Wednesday, 01 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Carlos Chaparro

‘O XIS DA QUESTÃO – Em favor dos leitores e da credibilidade do jornalismo, as grandes reportagens deveriam conter sempre algum tipo de auto-explicação, para que o público pudesse avaliar o rigor da investigação e as intenções das matérias. Por isso, uma sugestão a Rubens Valente: depois que os fazeres e as emoções desta sua reportagem passarem, e pensando principalmente na formação dos futuros jornalistas, escreva textos e faça palestras com a revelação pedagógica dos bastidores da matéria.

1. A importância do ‘como se faz’

Um dos livros que há anos recomendo a estudantes e profissionais é Conexão Cabo Frio, do Gilberto Dimenstein. O título do livro é o mesmo dado à notável reportagem com a qual Dimenstein denunciou e desmontou um bando de engravatados larápios que faziam parte dos quadros do Itamaraty – e no Itamaraty, ‘diplomaticamente’, roubavam em larga escala.

Pela primeira vez na história da diplomacia brasileira, alguém da ilustre casa foi condenado por práticas de corrupção, graças a uma reportagem conduzida com acuidade jornalística e rigoroso senso de responsabilidade. Acuidade e rigor que incluíram a decisão de só se iniciar a divulgação depois de tudo devidamente investigado e aferido.

Ao sentir o gigantismo do peixe que lhe caíra na rede, e para que nada fosse em vão, Dimenstein colocou o Ministério Público a par do que estava sendo descoberto. A partir de certa fase da investigação jornalística, repórter e procuradores passaram a trabalhar em paralelo, solidariamente e sob prudente sigilo. Assim, enquanto avançava a reportagem, definia-se também a investigação oficial da Procuradoria. E isso representava, para o repórter, a certeza de que, às revelações jornalísticas, se sucederiam as decorrências policiais e jurídicas que o caso justificava.

Como se sabe, não deu outra: sem casaca e sem gravata, os bandidos foram parar na cadeia.

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Em tempos de crise no jornalismo, dois motivos me levam a citar Conexão Cabo Frio. E em primeiro lugar, a convicção de que o livro de Gilberto Dimenstein deveria ser de leitura obrigatória em todos os cursos de jornalismo. Contrariando as expectativas de quem o compra, o livro não transcreve a reportagem, mas nos revela como ela foi feita. E se constitui magnífica aula de técnicas do bem fazer jornalismo. E vai bem além, pois acaba sendo um tratado prático e conceitual das razões éticas que devem orientar o agir jornalístico.

2. Estética da Veracidade

A segunda razão está relacionada com a série de reportagens de Rubens Valente, na Folha de S. Paulo, sobre as maracutaias do sr. Romero Jucá. Estou convencido de que todos nós aprenderíamos muito, em especial os estudantes de jornalismo e os jornalistas em início de carreira, se fosse possível revelar como esta reportagem foi feita, desde o surgimento da pauta aos caminhos percorridos para o levantamento de documentos e testemunhos – passando pelo rigor na seleção de fontes; o intenso trabalho de convencimento para obter falas e documentos (incluindo aí os relatórios técnicos do Banco da Amazônia); os trabalhos de confrontação e depuração, sobre a montanha de informações e declarações reunidas; a caracterização e elucidação das contradições; a paciência, a lucidez e a honestidade com que teve de ser feita a leitura dos muitos documentos reunidos, em cruzamentos com outros dados, para a comprovação das fraudes cometidas; o esforço físico exigido pelas buscas em cartórios e pelas milhas percorridas no interior do Amazonas (sabe-se lá por que meios de transporte), até a confirmação da inexistência das fazendas dadas como garantia do empréstimo obtido junto ao Banco da Amazônia.

Uma boa síntese da qualidade do trabalho realizado pode ser captada na reportagem de duas páginas que nesta sexta-feira (01-04-05) deu continuidade à série – leia aqui, somente para assinantes do UOL. O texto ostensivamente despido de brilhos literários, para que aflorassem a força e a articulação lógica das informações, revela que no acabamento jornalístico foram adotados critérios impostos pelo dever da veracidade.

Veracidade é o traço estético fundamental da linguagem jornalística. Na hora de escrever, Rubens Valente soube entender e valorizar isso.

