Tuesday, 16 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Cuidar da própria vida

Gente radicalizada, vá lá: há jornalistas envenenados pela própria propaganda festejando a demissão de colegas e o fechamento de fontes de emprego, há fundamentalistas para quem o que foi escrito há milhares de anos (e traduzido sabe-se lá como, sabe-se quantas vezes) deve ser interpretado ao pé da letra, mesmo à custa da própria vida ou da vida de outros. E, como não disse o empresário americano P. T. Barnum, ninguém jamais perdeu dinheiro por superestimar o número de malucos no mundo.

Mas bons jornalistas, professores universitários, gente inteligente e preparada não deveriam fazer-se de desentendidos diante do assassínio, por terroristas islâmicos fundamentalistas, de grande parte da equipe do Charlie Hebdo. Não se pode, em sã consciência, dizer que o Charlie Hebdo abusou da liberdade de imprensa e que, portanto, estava mesmo sujeito à barbárie, tendo até contribuído para atraí-la. Isso é tornar-se cúmplice do crime.

O problema é outro: o humor do Charlie era efetivamente agressivo, frequentemente de mau gosto, desconhecia limites – tudo, porém, na forma da lei. Ofendia muçulmanos ao desenhar Maomé, o que e proibido pelo islamismo? Ofendia judeus ao desenhar o Senhor, que pelo judaísmo não deve ter sua figura representada? Ofendia católicos, ao sugerir que a Virgem Maria inventou a história da gravidez imaculada para que seu marido José não se sentisse tentado a repudiá-la?

Sim, ofendia (e, esperemos, continuará a fazê-lo, ignorando as ameaças dos malucos assassinos); e quem se sentisse ofendido teria dois caminhos a seguir, o primeiro deles entrar na Justiça e verificar se teria havido violação da lei, o segundo ignorar a existência da revista e continuar vivendo sem que ela lhe fizesse falta.

Mas exigir que fiéis de outras religiões e ateus se comportem como muçulmanos ortodoxos é inaceitável (e, a propósito, comportar-se como muçulmano ortodoxo, para começar, significa ser xiita, alauíta ou sunita?). Este colunista, judeu, ficou chocado quando um bispo evangélico chutou a imagem da Virgem Maria; imagina que católicos mais fervorosos tenham se sentido muito mal com isso. Mas seria inimaginável a reação de sair por aí matando quem não se importasse com a sacralidade da imagem.

A questão, enfim, não é saber se o Charlie Hebdo era ofensivo ou não, de mau gosto ou não, excessivo ou não. Ninguém jamais foi obrigado a comprar ou a ler a revista; ninguém jamais foi proibido de processá-la, ou a seus colaboradores, por ofensa a uma religião ou convicção. A questão é saber se uma religião, uma posição política, uma atitude qualquer, deva preponderar sobre as demais religiões, posições políticas ou atitudes.

Não deve; não pode. Esta é a diferença entre os fundamentalistas ocidentais, aliás chatíssimos, e os fundamentalistas muçulmanos. No Ocidente, cada um tem o direito de seguir suas convicções desde que não obrigue os outros a segui-las. Se o cavalheiro é pagão, problema dele. Se a dama é wicca e acredita em mágicas, problema dela. Se alguém decidir adorar a imagem de um carneiro assado com ameixas, problema dele – desde que não passe a perseguir quem quer que aprecie um bom carneiro assado, com ou sem molho.

Je suis Charlie. Ser Charlie não significa concordar com as ideias da revista, não significa concordar com o que é divulgado pela revista. Significa, única e exclusivamente, lutar pelo direito da revista e de seus colaboradores de expor seus pontos de vista, sejam quais forem, conforme previsto em lei.

O Senhor nos deu uma vida para que cuidemos dela. Que cada um tenha o direito inalienável de cuidar da sua, sem que ninguém se meta nela.

 

Uma história de Gulliver

Em seu excelente livro As viagens de Gulliver, Jonathan Swift conta que um determinado reino há muitos e muitos anos guerreava contra um reino vizinho. Motivo: o reino visitado por Gulliver tinha uma lei que obrigava os súditos a quebrar os ovos cozidos pela extremidade mais fina, enquanto os inimigos os quebravam pela extremidade mais grossa.

Swift e Gulliver são sempre muito atuais.

 

O caso Saló

Este colunista assistiu ao lançamento de um filme de Pier Paolo Pasolini que marcou época, Saló – 120 dias em Sodoma. O filme era bom, mas com cenas extremamente chocantes, a tal ponto que em determinado momento mais da metade do público já se havia retirado. Havia cenas de extrema violência, cenas que provocavam nojo, cenas difíceis de tolerar. Quem gostou ficou; quem não gostou, saiu. Ninguém pensou em atentar contra a vida do diretor porque o filme era ofensivo (e era) e violentíssimo (e era).

