Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

O novo diretor-geral da TV Brasil

A TV Brasil passará por algumas mudanças em sua diretoria. Segundo Tereza Cruvinel, presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), alguns ajustes eram necessários para que não houvesse ‘uma gestão esquizofrênica’. Segundo Tereza, a direção geral da TV Brasil, que ela vinha acumulando desde a saída de Orlando Senna, em junho deste ano, criava um sombreamento com a presidência. Por isso, a direção geral, de agora em diante, será responsável apenas pela coordenação operacional da TV Brasil. Tereza confirma o convite ao cineasta Paulo Rufino para assumir o cargo, conforme nota publicada pelo Estado de S.Paulo na sexta-feira (24/10). Rufino, em conversa com este noticiário, se disse surpreso com a notícia. ‘Nós conversamos muito e aceitei a possibilidade’, disse, mas destacando que não esperava que a notícia fosse divulgada logo.

Nova diretoria

Além da chegada de Rufino, outras mudanças acontecem na diretoria da TV Brasil. Será criada uma direção jurídica, que terá a função de agilizar processos que, até o momento, são muito morosos. ‘Trata-se de uma estrutura muito nova, que precisa criar jurisprudência para que os processos sejam mais rápidos’, disse a presidente da EBC. Quem assume a nova diretoria é Luís Henrique Martins dos Anjos, que deixou a Procuradoria-Geral da União no início deste ano. Como o número de diretorias da TV pública é definido por lei, a nova diretoria implicou a extinção de outra: a de relacionamento, comandada por José Roberto Garcez.

Garcez, que assumiu interinamente a diretoria de redes desde a saída de Mario Borgneth, fica agora definitivamente no cargo. Abaixo dele ficam duas gerências. Uma delas, encabeçada por Marco Antônio Coelho, fica responsável pelas relações com outras emissoras que trabalhem com a rede, como educativas e universitárias. A outra fica sob o comando de Delorgel Kaiser, com a missão de fazer valer a regra de obrigatoriedade de carregamento do sinal da TV Brasil na TV por assinatura e, eventualmente, a criação de repetidoras.

Novos canais

A TV Brasil vinha tendo problemas para iniciar as transmissões em São Paulo, já que os canais destinados a ela (68 e 69, para a transmissão analógica e digital, respectivamente) causavam graves interferências na freqüência destinada à Nextel. Após trocas de acusações entre TV Brasil e Anatel, finalmente, chegou-se a uma decisão. A TV Brasil terá que ir para os 62 e 63. A mudança, segundo Tereza Cruvinel, não é simples. As antenas e os transmissores terão de passar por ajustes. Um transmissor provisório, de menor potência, deve entrar em operação até dezembro deste ano, garantindo as transmissões digitais no canal 63. A transmissão analógica começa apenas quando os transmissores definitivos estiverem prontos.

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Do Tela Viva News