Leia abaixo os textos de sexta-feira selecionados para a seção Entre Aspas. ************ O Estado de S. Paulo
Sexta-feira, 4 de agosto de 2006
CUBA SEM FIDEL
Jornalistas com visto de turista são barrados
‘Centro de imprensa identifica os repórteres sem visto de trabalho e os manda de volta a seus países
Vários jornalistas que tentaram entrar em Cuba com visto de turista para cobrir a evolução do estado de saúde de Fidel Castro e a cessão provisória do poder a seu irmão Raúl Castro tiveram de voltar a seus países de origem sem nem mesmo sair do aeroporto.
‘Há um interesse muito grande entre a imprensa de todo o mundo, mas não se pode fazer jornalismo com visto de turista’, disse um responsável do Centro de Imprensa Internacional. ‘É necessário pedir um visto de imprensa e esperar o trâmite normal dessa solicitação, como em qualquer outro país’, ressaltou a fonte.
Ele indicou que não houve nenhuma expulsão formal e reiterou que ‘não há um esforço para sonegar informações’ aos meios estrangeiros.
O Centro de Imprensa Internacional é um organismo dependente da chancelaria cubana e responsável por assuntos relacionados com a imprensa estrangeira.
A doença de Fidel, que no dia 13 completará 80 anos, e a cessão do poder a seu irmão – situação sem precedentes na ilha – atraíram a atenção da mídia.
Mais de 150 jornalistas de todo o mundo solicitaram os correspondentes vistos de imprensa às autoridades cubanas desde a noite de segunda-feira para poder trabalhar no país, segundo fontes oficiais.
Funcionários do centro de imprensa identificam os jornalistas no aeroporto de Havana e conferem se possuem os vistos para trabalhar no país. Caso contrário, os jornalistas são embarcados em vôos comerciais para seus países de origem.
Alguns jornalistas tiveram de passar a noite nos bancos do aeroporto e retornar para casa sem sair do terminal.
Ao retornar a Santiago, o jornalista da rádio chilena Cooperativa Mário Antonio Guzmán afirmou que só pôde chegar até a seção de imigração do aeroporto de Havana.
Segundo ele, um funcionário que se identificou como membro do departamento de imprensa da chancelaria disse que ele não podia exercer a atividade jornalística no país por ter apenas visto de turista.
Guzmán disse que no aeroporto também barraram jornalistas dos jornais Miami Herald, Washington Post e Los Angeles Times, além de repórteres da Radioprogramas do Peru e de uma emissora paraguaia.
EFE E ANSA’
INTERNET
AOL vai demitir 5 mil empregados em seis meses
‘EFE – A América Online (AOL), filial de internet da Time Warner, anunciou ontem que demitirá 5 mil empregados, aproximadamente um quarto de sua força de trabalho, e que espera vender até o fim do ano seus negócios de serviços de conexão à internet na Europa. A empresa emprega atualmente cerca de 19 mil pessoas. Segundo o presidente-executivo da AOL, Jon Miller, a intenção é que esses cortes sejam feitos dentro de seis meses.
A empresa já havia anunciado na quarta-feira que começará a oferecer gratuitamente a seus clientes serviços como e-mail, programas de computador e conteúdo informativo e de entretenimento. Os analistas esperam que esta mudança provoque uma forte baixa na base de clientes que pagam mensalmente à empresa, mas que será compensada pelo aumento das receitas pela venda de espaço publicitário, pois espera-se que o volume de visitas às páginas da companhia aumente, agora que muitos de seus serviços serão gratuitos.
Segundo o The Wall Street Journal, que em 11 de julho publicou um artigo sobre a possível mudança na estratégia de negócios da AOL, até 2009 a empresa pode reduzir a base de seus assinantes, de 18,6 milhões para pouco mais de 6 milhões, o que envolveria uma queda nos lucros de US$ 1,6 bilhão ao ano para cerca de US$ 800 milhões.
Segundo o jornal, esta queda nas receitas e lucros seria compensada pelo aumento dos acessos da venda de publicidade, que pode passar dos atuais 17% das receitas totais da AOL em 2006 para 42% em 2009.
A AOL espera que, com as demissões anunciadas ontem, consiga reduzir seus custos em cerca de US$ 1 bilhão a partir do ano que vem.’
