O jornalista argentino de televisão Juan Carlos Zambrano foi morto a tiros na manhã de hoje (19/03) na província de Jujuy, no norte do país. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) está investigando possíveis vínculos entre a morte de Zambrano e seu trabalho.
Dois homens não identificados se aproximaram de Zambrano, apresentador de notícias diárias e do programa de opinião Con La Gente na estação local de televisão Canal 7, em frente à sua casa, na capital provincial de San Salvador de Jujuy, por volta das 2h30 de hoje, segundo os informes da imprensa argentina e entrevistas realizadas pelo CPJ. Os agressores dispararam pelo menos uma vez no peito do jornalista, à queima-roupa, disse seu colega Javier Ángel Díaz ao CPJ. Ele foi declarado morto no local, segundo a imprensa local.
Informes sobre corrupção
‘Apresentamos nossas mais sinceras condolências à família e aos colegas de Juan Carlos Zambrano’, declarou Joel Simon, diretor-executivo do CPJ. ‘Estaremos acompanhando de perto a investigação.’
A polícia de Jujuy prendeu um homem não identificado duas horas após o ataque, de acordo com a imprensa local. Segundo as informações, as autoridades acreditam que a morte de Zambrano tenha sido um crime passional. No entanto, Díaz assinalou ao CPJ que Zambrano havia recebido ameaças de morte freqüentes em seu telefone celular e no escritório do Canal 7 durante mais de um ano. Nos telefonemas, advertiam o jornalista que ‘ou se cala ou o matam’, explicou Díaz. O colega de Zambrano disse acreditar que o jornalista tenha morrido em retaliação por seus informes sobre corrupção no governo local. [Nova York, 19 de março de 2008]
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O CPJ é uma organização independente, sem fins lucrativos, sediada em Nova York, e se dedica a defender a liberdade de imprensa em todo o mundo