Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Funcionários da TVE temem
demissões com a TV Pública


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


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O Dia


Terça-feira, 4 de setembro de 2007


TV PÚBLICA
Ricardo Calazans


Televisão: Sob risco


‘TVE e Radiobrás estão com dias contados com criação da Empresa Brasil de Comunicação e funcionários ficam na expectativa


Rio – Cerca de dois mil funcionários da TVE e da Radiobrás estão com a respiração em suspenso desde a semana passada. Na última sexta-feira, deveria ter sido publicado no Diário Oficial um decreto que cria a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e que na prática extingue as atuais emissoras públicas de rádio e TV. Mas, diante de pendências jurídicas no modelo de gestão, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, adiou a assinatura do decreto por 10 dias.


Enquanto ajustes são feitos, empregados da TVE especulam o que acontecerá com a emissora. Lá, ninguém sabe se programas tradicionais, como ‘Observatório da Imprensa’ e ‘Recorte Cultural’, sobreviverão aos novos tempos. Após a publicação do decreto no D.O., a TVE deixará de existir, pelo menos nos moldes atuais, em 120 dias. ‘No dia 4 de maio, o ministro Franklin Martins veio à nossa sede e garantiu que não haveria demissão em massa após a fusão da TVE com a Radiobrás’, diz um deles. ‘Mas aqui todo mundo acha que vai para a rua, porque a nova TV exige, segundo o decreto, a contratação de pessoal concursado’, apavora-se um alto funcionário da TVE.


O artigo 2º do decreto determina que ‘a Empresa tem sede e foro na cidade de Brasília, Distrito Federal’. Foi o que fez a pulga da dúvida morder a orelha dos funcionários. ‘O (presidente) Lula disse ao (governador) Sérgio Cabral que o Rio seria cabeça de rede, mas a sede em Brasília leva a crer que o desmonte da TVE será maior’, continua o funcionário.


Até o fechamento desta edição, a Secom não retornou os telefonemas de O DIA. No entanto, um dos pontos a ser alterado na minuta do decreto será justamente quanto à sede – que deve ser confirmada no Rio de Janeiro. Apesar disso, os funcionários das emissoras ainda torcem para que o decreto seja ainda mais modificado. Do jeito que está, de acordo com a Constituição, eles só teriam duas opções: prestar novo concurso ou aceitar a demissão.


TV BRASIL SERÁ DIGITAL


A TVE tem espaço cativo na memória de gerações de brasileiros, graças a programas como ‘Sem Censura’, ‘Pluft, O Fantasminha’ ou ‘Mesa Redonda’. Com a criação da Empresa Brasil de Comunicação, que provisoriamente está sendo chamada de TV Brasil, boa parte da produção será independente, feita a partir da reunião de cerca de 200 emissoras de TV públicas, comunitárias, universitárias, estatais ou privadas, desde que com finalidade pública, de todo o País.


Com o tempo, a idéia é que a maioria da programação da nova TV pública seja independente, exibindo desde filmes a programas educativos e jornalísticos. Ao todo, serão 1.500 horas de programação independente por ano – cerca de quatro por dia.


A TV Brasil será inteiramente digital, adaptada à implementação do novo sistema, previsto para entrar no ar em dezembro. Semana passada, em Salvador, em seminário com a presença de Franklin Martins e de Orlando Senna, secretário do Audiovisual do governo Federal, entre outros, foi discutido o papel da TV pública na era da interatividade. Em tese, um conselho gestor garantirá a independência da emissora.’


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 4 de setembro de 2007


ECOS DA DITADURA
Carlos Heitor Cony


O direito à verdade


‘RIO DE JANEIRO – A publicação do livro ‘Direito à Memória e à Verdade’, lançado sob patrocínio do presidente da República, é um passo à frente -e passo importante- para esclarecer, mas sem denunciar legalmente, os muitos crimes do regime militar (1964-1985).


No entanto, é apenas um passo, melhor do que a inércia da história, em relação ao que realmente aconteceu em termos de violência, tortura e morte.


Espera-se que o próximo passo seja a abertura dos arquivos militares e policiais daquele período.


Até certo ponto, continuamos ignorando o subsolo das ações punitivas, a mecânica burocrática das torturas. Os depoimentos que temos são a ponta final do processo, na maioria dos casos prestados pelas vítimas que sobreviveram e pelos parentes e amigos dos que morreram. Ainda não li o livro, mas os casos agora destacados pela mídia já eram do conhecimento geral. Neste particular, são poucas as novidades.


Importante é que o governo libere os arquivos com as tramas que desembocaram nos episódios criminosos da ditadura, ou seja, a hierarquia do aparelho em si, as motivações ideológicas e táticas da repressão.


Tal como no caso do mensalão, com a impossibilidade de Lula ignorar o que se passava no seu governo, seria impossível que os hierarcas daquele regime não soubessem (e não aprovassem) a miséria instalada na carne e na alma da nação.


Não se trata de um degrau para o revanchismo. A abertura política que resultou no retorno ao Estado de Direito teve como base a anistia que beneficia os dois lados daquele confronto. Violar o princípio da anistia seria uma violação ao Estado de Direito, uma porta aberta para um novo tipo de violência.’


