Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Belluzzo vai comandar
a rede de TV Pública


Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 6 de setembro de 2007


TV PÚBLICA
Kennedy Alencar


Belluzzo pede autonomia para conselho da TV pública


‘O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que presidirá o conselho curador da rede pública de TV que o governo lançará em setembro, deve convidar personalidades da área da cultura como o documentarista Eduardo Coutinho, o cantor de rap MV Bill e a escritora Nélida Piñon para integrar a equipe.


Em conversa ontem no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou com Belluzzo sua indicação para a presidência do conselho curador da rede pública de TV que o governo lançará em dezembro. Ele havia sido sondado, convidado e pediu prazo para pensar e consultar amigos. Ontem, o ‘Painel’ da Folha antecipou que ele aceitara.


As boas relações de Belluzzo com setores do PSDB e com os defensores do pensamento econômico chamado de ‘desenvolvimentista’ contaram a favor do convite de Lula. O economista tem sido, desde o primeiro mandato, conselheiro informal do petista. Belluzzo já recusou cargos no governo Lula, alegando não ter perfil executivo. Ele integrou a equipe econômica do governo Sarney.


Lula acha positiva a amizade de Belluzzo com o governador de São Paulo, o tucano José Serra. Na visão presidencial, essa relação ajudaria a tirar da TV o carimbo de ‘rede do PT’, crítica freqüente da oposição e da setores da mídia ao projeto. Belluzzo presidirá o conselho curador que dará diretrizes da TV a uma diretoria-executiva.


Belluzzo é consultor editorial da revista ‘Carta Capital’, que tem uma linha editorial vista com simpatia por Lula e seus ministros. Ele também é colunista do jornal ‘Valor Econômico’ e da Folha, onde escreve a cada quatro semanas.


Filiado ao PPS, partido que hoje faz oposição a Lula, Belluzzo sempre foi um crítico da política econômica do ex-ministro Antonio Palocci. Era ouvido por Lula no primeiro mandato, mas aumentou sua influência com a entrada de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, em 2006.


A Folha apurou que Belluzzo pediu a Lula autonomia para indicar conselheiros e garantia de que haveria um orçamento fixo para a rede pública. O presidente, que torce pelo Corinthians, disse ao palmeirense Belluzzo para nomear quem ele quisesse. E falou, em tom de brincadeira: ‘Pode indicar até mesmo aqueles seus amigos lá do Palmeiras’.


Belluzzo disse a Lula que pretendia indicar conselheiros com trânsito em todos os partidos, inclusive em siglas da oposição, como o PSDB. Em 2002, Belluzzo apoiou Serra na disputa pela candidatura presidencial do PSDB contra o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Chegou a assinar um manifesto a favor do projeto presidencial de Serra. Como Alckmin saiu vencedor na disputa tucana, Belluzzo deu apoio a Lula na eleição presidencial e a Serra na disputa pelo governo paulista.


A idéia de Belluzzo é que a rede pública se inspire na britânica BBC. O presidente se comprometeu a atender a reivindicação de garantia de uma cota fixa de financiamento à rede no orçamento federal. O economista resiste a aderir a um modelo que permita publicidade nos moldes tradicionais em redes de TV. Prefere que os programas da rede recebam patrocínios.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Às pressas


‘Nelson Jobim recomenda pressa, Renan Calheiros aceita, amanhã é feriado. E assim mal deu tempo para o ‘teatro patético’, de ‘homofobia desavergonhada’, como já temia o blog de Ancelmo Góis. Helena Chagas até postou que ‘os senadores se embonecaram’, que Wellington Salgado surgiu ‘mais penteado’ falando aos ‘senhores senadores e telespectadores’ e que Marisa Serrano ‘fez escova e foi de casaquinho cor de goiaba’. Mas o ainda presidente do Senado ordenou que tudo terminasse às 14h. E pouco depois Fátima Bernardes já dizia que ‘será analisado pela comissão de Justiça daqui a pouco’. E a TV Senado já entrou com Tasso Jereissati lendo, sem ‘boneca’. Com votos abertos, o expediente terminou antes dos telejornais.


Comercial de ‘Duas Caras’, que estréia no rastro de ‘Vidas Opostas’


IGUAIS, MAS DIFERENTES


Depois de Tutty Vasques espalhar a piada ‘Somos todos brancos’ e da campanha quilombola contra renovar sua concessão, vem a Globo e, em comercial de nova novela, junta faces de negros e brancos, mais a narração ‘Somos todos iguais. Somos todos diferentes. ‘Duas Caras’.


É resposta para todo lado. Daniel Castro, há semanas, deu que ‘pela primeira vez uma favela terá destaque no horário nobre da Globo’, mas ao custo de R$ 3 milhões. É a Globo que agora clona a Record, de ‘Vidas Opostas’. Mas com Antonio Fagundes de ‘pai de todos’ na favela, externas do Rio Grande do Sul a Pernambuco, por aí vai.


