Sunday, 05 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Protestos marcam um mês de seqüestro

Manifestações na Europa marcaram um mês do seqüestro da jornalista freelancer americana Jill Carroll, na terça-feira (7/2). Em Roma, uma grande foto de Jill foi pendurada no prédio da prefeitura – e lá permanecerá até que ela seja encontrada. Em Paris, a organização Repórteres Sem Fronteiras liderou uma manifestação pedindo pela libertação da repórter. A atriz Juliette Binoche e a jornalista Florence Aubenas, que, no ano passado, ficou seqüestrada por 157 dias no Iraque, participaram do evento. Trinta balões brancos foram soltos na Praça Trocadero, para marcar cada um dos dias em que Jill permanece como refém.


‘A comovente demonstração de solidariedade que foi feita por Florence durante o tempo em que ela ficou seqüestrada deve ser repetida por Jill e pelos jornalistas iraquianos Reem Zeid e Marwan Khazaal, de quem não temos notícias desde que foram raptados, em 1/2’, afirmou o secretário-geral da RSF, Robert Ménard, para os jornalistas presentes na manifestação. Ele ressaltou que, desde o começo da guerra no Iraque, em março de 2003, foram seqüestrados 37 jornalistas, dos quais oito eram mulheres. Dos repórteres raptados, cinco foram mortos pelos captores.


Jill foi seqüestrada no dia 7/1 em Bagdá, quando ia ao encontro do político sunita Adnan al-Doulaimi. O intérprete que a acompanhava, Allan Enwiyah, foi assassinado. A rede de TV do Catar al-Jazira divulgou dois vídeos da jornalista, nos dias 17 e 30/1, informando que os seqüestradores exigiam que as autoridades militares americanas e o Ministério do Interior do Iraque libertassem todas as prisioneiras iraquianas em troca da liberdade da repórter. Desde então, os EUA soltaram cinco iraquianas – apesar de não admitirem relação entre a soltura e o seqüestro da jornalista. Três outras iraquianas continuam presas.


O Christian Science Monitor, jornal para o qual Jill trabalhava quando foi seqüestrada, e sua família têm esperanças de encontrá-la viva. ‘Continuamos a trabalhar com a família de Jill pensando em cada lugar onde ela possa estar’, informou David Cook, chefe da sucursal do Monitor em Washington.


Zeid e Khazall foram seqüestrados por homens armados quando voltavam para a emissora em que trabalham depois de uma coletiva de imprensa no escritório do Partido Islâmico Iraquiano. Informações dos Repórteres Sem Fronteiras [7/2/06] e Joe Strupp [Editor & Publisher, 7/2/06].