3. Desafio pedagógico

Não conheço Rubens Valente. E quis saber um pouco dele, para avaliar melhor a sua reportagem. Por telefone, vasculhei informações em redações (inclusive as da Folha) de Brasília e São Paulo. Conversei com gente que o conhece. Mas também encontrei gente que não sabia de quem se tratava. Chequei mailings de duas boas assessorias de imprensa, e em nenhum deles constava o nome de Rubens Valente. Pude deduzir que, talvez por ser um repórter prioritariamente ligado às suas reportagens, ele não entra nessas listagens recheados de nomes notáveis.

Mas esta reportagem, na qual desvenda uma escabrosa história de desonestidade no uso de dinheiros públicos, não é um acaso na carreira Rubens Valente. Já fez várias outras do mesmo padrão, algumas delas premiadas. Pelo seu trabalho de repórter, ganhou, por exemplo, 1998, o Prêmio Marçal de Souza de Direitos Humanos do Mato Grosso do Sul, Estado onde nasceu e se formou em Jornalismo. Em reportagem partilhada com o colega Eduardo Scolese, conquistou, em 2002 o Grande Prêmio Folha de Jornalismo. Um ano antes, quando trabalhava em O Globo, ganhou o Prêmio Esso de Reportagem, em trabalho também assinado por Chico Otávio.

Já agora, um segredinho que em alguém me revelou: nesta reportagem sobre os desatinos do sr. Romero Jucá, Rubens Valente teve, em certo momento, a ajuda valiosa da colega Marta Salomon, que se recusou a acrescentar a sua assinatura ao texto para não dividir méritos que, na sua avaliação, pertenciam a Rubens. Aos amigos e colegas que lhe elogiam o trabalho, o próprio Rubens faz questão de sempre lembrar a contribuição de Marta.

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Voltando aos motivos que me trouxeram o livro Conexão Cabo Frio à lembrança e ao texto, deixo aqui uma sugestão a Rubens Valente: depois que os fazeres e as emoções desta sua reportagem passarem, e pensando principalmente na formação dos futuros jornalistas que enchem faculdades por este país além, escreva textos e faça palestras com a revelação pedagógica dos bastidores da matéria.

Aliás, na minha opinião, e em favor dos leitores e da credibilidade do jornalismo, as grandes reportagens deveriam conter sempre algum tipo de auto-explicação, para que o público pudesse avaliar o rigor da investigação e as intenções das matérias.’



NAZISMO NA MÍDIA
José Paulo Lanyi

‘Os leitores de Hitler’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br) 31/03/05

‘‘TELETIPO

Mein Kampf é best-seller na Turquia

A comunidade judaica está preocupada com o atual best-seller da Turquia, a reedição de Mein Kampf (Minha Luta), livro em que Adolf Hitler expõe sua teoria anti-semita, entre outras falácias que fundamentaram o nazismo. Pelo menos duas editoras publicaram a obra recentemente, segundo a AP [24/3/05]. Diplomatas alemães em Istambul estudam como tomar medida legal para conter a disseminação do livro no país. No mês passado, foi necessário procedimento deste tipo na Polônia. Os direitos sobre Mein Kampf pertencem ao governo do estado da Baviera, que não os concede a editoras para evitar a proliferação da ideologia nazista’.

A julgar pela nota acima, publicada no site Observatório da Imprensa, a Idade Média está de volta. Fariam melhor se, movidos pelas boas intenções, calcinassem a obra maldita. Praça pública. Forcas. Leitores e editores. Fogueiras.

Por uma falha cultural, nunca pus as mãos na autobiografia do ditador. As razões são esparsas, não se impõem em uníssono. Fosse porque eu tivesse outras prioridades, fosse porque, ao me cobrar uma leitura, pouco fizesse para empreendê-la. Mas bem que tentei, lembro-me de tê-la procurado, em algum desses giros despretensiosos pelas livrarias dos tempos chuvosos. Deve ter sido coincidência, mas a resposta era sempre a mesma: -Nós não temos.

Como não insistisse e não saísse ao seu encalço, nunca lhe vi a capa. Imagino que contenha um fanfarrão de perfil, uma suástica, um quepe, o preto, o branco e o vermelho.