SEM VIOLÊNCIA


A novela que substituiu a violenta ‘Vidas Opostas’ na Record, a leve ‘Caminhos do Coração’, tem audiência ‘muito instável’, deu o blog de Lauro Jardim. Estreou com 17 pontos e, uma semana depois, fez 13, com 20 e 10 no meio. E uma média ‘razoável para a emissora do bispo’.


‘MAIS UM ALIADO’


A Globo saudou ontem que a Google, com a qual tem acordo no YouTube, ‘abriu canal direto com ONGs que denunciam crimes sexuais na rede’ e é ‘mais um aliado no combate à pornografia’. Mas é para ONGs tipo Safernet. Nem menção às demandas de Ministério Público e Justiça.


O ‘Larry Flint brasileiro’, em foto publicada ontem no pé da capa do ‘WSJ’


‘WSJ’ E OSCAR MARONI JR.


E lá estava Oscar Maroni Jr. na primeira página do ‘Wall Street Journal’, sob o enunciado ‘Sexo e segurança aérea se vêem todos misturados na política brasileira’. Fez, à sua maneira, a defesa do ‘Larry Flint brasileiro’, destacado como ‘dono de bordel’ -e cujo hotel, segundo a Fundação de Segurança de Vôo, ouvida nos EUA, ‘não é alarmante’ para Congonhas. ‘O que é perturbador’, na reprodução do jornal, ‘é que a segurança se torna cada vez mais uma questão política e não técnica no Brasil’.


PARA O URUGUAI


A agência Ansa, citando telejornais de Montevidéu, deu que a extradição de um coronel do exército uruguaio, aprovada no Brasil, vai somar mais um aos 11 militares já em prisão especial ‘por violações de direitos humanos durante a ditadura, de 1973 a 1985’.


O QUE QUER?


Um colunista do mexicano ‘La Jornada’ cobrou ontem ‘o que quer o Brasil?’, de um Lula que diz ‘sim mas não’ à integração no Mercosul e ‘abraça Bush em Camp David’. A opção, no fim do artigo, é entre o ‘Banco do Sul’ e ser ‘sub-imperialista’.’


GRAMPOS EM DEBATE
Andréa Michael


Novo diretor da PF é contra grampo da Abin


‘Em sua primeira entrevista à imprensa como diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Luiz Fernando Corrêa, 49, disse ontem que é contrário à idéia de a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) ser autorizada a fazer escutas telefônicas.


A proposta é defendida pelo delegado Paulo Lacerda, antecessor de Corrêa na PF, e que agora vai comandar a Abin. A autorização para esse tipo de atividade, que requer aprovação do Congresso Nacional, seria feita, segundo Lacerda, em situações ‘excepcionalíssimas’: suspeita de ataque terrorista ou de sabotagem com risco de sérios danos à sociedade.


Corrêa ainda assim é contra. Entende que a PF poderia ser acionada em tais casos. ‘Sou contra, em tese. A própria PF tem atribuição para investigar terrorismo.’ Apesar das reservas em relação à Abin, Corrêa defende o uso de escutas, as quais caracteriza como ‘uma importante ferramenta de investigação, mas não a única’. Ele é um dos pais do ‘Sistema Guardião’, o software adotado pela PF para gerenciar o monitoramento telefônico.


Disse que há ‘mitos’ em torno de um suposto uso indiscriminado de escutas, que poderiam até se prestar a propósitos pessoais e não ao interesse público de combater o crime. ‘Criaram-se mitos sobre as escutas. São softwares, registram acessos e são auditáveis a qualquer tempo’, declarou.


Corrêa negou intenção de modificar a administração da PF no que diz respeito à condução e à divulgação das megaoperações policiais. ‘O sujeito foi preso, jogado como um pacote de batata no carro. Mostrar isso é excesso, é a pirotecnia que não agrega valor à polícia. A idéia é não expor a pessoa nessa posição degradante. E converge com o entendimento do dr. Paulo Lacerda, que nos deixou um Manual de Planejamento Operacional, que é uma reflexão, um amadurecimento sobre a atividade policial.’


Destinado a conter abusos nas operações, o documento contempla, por exemplo, a determinação de não expor pessoas presas quando estiverem dentro do camburão ou no momento em que são detidas em casas. Não há restrição quanto ao uso de algemas. ‘É um símbolo do Estado prendendo. Tem que ser igual para todos’, disse o diretor-geral, que ingressou na PF em 1980.


Ele contou que a primeira conversa com o ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a ida para PF se deu no início de agosto. ‘Ele me sinalizou que houve uma conversa [com Lula] e que a tendência era essa. Tendência porque, em política, vocês sabem…’.


Negou que o ministro tivesse lhe dado qualquer recomendação para reduzir a divulgação das ações da PF. ‘Ninguém reinaugura a Polícia Federal. Assume e segue, dentro de uma normalidade já criada, como deve ser em uma polícia Republicana, de Estado.’