PF & MÍDIA
Andréa Michael


PF vai preferir ‘conteúdo’ a ‘imagem’, diz novo diretor


‘O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa, disse ontem, em sua posse, que o órgão vai atuar mais preocupado com o conteúdo do que em produzir imagens de suas ações pelo país.


Uma das principais críticas à atuação da PF é que ela agiria de forma pirotécnica e sem se preocupar com a integridade dos seus alvos. Desde 2003 até hoje, na gestão de Paulo Lacerda, a PF comandou 412 ações de grande repercussão. Foram presas 6.411 pessoas, das quais 988 eram servidores públicos -e 77 eram policiais federais.


‘O destaque da atuação da PF deve ser o conteúdo da prova e não necessariamente uma imagem. É mais do que ver uma pessoa sendo jogada dentro de um camburão’, disse Corrêa, 49, em referência a críticas de que a PF recebeu por suposta prática de excesso, sobretudo na Operação Hurricane, que revelou a existência de esquema de venda de sentenças judiciais.


Por isso, lembrou Corrêa, a PF passará a atuar dentro das normas previstas em um Manual de Planejamento Operacional, conforme portaria publicada no ‘Diário Oficial’ na semana passada.


‘Não é um julgamento do que foi feito, mas sim uma reflexão da maturidade da instituição revendo seus próprios procedimentos’, disse ontem, na cerimônia de posse.


Sobre qual o limite entre a divulgação e a exposição indevida, o delegado entende que, ‘uma vez dominado [o suspeito], é a partir daí que não queremos mais exposição’. Segundo ele, não existe regra para definir o que pode ou não ser divulgado. ‘É o bom senso.’ Quanto aos delegados mais antigos, disse que não vai ‘desconsiderar’ experiência. ‘Delegados e agentes mais antigos que se sentirem desconfortáveis têm tempo para se aposentar ou contribuir, superando esse detalhe com o nosso profissionalismo e a compreensão desse momento histórico.’ Corrêa negou que o órgão voltará a ser uma ‘caixa-preta’.


Horas antes de deixar a chefia da PF, Lacerda negou que houvesse uma política de superexposição das ações policiais na sua gestão e disse que seus maiores aliados foram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o titular da pasta, Tarso Genro. ‘A polícia não produz matéria, trabalha em cima de fatos.’


Questionado sobre qual teria sido na sua gestão o momento mais sensível na relação da PF com o governo, ele apontou o episódio da quebra ilegal do sigilo do caseiro Francenildo Costa. A PF ficou sob suspeita de ter praticado o crime.


À CPI dos Bingos, em 2006, o caseiro disse que o então ministro Antonio Palocci (Fazenda) freqüentava casa em Brasília na qual haveria divisão propina. ‘Por coincidências infelizes [quando o sigilo bancário foi quebrado, o caseiro falava à PF], aquilo colocou a polícia sob suspeita.’


Colaborou MARIA LUIZA RABELLO , da Sucursal de Brasília’


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Lacerda quer que Abin possa fazer escutas


‘O novo diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, disse ontem ser favorável que o órgão possa fazer, em casos excepcionais, escutas telefônicas. Os casos ‘especialíssimos’, segundo ele, seriam casos de suspeita de terrorismo e sabotagem.


‘Em casos especialíssimos, com extremo rigor, penso que esse tipo de instrumento deve ser permitido à Abin’, disse Lacerda.


Hoje a agência não tem autorização para fazer grampo. Lacerda disse que pretende levar essa discussão para o Congresso Nacional, que teria de aprovar uma lei autorizando a agência a fazer grampos nesses casos.


Lacerda disse que ouviu do presidente a disposição de ‘dar uma nova cara’ para o órgão. ‘O presidente prometeu que dará todo apoio, com estrutura, equipamento, plano de carreira para os servidores da agência, [uma reivindicação antiga]’, afirmou Lacerda, em referência à reunião que teve com Lula na quarta-feira da semana passada.


Conforme a Folha antecipou, Lacerda pretende fazer a Abin trabalhar em sintonia com a Inteligência da PF.


Na semana passada, em discurso de despedida, o então diretor-geral da Abin, Márcio Buzzaneli, disse aos servidores do órgão que soube ‘pelo jornal’ que seria substituído no cargo pelo até então diretor da PF.’


Frederico Vasconcelos


Pirotecnia ocultou erros e deficiências


‘A troca de comando na Polícia Federal ocorre dias depois de o Supremo receber a denúncia dos mensaleiros, o que poderá resgatar a imagem perdida de que justiça se faz pelo Judiciário e não pela polícia.


A pirotecnia das operações da PF, aliada à impunidade, tem gerado manifestações equivocadas: uma espécie de ‘conforto’ aos que vêem nas diligências de busca e apreensão no governo Lula a realização da justiça. Esse papel ‘heróico’ já foi atribuído ao Ministério Público.


