Thursday, 02 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Donos movidos a paixão

Discordo totalmente da atitude do JB no caso. Todavia, também quero registrar meu repúdio pela maneira generalista e superficial com que se tecem criticas aos donos de jornal, cujas empresas são das menos rentáveis, ao menos no Brasil (o que por si denota a paixão que os move). Fundar um jornal hoje é um ato quase insano do ponto de vista financeiro. É imaturidade também acreditar que todo proprietário de veiculo de imprensa manipule a informação, sem reconhecer que são eles que ‘bancam’ o trabalho de um jornalista. O OI está ignorando que também o jornalista precisa assumir os riscos de seus próprios atos, e não apenas acreditar que se pode falar qualquer coisa deixando aos ‘donos’ o ônus de suas próprias falas. Repito, o JB está errado. Mas a critica generalizada que se fez à indústria do jornal também.

Sergio La Luna, diretor comercial, Santa Bárbara d´Oeste, SP



Cadê a democracia?

Um absurdo um profissional do gabarito do Dines ter a sua opinião censurada! Ora, a imprensa sabe muito abrir o bico quando alguém do poder público tenta reprimir qualquer forma de expressão crítica. Quer dizer que as grandes mídias estão trabalhando no nível de ‘podem falar qualquer coisa desde que seja aquilo que queremos’ Cadê a democracia? Cadê a tão sonhada construção do pensamento democrático? Um horror, nós aqui adoramos o Dines e adoramos o Observatório da Imprensa! Dines, isso só serviu para provar que aquilo que você diz é respeitável, senão ninguém se incomodaria tanto!

Riva Campos, professora, Rio de Janeiro



Teatro armado

Solidarizo-me com você e parabéns pela honradez e bravura, qualidades dignas dos íntegros. Viva a tocha do desemprego, da carga tributária, do sufoco, do salário mínimo, do crime organizado, da violência, da canalhice política, do embuste etc. etc. Haja revezamento nesse enorme ‘teatro’ armado recentemente no Rio!

Ricardo Dias, assistente financeiro, Rio de Janeiro



É de matar!

Garotinho na Rede Vida! (a rede da família brasileira), no programa tipo ‘tribuna imparcial’, se gabando da segurança. É de matar! Fica aqui a minha indignação.

Tomaz Moraes, estudante, Poços de Caldas, MG



Texto revanchista

O caso da suspensão de Alberto Dines pelo JB merecia ser tratado pelo OI, mas não dessa forma. Dar espaço para Dines expressar seu ressentimento tira a credibilidade do caso. Em vez de uma análise do que aconteceu temos um texto revanchista, no qual o autor se esforça em denegrir [sic] seus adversários com passagens como ‘…não é sequer figura decorativa’. Melhor seria que outro jornalista do OI fizesse um texto sobre o assunto, consultando ambos os lados. (Incidentalmente, não vi menção à autorização de Nascimento Brito para que seu e-mail fosse publicado no site.)

João Ricardo Mendonça Oliveira, estudante, Campinas, SP

Nota do OI: Caro João Ricardo, por favor leia o texto de abertura desta edição do Canal do Leitor. (M.C.)



De todos os tempos

Morei 33 anos, desde de 1970, no Rio de Janeiro, testemunhando a sua gradativa degradação política, cultural (incluído o jornalismo) e administrativa, intensificada com o inicio da administração Garotinho, que, tudo indica, terá como gran finale a consolidação política desse casal de desastrosos e irresponsáveis administradores. O mais temível, no entanto, não é o dano causado pelos ‘garotinhos’ ao RJ. Mas o casal se consolidar no RJ e ser ‘catapultado’ como expoentes para o resto do Brasil. Sim, porque o RJ se caracteriza historicamente pela sua capacidade de desenvolver, adotar e retransmitir cultura, costumes, talentos (mesmo quando falsos) etc. para o resto do pais. Mudei para Recife no fim de 2003. Toda esta introdução foi para manifestar minha grande satisfação ao assistir ao programa de 15/6 da TV Cultura, que teve como case os fatos ocorridos entre o JB/Tanure e o jornalista Alberto Dines.

Cabe aqui uma manifestação: como não conheço Dines, nem ele me conhece, não sou jornalista, só leitor, me sinto isento para dizer que considero Dines uma das reservas morais do jornalismo brasileiro de todos os tempos, afora o seu talento de jornalista, que tenho continuamente testemunhado pela leitura de seus textos. É animador verificar que outros colegas de Dines (Juca Kfouri, Luiz Gutemberg etc.) se disponham a discutir publicamente o papel ético do jornalista nesse novo mundo de mídia. Espero que esse papo continue, acerca dos outros cases que continuarão surgindo, e agregue outros expoentes, como Villas-Bôas Corrêa etc. Além disso, o programa serviu para me indicar o caminho do site Observatório da Imprensa, do qual a partir de agora serei freqüentador assíduo.

Alexandre Paturi Acioli, engenheiro, Recife



Ato autoritário

Aprendi a gostar do jornalista Alberto Dines há aproximadamente três meses e, especialmente, após o debate no Observatório da Imprensa a respeito do correspondente do NYT, quando o presidente Lula, num ato incompreensível e autoritário, aplicou ao jornalista americano o mesmo que o dono do Jornal do Brasil aplicou ao ilustre jornalista. Tal atitude do jornal é nada mais nada menos do que um ato autoritário e antidemocrático. Isto é ferir a democracia. Um ato truculento contra um jornalista que fala a verdade e não tem a língua presa. É de homens como o Sr. Dines que o Brasil precisa. Pessoas inteligentes, capazes de defender o povo e, especialmente, denunciar mazelas. (…)

José Monte Aragão, servidor público, Brasília