Sei do que se trata, contudo. Nunca precisei me disfarçar de eremita, nunca lancei mão das tochas, nunca fui às catacumbas para saber um pouco mais. Sei porque li as referências. Sei porque muitos puderam escrever, muitos relataram a mesma história. Não me tornei nazista por isso.

Sei, também (porque os jornalistas nos contam), que o neonazismo dá as caras na Europa, chega de mansinho, cooptando as mentes fracas ou carentes de uma opção político-social à altura das necessidades do nosso tempo.

Não desconheço a grande culpa no coração da Alemanha contemporânea. E a grande chaga na alma de um povo massacrado e altivo. Tempos atrás assisti ao filme ‘O pianista’, do Polanski. Uma obra-prima, um chute no estômago, o recrudescimento da vergonha de toda a humanidade. O gueto de Varsóvia é o oceano da nossa omissão histórica, é o mar da repressão que se traveste de liberdade, a pseudodemocracia de alguns forjada para a ruína de uma maioria perplexa (ou de uma minoria sem saída). Sei porque vi.

O tema me é caro. Há alguns dias conversei com um casal jovem, dois diretores de teatro que já estão indo atrás de dinheiro para encenar a ‘Klaus Baumer’, comédia que escrevi com o Sérgio Carvalho Filho, a história de um velho alemão decidido a ‘implantar’ o nazismo em um país tropical. Disse-lhes assim: – A própria comunidade judaica deverá receber mal o nosso trabalho. Não gosta de que ‘estranhos’ tratem desse assunto, muito menos de forma humorística, ainda que seja uma crítica à ideologia dos opressores.

Os jovens entenderam e, mais uma vez, se solidarizaram com a ousadia. Jovens, benditos sejam.

Tabu é uma palavra funesta. Reúna um líder e uma centena de seguidores, talvez menos, a depender da sua composição. Dêem-lhe dois ou três tabus e eles avançarão, seja lá o que preguem.

No feriado passado trabalhei com o Fernando Masagão em um outro texto. Pegamos três filmes na locadora (um deles o porno-histórico ‘Calígula’) e lemos parte de ‘A Vida dos Doze Césares’, do historiador Suetônio. Estamos debruçados sobre Nero (o que, dito assim, reconheço, soa comprometedor). Como você sabe, Nero também fez das suas. Teço loas a Suetônio, a Tácito e a outros mais. Não são isentos de falhas, mas contaram o que aconteceu por lá.

Pode-se ressalvar: ‘Eles não escreveram para difundir uma ideologia perigosa e viveram há muito tempo, o Império Romano não ameaça mais ninguém, sobretudo porque não existe. Por isso, não faz sentido dar relevo à democratização irrestrita da leitura de documentos históricos’.

Discordo. O proibido arrebata a mente dos jovens. De nada adiantará esconder as mazelas históricas e as deformidades do pensamento político. Que o fenômeno turco seja a catapulta para um debate público sobre o robusto interesse pela obra do monstro, que, aliás, era tão artista quanto Nero. Temos aí uma boa pauta internacional. Quero ‘Mein Kempf’ na prateleira do mundo, bem ao lado das luzes da humanidade. Para que todos saibam, pelo contraste, quão baixo somos capazes de chegar.’



JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu

‘Nota dez’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br) 31/03/05

‘O melhor e mais sereno e lúcido texto da semana foi escrito por Arnaldo Jabor e interpretado pelo próprio na quarta-feira, 30/3, em sua coluna do Jornal da Globo:

Entre o céu e a terra

É muito difícil definir quando a vida começa e quando acaba. Os cristãos entregam ao acaso ou Deus esses momentos.

Os padres de São José dos Campos são contra a pílula do dia seguinte porque quando o óvulo se une ao espermatozóide, a vida já começou. Mas se o espermatozóide é uma célula viva e o óvulo também, seria a menstruação um assassinato ou a ejaculação espontânea um genocídio? Em nome desse detalhe, a igreja é contra a camisinha para a Aids, contra a pílula, contra o aborto de fetos sem cérebro.

