Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Chico Vigilante

‘Não é a primeira vez que torno público os desmandos que estão acontecendo na Radiobrás por conta da má administração conduzida pelo atual presidente da empresa, Eugênio Bucci. Quando se imaginava que nada pior pudesse acontecer, a direção da Radiobrás conseguiu, mais uma vez, causar mal-estar e revolta em seus funcionários, alimentando e generalizando o clima de insatisfação.

Ontem (22/6), a empresa comunicou a demissão indiscriminada de vários funcionários nas filiais do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. O lamentável episódio dimensiona a política desastrosa que está em curso na empresa. Dentre os profissionais demitidos, está o radialista José Carlos Santos Cataldi, que acumula um currículo extenso de atividades na Radiobrás no decorrer de 35 anos como funcionário.

Essas demissões são o reforço de uma política calcada no desmonte da empresa, na perseguição de funcionários, no cerceamento da liberdade de imprensa, no desrespeito à legislação trabalhista, entre outros absurdos. Causa maior indignação o fato de esses desmandos ocorrerem justamente durante um governo que historicamente combateu todas essas práticas.

O radialista Cataldi é apenas mais um funcionário entre tantos outros que hoje sofrem o peso do regime de intolerância implantado pelo senhor Eugênico Bucci. Cataldi tem uma história de inúmeras contribuições prestadas à construção do Estado Democrático de Direito no Brasil. Foi por conta da sua luta pela democracia que, durante a ditadura, foi demitido arbitrariamente.

Tempos depois, já nos anos 90, foi reconduzido à empresa por força de decisão judicial. Advogado e integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), José Carlos Santos Cataldi jamais se calou diante de intransigências e ilegalidades, utilizando sempre o microfone e a lei como instrumentos da promoção da justiça social.

Ontem, ele mesmo foi vítima da injustiça que tanto combateu. Chegou ao seu local de trabalho como sempre fez, realizou suas tarefas diárias e, após cumprir seu dever, foi comunicado que já estava demitido desde a segunda-feira (21/6). Não ouviu da empresa justificativa alguma que respaldasse aquele ato. Simplesmente, foi demitido.

É inadmissível que atos arbitrários como esse se perpetuem na empresa. Outro jornalista que também sofreu retaliação foi Walter Lima, aqui em Brasília. O programa Revista Nacional – comandado com maestria por ele e transmitido em rede para outras 600 emissoras do país – foi recentemente retirado do ar pela direção da empresa. O corte na programação foi o ápice de uma situação de desrespeito que já se arrastava há alguns meses e tinha como alvo o próprio Walter Lima.

Não é justo que profissionais da estirpe de Cataldi e Walter Lima sejam relegados a uma situação humilhante por pessoas que, sequer, conhecem a história da empresa que hoje comandam.

Não bastassem os desrespeitos emplacados pela direção da Radiobrás, os funcionários ainda são obrigados a trabalhar num ambiente que compromete a saúde e a integridade física de cada um deles. Um relatório que está sendo preparado pelo engenheiro Álvaro Sobrinho, especialista em Segurança do Trabalho, aponta que as instalações da empresa, em Brasília, são incompatíveis com as funções ali desempenhadas.

Em um dos itens do relatório, o engenheiro detalha que as medições dos níveis de radiofreqüência em todas as dependências do prédio estão acima do que é aceitável – fato que potencializa o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres nos funcionários que já têm predisposição à doença.

Desde que tomei conhecimento das irregularidades ocorridas na Radiobrás, apressei-me em listar os fatos e encaminhá-los ao Governo Federal. Por meio de ofício, já relatei a maioria dos desmandos ao ministro-chefe da Casa Civil e ao secretário de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken. Diante dos recentes episódios, enviei a eles novos documentos atualizando-os dos fatos.