Apesar de experientes, os sete novos diretores escolhidos por Corrêa têm no máximo 12 anos como delegado – seu próprio caso. Todos participaram, de alguma forma, da revisão de metodologias de trabalho e de comunicação da PF com a sociedade. O hiato no recrutamento produziu uma divisão interna entre ‘novos’ e ‘antigos’ delegados, o principal desafio de Corrêa para manter o equilíbrio na instituição.


Em seu discurso de posse, realizado na segunda-feira, ele marcou a disposição de trabalhar com a renovação, sua principal base de apoio. Provocou críticas, por ora veladas, dos mais experientes. Fundador e dirigente do primeiro sindicato de policiais do Brasil, no Rio Grande do Sul, em 1989, Corrêa transita bem no meio. Vai também marcar sua gestão por esse viés, inexistente na administração Lacerda.’


INTERNET
Folha de S. Paulo


China também invadiu rede britânica, diz jornal


‘Depois de atingir o Pentágono e a Chancelaria alemã, a guerra cibernética chegou ao governo britânico. Ainda sob o impacto causado pelas invasões de computadores do Departamento da Defesa americano e do governo alemão, o jornal londrino ‘The Guardian’ noticiou ontem que as redes de vários ministérios britânicos, incluindo o das Relações Exteriores e o da Defesa, sofreram ataques recentemente.


Como nos casos anteriores, o maior suspeito é o Exército chinês, que, segundo especialistas ocidentais, estaria usando a pirataria eletrônica como forma de espionar e desestabilizar seus adversários. O governo chinês nega com veemência as acusações, que chama de ‘absurdo’, fruto de uma ‘mentalidade da Guerra Fria’.


Na última terça-feira, autoridades americanas disseram que militares chineses invadiram em junho uma rede informatizada do Pentágono, no que foi considerado o mais bem-sucedido ataque cibernético já sofrido pelo Departamento da Defesa dos EUA.


O ataque obrigou o Pentágono a fechar parte de um sistema de computadores do gabinete do secretário da Defesa, Robert Gates, e especialistas do governo citados pelo jornal ‘Financial Times’ afirmaram que uma investigação apontara o Exército de Libertação Popular como a origem da infiltração.


Rede vulnerável


O presidente americano, George W. Bush, admitiu que os EUA são vulneráveis a ataques cibernéticos e disse que poderá levantar a questão no encontro que terá hoje com o presidente da China, Hu Jintao. Eles estão em Sydney, na Austrália, para a cúpula da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).


Para Bush, é essencial que parceiros comerciais respeitem ‘os sistemas e bases de conhecimentos’ uns dos outros. ‘É o que esperamos das pessoas com quem negociamos’, disse.


Além da conveniência que a internet proporcionou aos governos de países desenvolvidos em suas relações políticas e comerciais, a rede mundial de computadores também criou uma vulnerabilidade para a qual ainda não há remédios infalíveis. Na semana passada, a revista ‘Der Spiegel’ afirmou que hackers chineses haviam invadido computadores do governo utilizando um vírus disfarçado do programa Word.


Sobre a reportagem publicada pelo ‘Guardian’ ontem não houve reação oficial. Mas um especialista em segurança do governo britânico confirmou que são freqüentes as tentativas chinesas de penetrar nos computadores do Estado.


‘Eles estão interessados em informação científica e tecnológica, civil e militar’, disse ele à agência Reuters, que não identificou sua fonte. ‘Estão interessados na aquisição de inteligência política e econômica. E estão interessados em monitorar dissidentes.’


Sandra Bell, analista do Royal United Services Institute, de Londres, comentou que a divulgação das ações de hackers por duas semanas consecutivas parece indicar uma disposição das potências ocidentais em sinalizar ao regime chinês que tais atividades são intoleráveis.


‘A comunidade internacional parece estar dizendo: ‘Sabemos quem está fazendo e é bom que isso acabe’, disse Bell.


Outros observadores lembram que pensadores militares chineses há muito debatem o uso de pirataria cibernética como parte de uma estratégia que definem como ‘guerra assimétrica’, a qual compensaria a desvantagem em recursos bélicos convencionais de Pequim em relação a seus rivais.


‘Na era da informação, a influência de uma bomba atômica é talvez menor que a de um hacker’, comenta um relatório do Exército chinês de 1999, intitulado ‘Guerra ilimitada’.’


TELEVISÃO
Daniel Castro


TV digital na parabólica racha emissoras


‘A transmissão de TV digital via satélite para os 15 milhões de domicílios brasileiros que possuem antenas parabólicas rachou as redes de TV e colocou o Ministério das Comunicações em uma situação delicada.


Há duas semanas, Band e Rede TV! entregaram ao ministro Hélio Costa documento em que pedem a implantação do ISDB-S, a versão para satélite do padrão de TV digital japonês, adotado pelo Brasil. Por enquanto, as redes só podem transmitir TV digital por via terrestre, começando por São Paulo.