TELEVISÃO
O esperado acústico
‘Depois de uma década de negociações, muitos convites, xingamentos públicos (por parte do cantor, é claro), Lobão topou fazer um Acústico MTV. A gravação de um dos mais esperados programas do gênero – se não o mais – está marcada para novembro, em São Paulo, e a exibição, prevista para janeiro. Foram vários convites até o cantor se render à emissora musical que ele já tanto amaldiçoou.
‘Há fases em que o Lobão odeia a MTV, outras em que não odeia, ele é assim intempestivo, mas sensacional. Um grande músico, um cara inteligente, esperamos muito por esse acústico’, fala a diretora de relações artísticas da emissora, Anna Butler. ‘Ele está escolhendo o repertório, irá escolher se quer convidados ou não. Não nos impomos com nada. A parte de áudio quem escolhe é ele, o programa em si, cenário, luz, produção, é com a gente.’
Anna garante que o fato de Lobão ser um cantor independente – vender discos em bancas de jornais – não atrapalhou a negociação do Acústico, que vai virar DVD e CD como é de praxe . ‘As gravadoras se interessaram muito e Lobão está acertando com uma grande’, adianta Anna.
entre-linhas
Os aprendizes da Record – O Aprendiz 3 estréia domingo – estão isoladíssimos no Hotel Hilton. Nada de TV nem rádio por lá, nem fios. Isso porque nas edições anteriores a produção descobriu que um dos candidatos fez uma ligação clandestina e conseguiu ativar uma das TVs do quarto do hotel, acompanhando tudo o que rolava no programa.
Após investir no canal FX com séries como My Name Is Earl, a Fox está negociando com a revista VIP uma atração que combina com o slogan da emissora: ‘O que o homem vê.’ O programa ainda está em pré-produção.
SporTV e Globo transmitirão as últimas cinco corridas da temporada 2006 de Stock Car.
O cotidiano do aeroporto de Guarulhos será transformado em documentário para uma série da Discovery, que já fez o mesmo na Cidade do México.
Após ser comprado pelo grupo inglês Sparrowhawk, o canal Hallmark, que não conseguiu se firmar no Brasil (apesar de ter 90% de penetração no resto da América Latina), está negociando sua volta para a TVA e sua entrada na NET e Sky. O grupo também pretende lançar no Brasil, em dezembro, o canal para crianças em idade pré-escolar Kidsco.
Globo e Record internacionais que se cuidem. A TVA lançou um aparelho que permite que o assinante assista à sua programação em um notebook de qualquer lugar do mundo. O brinquedo que vem com um software especial custa R$ 999.’
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O Globo
Sexta-feira, 4 de agosto de 2006
ELEIÇÕES 2006
Perversidades do zoológico online
‘Um sempre divertido passeio pela sedutora inutilidade chamada orkut mostra que o site de relacionamentos entrou de corpo inteiro na festa da democracia – com perversidades, cultos, fofocas, boatos, tudo o que de melhor (e pior) a mente humana é capaz de inventar. Na disputa pela Presidência, cada um faz o seu, mas o resultado respeita incrivelmente a ordem aferida pelas pesquisas de opinião.
Da procura por ‘Lula’ (excluídos os xarás, inclusive o molusco cefalópode que fica excelente com arroz e brócolis) vêm mais de mil referências. A maioria é contra, com direito a malvadezas como ‘Lula não sabe dirigir Brasília’ (804 membros), com uma foto do carro. O povo que segue ao lado dele aparece em odes rimadas como ‘Em 2006, Lula outra vez’ (605 integrantes). Há ainda os peçonhentos, que defendem ‘Lula para técnico da seleção’ (333 associados).
Alckmin batiza 507 comunidades – umas poucas, é bem verdade, dedicadas a candidata à primeira-dama, Lu, ‘bela e virtuosa mulher’, como descreve uma delas (701 signatários). Mas é o povo menos criativo. Tem um festival de ‘Geraldo Alckmin presidente’ e ‘Eu voto em Geraldo Alckmin’ com currículo, biografia… Um tédio.
A passionária das Alagoas semeia sentimentos mais primitivos, em comunidades como ‘Eu adoro a Heloísa Helena’ (329 seguidores), uma das 159 dedicadas à senadora. Ela também ostenta grupos como ‘Heloísa Helena, mulher de fibra’ (76 apóstolos) ou ‘Heloísa Helena é fashion’ (24 adeptos), mas precisa aturar a turma do ‘Eu tenho medo da Heloísa Helena’ (44 venenosos). Desventuras do jogo político.