Atualmente, vivemos um período de mudanças no Brasil, em que o governo – representado por um trabalhador – procura romper com séculos de exclusão e desigualdade social. Face essa nova realidade, acredito que o governo não tolerará que resquícios da ditadura sejam ressuscitados em uma empresa pública como é a Radiobrás. Deixo registrados aqui o meu repúdio e a minha indignação às atrocidades que a direção dessa empresa está cometendo contra seus funcionários. Tenho certeza que elas não se sustentarão por muito tempo. *Deputado distrital CHICO VIGILANTE (PT-DF)’



‘DARLENE’ NO MINISTÉRIO
Folha de S. Paulo

‘Fotos no ministério acabam em demissão’, copyright Folha de S. Paulo, 23/06/04

‘Fotos sensuais de uma ex-funcionária tiradas dentro de uma sala do Ministério da Agricultura -divulgadas por meio de e-mails- provocaram demissão e a abertura de uma sindicância interna pelo órgão para apurar a participação de outros funcionários da casa no ensaio.

Fabiula da Silva, 18, usou uma sala do 9º andar do ministério, no qual funciona a secretaria-executiva, para tirar as fotos em poses eróticas, que foram distribuídas pela internet. O fotógrafo, que permanece anônimo, seria um servidor do órgão, segundo Fabiula, que não revela o nome do colega.

A sala foi usada duas vezes e havia sido emprestada por um fiscal federal da Agricultura, na hora do almoço. Segundo Fabiula, o dono da sala não sabia de sua intenção. ‘Ele emprestou para eu usar o computador.’

Além de ganhar publicidade na imprensa, até agora, o episódio só lhe rendeu a perda do emprego e o apelido de Darlene, personagem da novela da Globo ‘Celebridade’ que faz de tudo para se tornar famosa.

Com a circulação das fotos, Fabiula foi removida do ministério. Ela era contratada pela Federal Service, que prestava serviços para a Agricultura. Ontem, assinou o seu pedido de demissão. ‘Como funcionária, não há reclamação’, diz o coordenador-geral de Serviços Gerais do ministério, Hélio Medeiros.

Apesar de perder o emprego, que lhe rendia R$ 480 por mês -ela trabalhava no setor de protocolos-, Fabiula afirma acreditar que o episódio pode abrir a possibilidade de convites para trabalhos de modelo, mas que não foi responsável pela divulgação das imagens.’



ENTREVISTA / JORGE KAJURU
Comunique-se

‘Mais ‘Papo’ com Jorge Kajuru’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 25/06/04

‘Jorge Kajuru gostou tanto do ‘Papo na Redação’ realizado no dia 17/06 que fez questão de responder rapidamente às perguntas que não foram liberadas por falta de tempo. Ele revela que já tem uma proposta concreta para trabalhar na Rede TV!. Quando questionado sobre a relação entre a TV Bandeirantes, onde trabalhava, e o governo de Minas Gerais, Kajuru não titubeia: ‘É das mais próximas. Aliás, próxima demais.’

Leia na íntegra a segunda parte da transcrição do ‘Papo na Redação’ com Jorge Kajuru:

[12:22:15] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, imagino o quanto é difícil trabalhar com Esporte numa emissora de TV que não cobre nenhuma partida de Futebol, infelizmente.

Jorge Kajuru responde: É, deveria ser mais fácil trabalhar numa emissora assim.

[12:22:30] – Maria Aparecida Dias Cardoso (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Aqui em Minas dão como certa uma ação judicial do governador que iria interpelar a ‘referência ética’ do jornalismo brasileiro Jorge Kajuru sobre as acusações de que teria desviado mais de 10 mil ingressos no jogo Brasil X Argentina. A minha opinião pessoal é de que ele deveria deixar de lado esta história. Não vale a pena. Serviria apenas para que o agora ‘baluarte’ da liberdade de imprensa brasileira criasse mais um palanque para destilar as suas bobagens de sempre.

Jorge Kajuru responde: Maria Aparecida, você deixou claro que não gosta de mim. Parece até me odiar. Respeito sua opinião. Pelo menos me respeite.

[12:24:21] – Sérgio Langer (Editor – Na Geral.com – SP) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, parabéns pelo seu trabalho. Infelizmente não são todos que são como você. Minha pergunta é o seguinte: Você já tem propostas para continuar na área de jornalismo esportivo? Ou se você esta pensando em mudar um pouco os rumos de sua carreira, talvez ingressando em outras frentes?