A liberação da transmissão via satélite daria acesso imediato à TV digital aos proprietários de parabólicas (desde que comprem um novo receptor). A TV digital chegaria já a cidades que só receberiam a nova tecnologia daqui a dez anos. ‘Seria uma forma de democratizar o acesso à TV digital e de baratear as caixas receptoras’, diz Frederico Nogueira, diretor da Band.


O problema é que a Globo é contra, porque as parabólicas afetam as receitas publicitárias regionais. Embora SBT e Record ainda estudem o assunto, a Abert é contra a medida. Vice-presidente institucional da Globo, Evandro Guimarães discutirá o assunto hoje em reunião com a Band e a Rede TV!.


Enquanto isso, o Ministério das Comunicações, que não quer desagradar à Globo, ganha tempo. Diz ‘que a prioridade é cumprir o decreto 5.820/06, que estabelece o cronograma da TV digital [terrestre]’.


MINA DE OURO 1 A volta dos telessorteios pelo prefixo 0900 é vista como uma importante fonte de receitas para todas as redes, menos a Globo, que domina o mercado publicitário. A Record, por exemplo, recebe 20 milhões de ligações por mês só com promoções do ‘Hoje em Dia’.


MINA DE OURO 2 Mas os executivos das emissoras acreditam que o novo 0900 vai levar algum tempo para emplacar. No primeiro ano, não deve gerar lucro.


FÓRMULA A Record venceu o SBT em agosto no Painel Nacional de Televisão do Ibope por uma diferença de apenas 0,2 ponto. O resultado foi de 6,5 a 6,3. Mas, como o Ibope recomenda o arredondamento, a Record está divulgando que ganhou de 7 a 6.


INTERVENÇÃO Apesar das mudanças no texto e até na direção, ‘Malhação’ (Globo) não conseguiu se recuperar no Ibope. Em agosto, registrou sua pior média na Grande São Paulo em 2007, apenas 22 pontos. Na média do ano, acumula 25 pontos _contra 29 em 2006 e 32 em 2004.


LADEIRA 1 O humorístico ‘Toma Lá Dá Cá’, que estreou com 31 pontos há quase um mês, já despencou para 23, anteontem. Atingiu o patamar que serviu de justificativa para o fim de ‘A Diarista’.


LADEIRA 2 ‘Simple Life – Mudando de Vida’, reality show que estreou em julho na Record com 16 pontos, resultado melhor do que o de ‘O Aprendiz’, também está queda no Ibope. Anteontem, deu 11 pontos.’



Folha de S. Paulo


EMISSORA FAZ ACORDO COM PROCURADORIA PARA MANTER PROGRAMA


‘A TV Atalaia, afiliada da rede Record em Sergipe, assinou acordo com o Ministério Público Federal se comprometendo a veicular inserções sobre direitos humanos nos intervalos do programa ‘Tolerância Zero’, de jornalismo policial, e do ‘Jornal do Estado’. Para o procurador Paulo Gustavo Guedes Fontes, o programa veicula cenas que desrespeitam a dignidade das pessoas. A proposta inicial era retirá-lo do ar.’


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O Estado de S. Paulo


Quinta-feira, 6 de setembro de 2007


GRAMPOS EM DEBATE
Vannildo Mendes


‘Grampo cabe à PF, não à Abin’


‘Brasília – O novo diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, criticou o pedido de seu antecessor, Paulo Lacerda – que vai assumir a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) -, ao Senado, para que autorize a Abin a fazer grampo telefônico. Corrêa é contrário à idéia. ‘O grampo só deve existir para produção de prova em investigações criminais, o que não é atribuição da Abin, mas da PF. O assunto deve ser melhor analisado’, disse.


‘O Brasil está em franco processo de desenvolvimento e pode vir a se tornar alvo do terrorismo. A sabotagem de instalações públicas sensíveis, como hidrelétricas e as ameaças de terrorismo podem causar danos extremos ao Estado e à sociedade’, argumentou Lacerda. A idéia foi bem aceita pelos parlamentares.


Mas, segundo Corrêa, a PF já tem entre suas missões a de combater o terrorismo e sabotagem contra instalações públicas, possuindo inclusive equipes especializadas nesse tipo de investigação. O que pode haver, para ele, é o compartilhamento de informações da PF com a Abin, no que interessar institucionalmente à agência, cuja principal função é assessorar a Presidência da República em questões de segurança nacional e defesa do Estado.


Na queda-de-braço pelo direito de grampear, Lacerda informou que manterá a proposta por considerá-la útil ao País.