As operações da PF obedecem a compromissos internacionais firmados pelo Brasil no combate ao crime organizado. Elas não nasceram na administração Lula, mas tiveram neste governo a maior concentração. Se realizadas com autorização judicial e estrito acompanhamento do Ministério Público, não se confundem com Estado policialesco.


Nos últimos anos, a PF -que possui um esquema eficiente junto à mídia- praticamente ‘pautou’ a imprensa. A série de operações envolvendo figuras notáveis do Executivo, do Legislativo e do Judiciário ofuscou deficiências internas. Deixou em segundo plano a falta de explicações para atuações no mínimo contraditórias, como o episódio do dossiê contra José Serra e a quebra de sigilo de um caseiro nas investigações envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci. Inquéritos que não geram holofotes levam anos para serem realizados, segundo queixas no Ministério Público Federal. As greves e operações-tartaruga da PF são uma agressão à população.


Há um projeto de emenda constitucional no Congresso que pretende dar maior autonomia à Polícia Federal. A mudança na cúpula gera dúvidas sobre o futuro perfil do órgão, sob nova direção.’


CPI DA TVA


Folha de S. Paulo


APÓS ASSINATURAS, GOVERNISTAS TENTAM ACABAR COM CPI SOBRE VENDA


‘A base governista tenta evitar a CPI, na Câmara, que investigaria a venda da TVA para a Telefônica. Assinaram o requerimento de criação 181 deputados, dez a mais que o mínimo, a maioria de siglas governistas. A Abril é controladora da empresa e editora da revista ‘Veja’. Renan Calheiros articulou a idéia da CPI após ser alvo de reportagens da revista. O autor do requerimento é o renanzista Wladimir Costa. Agora, 92 deputados que assinaram o pedido precisam entrar com requerimento para retirada de pauta da CPI.’


MÍDIA & POLÍTICA
Paulo Peixoto


Assembléias vão ter TVs com sinal aberto


‘O Ministério das Comunicações já autorizou a abertura dos sinais das TVs mantidas pelas Assembléias Legislativas nos Estados, e para isso as classificou como ‘educativas’, disse o ministro Hélio Costa. Até então, os Legislativos com TVs transmitiam só pela TV paga.


O Legislativo do Ceará é o primeiro a transmitir em canal aberto para Fortaleza (isso já acontece há seis meses). No dia 17 será a vez da Assembléia do Rio Grande do Norte e, em seguida, a do Piauí.


Não há um projeto tratando de TVs Legislativas. Por isso foram classificadas de educativas -o outro tipo de TV citado na legislação é a comercial. Segundo Costa, a falta de canais disponíveis impede que as Assembléias de São Paulo e do Rio transmitam em rede aberta para suas capitais.’


MÍDIA & RELIGIÃO
Folha de S. Paulo


JUIZ TIRA HERNANDES DE FUNDAÇÃO COM TV


‘A Justiça de SP destituiu o fundador da Renascer em Cristo, apóstolo Estevam Hernandes, da presidência da Fundação Trindade, que mantém um canal de TV. Para o juiz, Hernandes, preso nos EUA, não é idôneo. A igreja disse que tenta derrubar a decisão.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Depois da Record


‘Foi manchete do UOL ao ‘Jornal Nacional’, ontem. A Globo bradou, ‘A indignação provoca reação, e o Conselho Nacional do Ministério Público afasta do cargo o promotor acusado de assassinato’. Ele que ‘atirou 12 vezes contra os rapazes que teriam mexido com sua namorada’. Foi em ‘reação à decisão’ de São Paulo -e após a cobertura insistente da Record.


Mas não, notou ontem a Band, nada mais mudou. Ele perdeu o cargo, mas vai ‘continuar recebendo, mesmo afastado, os R$ 10 mil por mês’. Na manchete, ‘Três anos depois do crime, o promotor é afastado’.


‘TÁ NA CHUVA’


‘Três pessoas foram detidas’, segundo Globo e Folha Online, no ‘tumulto’ entre as torcidas de São Paulo, no clássico de domingo. Uma delas, Mano Brown. ‘Segundo a PM, o rapper foi registrado em vídeo, incitando’, mas não, nada de aparecer com a imagem. ‘A PM suspeitava do envolvimento dele’, destacou o portal G1. E por fim ‘a PM lamentou a liberação de Brown’, segundo o site de ‘O Estado de S. Paulo’, sob o enunciado ‘Mais confusão’.


Para registro, vazou há poucas semanas pelo blog Tropa de Elite uma nova música dos Racionais, ‘Tá na Chuva’.


‘DOUBLE DECKER’ VERDE


No blog Blue Bus, Yami Trequesser reportou ontem da rua Oxford, em Londres, sobre os novos ônibus movidos a etanol que viu. A meta seria que ‘todos rodem usando etanol’.


ÍNDIA ‘FLEX’


O ‘Times of India’ saudou em editorial a ‘solução de 10%’ adotada no país, para adicionar etanol à gasolina. Citou vantagens geopolíticas e ambientais neste ‘começo inspirador’ -e cobrou carros 100% etanol como no Brasil.


Dias antes, o ‘Washington Post’ deu que a Petrobras e a indiana Bharat fecharam acordo para importar etanol.