Jorge Kajuru responde: Tenho uma proposta concreta da Rede TV, mas não decidi nada.

[12:25:02] – Fernando Luiz Costa (Gerente – Narrativa Comunicações – RJ) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, você não acha que sua situação começou a ficar complicada na Band com o caso do boxeador? No vídeo, o rosto do Fernando Mitre era de desespero!

Jorge Kajuru responde: Jamais. Fui demitido por causa das Casas Bahia e pronto. Pela Internet eu posso falar abertamente.

[12:26:16] – Maria Aparecida Dias Cardoso (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Então na Band é assim? Alguém liga reclamando e o cara vai pra rua? É muito simples isto não? Será que eles não queriam é te colocar na rua e acharam um bode expiatório?

Jorge Kajuru responde: Maria, você está certíssima. O Aécio foi o golpe de misericórdia. Antes eu não fui demitido porque ficaria na cara demais para as Casas Bahia. Mas que o Aécio fez pressão com reclamações, fez!

[12:26:48] – Marco Bonito (Diretor – Comunicação Empresarial – Laboratório Oswaldo Cruz – SP – São José dos Campos) pergunta para Jorge Kajuru: Réplica: Kajuru, entendo que não importa o epsódio, seja ele qual for, será que não há sempre uma forma diferente de se dizer a mesma coisa? No caso dos ingressos do jogo, vc não poderia ter deixado subentendido? O seu público (eu inclusive) é muito perspicaz e inteligente, nós entenderíamos a sua mensagem, não acha?

Jorge Kajuru responde: Marco, como eu poderia mudar minhas palavras vendo tudo aquilo na minha cara? Francamente, me dê um exemplo diferente.

[12:27:23] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, por favor. Recuse em seus programas pesquisas e questionários interativos que comparem Pelé a outro jogador. Dá vontade de chorar de raiva.

Jorge Kajuru responde: Você tem toda razão.

[12:28:03] – Rogério Ferreira (Repórter – TV SBT – MG – TV Alterosa) pergunta para Jorge Kajuru: Como vc sabe, temos aqui em Minas um programa de esportes pela TV Alterosa. Um dia, um repórter, muito amigo meu, fez um vt falando da sede do Cruzeiro, que estaria penhorada na justiça. O seu ‘amigo’ Zezé Perrela, fez questão de ir até o programa e acabou com o repórter que não estava lá para se defender….resultado, eles fritaram o cara…. Quando é que vamos poder criticar também dirigentes de futebol?? Vc é esculachado aqui por quebrar paradigmas… Vamos mudar isso algum dia???

Jorge Kajuru responde: Vamos sim Rogério, e os ‘Perrela’ ainda vão terminar num lugar merecido.

[12:30:10] – Ana Paula Torres Duarte (Assistente – Marketing – Secretária Municipal de Saúde de Itabira – MG – Itabira) pergunta para Jorge Kajuru: As TVs fechadas não fazem parte de seu futuro?

Jorge Kajuru responde: Fazem sim Ana, só a ESPN me daria liberdade. A outra é global.

[12:31:22] – Mariana de Lima (Assessor de Imprensa – Associação Limeirense de Educação) pergunta para Jorge Kajuru: Sua polêmica demissão da Band pode ser comparada à tentativa do governo em cancelar o visto do jornalista do New York Times que escreveu artigo sobre a bebiba alcoólica e o presidente? Por que os meios de comunicação foram contra o cancelamento do visto do jornalista e agem assim com você, que apenas retratou a verdade?

Jorge Kajuru responde: Olha Mariana eu gostaria de saber o porquê. Talvez porque sempre critico a maioria da grande imprensa. Agora quem leu as opiniões de gente honrada como Alberto Dines no Observatório da Imprensa e Juca Kfouri em O Lance e na CBN, além de mais uma meia dúzia, sinceramente me sinto realizado.

[12:31:29] – Sergio Cesar (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, sou amigo do falecido Mauricio Polari e te conheci na Cultura. Só passe pra dar boa sorte.

Jorge Kajuru responde: Obrigadíssimo Sérgio e que saudades do Polari!

