Saturday, 04 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Títulos opostos para a mesma realidade

Lições de jornalismo, de como se pode ser honesto ou mentiroso, temos todos os dias. Já estamos acostumados. Mas não deixei de ter um abalo há pouco, na segunda-feira (6/7). Pisquei os olhos e balancei a cabeça, como estivesse com sono porque, no UOL, , se anuncia:




Preço da cesta básica sobe em junho em 12 das 17 capitais


SÃO PAULO – A cesta básica ficou mais cara para o consumidor em 12 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em junho.


De acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgados nesta segunda-feira (6), os aumentos foram moderados, sendo que apenas em 4 regiões, das 12 onde foram registrados os aumentos, ficaram acima de 1%: Aracaju (4,47%), Fortaleza (1,80%), Florianópolis (1,53%) e Curitiba (1,04%).


Entre as quedas, verificadas em cinco localidades, os destaques ficaram com: Brasília (-2,28%) e João Pessoa (-0,90%).


 


No G1, temos:




Cesta básica ficou mais barata na maioria das capitais no semestre, mostra Dieese


Maior queda, de 9,02%, foi registrada em Florianópolis. Cesta mais cara segue sendo a encontrada em Porto Alegre, a R$ 253,66.


Do G1, em São Paulo


O primeiro semestre deste ano trouxe uma boa notícia para os consumidores: a cesta básica ficou mais barata em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior queda, de 9,02%, foi registrada em Florianópolis.


O levantamento mostra que o conjunto dos itens essenciais também teve queda acentuada de preço em Aracaju (-8,76%), Brasília (-8,41%), Belo Horizonte (-5,24%) e São Paulo (-4,76%). As únicas capitais pesquisadas a registraram aumento no preço da cesta básica no período foram Recife (3,99%), Salvador (3,08%), Goiânia (1,62%) e Belém (1,28%). 


 











































































Capital Variação no ano(%) Valor (R$)
Aracaju -8,76  176,35
Fortaleza -4,38  188,67
Florianópolis -9,02  217,46
Curitiba -6,92  213,52
Belo Horizonte -5,24  218,18
Vitória -0,11  227,30
Belém 1,28  201,60
São Paulo -4,76  228,10
Salvador 3,08  199,01
Porto Alegre -4,39  243,66
Manaus -5,32  213,82
Goiânia 1,62  212,82
Natal -5,59  200,91
Rio de Janeiro -8,17  220,20
Recife 3,99  190,93
João Pessoa -6,61  187,30
Brasília -8,41  216,29

 




Junho


Na comparação entre maio e junho, houve alta no preço da cesta básica em 12 das 17 regiões pesquisadas. As maiores elevações foram registradas em Aracaju (4,47%), Fortaleza (1,80%), Florianópolis (1,53%) e Curitiba (1,04%).


Em cinco capitais houve queda no preço da cesta: em Brasília, a queda foi de -2,28%, em João Pessoa foi de -0,90%, em Recife -0,45%, no Rio de Janeiro -0,37%, e em Natal -0,12%.


Apesar da alta (0,09%), Porto Alegre permanece com o maior custo da cesta de alimentos básicos, de R$ 253,66. A capital paulista, também com pequena alta, de 0,33%, apresenta o segundo maior valor da cesta, de R$ 228,10. Já as cestas mais baratas foram registradas em Aracaju (R$ 176,35) e João Pessoa (R$ 187,30). 


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Note-se que ambos os veículos têm a mesma fonte e as mesmas pesquisas nas mesmas cidades brasileiras. Onde a diferença? Está na edição, que é o mais novo nome para a má-fé. Destaca-se, pesca-se, o que se quiser de uma informação. Entendemos agora por que a Petrobras mantém o seu blog. A fonte virou pretexto. Depois reclamam quando ela seca.

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Jornalista e escritor, Recife, PE