CENTRO GEODÉSICO


O ‘Financial Times’ viajou até Campo Verde, no ‘centro geodésico da América do Sul’, e relatou avanço na produção de grãos e agora frango. Era para ilustrar sua reportagem sobre a ‘expansão além-mar’ que vivem Sadia e Perdigão -esta também retratada no site do ‘Wall Street Journal’ em texto sobre oportunidades para investir nos emergentes.


UM MILHÃO NA RUA 46


O tablóide ‘New York Post’ e o prestigioso ‘Boston Globe’ noticiaram, ambos com imagens de brasileiras sob legendas como ‘bela jovem’, as festas para o ‘dia da independência do Brasil’ nos EUA. Em NY, o cálculo foi de ‘um milhão’.


PAZ NO LUGAR


As fotos que vazaram com ‘exclusividade’ no portal Terra e depois em outros, da atriz Bárbara Paz para a ‘Playboy’, na edição que não vai mais trazer a jornalista Mônica Veloso, estimularam a especulação desenfreada da blogosfera sobre os motivos.


QUASE TUDO


O italiano ‘La Stampa’ deu por certo que o Supremo vai liberar a compra da Telecom Itália pela Telefônica, aqui -e, por conta, na Europa.


E a Telefônica, diz o ‘WSJ’, reafirmou que, além da TIM, quer a Vivo toda. Vice e líder em telefonia celular no país.’


INTERNET
John Markoff


Microsoft vai oferecer software grátis via web


‘DO ‘NEW YORK TIMES’, EM SAN FRANCISCO – O império está se preparando para contra-atacar de novo. Em 1995, a Microsoft acrescentou um novo navegador gratuito de internet ao seu sistema operacional, em um esforço para eliminar novos concorrentes, em uma decisão que terminou revertida pelos tribunais.


Nesta semana, a empresa planeja virar essa estratégia de cabeça para baixo, oferecendo novos softwares que conectam seu sistema operacional Windows a programas fornecidos na internet, uma prática cada vez mais conhecida como computação ‘cloud’ [nuvem]. A estratégia representa uma grande virada para a Microsoft, que primordialmente vende software em CDs para computadores pessoais. Com a nova abordagem, a Microsoft espera proteger suas centenas de milhões de clientes de software dos avanços de concorrentes como o Google e a Salesforce.com, que já oferecem aplicativos pela internet.


O novo pacote Windows Live inclui um programa atualizado de e-mail, um programa de compartilhamento de fotos e uma ferramenta de texto para pessoas que mantêm blogs.


O novo serviço mostra que a Microsoft pretende concorrer de frente com o maior rival, o Google, e não só no setor de buscas -em que enfrenta desvantagem significativa. Milhões de usuários de computadores pessoais já dependem de aplicativos para a web que fornecem serviços ou armazenam dados. Por exemplo, Yahoo! e Google oferecem formas próprias de computação ‘cloud’, com programas de e-mail e de armazenagem de fotos, acessíveis on-line. O Google levou a computação ‘cloud’ a um passo além em outubro do ano passado e desafiou diretamente a Microsoft oferecendo um pacote de processamento de texto e planilhas disponível on-line. A Microsoft planeja oferecer alguns de seus serviços, como álbuns de fotos, gratuitamente e cobrar por outros, como diversos serviços dirigidos a companhias de pequeno e médio porte.


Brian Hall, da Microsoft, disse que ‘estamos tomando por base os componentes de comunicação e compartilhamento e criando um conjunto de serviços que se tornará o que acreditamos ser um pacote de serviços e aplicativos para uso pessoal e comunitário em computadores, na web e via celular’.


Ele afirmou que o software seria o primeiro lançamento pleno do Windows Live que teria por objetivo oferecer experiência ‘relativamente contínua’ na transição entre os diferentes serviços e aplicativos.


O novo pacote oferecerá aos usuários de computadores a opção de baixar um conjunto de serviços com um programa unificado de instalação ou como componentes separados. Os serviços individuais são o Windows Live Photo Gallery, o Windows Live Mail, o Windows Live Messenger 8.5 e o Windows Live OneCare Family Safety, um programa de segurança para computadores. O lançamento, ainda que inclua o aplicativo para blogs Windows Live Writer, evita cuidadosamente roubar usuários a dois dos programas da empresa: o Word e o Excel.


Tradução de PAULO MIGLIACCI’


TELEVISÃO
Daniel Castro


Pastor da Band bate jornal do SBT no Ibope


‘Agosto foi horrível para o SBT. A rede de Silvio Santos registrou uma de suas piores médias diárias, apenas 6,3 pontos na Grande São Paulo, e começou a ser incomodada pela Band na disputa pelo terceiro lugar em pleno horário nobre na maior metrópole do país.


A Band fechou agosto com 5,6 pontos, contra 5,4 do SBT, entre as 18h e as 21h.


A situação do SBT é tão crítica que seu principal telejornal, o ‘SBT Brasil’, do ex-global Carlos Nascimento e Cynthia Benini, está sendo ameaçado pelo ‘Show da Fé’, teleculto do missionário R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, que compra uma hora por dia na grade da Band.