[12:32:11] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, o maior problema de emissora pela Internet é a questão de patrocínio, uma vez que o público está espalhado pelo mundo e o anunciante não acredita muito. Mas tenha certeza de que uma emissora de TV pela Internet pode lhe oferecer a sua liberdade que você não dispensa. O difícil é surgirem outras emissoras pela Internet além da allTV.

Jorge Kajuru responde: É verdade Kiko.

[12:32:42] – Vivi Almeida (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Esta também é minha dúvida…existe a possibilidade de você fazer parte do SBT?

Jorge Kajuru responde: Existe Vivi, mas o duro é convencer o Silvio Santos a gostar de esportes.

[12:33:49] – Rodrigo Santana Gonçalves (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: SBT tem sua cara, mais o poderoso Silvio ainda nao percebeu que esportes d[a dinheiro!!!!!!!

Jorge Kajuru responde: Rodrigo, vamos acreditar na possibilidade do Silvio repensar melhor sobre futebol.

[12:35:21] – Fábio Zambeli (Editor – ValeParaibano – SP – São José dos Campos) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, a entrada da Marlene Mattos afetou de alguma forma a sua atuação na emissora? Quem exatamente interferiu na sua demissão? Foi o departamento comercial? Você acha que foi responsável no caso em que relacionou, mesmo indiretamente, patrocinadores do São Caetano a um suposto esquema de lavagem de dinheiro?

Jorge Kajuru responde: Sua última colocação foi 100% certa. Para agradar as Casas Bahia, eu fui demitido.

[12:36:56] – Gustavo Xavier Ferreira da Silva (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, poderia citar essa ‘uma dúzia no máximo’ de jornalistas que você considera íntegros no esporte?

Jorge Kajuru responde: Juca Kfouri, Alberto Dines, José Trajano, Mário Magalhães, Armando Nogueira, Tostão, Fernando Calazares, Paulo César Vasconcelos, Gerson e mais uns dez.

[12:37:20] – Douglas Willians (Desempregado – Desempregados ) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, uma última pergunta da minha parte que diz respeito ao jornalismo esportivo. Durante um dos últimos programas ‘Show de Bola’ apresentado por você, você se autointitulou jornalista futebolístico. No entanto, dois minutos depois, você indicava o tenista Gustavo Kuerten como concorrente ao troféu Show de Bola. Vi uma tremenda contrariedade de posição da sua parte naquele momento. Minha pergunta é: Por que separar o jornalista esportivo do jornalista futebolístico?

Jorge Kajuru responde: Você não entendeu. Não é porque eu só entendo de futebol que não posso falar de outros esportes. Apenas sou sincero e digo que não sei nada de tênis.

[12:37:30] – Paulo Sérgio Scorpii (Freelancer) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, você estava ganhando R$ 100 mil na Band. Não digo que você não merece isso, mas você não acha que essa quantia é muita em relação à media dos salários dos jornalistas brasileiros?

Jorge Kajuru responde: É um salário absurdo, mas e quanto a Band não ganhava com meu programa e sua audiência? Eram 5 breaks de 5 minutos cada um. O problema é a maioria recebendo salários humilhantes.

[12:39:47] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, sinceramente, invista na Internet. Se for por motivos comerciais, eu te dou razão, mas se for por falta de conhecimento não se encabule. Só para vc ter idéia, tínhamos 200 milhões de visitas (audiência) em menos de 1 ano!!

Jorge Kajuru responde: Kiko, eu adoro a internet, só preciso aprender a entrar.

[12:40:24] – Graziella Cataldo Batista (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, o que você acha das torcidas organizadas?

Jorge Kajuru responde: A grande maioria deveria ser extinta.

[12:41:33] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, todos nós sabemos que estes episódios em porta do estádio acontecem e continuarão acontecendo, trouxas de quem achar que vc mostrou algo de novo. Evidente que este não foi o motivo da demissão. Aliás gente, vamos falar do futuro! Por favor, o que passou é assunto para o Nélson Rubens!

Jorge Kajuru responde: Sim, eu já comentei sobre o motivo principal, mas não pensei agora que o Aécio é um santo.

