Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Artigos de Luiz Ernesto Wanke

Da fantasia para a realidade e vice-versa

É verdade que nossa vida cotidiana é composta de duas camadas: a real e a lúdica. A vida real é a pragmática, constituída por atos de nosso trabalho, pelas necessidades cotidianas de sobrevivência e pela postura pragmática diante da sociedade. Já a lúdica ou fantasiosa é constituída pelo lazer oferecido pelos jornais, revistas, televisão, teatro, […]


Nossos índios chineses

No programa de domingo (14/12), o Fantástico exibiu mais um episódio da série “A Marcha da Vida”, agora abordando a origem do homem brasileiro e, em consequência, do homem americano. O programa mostrou os primeiros fósseis humanos brasileiros, principalmente os restos mortais de Luzia – identificada ali como “a primeira brasileira” – ossada achada na […]


Sim, somos feitos de gelo sideral

Todo fim de ano, as revistas semanais – entre elas, a Veja – fazem uma edição retrospectiva, requentando as matérias do ano cuja finalidade, penso, é não interromper a continuidade das edições causadas pela folga dos seus funcionários causada pelo recesso dos feriados do final de ano. Muito justo. Confesso que este ano me bateu […]


Uma reportagem influenciada pela ideologia nazista

Em 1933, os alemães resolveram construir um campo de pouso para o zepelim em Santa Cruz, no Recife. O aeroporto foi feito pré-fabricado na Alemanha, transportado por navio, montado e, a partir de 1934, passou a receber o dirigível Graf Zeppelin, que fazia a rota Alemanha-Brasil regularmente. Varava o Oceano Atlântico numa época em que […]


A partícula do diabo

Está divertido ver na mídia as explicações sobre a descoberta da partícula subatômica que começa com um nome complicado, bóson de Higgs. Para simplificar, atribui-se um nome popular, chamando-a “partícula de Deus”. Mas pelo que se ouve daqueles que querem entendê-la, está mais para uma partícula do diabo. Agora as revistas semanais e os grandes […]


Novela, seu nome é mulher

A novela televisiva é feminina tal como o futebol da telinha é masculino. De maneira geral, as mulheres, mais que assisti-las, mergulham nesse mundo das tramas e conflitos criados pelos seus autores. Já as ouvi interagindo com a telinha, falando coisas do tipo “como ela é burra” e “não conte isso”. Mas é necessário esclarecer […]


Quando a mentira tem perna longa

Neste mesmo espaço do Observatório da Imprensa contei em abril a história do sr. Francisco Copertino de Miranda no artigo “Um Frescor Vindo do Passado”, tirado de seus anúncios publicados em 1857 no primeiro jornal paranaense, o Dezenove de Dezembro. No seu primeiro anúncio, o Sr. Francisco se apresenta aos leitores e coloca à disposição […]


Vá entender essa doideira

De começo, não sei dizer se a televisão é interativa. Aparentemente não, mas para assisti-la faz-se necessário que ela desperte emoções. Essas reações seriam registradas num polígrafo e são indispensáveis para que tenha sentido desperdiçar diante dela uma parte de nossas vidas. Mas é ela que nos impõe suas ideias, unilateralmente, tão diferente da internet, […]


Somos todos diferentes

É um angustiante paradoxo: aceitamos que individualmente somos diferentes porque geneticamente não existem dois seres humanos iguais, mesmo que sejam gêmeos univitelinos. Por outro lado, coletivamente estes mesmos humanos podem ser discriminados e combatidos justamente por formarem conjuntos de indivíduos semelhantes. Embora existam infinitas razões de discórdia entre os dirigentes de povos distintos, os grandes […]


O dia em que vimos começar uma guerra

Não é todo dia que se vê, ao vivo e a cores, a inauguração de uma guerra entre dois grandes países que, uma vez desencadeada, gerou muito ódio, mortes estúpidas de ambos os lados, batalhas aéreas e afundamentos de navios nos mares gelados do Atlântico Sul. O começo de tudo isso vimos da janela de […]


Um frescor vindo do passado

A História também serve para arejar com suave brisa a luta diária de sobrevivência num mundo tão competitivo e problemático de nossos tempos. Afinal, uma lufada de saudades não faz mal a ninguém. Mesmo que esse vento traga alguma poeira desagradável.Uma das maneiras de se encontrar com esse passado é ver e rever velhos jornais […]