Na semana passada, o ‘Show da Fé’ venceu o ‘SBT Brasil’ na terça (2,8 a 2,6 pontos), na sexta (2,6 a 1,6) e no sábado (2,1 a 1,8). Antes, o religioso já tinha superado o telejornal no dia 20, quando Silvio Santos antecipou o ‘SBT Brasil’ em meia hora, para as 21h15. Na última sexta, Soares também ganhou da novela ‘Amigas e Rivais’ (SBT) durante 11 minutos.


Na média do horário nobre (18h/24h), o SBT caiu 18% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado (de 7,8 pontos para 6,4). A Band cresceu 26% (de 3,1 para 3,9), mesmo percentual da Record, que disparou na vice-liderança e já marca 10,6 pontos (há um ano, tinha 8,4). A líder Globo despencou 16%, de 36,2 para 30,5 pontos na Grande SP.


BOLA MURCHA 1Uma ala da Globo já defende que a emissora repense os altos investimentos que faz no futebol. Alguns executivos acham até que a rede deve abrir mão do Campeonato Brasileiro, caso o torneio passe a custar quase R$ 500 milhões por ano, devido ao assédio da Record.


BOLA MURCHA 2O que mais desanima os antifutebol da Globo é a queda de audiência. No começo desta década, os jogos dos domingos beiravam os 30 pontos. Agora, dificilmente passam dos 20. Avalia-se que isso se deve à falta de credibilidade e à fuga de craques para a Europa.


TELEFANTÁSTICO O ‘Fantástico’, agora todo domingo com material sobre novela, continua abaixo dos 30 pontos _anteontem, deu 27.


CENSURA 1O Discovery Channel exibirá duas versões da minissérie ‘The Tudors’, sobre o rei Henrique 8º e suas mulheres, que estréia em outubro. Uma será ‘com censura’ e outra, ‘sem censura’. A ‘com censura’ não terá as cenas de sexo (nada pornográfico). A versão integral irá ao ar somente às 23h e à 1h.


CENSURA 2’The Tudors’ é uma das grandes apostas do Discovery neste ano. A produção original é do canal americano Showtime, o mesmo das ousadas séries ‘The L Word’, ‘Queer as Folk’ e ‘Weeds’.


MACONDOA atriz Cássia Kiss também vai participar da Bienal do Livro do Rio. Fã de Gabriel García Márquez, vai ler trechos de ‘Cem Anos de Solidão’.’


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O Estado de S. Paulo


Terça-feira, 4 de setembro de 2007


ECOS DA DITADURA
Jarbas Passarinho


A memória, a verdade e o destempero


‘Fernando Henrique Cardoso, quando presidente da República, criou as ‘indenizações para quem tivesse sido vítima de violação dos direitos humanos’ no período do ciclo militar. A justiça obriga a confessar que indenizações discutíveis, a petroleiros comunistas, que haviam sido demitidos da Petrobrás, com todos os seus direitos trabalhistas respeitados, já haviam sido conferidas ao fim do ciclo militar. Com Fernando Henrique, a maioria dos beneficiados somou indenizações e pensão vitalícia considerável e isenta de Imposto de Renda.


As comissões encarregadas das apurações foram dirigidas por ressentidos e, pois, facciosos. Ler os despachos daria uma idéia precisa do juiz que colocava a paixão acima da realidade. Dos mais recentes, comentei um que concedia o posto de general, para efeito de vencimentos, ao capitão Luiz Carlos Prestes, ‘saudado como um herói a quem muito devia o Brasil’. O presidente da comissão, é claro, tinha em Prestes o paradigma de suas próprias convicções políticas, ele que foi secretário-geral do PCB e dedicou sua vida à União Soviética, onde gozou de grande prestígio. Lá é que se justificaria a honraria, não aqui.


No ciclo militar, em 1979, havíamos votado a anistia. Líder do governo Figueiredo, eu a defendi da tribuna. Foi mais ampla que o substitutivo do MDB, o que reconheceu publicamente Thales Ramalho, então seu secretário-geral. Anistiou, também, os chamados crimes conexos, que tanto os insurretos como as forças de contra-insurreição, numa luta armada irregular, haviam cometido. Se esses excessos configuravam violência contra os direitos humanos, pelos legalistas, os terroristas fizeram igual ou pior. No Recife, no aeroporto, detonaram maleta com explosivos, causando mortes e ferimentos graves. Em São Paulo, lançaram carro-bomba contra o quartel do Exército, cuja explosão esfacelou o corpo de um soldado sentinela e feriu gravemente outros cinco deles. No Araguaia, fatiaram com facão, até a morte, o corpo de um menino de 17 anos, na presença de seus pais, porque servira de guia à patrulha que perseguia os guerrilheiros do PCdoB. Mataram, na presença de sua esposa e de seu filho de 9 anos de idade, um oficial americano, julgando-o agente da CIA. Tiraram a vida de um major alemão, aluno da Escola de Estado-Maior do Exército, supondo que fosse outro oficial, boliviano, acusado de prender Che Guevara, o que nunca se deu. Alguns desses terroristas ainda estão vivos, contando tais proezas.