[12:42:04] – Maria Aparecida Dias Cardoso (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru como foi que você apurou a informação de que antes da reforma, o Mineirão tinha entrada privativa para deficientes físicos. Ele por certo ‘esqueceu’ de que o Mineirão jamais teve acomodações (estacionamento, acesso e instalações) para receber deficientes físicos. Somente agora é que podemos contar com este tipo de atenção. Aliás, um bom exemplo para os outros estádios.

Jorge Kajuru responde: Maria, essas virtudes do Mineirão, eu comentei no ar dois dias antes e disse que foi na gestão Aécio Neves. Agora no dia do jogo nada disso aconteceu. Foi uma bagunça. Não é possível que você discorde.

[12:43:05] – Ana Paula Torres Duarte (Assistente – Marketing – Secretária Municipal de Saúde de Itabira – MG – Itabira) pergunta para Jorge Kajuru: Os jornais mineiros estamparam em suas páginas as fotos dos camarotes do jogo. Modelos, artistas e pessoas da alta sociedade mineira e brasileira. Gente que foi muito ao estádio muito mais por promoção do que por paixão ao futebol. E aqueles que realmente gostam, e vão ao estádio sempre, a chamada turma da geral não pôde assistir se não pela TV e ainda por cima recebem o corte do apresentador que queria mostrar o que estava acontecendo.

Jorge Kajuru responde: Ana Paula, acho absurdo o artista não pagar ingresso. E o político, então, aí é crime.

[12:43:54] – Marcos Simões (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, confesso que não tinha assistido aos seus programas antes de sua passagem na Band, mas o seu ‘verdadeirismo’ me chamou a atenção; a veemência com que você defende os ultrajados é qualquer coisa de anormal em um país onde a falsidade campeia livre e solta. Chega de Maria-vai-com-as-outras. Parabéns e força, cara.

Jorge Kajuru responde: Obrigado Marcos, mas não faço mais do que minha obrigação.

[12:44:52] – Ana Paula Torres Duarte (Assistente – Marketing – Secretária Municipal de Saúde de Itabira – MG – Itabira) pergunta para Jorge Kajuru: Esse foi um caso isolado, que acompanhei mais de perto por ser mineira e residir perto da capital. Uma pergunta: com esta hipocrisia, se a copa do mundo fosse aqui, os jogos seriam apenas para a elite?

Jorge Kajuru responde: Boa pergunta. A farra aí seria um show.

[12:44:58] – Silvia Palma (Repórter – TV Bandeirantes – SC – TV Catarinense – Joaçaba) pergunta para Jorge Kajuru: Olá Kajuru… em primeiro lugar minha admiração por você, em segundo gostaria de perguntar se você sabe que a Band está procurando um substituto para você e neste caso quem você acha que melhor te substituiria?

Jorge Kajuru responde: Ah! Tem gente boa e melhor do que eu. Basta a Band querer.

[12:45:17] – Rodrigo Sotelo Ramazzini (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Boa Tarde Kajuru, como você lida com as críticas?

Jorge Kajuru responde: Rodrigo, francamente, numa boa. Até quando são pessoais e brutais, eu reajo democraticamente e respondo.

[12:45:42] – Marco Bonito (Diretor – Comunicação Empresarial – Laboratório Oswaldo Cruz – SP – São José dos Campos) pergunta para Jorge Kajuru: Tréplica: Kajuru veja bem, penso que você é realmente o nosso porta-voz, por isso é que penso e gostaria que você encontrasse maneiras de dizer determinadas coisas de maneiras mais sutis ou mesmo ironicamente. Assim pelo menos nós (seus admiradores) continuaríamos com alguém nos representando. Agora, do jeito que foi, ficamos órfãos novamente. Não sei se é válido um ‘herói morto’, o que acha?

Jorge Kajuru responde: Marco, o Juca tem me passado orientações, mas jamais para mudar personalidade e caráter.