Este colunista não gosta de novelas. Em vez de iniciar alguma campanha ridícula para proibi-las, prefere trocar de canal, ou fazer alguma outra coisa. Nada de jogar a TV pela janela, ameaçando a vida de alguém na rua, para depois botar a culpa naquela novela que considerava um horror.

Simples assim. E não esqueçamos um pensamento recorrente, o de que há estupros porque as mulheres se vestem de maneira provocante. Botar a culpa na vítima é a melhor maneira de perpetuar a barbárie.

 

Magno comentário

O ótimo jornalista Charles Magno Medeiros fez um comentário altamente preciso sobre as comemorações de pessoas ideologicamente radicalizadas quando se fecham postos de trabalho. Seu texto: “Jornalistas, pseudojornalistas e ex-jornalistas comemoram, nas redes sociais e em blogs, os cortes de custos que a Editora Abril está tendo de fazer para enfrentar as diversas crises (da mídia impressa frente à Internet e do País, com a economia rateando). São perfeitos idiotas aqueles que festejam a redução de postos de trabalho em um dos grupos de comunicação que sempre ofereceram mais empregos e melhores salários para os jornalistas. E sempre abriram espaço tanto para os melhores profissionais do País, como para os jovens talentos”. Título da nota postada por Magno: “Esquizofrênicos”.

 

Belo trabalho

A Primeira Página do Estado de Minas, tratando do ataque dos terroristas islâmicos ao Charlie Hebdo, foi exposta pelo Newseum: foi escolhida uma das melhores do mundo.

 

Vitória do Jornalismo

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu liminarmente a quebra do sigilo telefônico do repórter Allan de Abreu e do jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto. O sigilo tinha sido quebrado pelo juiz Dasser Lettiere Jr., com o objetivo de identificar as fontes do repórter. Lewandowski lembrou que a garantia do sigilo da fonte do jornalista é uma das mais importantes garantias constitucionais, resguardando a liberdade de imprensa e a própria democracia.

 

Coisas erradas

O mercado de comunicação no país segue, ao ver deste colunista, por caminhos equivocados. As demissões sucessivas de jornalistas – que incluem os mais experientes, que guardam a memória da Redação – desidratam as redações, ao mesmo tempo em que outras tarefas, especialmente na área de multimídia, são atribuídas aos já sobrecarregados sobreviventes. Há economia, claro; em compensação, por que o leitor pagará por informações mal apuradas, mal escritas, mal ordenadas, com precária hierarquização? Há um círculo vicioso, em que os custos são cortados, mas caem também as receitas, exigindo novos cortes. Parece a antiga história do cavalo do inglês, que morreu quando já estava quase acostumado a viver sem comer.

 

Coisas boas

Mas, mesmo enfraquecidas, as redações têm produzido coisas muito boas. A matéria do Fantástico sobre as fraudes no mercado de próteses médicas foi impecável; e, por incrível que pareça, fez com que o governo se mexesse. A matéria, além de mostrar as irregularidades, tocou fundo num ponto altamente sensível de cada telespectador: a possibilidade de que um médico pouco consciente de seu papel, movido unicamente pela vontade de ganhar dinheiro, promova cirurgias desnecessárias, apenas para receber um por fora de comissão. E que comissões! Chegam a até 50%!

O repórter Giovanni Grizotti viajou por cinco estados, durante três meses, e comprovou a bandalheira. Um esforço notável. Envolve um mercado de R$ 12 bilhões – quanto o SUS desperdiçava de recursos públicos por ser vítima dessa maroteira inescrupulosa?

E uma consequência desse desperdício apareceu nas câmeras da Rede Bandeirantes e da Globonews. Um hospital municipal em Osasco, SP, atingido por fortes chuvas, teve corredores inundados, aquelas coisas que não deveriam acontecer mas acontecem. Acabou a luz – e a concessionária, AES Eletropaulo, levou mais de cinco horas para religá-la, embora tenha recebido mais de doze reclamações do hospital, embora hospitais tenham direito a atendimento preferencial. O gerador do hospital não funcionou: estava com defeito. E, o que é absurdo, não havia outro para substituí-lo. Partos foram feitos à luz dos celulares dos funcionários (enquanto duraram as baterias); depois, velas. Procedimentos de respiração voltaram a ser manuais, como antigamente. Embora seja a única maternidade pública da cidade, a Prefeitura petista não dá muita bola (nem verba) para que funcione o tempo todo.