Em matéria de grampo, a PF tem um arsenal sofisticado comparável ao de países de Primeiro Mundo. O símbolo do sistema é o programa eletrônico chamado Guardião, que funciona no quinto andar do edifício-sede do órgão, em Brasília, com capacidade para interceptar 400 linhas telefônicas simultaneamente. Réplicas do equipamento foram espalhadas nas superintendências da PF nos Estados. O formato do equipamento foi desenvolvido por uma equipe comandada por Corrêa quando chefiava a Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF no Rio Grande do Sul, na década de 90. Hoje, o Guardião é o mais importante aliado da PF no desmantelamento de quadrilhas especializadas em crime organizado, desvio de dinheiro público e narcotráfico. Foi usado como suporte nas mais de 400 operações realizadas pela PF na gestão de Lacerda.


Apesar do desacordo sobre os grampos, Corrêa informou que vai manter a política de Lacerda, focada no combate à corrupção e ao crime organizado. Mas vai estender essa política aos Estados, em parceria com os governos. ‘Vamos oferecer cooperação aos Estados e disponibilizar o nosso know-how de combate ao crime, com transferência de capacidade, inteligência e recursos tecnológicos que a PF desenvolveu ao longo dos anos’, afirmou. Em 11 Estados os secretários de Segurança são delegados da PF.


O diretor da PF informou também que nos próximos dias entrará em vigor o Manual de Planejamento Operacional, que visa a impedir a superexposição de presos nas operações. O manual vem acompanhado de um conjunto de medidas para humanizar as ações policiais, o que inclui um novo modelo de viatura para condução de presos. Mas a PF não abrirá mão do uso de algemas. ‘A algema é o símbolo do Estado prendendo e será mantida’, disse Corrêa.


Ele dedicou os dois primeiros dias de trabalho à tarefa de contornar resistências à transição na PF.’


Fausto Macedo


Deputado quer CPI das escutas


‘Enquanto o novo diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Paulo Lacerda, defende o uso da interceptação telefônica pela instituição, a Câmara se prepara para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo. A iniciativa, do deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), foi subscrita por 191 parlamentares – 20 assinaturas a mais que o necessário para abrir a comissão. Eles pedem investigação sobre abusos que teriam sido praticados por setores policiais a partir da instalação de escutas, inclusive clandestinas porque executadas sem autorização judicial.


Itagiba, delegado federal durante mais de duas décadas, avalia que a utilização da interceptação telefônica ‘é um instrumento fundamental para a produção de provas pelas polícias judiciárias em suas investigações, principalmente aquelas que objetivam a desarticulação de facções criminosas e a elucidação de crimes complexos, como o tráfico de drogas e armas, contrabando e descaminhos’.


Mas ele ressalva que ‘o uso inadvertido por órgão diverso ao determinado pela lei configura o cometimento do crime de invasão de privacidade, além de caracterizar uma abominável violação de direitos e afronta às liberdades individuais, pressupostos também garantidos constitucionalmente’.


‘Não se pode cogitar a possibilidade de extensão da prerrogativa da interceptação telefônica a outros órgãos que não sejam aqueles previstos na nossa Constituição, antes de se aperfeiçoar a sua utilização e o seu efetivo controle por parte do Judiciário’, argumenta o deputado. ‘Cumpridas estas etapas, seria cabível voltar a discutir tal assunto, com absoluta segurança.’


Itagiba pediu a CPI do Grampo amparado nas denúncias de que até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam sofrendo bisbilhotagens.


‘Vamos ter condições de verificar o que está acontecendo e, ao final, propor medidas legislativas que aumentem as garantias do cidadão e do próprio Judiciário.’’


Ariel Palácios, Patrícia Campos Melo e Andrei Neto


Vários países permitem medida


‘O direito de fazer escutas telefônicas, que o delegado Paulo Lacerda espera seja estendido à Agencia Brasileira de Inteligência (Abin), já é adotado nos EUA e, em menor escala, em muitos outros países, principalmente da Europa. Ninguém vai tão longe, no direito de vigiar a vida alheia, quanto os americanos. Desde o 11 de Setembro de 2001, o governo dos EUA desencadeou uma ‘guerra ao terror’ e obteve do Congresso autorização para a Agência de Segurança Nacional (NSA) grampear, sem autorização prévia de um juiz, telefones de qualquer pessoa que ela considere suspeita.


Em escala menor, e sob controle – até certo ponto – da Justiça, a escuta é autorizada na Inglaterra, Itália, Espanha e França – e, na América Latina, pela Argentina, entre outros. A União Européia não tem uma regra uniforme para os 27 países do bloco, mas o porta-voz de sua Comissão de Justiça, Friso Abbing, admite que, na prática, a maioria dos países adota a escuta como defesa contra o terrorismo. A Argentina tem desde 2001 a Lei de Inteligência Nacional, que, pelo menos no papel, faz rigorosas exigências para aprovar cada uma dessas invasões de conversas privadas.


O ‘programa de vigilância de terrorismo’ nos EUA autoriza agentes secretos a monitorar conversas entre grupos suspeitos do exterior e pessoas dentro do país, um direito contra o qual lutam muitas entidades de direitos civis. Se o assunto não é terrorismo, porém, a lei é rigorosa e muitas vezes o pedido de grampo é negado.