[12:46:25] – Cristiane Almeida Ramos (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Olá, Kajuru. Gostaria de parabenizá-lo, te considero um ótimo jornalista e gosto muito do seu trabalho. Acho que hoje em dia tudo está tão dependente do dinheiro, que isso é mais importante do que passar a notícia de forma real. Bom, gosto muito de esportes, quero seguir para esta área. Gostaria que você me ajudasse a me especializar. Estou com dificuldades de fazer cursos de pós ou especialização, principalmente na área de esportes.Vc pode me dar um rumo. Obrigada e Boa sorte. Desculpe ser extensa

Jorge Kajuru responde: Cristiane, me escreva no jorgekajuru@terra.com.br e mais tarde poderei te sugerir algo.

[12:47:24] – Paulo Sérgio Scorpii (Freelancer) pergunta para Jorge Kajuru: Considerando que a imprensa não é totalmente independente, por causa de seus múltiplos interesses como empresa, você não acha que, para passar o seu recado, faltou-lhe tato para driblar essa censura?

Jorge Kajuru responde: Paulo, mas tive todo o equilíbrio para falar o que falei. Veja a fita. Eu já vi dez vezes.

[12:47:50] – Eduardo Vieira*** (Assessor de Imprensa – Prefeitura Municipal de São Paulo – SP) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, você já tem em mente outra emissora de TV para trabalhar? Se a Globo te convidar você vai aceitar?

Jorge Kajuru responde: Se a Globo puder manter minha postura e independência, unindo ao estilo de equilíbrio global, eu aceito.

[12:50:14] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, você pensa em trabalhar em transmissões ao vivo de jogos?

Jorge Kajuru responde: Não, não é o que gosto. E não sou bom para comentar jogos ao vivo. Tenho minhas limitações.

[12:50:56] – Sérgio Langer (Editor – Na Geral.com – SP) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, qual é a sua opinião sobre a Renata Cordeiro?

Jorge Kajuru responde: Grande companheira e é do ramo.

[12:51:15] – Caio Martins (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Veja publicou uma matéria tentando desmoralizá-lo. O chamou de encrenqueiro, que não consegue nem conviver amigável com seus colegas de trabalho. Ser polêmico na minha visão é obrigação do jornalista. Como você viu a matéria da revista?

Jorge Kajuru responde: A Veja foi patronal e mentirosa. Uma revista do Civita nunca mereceu meu respeito. Eu sei do que eles são capazes. Eu, o Juca, o Dines, o Mino.

[12:52:00] – Paulo Sérgio Scorpii (Freelancer) pergunta para Jorge Kajuru: Li que você, após ter sido demitido, foi para o seu apartamento e chorou. Pela sua reação, é possível concluir que você não esperava ser demitido, apesar dos problemas que vinha tendo na Band? Se sim, você não foi ingênuo demais?

Jorge Kajuru responde: Eu não chorei uma lágrima. Uma sequer. O repórter Veja inventou até que briguei com a Astrid.

[12:55:20] – Kiko Agostinho (Desempregado – Desempregados) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, seus ex-chefes, no geral, acreditam no IBOPE? Isso é uma piada!

Jorge Kajuru responde: Eu também acho.

[12:56:03] – Danilo Pretti Di Giorgi (Assessor de Imprensa – CL-A Comunicações – SP) pergunta para Jorge Kajuru: Por que o jornalismo esportivo? Por que não política? Com todo seu arrojo, você não acha que poderia ser mais efetivo para o País em outra editoria?

Jorge Kajuru responde: Danilo, seria a última coisa, e se Deus quiser, não farei essa loucura.

[12:57:41] – Reginaldo de Souza Roriz (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Um abraço do tamanho do Brasil, Kajuru. Como jornalista, você não acha que é muito influenciado pelas suas emoções quando está fazendo um comentário? Será que fora do contexto do programa, no episódio do boxeador por exemplo, você não reagiria de forma diferente com os fatos até então apresentados? Obrigado…

Jorge Kajuru responde: Talvez Reginaldo. Mas a emoção é também pela indignação que tenho e não abro mão.