Sandro Barbosa, da Rede Bandeirantes, e Marcelo Godoy, de O Estado de S.Paulo, desvendaram independentemente, ao mesmo tempo, uma das histórias mais interessantes dos últimos tempos: as migrações de Alexandre de Moraes entre administração pública e iniciativa privada. Moraes, DEM, foi um dos secretários mais fortes do prefeito paulistano Gilberto Kassab, tendo sob seu comando tudo o que se referia a trânsito e transportes. Depois que foi demitido, passou a advogar para uma cooperativa de transportes, até então sujeita à sua autoridade, e investigada por ligação com o crime organizado. Saiu de lá ao ser nomeado secretário da Segurança de São Paulo pelo governador tucano Geraldo Alckmin. Como secretário da Segurança, uma de suas principais tarefas é conter e desmantelar o crime organizado. Moraes diz que só defendeu a pessoa jurídica da cooperativa, não pessoas físicas que fossem suspeitas de cooperar com o crime organizado.

 

Coisas más

Em compensação, aparecem coisas que ninguém sabe de onde vieram. Um assaltante foi identificado “n” vezes, em “n” veículos de comunicação, como sendo filho de um sargento da PM. OK, é fato. Só que não tem nada a ver com os crimes que tenha praticado. E faltou mencionar que seu pai morreu há mais de vinte anos.

 

O começo da crise

Até agora, o Petrolão foi uma questão política. Agora já se transforma em questão econômica: a OAS, uma das maiores empreiteiras do país, deixou de pagar quase R$ 120 milhões a quem investiu em seus papéis. Sua nota foi rebaixada pelas agências de classificação de crédito, o que significa que agora terá de pagar muito mais pelo dinheiro que captar. Seus bônus no exterior perderam 90% do valor. Daí para demissões em massa é um passo. Outras empreiteiras estudam solicitar recuperação judicial, protegendo-se contra pedidos de falência. A Petrobras, tentando salvar sua diretoria do terremoto, descredenciou as empreiteiras nacionais, e agora só está convidando construtoras do exterior. Bobagem dupla: primeiro, por desperdiçar um conhecimento técnico que o Brasil pagou caro para conquistar. Segundo, porque quem é que garante que empresas estrangeiras sejam mais honestas, só por ser estrangeiras? Aquela empresa holandesa que mexe com plataformas não sofreu uma multa milionária na própria Holanda? A Siemens, centenária empresa alemã, não informou que participava de cartéis na área de metrôs e trens metropolitanos? E a Alstom, não está sendo investigada na Europa também neste caso dos cartéis?

Uma sugestão: quem comete crimes são pessoas. Que tal punir as pessoas que cometeram crimes, mas não as empresas, que não são gente? Se a empresa, por pior que seja seu passado, for dirigida de maneira honesta, será honesta também.

 

Brasil na Alemanha

O autor é Mauricio Luperi, brasileiro, doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas. Ele acaba de publicar na Alemanha, em inglês, um trabalho em que discute a tendência mundial de aplicar cada vez mais a Matemática à Economia. É o tema de sua tese de doutorado, orientada pelo ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira.

 

Norma Bengell como ela é

Linda, corajosa, boa atriz, ousada: Norma Bengell explodiu no cinema brasileiro em Os Cafajestes, de Ruy Guerra, em que contracenava com Jesse Valadão. Foi a primeira atriz brasileira a exibir-se em nu frontal, numa cena dramática, tensa, em que um grupo de rapazes tentava estuprá-la na praia, se este colunista não se engana em Cabo Frio. Foi, com Gloria Menezes, estrela de O Pagador de Promessas, filme de Anselmo Duarte premiado no Festival de Cannes. Fez muito sucesso; e se tornou atriz de prestígio na Europa, filmando com ícones como Alberto Lattuada.

Norma participou da Passeata dos Cem Mil, contra a ditadura militar, e foi, com Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara, Eva Todor, uma das grandes atrizes do grupo que convenceu a tropa de choque a não atirar na multidão.

Norma Bengell, o livro da vida da estrela, será lançado no dia 14/1, quarta-feira, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, a partir das sete da noite. Vale.

 

Como…

Ken humano, Celso Santabañes é internado devido ao uso de hidrogel. Inflação é semelhante à de Andressa Urach”.

Precisa chamar urgente o Guido Mantega para cuidar dessa inflação. Ou evitar que ele a trate: ele é especialista em inflação, mas quando aumenta.

 

…é…

** “Após policial preso, Youssef acusa líder do PMDB de recepção de dinheiro”

Faltou espaço. Certamente o redator gostaria de ter escrito receptação.

 

…mesmo?

Do jornal virtual de um grande grupo informativo:

** “Ao vivo: polícia francesa cerca casa onde estariam suspeitos de ataque, diz jornal”.

Jornal “ao vivo”? A cobertura até que poderia ser ao vivo. Mas o jornal já estava pronto faz tempo!

 

Frases

>> Da jornalista Cora Ronai, sobre a patrulha chapa-branca que a insulta por não ter gostado da roupa da posse de Dilma: “A militância petista está fazendo o que pode para mostrar que quem é contra o PT está coberto de razão.”