Na França, a bisbilhotagem é delegada à Direção de Vigilância do Território (DST, o serviço secreto francês). Os agentes podem obter autorização para escuta pedindo ao gabinete do primeiro-ministro, que pode passar o assunto à Comissão Nacional de Interceptação Telefônica. ‘Nas investigações relativas a terrorismo e grandes temas de Estado, a comissão tende a autorizar facilmente a escuta’, explicou ao Estado o ex-deputado Alain Marsaud, que foi relator do texto aprovado.’


INTERNET
Valéria França


Google Brasil vai ajudar na apuração de crimes virtuais


‘Após uma longa queda-de-braço com a Justiça, a Google Brasil deu ontem os primeiros sinais de que pretende colaborar mais na investigação das denúncias de crimes cometidos em sua comunidade de relacionamentos virtuais, o Orkut, com 20 milhões de usuários. Braço da maior empresa virtual do mundo, a Google Brasil anunciou ontem que será o procurador oficial de sua matriz, a Google Inc, com sede nos Estados Unidos. Até então, a função era delegada a um escritório de advocacia que fazia a ponte entre a Justiça brasileira e a matriz americana. A decisão foi considerada como uma vitória por organizações que combatem crimes na internet.


A nova posição da empresa agiliza os processos, mas não significa que a Google Brasil irá responder diretamente. ‘Os processos continuam a ser encaminhados para a matriz’, diz Alexandre Hohagen, diretor da Google Brasil. ‘Juridicamente, não altera nada’, diz Renato Opice Blum, advogado especializado em Direito Virtual. ‘Mas, na prática, sinaliza desburocratização. Dúvidas e problemas podem ser respondidos mais rapidamente, com apenas um e-mail entre a filial e a matriz.’


A SaferNet, ONG que combate a pedofilia na internet, vê o anúncio com bons olhos. ‘Por dois anos, nunca consegui uma reunião com os diretores da Google Brasil’, diz Thiago Tavares, presidente-fundador da SaferNet. ‘A empresa sempre se esquivou de assumir suas responsabilidades jurídicas no País. Agora parece que será diferente.’


A mudança tem a ver com a pressão devido ao acúmulo de denúncias. Só na cidade de São Paulo são 233 pedidos do Ministério Público Federal para a quebra do sigilo de usuários que cometeram crime de pedofilia e de racismo. Há cinco meses, a Google Brasil fez acordo com o Ministério Público de cinco Estados – Rio, Ceará, Acre, Minas e Rio Grande do Norte. A empresa criou uma ferramenta para a Promotoria, a que a Polícia Federal também tem acesso. ‘A idéia é agilizar a retirada de material de pedofilia do ar.’


A Google pretende estender o canal às ONGs que trabalham pelos direitos das crianças. Por semana, a Google Brasil recebe 20 mil denúncias de crimes no Orkut. ‘Mas só 5% é considerado passível de remoção. Há casos de brigas de amigos que chegam como crime’, diz Hohagen. Ao convocar as ONGs, a empresa espera aumentar o critério de seleção. ‘No caso da pedofilia, as denúncias às vezes são de difícil identificação.’’


HQ
Livia Deodato


Tio Mauricio apronta todas


‘Uma família de negros, vinda de Salvador, está se mudando para o bairro do Limoeiro. O pai é produtor musical e a mãe é veterinária. Eles têm três filhos: um gosta de música clássica, outro joga capoeira e adora dançar axé e a menina vai se tornar uma das melhores amigas da Mônica, despertando, é claro, muito ciúme em Magali. Eles já tinham até ganhado nomes de origem africana, mas, por carregarem certa conotação religiosa, acabaram não agradando a alguns angolanos consultados pela equipe de produção. Em breve, o público dos quadrinhos poderá conferir o definitivo batismo da nova família, que ainda é um segredo. E essa é apenas uma das novidades que Mauricio de Sousa, de 71 anos, criador da divertida Turma da Mônica há 48, está prometendo para este segundo semestre.


‘Somos como mata-borrão. Captamos tudo o que acontece à nossa volta para canalizar em nossas criações’, diz Mauricio. O cuidado na escolha do nome de personagens é só um exemplo do trabalho minucioso pelo qual o desenhista sempre primou – e passa a seus parceiros e colaboradores. ‘Recentemente, quando criamos o personagem português Alfacinha, tivemos um problema: o nome agradou ao pessoal de Lisboa, mas deixou o do Porto com ciúmes. A gente não consegue agradar a todo mundo… mas tentamos, pelo menos, fazer o melhor.’