[12:59:07] – Alexander Mcallister (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, admiro seu trabalho, seu candor e entusiasmo, desde os tempos o Juca. Para mim o Juca é exemplo de cidadania, através do jornalismo esportivo demonstra enorme respeito pelo nosso país, sem ufanismo. Trilhas o mesmo caminho. Lendo suas respostas não discordo de ti e tuas convicções, vejo que com tempo você chegará na sabedoria de falar as coisas certas na hora certa.E aguardar o momento para falar outras, quando estiver numa posição melhor, segura. Abraço, Al McAllister

Jorge Kajuru responde: Talvez você tenha razão. Preciso tirar um pouco do equilíbrio de um Juca, um Dines.

[13:07:44] – Vivi Almeida (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, eu vi uma parte da sua participação no programa do Ratinho. Por que vc deu nota 10 apenas para a Astrid??? E aquele programa fogo cruzado da Band? Foi apenas um?

Jorge Kajuru responde: Astrid, foi 0 quando chamou a vencedora do Big Brother de baranga, mas é 10 por outros motivos. Tiveram medo de seguir o fogo cruzado.

[13:08:21] – Reginaldo de Souza Roriz (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Com toda a sua experiência, você vê alguma alternativa para que a imprensa possa ser menos pressionada em nosso país?

Jorge Kajuru responde: Quando os governos comprarem espaços e não opiniões. O ideal seria o governo não ser anunciante.

[13:08:33] – Paulo Sérgio Scorpii (Freelancer) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, em sua emissora — parece que você tem uma pequena emissora não sei onde –, o que você faria se algum funcionário o criticasse no ar?

Jorge Kajuru responde: Paulo, várias vezes eu fui criticado duramente na minha emissora e ao vivo por ouvintes e colegas. Até ombudsman a minha ex-rádio tinha.

[13:10:00] – Eliane Leão (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Sou estudante de Jornalismo e tenho interesse em trabalhar no ramo esportivo, que a cada dia absorve mais mulheres na área. O que vc me recomenda para atingir este objetivo? Só os diversos cursos de extensão existentes são o bastante?

Jorge Kajuru responde: Eliane, mais tarde eu te sugiro algo. Me escreva no jorgekajuru@terra.com.br.

[13:12:16] – Walter Felipe Rodriguez Fernandes (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Na sua opinião, quem te substitui melhor no comando do Esporte Total? Renata Cordeiro, Fernando Nardini ou Sílvio Luís?

Jorge Kajuru responde: A Renata, sem comparações.

[13:14:14] – Lenin Novaes (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru: Qual a lição que fica do episódio que resultou na tua saída da TV Bandeirantes?

Jorge Kajuru responde: Que vale a pena ser jornalista. Sempre.

[13:24:16] – Persio Presotto (Freelancer – Freelancers) pergunta para Jorge Kajuru: Kajuru, boa tarde! O jornalista que, hoje, ‘se atreve’ a dizer a verdade sobre os fatos, é punido (como foi o seu caso e o do Alberto Dines). Qual a saída para resolver esse impasse? Como fazer para combater o Coronelismo?

Jorge Kajuru responde: Continuar existindo exemplos como Dines, principalmente.

[13:28:17] – Walter Felipe Rodriguez Fernandes (Estudante ) pergunta para Jorge Kajuru: Eu gostava muito quando você trabalhava na TV Cultura e gostaria que um dia você trabalhasse com o Juca Kfouri no Cartão Verde. Mas por que você saiu da TV Cultura? Ocorreu algum conflito?

Jorge Kajuru responde: Não houve conflito. Eu adoraria fazer o Cartão com o Juca, mas no domingo.

[14:04:19] – Juca Kfouri (Âncora / Apresentador TV / Apresentador Rádio – Rádio CBN AM/FM – SP) pergunta para Jorge Kajuru: É só para dar um abraço solidário neste ex-gordo, feio, outra vez pobre, mas digno, muito digno!

Jorge Kajuru responde: Fui tudo isso que aprendi e desenvolvi convivendo com você Juca. Jamais vou decepcioná-lo.

[14:21:28] – Taline Barros (Estudante) pergunta para Jorge Kajuru: Qual é a relação da Band com o governo de Minas?

Jorge Kajuru responde: É das mais próximas. Aliás, próxima demais.’