>> Da internauta Cida Cavalcante: “O Brasil é o único país em que a escola é de samba, o sertanejo é universitário e o povo analfabeto.”

>> Do jornalista Sandro Vaia: “O ministro Nelson Barbosa esclarece: a nova regra para reajustar o salário mínimo é a antiga.”

>> Do cronista Artur Xexéo: “Se a maior polêmica provocada pelo discurso da posse de Dilma foi o vestido que usava, estamos mal. Só um discurso vazio, genérico, pouco esclarecedor, desimportante, poderia ser abafado por um vestido de renda.”

>> Da internauta Márcia Sauchella: “Que não se diga jamais que o prefeito de S. Paulo nada fez para conter as previsíveis enchentes e alagamentos de verão. Ele encheu a cidade de ciclovias.”

>> Do jornalista Alex Solnik: “A direita quando adere ao PT não é mais direita?”

>> Do excelente cronista Rogério Menezes: “Ninguém mata em nome de Deus. Todos matam em nome de Eus.”

>> Do internauta Zé Palhano: “Calma, gente. Nada de torcer pela morte (ou tumores) de quem quer que seja. Mormente desafetos políticos. Viva a vida!”

 

As não notícias

A mania até começou a sério: o objetivo era evitar que uma pessoa fosse apontada como culpada desde a primeira notícia, antes que houvesse qualquer prova contra ela. Mas mania é mania: ninguém mais quer afirmar nada. E este colunista avisa, se for chamado de “suposto gordo”, briga.

** “Algemado, suspeito de debochar da polícia em vídeo selfie ‘pede desculpa’”

Foi filmado pelo policial, há um vídeo de sua confissão e do pedido de desculpas, mas é só suspeito.

** “Vídeo mostra suspeito de abandonar bebê”

No vídeo aparece quando o cavalheiro ajeita o bebê num lugar discreto e sai de fininho. Voltar, que é bom, nada: tirou o time de campo, mesmo, e largou o bebezinho à própria sorte. Mas é só suspeito.

 

E eu com isso?

Num mundo tão maluco em que o humor passa a ser perigoso, em que vítimas da tesoura da censura passam a apoiar a metralhadora da censura, é preciso ter alguma válvula de escape. Um momento em que a realidade cinzenta ganhe tons de Technicolor, em que os raivosos gritos dos assassinos sejam trocados por músicas de primeiro nível. Aqui, nas notícias frufru:

** “Marido de Gisele prepara panquecas para os filhos”

** “Caroline Bittencourt solta pipa de biquíni”

** “Noiva de piloto da Fórmula 1 posa de biquíni e encanta”

** “Kate Moss e Naomi Campbell atraem fotógrafos em Trancoso”

** “Izabel Goulart mostra as pernocas em looks provocantes”

** “Leonardo DiCaprio curte praia rodeado de belas mulheres”

** “Alessandra Ambrósio curte praia com a família”

** “Kristen Stewart é flagrada em clima íntimo com uma amiga”

** “Inspirado em foto de Juju Salimeni, Belo faz selfie com bumbum de Gracy Barbosa”

** “Milley Cyrus fica ainda mais loira”

** “Luana Pinheiro curte praias de João Pessoa”

** “Jennifer Anniston usa minissaia e exibe ótima forma”

** “Judoca Rafaela Silva posta foto surfando em praia carioca”

** “Stephen Fry vai se casar com amado 30 anos mais novo”

** “Christine Fernandes, 46, toma banho de mar na Barra da Tijuca”

** “Flagra! Gwyneth Paltrow aparece sem maquiagem!”

** “De sunga e camiseta, Thammy Miranda toma chup-chup na praia com namorada”

 

O grande título

As redações estão cada vez mais raquíticas, desidratadas, esquálidas (embora o termo usado seja “enxutas”). Não há mão de obra nem tempo para ler de novo o que foi escrito, ver se o padrão de qualidade é aquele que o consumidor de informação merece. É chutão pro alto, e pronto.

Aí surgem títulos daqueles bem óbvios:

** “Após rumores, Grazi e Cauã não escondem que passaram fim de ano”

Como todos os sobreviventes, aliás. No dia 1º de janeiro todos tinham passado o fim do ano.

E há manchetes notáveis pelo que deixam subentender:

** “Anvisa suspende por 90 dias venda de canela com pelo de roedor”

Daqui a três meses, pelo jeito, vão poder vender de novo.

E, na mesma área do subentendido, somando-se a isso o exótico:

** “Caso raro na Medicina, homem com dois pênis lança biografia”

Nenhum homem com dois pênis, antes dele, tinha lançado biografia.

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Carlos Brickmann é jornalista, diretor da Brickmann&Associados Comunicação