O presidente Figueiredo pensava na anistia como esquecimento de tudo isso e a reconciliação da família brasileira. Assim foi entendida e sinceramente respeitada pelos militares. Condecoraram, paradoxalmente, com a Medalha do Pacificador, José Genoino, guerrilheiro do Partido Comunista do Brasil, preso no Araguaia. Conviveram com ex-guerrilheiros comunistas, alguns ministros de Estado. Aceitaram pagar o preço da incompreensão, do ressentimento e das provocações, na esperança de cicatrizar as feridas da luta que não desencadearam. Mas acabaram vendo que fora enorme ilusão confiar no esquecimento. As denúncias mentirosas sacrificaram a carreira de oficiais brilhantes. As poucas que teriam sido verídicas puseram em evidência a acrimônia e o revanchismo. A disciplina e o respeito pela hierarquia, os dois pilares essenciais para a carreira das armas, fizeram suportar o ódio ainda remanescente. Silentes, viram o Tesouro ser assaltado para premiar requerentes de indenizações vultosas que provocaram, de um escritor e mestre do senso de humor, a facécia adequada: ‘Não lutaram, fizeram um bom investimento.’ Quando Prestes saltou de capitão a general, chocaram-se. Mas, pouco depois, veio o inconcebível: comparar Prestes com Lamarca, oficial medíocre, desertor, ladrão de armamento e munição de seu Regimento de Infantaria, assassino várias vezes, de modestos vigilantes de bancos e de segurança de diplomata seqüestrado, e autor do mais nefando crime militar, ao despedaçar, com coronhadas de fuzil, o crânio de um bravo oficial da Polícia Militar de São Paulo, que se apresentara voluntariamente como refém, para poder evacuar os soldados que haviam sido feridos pelo facínora e seu grupo. Pois foi esse frio assassino que se premiou duas vezes post mortem, fraudando a lei que rege as promoções do Exército. Não tendo feito a Escola de Aperfeiçoamento (pois a trocou pela clandestinidade e por seus crimes hediondos), não poderia ser coronel nem deixar pensão correspondente a general. Mas um ministro pretendeu justificar a aberração dando-lhe, como galardão, o título de ‘o maior exemplo da luta radical contra a ditadura’.


A provação foi coroada por um lançamento, no Palácio do Planalto, presente o presidente da República, do livro Direito à Memória e à Verdade, escrito por alguém disposto a retratar o Exército, como Márcio Moreira Alves o chamou, de ‘valhacouto de bandidos’. Winston Churchill, revoltado com o facciosismo do historiador Macaulay, disse: ‘Esse historiador, apesar do estilo cativante e de sua inaudita suficiência, deixava-se às vezes empolgar pela imaginação, que ele considerava superior à verdade, e denegria ou glorificava os grandes homens coletando documentos segundo as necessidades da narrativa’. É o caso desse livro, que esquece os crimes dos terroristas. Pior ainda quando o ministro Nelson Jobim, meu amigo dos tempos da Constituinte de 1987-88, a quem sempre muito admirei, se destemperou e ameaçou com represália ‘o indivíduo que possa reagir’ ao livro. Nos meus 87 anos, já fui tratado, governador, ministro e senador, por Excelência. Hoje, simples indivíduo, ouso criticar quem, como Macaulay, coleta dados para denegrir a honra do Exército que sempre amei.


* Jarbas Passarinho, ex-presidente da Fundação Milton Campos, foi senador pelo Estado do Pará e ministro de Estado’


Gabriel Manzano Filho


Clube Naval critica ‘bravata’ de Jobim


‘Num tom mais incisivo que o do Exército, o Clube Naval também reagiu à forma como foi lançado, pelo governo, o livro Direito à Memória e à Verdade – que relata torturas e casos de desaparecidos políticos durante o regime militar. A nota do Clube, divulgada na sexta-feira, 31 – mesmo dia da nota do Exército -, chama de ‘bravata, fora de propósito, aliás’, o pronunciamento do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que afirmou, no lançamento do livro, que ‘não haverá indivíduo que possa reagir e, se houver, terá resposta’.


Leia a íntegra da nota


A frase do ministro irritou os militares e foi considerado ‘uma afronta desnecessária’. Na sua réplica, o Clube Naval define o gesto do ministro como ‘uma infeliz figura de retórica, que soa como pequena bravata, fora de propósito, aliás’.


Assinado pelo almirante-de-esquadra José Júlio Pedrosa, presidente do Clube Naval, o texto explica que não foi o livro que mais irritou o pessoal da Marinha. ‘Entre perplexos e indignados’, diz ele, ‘presenciamos o triste espetáculo do lançamento, em Brasília, de um livro carregado de ressentimento e inverdades. Obviamente, não foi o livro em si o motivo da revolta. Afinal, muitas outras obras do gênero já foram publicadas e, em uma democracia, devemos admitir que todos têm o direito de expressar suas idéias. O sentimento de afronta tem origem no caráter oficial dado ao ato, na presença do próprio presidente da República, comandante-em-chefe das Forças Armadas, e na infeliz participação do ministro da Defesa.’