O mesmo se dá com a morte; em nome da piedade, estamos vendo a pobre Terri morrer de inanição, porque seria um crime induzi-la ao sono eterno. Eis uma bondade cruel. O nosso Papa também está entre a vida e a morte, está entubado como a pobre Terri. A sua eutanásia seria a renúncia, mas o papa infalível vai se esvair até o fim. Seu rosto desesperado nos jornais parece um aviso do juízo final e o estranho é que os cristãos que choram por Terri e pelo Papa são insensíveis aos milhares de soldados americanos e iraquianos que morrem. Estranha essa dualidade: de um lado, a ternura com o fino fio da vida e morte. Do outro, a violência bruta em nome da paz.

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Frase do dia

Circula na Internet:

‘A situação no Brasil anda tão difícil que o barbeiro, que é um bicho que chupa sangue, já tá chupando cana…’

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Quentura arretada!

O considerado Cleber Bernuci, diretor de nossa sucursal no interior paulista, com sede nessa metrópole que é Americana, enviou a contribuição em janeiro, porém Janistraquis, ligeirinho como Ronaldinho Fenômeno, somente agora se tocou:

O despacho é da Agência EFE, com o título Expedição chega pela 1ª vez ao pico da Antártida, e em determinado trecho minha cabeça até ferveu:

‘Uma expedição de cientistas chineses na Antártida se tornou hoje o primeiro grupo de seres humanos capaz de alcançar o Pico A, o bloco de gelo mais alto do mundo, informou a agência de notícias oficial Xinhua. (…)

A dificuldade do Pico A apóia-se sobretudo nas duras temperaturas em sua cúpula, que chegam a 70 graus negativos no inverno e a 50 graus positivos (???!!!!) no verão.’

Impossível, creio eu. Se até meus miolos derreteriam, o que seria da ponta do iceberg?

É verdade, Cleber; meu secretário acha que, das pessoas conhecidas da gente, inúmeras não teriam o cérebro derretido nessa infernal quentura, posto que não o possuem. Estão, todas, a militar nas diversas ONGs que vicejam neste país de m…

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Mandando bala

Como todos sabem, Raul Jungmann, deputado federal (PPS-PE), ex-presidente do Ibama, ex-ministro de Política Fundiária e do Desenvolvimento Agrário, é uma das maiores potências intelectuais de nossa arrebatadora nação; conterrâneo de Janistraquis, este garante que não existe, em nenhum curral de todo o sertão pernambucano, inteligência mais córnea e fulgurante.

Tais qualidades, só encontráveis noutro conterrâneo, Severino Cavalcânti, estão provadas e comprovadas no artigo que o eminente político escreveu na seção Tendências/Debates da Folha de S. Paulo de 25/3/05. Dêem uma olhadinha na amostragem abaixo e confiram a íntegra da obra-prima no Blogstraquis:

O Brasil é o país onde mais se mata e mais se morre com arma de fogo no mundo. Só em 2003 foram 36 mil mortos a tiros – uma pessoa a cada 15 minutos. Uma chance de reverter isso nos será dada no dia 2 de outubro, se se realizar, como manda a lei, o referendo do desarmamento (…)

Rejubilado, meu secretário festejou:

‘Nosso ídolo Jungmann tem toda razão, considerado! O plebiscito vai acabar com a fabricação e o comércio de armas no Brasil e é lógico que a formidável enxurrada de garruchas levará de roldão as metralhadoras, fuzis e granadas usados pela bandidagem. Sobrará somente o contrabando, mas essa é outra história, né mesmo?’

É.

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O crime do redator

O considerado Ageu Vieira leu em A Notícia, de Joinville, esta dolorosa informação:

Idoso mata mulher em prostíbulo e se suicida.

São Miguel do Oeste – O aposentado João de Souza, 71 anos, disparou dois tiros contra o próprio peito e morreu instantaneamente depois de tentar sem sucesso matar a prostituta Lúcia Meutz, 27 anos. O crime aconteceu na noite de quinta-feira, no bar e boate ‘Você que sabe’, na rua Willy Barth, periferia de São Miguel do Oeste.

Lúcia foi alvejada com cinco projéteis de revólver calibre 38 na região do tórax e no queixo, mas até o final da tarde de ontem seu estado não era considerado grave.

