, em 2000.


Os esforços do investidor conseguiram fazer com que o conselho da Time Warner e seus investidores pressionassem por mudanças na estrutura do grupo. Icahn revelou nesta quinta-feira (16/2) que, em vez de estabelecer uma lista de candidatos a diretores para substituir o atual conselho, composto por 14 membros, estaria considerando indicar apenas cinco diretores – cujos nomes devem ser entregues até este domingo (19/2).


No entanto, tudo ainda está muito incerto e pessoas ligadas às negociações alertaram que Icahn pode mudar de tática. Até agora, ele já propôs a divisão da Time Warner em quatro unidades de negócios; depois passou a exigir apenas que o grupo se comprometesse a recomprar suas ações para valorizá-las e que os acionistas liderado por ele apontassem um ou dois novos diretores para o conselho executivo. Informações de Richard Siklos e Andrew Ross Sorkin [The New York Times, 17/2/06].