Seguem-se elogios ao ministro Jobim, que ‘chegou ao Ministério no bojo de grave crise’ e ‘demonstrou vontade de acertar, conseguindo passar à opinião pública algumas qualidades importantes: apetite para o exercício da autoridade, algo mais do que necessário; vontade de participar das atividades desenvolvidas no âmbito das Forças Armadas, algo desejável a quem pretenda entender as peculiaridades do cargo; e percepção rápida de uma prioridade primordial – aumentar a dotação orçamentária das Forças Armadas’. Mas, em seguida, muda o tom: ‘Nesse contexto, é preferível entender a despropositada ameaça proferida pelo ministro apenas como uma infeliz figura de retórica, que soa como pequena bravata, fora de propósito, aliás.’


Na nota do Exército, o comandante da arma, general Enzo Martins Peri, havia dito, sobre críticas do livro aos militares do passado, que ‘não há Exércitos distintos. Ao longo da História, temos sido sempre o mesmo Exército de Caxias, referência em termos de ética e de moral’.’


MÍDIA & POLÍTICA
Eduardo Kattah


TVs de Assembléias terão canais abertos


‘Belo Horizonte – O Ministério das Comunicações iniciou a concessão de canais abertos para TVs legislativas do País, informou ontem o ministro Hélio Costa. A base para a concessão do sinal aberto, conforme Costa, é uma programação ‘educativa’ das TVs legislativas. ‘Não tem, dentro do Ministério das Comunicações, um projeto que identifique a maneira de conceder um canal para a Assembléia Legislativa’, admitiu ele, afirmando que as emissoras têm de se comprometer a usar toda a sua programação ‘para fazer um trabalho educativo’.


‘Entendemos que o serviço público que é prestado pelas Assembléias Legislativas pode sim se encaixar dentro dessa proposta da TV educativa’, afirmou. Costa citou como exemplo a transmissão de audiência pública de comissões de educação, saúde ou transportes. ‘Deve ser entendido por nós como um processo de aprendizado.’


De acordo com o Colegiado de Presidentes de Assembléias Legislativas, existem no País 19 canais de TVs que transmitem programação dos parlamentos estaduais. Costa disse que a Assembléia Legislativa do Ceará já utiliza o sinal aberto há cerca de seis meses. A do Piauí está acertando os últimos detalhes, conforme o ministro, e a transmissão da Assembléia do Rio Grande do Norte por sinal aberto será inaugurada dia 17. A Assembléia do Mato Grosso também já teria acertado a transmissão de sua programação televisiva por canal aberto.


Para o deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP), presidente do Legislativo mineiro e do Colegiado de Presidentes de Assembléias, ‘o sinal aberto é um direito do cidadão e aproxima a população do Legislativo’.


‘Têm pedidos de todos os Estados e nós estamos agora processando a finalização do projeto de Belo Horizonte, da Assembléia Legislativa de Minas Gerais’, observou o ministro. No caso da TV Legislativa mineira, será utilizado um canal fora da capital, que receberá uma retransmissora.


A falta de canais disponíveis, segundo Costa, impede no momento a concessão de sinal para São Paulo e Rio de Janeiro. Problema que será superado, afirmou o ministro, com a ‘multiplicação de canais’ proporcionada pela implantação da TV digital. ‘Com a TV digital até a câmara municipal pode se candidatar e ter TV aberta. Estamos trabalhando para viabilizar o canal onde for possível. Onde não for possível, a TV digital vai resolver.’


Costa garante que o ministério pode cassar a concessão em caso de sua utilização para promoção político-partidária. ‘Se for um caso irreparável, tira-se do ar.’’


INTERNET
John Markoff


Microsoft parte para os serviços via internet


‘O império se prepara para contra-atacar… de novo. Em 1995, a Microsoft incluiu um navegador na internet grátis em seu sistema operacional, na tentativa de barrar a concorrência de novos rivais, uma iniciativa que acabou sendo bloqueada nos tribunais.


Esta semana, a empresa pretende virar aquela estratégia de cabeça para baixo, fornecendo gratuitamente um software que conecta seu sistema operacional Windows a serviços de software entregues via internet, uma prática conhecida cada vez mais como ‘cloud computing’ (computação em nuvem), em que dados e aplicativos são armazenados em servidores e acessados à distância, a partir de qualquer computador.


A estratégia de conectar o Windows a um leque crescente de serviços via internet é uma importante novidade da Microsoft, que vende principalmente pacotes de software para microcomputadores. Com a nova abordagem, a Microsoft espera blindar centenas de milhões de consumidores de software contra competidores como Google e Salesforce.com, que já oferecem aplicativos via internet.


O novo conjunto de software da Microsoft, o Windows Live, inclui um programa de correio eletrônico atualizado, um aplicativo para compartilhamento de fotos e uma ferramenta de escrita para pessoas que mantêm blogs. O novo serviço é uma indicação de que a Microsoft pretende competir cabeça a cabeça com o rival Google e outras, e não só no negócio de mecanismo de busca, em que está em flagrante desvantagem.