Janistraquis e eu concordamos com você, Ageu; melhor título seria:

Jornalista mata mulher em prostíbulo e idoso se suicida.

Talvez soe um pouco esquisito, porém é mais verdadeiro. Afinal, se a mulher não morreu e nem corre mais risco de vida, quem a ‘matou’ no título foi o jornalista; todavia, é fato que o idoso cometeu suicídio.

(Leia íntegra da sensacional notícia no Blogstraquis)

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Mania de sinônimos

O considerado Camilo Viana, diretor de nossa sucursal mineira, deixou o Estado de Minas pra lá, abriu O Globo e se aborreceu com a leitura deste informe:

Popularidade de Bush atinge queda recorde, diz pesquisa

WASHINGTON – O apoio ao presidente dos EUA, George W. Bush, caiu para 45%, a cifra mais baixa desde que o republicano chegou à Casa Branca em janeiro de 2001, em meio a preocupações com a economia e sua atuação no caso de Terri Schiavo, de acordo com sondagem publicada nesta sexta-feira.

Camilo protestou:

Percentual não é número expresso, é um indicador, portanto índice. Não cabe cifra já que o valor nominal está oculto.Mania de sinônimos indevidos! E recorde emprega-se em registros superiores, nunca em negativos.

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Machismo

Deu na excelente coluna do nosso considerado Ancelmo Gois:

O técnico do Flu, Abel, é bobo. Ao reclamar do fato de mulheres atuarem como juízas, arrotou machismo com a frase: ‘É bem verdade que elas erram muito pouco. A Ana Paula, de São Paulo, além de competente, é muito gostosa’. Francamente!

Janistraquis reprovou o ‘advérbio exclamatório’:

‘Transmite a impressão de que, para o colunista, Ana Paula não é gostosa; também acho que a juíza não é lá essas coisas, porém escrever isso e publicar é uma perversidade; prefiro o arroto machista do Abel. Francamente, Gois!!!’

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Mãozinha

O considerado Édson Pereira Filho, de Campinas, guardou esta preciosidade que saiu no UOL Esporte:

Em clássico tenso, Corinthians derrota o Palmeiras por 2 a 1

Édson, que não se confessou torcedor da Ponte nem do Guarani, tem explicação para o inexistente gol de honra:

O jogo foi 2 a 0 para o Timão, no domingo (20 de março), porém o editor do UOL, certamente um fanático torcedor do Palmeiras, devia estar estressado com o resultado e deu aquela mãozinha ao verdão…

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Preconceito

O sempre alerta Camilo Viana colheu na Internet esta que podemos chamar realmente de ‘verdade maior da semana’:

Não há nada mais zoológico do que um homem separado: 27% do salário vão para o Leão, 25% para as piranhas e 33% de pensão para a jararaca. Sobram 15% para o burro.

Janistraquis adorou a frase mas não concordou com minha intenção de divulgá-la:

‘Considerado, os estupidamente corretos vão dizer que somos preconceituosos!!!’

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Inglês demais

O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal no DF, de cujo janelão permanentemente aberto pôde-se acompanhar o Brasil a romper com o FMI, Roldão, dizia eu, irritadíssimo com o excesso de inglês no dia-a-dia do português, escreveu ao Correio Braziliense:

Brasília, 26 de março de 2005

Prezados senhores:

No excelente caderno cultural PENSAR do Correio Braziliense deve-se valorizar o nosso idioma e evitar o abuso do inglês como forma de pseudo erudição. Digo isso porque neste último sábado encontrei na página 2 menção à edição em paperback do livro do Chico, Budapeste, em vez do consagrado termo brochura, e ainda à versão pocket de livros franceses em vez de ‘livros de bolso franceses’.

Atenciosamente,

Roldão Simas Filho

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Errei, sim!

‘ORA PRO NOBIS – De um editorial do Jornal do Brasil, intitulado Canal Livre: ‘(…) Ligada à Fundação Cásper Líbero, a TV Cultura, de São Paulo, funciona sob a égide de um conselho composto por pessoas de reconhecido preparo e probidade’. Janistraquis garante: o Padre Anchieta, que empresta seu boníssimo nome à conhecida Fundação, perdoa o JB pelo venial tropeço.’ (novembro/1991)’