A mesma preocupação vale para os gibis traduzidos. Ou melhor, quando ganham nova versão. ‘Tradução é coisa burra. As historinhas são adaptadas, ganham algo criativo, elaborado. Faço questão de distribuir nosso material em português, porque se ele tivesse de ser traduzido para o inglês e depois para outra língua certamente daria uma ‘esfriada’ no estilo’, justifica. Até o detalhe na troca da letra ‘r’ pela ‘l’ por Cebolinha foi pensado por Mauricio, quando os quadrinhos começaram a invadir outros continentes – em inglês, por exemplo, as crianças trocam o ‘r’ pelo ‘w’.


A Turma da Mônica já fala 18 idiomas e está presente em 30 países. Alcançou esses números com a ajuda do Universal Press Syndicate, instituição americana dedicada a quadrinhos e cartunistas reconhecidos em todo o mundo e responsável pela divulgação dos mesmos. Há 40 anos, Mauricio sonhava fazer parte dessa seleta lista, mas foi há pouco mais de um ano que a Monica’s Gang e o gibi inspirado em Ronaldinho Gaúcho conseguiram integrar o time liderado por Garfield e Calvin. Agora, países como Espanha, Indonésia e Coréia do Sul querem ver essa turminha virando desenho animado na TV e nos cinemas. E Mauricio está trabalhando para atender a esses pedidos (leia abaixo).


Por falar em Ronaldinho Gaúcho, produtos como mochilas, cadernos e estojos foram criados e vendem como água… no exterior. ‘Estamos com problema com o personagem no Brasil. A criançada quer, mas o editor, que já passou dos 40 anos e está magoado com a última Copa do Mundo, vem rejeitando todo e qualquer tipo de merchandising do jogador’, explica Mauricio.


A Turma da Mônica, que vende 2,5 milhões de gibis por mês, tem cerca de 3.500 produtos licenciados, de sabonetes a parques – além do Parque da Mônica no Shopping Eldorado, Mauricio estuda a montagem de outro em Luanda, Angola. E também uma área de lazer em Atibaia, um resort da Turma da Mônica na Praia Grande e outro parque temático em São Paulo, desta vez para ‘atender à choradeira do Cebolinha, com diversões um pouco mais ladicais’, diverte-se. Outra novidade: os quadrinhos da turma servirão de apoio na alfabetização de chineses matriculados na rede pública. ‘Isso significa atender cerca de 180 milhões de crianças, equivalente à população de todo o Brasil. Não faço idéia da dimensão que isso pode tomar’, declara.


Pensa que acabou? Um mangá da turminha deve sair até o fim do ano e, na próxima Bienal do Livro, os fãs poderão adquirir uma coleção histórica com os primeiros números das revistas da Mônica, Cascão, Cebolinha, Magali e Chico Bento, além do livro As Tiras Clássicas da Turma da Mônica, produzidas na década de 60. Não perca, pois aquilo que seria o sonho de Cremilda e Clotilde, Capitão Feio e principalmente do Dr. Olimpo pode ter um dia se tornado realidade…’


Flávia Guerra


Horácio vira filme em 3D com roteiro escrito em Hollywood


‘Que a turma do Mauricio de Sousa foi muito além do Limoeiro todo fã já sabe. Com seus gibis, Mauricio é capaz de emocionar desde leitores de comunidades rurais da China até crianças e adultos do sertão brasileiro.


Mas fãs, produtores e compradores do mundo estão querendo há tempos é ver a Turma da Mônica saltar literalmente dos quadrinhos para as três dimensões do cinema. Na era de Procurando Nemo, Os Incríveis e Ratatouille, o cinema de animação tomou proporções gigantescas. Tão grandes que os especialistas andam afirmando que são essas produções que têm ‘sustentado’ o caixa de Hollywood. Fato ou não, o que conta agora é que finalmente um personagem do Mauricio vai chegar ao cinema 3D. E o escolhido para cumprir a tarefa foi ninguém menos que Horácio, o filhote de tiranossauro vegetariano que sempre foi o mais filosófico entre todas os personagens do quadrinista. Mais que isso, há muitos que dizem que Horácio é o próprio alter ego de Mauricio.


Quem está capitaneando a ‘operação Horácio’ é a produtora Digital 21, em parceria com a Mauricio de Sousa Produções. Especialista em tecnologia de imagens e efeitos especiais, a produtora estreou no cinema com os efeitos de O Coronel e o Lobisomen, e finaliza atualmente o DVD Primórdios, de Marina Lima. Mais que orçamento de gente grande, R$ 8 milhões, pequenos grandes detalhes de produção prometem colocar Mauricio de Sousa definitivamente no circuito mundial de animações, hoje dominado por estúdios como Pixar, Disney e Dreamworks. A primeira medida para isso foi contratar um roteirista de Hollywood. ‘Pedi dicas ao Carlos Saldanha (o brasileiro que dirigiu A Era do Gelo 2) e ele me sugeriu alguns nomes. Queremos fazer um longa com padrão internacional, com todos os efeitos de hiper-realidade, movimentos, som e cor que são o que há de melhor hoje. E para isso vamos ter 40 estações de trabalho, equipamentos de ponta e, claro, uma grande equipe especializada’, conta Rodolfo Patrocínio, sócio-diretor da Digital 21 e co-diretor de Horácio. ‘A história não vai deixar de ser brasileira, tanto porque esse tempero nacional é ótimo para os espectadores internacionais, mas a linguagem vai ser internacional. Há mercado, os fãs lá fora e aqui pedem isso há tempos’, aposta.


