Sunday, 28 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Paraatletas de ouro

Talvez vocês possam me dizer a razão pela qual a imprensa não vem divulgando o quadro de medalhas do Brasil nesta Paraolimpíada. Esquecimento ou desinteresse? Não resta dúvida que é puro desinteresse. Pobres atletas, como se não bastasse a batalha contra a limitação física, agora precisam enfrentar o pouco caso da nossa imprensa. Queira a imprensa divulgar ou não, nossos paraatletas, mesmo com suas limitações, colocaram o Brasil em situação melhor que os ditos atletas normais.

Hélio Lisboa, mordomo, Roma



Mérito da Folha

Sobre a observação de Silvia H. Ferreira, a respeito da Rede Globo não noticiar o encontro entre o presidente do COB e o senhor que soltou o maratonista Vanderlei Lima das garras daquele ativista maluco: penso que isso se deve também ao fato de que quem teve a idéia de localizar e fazer matéria sobre esse prestativo senhor foi um jornalista da Folha. A matéria rendeu o encontro entre ele e o presidente da COB.

Enquanto os jornalistas brasileiros (incluindo o irritante Galvão Bueno) só devem ter se ocupado em fazer as malas e guardar as câmeras e equipamentos para voltar para casa, o jornalista da FSP ainda ficou duas semanas à procura do senhor. Cá comigo pensava por que ninguém na imprensa brasileira entrevistava esse homem. E a Folha fez excelente trabalho. Vale a pena eu ser motivo de piada por, sendo fluminense, comprar jornal de São Paulo para ler aos domingos.

Teresa da Silva, Nova Friburgo, RJ

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O JN nem registrou – Canal do Leitor [rolar a página]



O magistral Heleno

Muito bom o artigo de Wladir Dupont sobre o livro do Sérgio Augusto Um século de sofrimento e glória, referindo-se ao Botafogo de Futebol e Regatas, o Glorioso. Meu caro Wladir, eu vi o magistral Heleno jogando uma vez… no Vasco. Foi em Juiz de Fora (MG), cidade mineira vizinha à cidade onde nasceu Heleno, São João Nepomuceno. Parabéns, Wladir, pelo seu belo artigo.

José Rosa Filho, Brasília

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Um século de sofrimento e glória – Wladir Dupont



Destruição do Estádio de Remo

Apesar dos discursos que vejo, e tenho acompanhado com interesse, concluo que o que é dito em público não é realizado. Por exemplo, vejo o Sr Ancelmo Gois criticar o poder dos donos da mídia, mas acata suas determinações. (…) O jornalista Joaquim Ferreira dos Santos no segundo caderno de O Globo critica uma autora de um livro com o título Ser chique, e com muita capacidade (no meu limitado conhecimento) fala sobre ética, que no fim de tudo, é o que deveria nortear os passos de todos os profissionais em qualquer área. Tal texto motivou-me a escrever a ele sobre o problema do Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas. Confesso que fui um pouco agressivo devido ao tempo que luto para que o problema seja comentado por algum jornal de grande alcance no Rio de Janeiro (Globo e JB). Peço-lhe que, se puderem, me façam entender por que nada sai na mídia, sem considerar a razão obvia do interesse direto dos donos dos jornais.

Foi feita uma concorrência pública com o intuito de viabilizar o Estádio de Remo, vencida pela empresa Glen Etertainment Comércio e Participações Ltda. Que, a exemplo de outros, está aumentando a destruição do Estádio de Remo da Lagoa, reduzindo-o a uma reles faixa de múltiplo uso. O dito complexo esportivo Lagoon da Glen nada mais é que outro centro de lazer com fins lucrativos, que nada tem a ver com o esporte, e não é a primeira intervenção destrutiva no estádio. O que diremos aos países que virão para aos Jogos Pan-Americanos de 2007? Talvez possamos dizer:

– Desculpe-nos, mas decidimos lotear o Estádio de Remo porque ele não é rentável como estádio de remo; sua arquitetura, embora inédita, fomos obrigados e adulterar e deste modo, com alguns quiosques e venda de bebida alcoólica, pelo menos alguém ganha algum dinheiro na área destinada ao remo, e nos oferecem algumas migalhas em troca do espaço público.

O que será de nossa cidade?

Luiz José da Silva Barros, engenheiro, Rio de Janeiro