Em vez disso, a Microsoft tentará superar seus adversários tornando-se a principal curadora digital de toda as informações de um usuário, estejam elas armazenadas em um PC, aparelho móvel ou na internet, segundo executivos do setor. Milhões de usuários de PCs já dependem de aplicativos via internet para serviços ou armazenamento de dados. Por exemplo, Yahoo e Google oferecem programas populares de e-mail e sites de compartilhamento de fotos acessíveis por meio de um navegador na internet.


Centenas de companhias do Vale do Silício oferecem todo tipo de serviço imaginável, de ferramentas de processamento de texto a sistemas elaborados de gerenciamento de dados e redes de relacionamento social que requerem apenas um navegador na internet. Cada um deles prejudica potencialmente o monopólio da Microsoft em desktops.


O Google, exemplo mais visível, levou a ‘cloud computing’ um passo adiante em outubro de 2006 e desafiou diretamente a Microsoft ao oferecer um conjunto grátis de software de processamento de texto e planilha eletrônica em um navegador. ‘À medida em que o setor avança para um modelo de negócio sob encomenda, isso representa uma ameaça para a Microsoft’, disse Kenneth Wasch, presidente da Software and Information Industry Association e adversário de longa data da Microsoft.


A Microsoft chega com atraso ao conjunto de negócios amplamente definido como Web 2.0, mas a companhia conta com sua habilidade para explorar a vasta base instalada de mais de 1 bilhão de PCs que usam o Windows. A empresa pretende entregar de graça alguns de seus serviços, como compartilhamento de fotos e armazenagem em disco, e cobrar por outros, como serviços de segurança de computadores e uma série de serviços orientados a organizações de pequeno e médio porte.’



O Estado de S. Paulo


Dono da Wikipedia cria site de buscas


‘O Wikia Search, novo site de buscas da internet do mesmo dono da enciclopédia online Wikipedia, será lançado em dezembro, informou o jornal The Times. O futuro concorrente de Google e Yahoo! se baseará nas opiniões de usuários para ordenar os resultados e terá receita com publicidade, o que não acontece hoje com a Wikipedia. O fundador do site de leilões eBay, Pierre Omidyar, é um dos patrocinadores.’


TELEVISÃO
Keila Jimenez


De olho em Paraíso


‘A Record começa a gravar em outubro sua próxima novela, Amor e Intrigas, de Gisela Joras. Com esse nome mexicano – ainda provisório -, o folhetim que substituirá Luz do Sol é fruto do roteiro vencedor de um concurso para revelar novos autores, realizado na emissora em 2005.


Na época, a história de Gisela venceu cerca de 600 roteiros que concorriam ao prêmio de R$ 20 mil.


Vanessa Gerbelli viverá a protagonista da novela que marca a estréia de Gisela na TV. O elenco também conta com nomes como Bianca Castanho, Adriana Garambone, Luciano Szafir, Eliete Cigarini e Denise Del Vecchio.


Há ainda algumas vagas sobrando no cast da novela, que deve ser preenchido pelo diretor, Edson Spinello, ainda este mês.


A Record aguarda o final de Paraíso Tropical para recrutar atores que têm contrato por obra certa na Globo. Um dos nomes que estão na mira da TV de Edir Macedo é o de Beth Goulart.


Por isso, e por outros probleminhas na produção de Amor e Intrigas, Luz do Sol será espichada em algumas semanas. A trama deve ficar no ar pelo menos até novembro.


Entre- linhas


Quem assistiu garante que muitos famosos devem ter se sentido ‘vingados’ ao ver Silvio e Vesgo, do Pânico, literalmente amassados na famosa Tomatina, na Espanha. A dupla, que está acostuma a tirar de letra as adversidades, ficou apavorada com a muvuca de tomates.


Por falar em Pânico, as câmeras da Globo bem que tentaram, mas não conseguiram evitar que ‘dançarinos’ da Dança do Siri tivessem 15 segundos de fama na transmissão da Meia Maratona do Rio, anteontem.


Na edição de ontem do SP-TV, difícil foi prestar atenção na notícia com o novo corte de cabelo ultra-repicado de Carla Vilhena.


Foi adiado para 18 de setembro o lançamento do livro É Mentira, Chico?, tributo a Chico Anysio organizado por Ziraldo, que estava anunciado para hoje, no Jeremias, o Bar.


Bom senso em TV dura pouco: o SBT promete retormar neste sábado, às 23h15, o Sem Controle, programa apresentado como humorístico repleto de piadas de mau gosto.


Em Caminhos do Coração, o último suspiro é generoso. A mulher de Leonardo Vieira fez um monólogo antes de morrer – só faltou pedir ao marido que buscasse roupas na lavanderia. Já Walmor Chagas, o Sócrates, escreveu até bilhete à filha perdida Maria (Bianca Rinaldi).


Estréia hoje, às 22h30, na Sony, a 2.ª temporada de Da Ali G Show, com Sacha Baron.’


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