A escolha de Horácio, em vez da turminha da Mônica (que já tem vários filmes) para abrir esta nova página, não foi por acaso. ‘Nunca vi nenhum projeto com dinossauro dar errado’, brinca Patrocínio. ‘O Horácio tem apelo. É um personagem querido. No longa, ele parte em busca da mãe que nunca conheceu e divide a cena com vários amigos e personagens. Sem contar que a história vai ter muito humor, piadas para os adultos que levam as crianças ao cinema’, adianta o produtor.


O roteiro vai ser finalizado por um profissional de Hollywood, mas o argumento é todo escrito por Mauricio, que será o diretor geral do filme. ‘Há muito tempo eu planejava entrar numa produção em 3D’, conta o criador de Horácio, que vai continuar, para alegria dos fãs mais clássicos, produzindo as animações da Mônica e até mesmo o já cult Cine Gibi, cujo terceiro longa já está em produção com custos pagos pelos próprios estúdios de Mauricio. Ele também trabalha em uma série de 13 episódios de sete minutos da Turma da Mônica para a TV, mas em 2D.


No mundo 3D, a Digital 21 já trabalha em outra produção. A Turma do Penadinho também vai chegar à TV, em série de 13 episódios. ‘Estamos produzindo as primeiras histórias. Os personagens já têm movimento, expressões e traços definidos. Criamos aqui e o Mauricio dá a palavra final. Só falta definir a emissora que vai exibir’, conta Patrocínio.’


TELEVISÃO
Keila Jimenez


Talk show temático


‘Com lançamento marcado para o dia 27, o Record News, canal de notícias da Record, ainda tenta formatar a sua grade de programação. Negociações com âncoras e jornalistas estão a todo vapor, mas ainda há muitos espaços em branco no canal que promete ficar 24 horas no ar.


Entre os projetos já acertados está o Entrevista Record, programa que vai ao ar todos os dias, às 22 h. Com uma hora de duração, a atração terá um apresentador diferente a cada dia da semana, sempre recebendo convidados. Os dias terão uma temática fixa. Às segundas-feiras, o assunto será Os Bastidores da Notícia, com Celso Freitas.


Às terças, Brasil em Discussão, com Adriana Araújo. Às quartas-feiras, Lorena Calábria entrevistará alguém ligado a música. Quinta-feira é a vez de Rodrigo Vianna em Mundo. Na sexta, o papo é sobre Entretenimento, ainda sem apresentador definido, e no sábado, Arnaldo Duran comanda o Cultura.


Aos domingos, o Record News reprisará o Domingo Espetacular no horário. Outra atração que ganhará reprise, só que diária, é o Jornal da Record, que vai ao ar no Record News à 0h.


Triângulo


Esta é a cena do beijo que Nina rouba de Conrado na Eterna Magia da Globo. Ao tentar levantar da cadeira de rodas, ela cairá e Conrado a pegará no colo. Quando Eva entra no quarto e flagra a cena, diz a Conrado que é puro fingimento da irmã. Mas ele defende Nina.


Entre- linhas


Mais um barraco à vista em Paraíso Tropical. Na próxima semana, Fred (Paulo Vilhena) descobre que Fernanda (Juliana Didone) gosta dele e percebe as armações da moça para separá-lo de Camila (Patrícia Werneck). Ele a expulsa de casa e vai atrás de Camila, que aproveita a deixa para sentar a mão na cara de cunhada.


Mesmo com queda de audiência em relação aos primeiros capítulos, Caminhos do Coração obteve em sua primeira semana no ar média melhor do que sua antecessora, Vidas Opostas. Nos primeiros 7 dias, a nova trama da Record registrou média de 14 pontos, com 23% de share (participação no total de ligados), ante 13 pontos e 20% de share de Vidas Opostas no mesmo período.


Taís Araújo tem expediente ‘difícil’ pela frente. Em outubro, o seu programa, o Superbonita, via GNT, vai a Gramado, no Rio Grande do Sul, Búzios, no Rio, São Paulo e Trancoso, na Bahia, para experimentar o que há de melhor nos SPAs do País.


A programação da TV Cultura chegará a mais 30 cidades paulistas a partir de amanhã, alcançando cerca de 1,5 milhão de telespectadores, através da TV Claret (Canal 19).


Até o dia 30 deste mês, a Net vai abrir o sinal dos canais Discovery Home & Health e Animal Planet para os assinantes da base analógica, e o Discovery Science, Discovery Civilization e Discovery Turbo para a base digital.’


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