Professor Cristovam Buarque conta com 27 comunidades. Entre elas, não está a ‘Amo as aulas do Cristovam’ (189 fanáticos), homenagem às lições de ‘step, jump, aeróbica e spinning’. Basta olhar o jeitão atlético do candidato do PDT: só pode ser um homônimo, que, como o resto da humanidade, tem seu lugarzinho no zoológico online.’
INTERNET
Microsoft chama ‘hackers’ para testar o Vista
‘LAS VEGAS e NOVA YORK. Depois de passar por vários vexames devido a falhas na segurança de seu sistema operacional Windows, a Microsoft mudou de estratégia. A empresa convidou alguns dos maiores especialistas em computação para encontrar furos no Vista, a nova geração do Windows. A Microsoft distribuiu ontem uma versão de teste do Vista para cerca de três mil profissionais de segurança. Para encontrar possíveis falhas, eles agirão como hackers .
– Eles (da Microsoft) estão indo para o covil das feras – disse Jon Callas, diretor de Tecnologia da firma de segurança PGP Corp. – Eles estão recorrendo a pessoas que não gostam deles e ainda serão estimulados a encontrar erros.
O Vista deve ser lançado no início do ano que vem.
A rival Apple Computer, por sua vez, anunciou ontem um acordo com três montadoras para oferecer carros com iPod. A maioria dos modelos 2007 das americanas Ford e General Motors e da japonesa Mazda terão conexões diretas para o aparelho. Hoje, para ouvir seu iPod no carro, o usuário precisa de um adaptador. Segundo a Apple, mais de 70% dos modelos americanos em 2007 terão integração com o iPod.’
TELEVISÃO
Novo ‘Miami Vice’ transforma policiais em James Bonds
‘Apesar do currículo respeitável do diretor Michael Mann e do carisma dos protagonistas (Colin Farrell e Jamie Foxx), a lembrança das aventuras dos detetives Sonny Crockett e Ricardo Tubbs na TV deve ter ajudado muito na arrecadação de US$ 25,2 milhões, que colocou ‘Miami Vice’ no topo da lista de estréias de verão. Ainda que seja admirável a paciência do diretor, que esperou 22 anos para ter a chance de ver a série que ajudou a criar virar filme, o novo ‘Miami Vice’ erra muito mais do que acerta. Especialmente por conta de um roteiro incoerente, que parece ter sido escrito por alguém tentado a consumir os narcóticos que Crockett (Farrell) e Tubbs (Foxx) tanto sofrem para tentar manter longe das ruas.
A começar pela obsessão em renegar o passado. Ninguém realmente esperava ver Crockett e Tubbs vestidos com as roupas de cores berrantes da série original, até porque Mann desde o início falara em trazer ‘Miami Vice’ para o século XXI, sob a alegação de que Miami e o mundo mudaram muito desde os anos 80. Mas transformar os dois detetives em versões urbanas de James Bond já foi um pouco de exagero.
– A única coisa que poderíamos fazer nessa transição de 1984 para 2006 era manter o espírito da série original, que trouxe uma carga emocional sem precedentes para os programas de TV do gênero. Mas não queria me arriscar a ser nostálgico demais. Mesmo o narcotráfico hoje é para lá de globalizado e bem diferente da época do primeiro ‘Miami Vice’ – contou Mann ao GLOBO, durante a série de entrevistas promocionais do filme realizadas na semana passada, em Londres.
Nesse ponto, talvez tivesse valido a pena ao diretor ter recorrido à pesquisa minuciosa que marcou ‘Traffic’, de Steve Sordenbergh. E pensar duas vezes antes de privilegiar o personagem de Farrell, um ator com menos recursos que Foxx, mesmo sem levar em conta o Oscar que o colega de trabalho do irlandês tem na estante. Uma decisão que soa ainda mais bizarra diante do fato de que Foxx rouba a cena em ‘Colateral’, o filme anterior de Mann.
A atriz chinesa Gong Li participa do filme
Farrell, com um bigodão de ator pornô dos anos 70, mostra-se à vontade apenas nas cenas quentes em que ou está flertando ou se atracando com a traficante vivida pela atriz chinesa Gong Li, cuja presença em ‘Miami Vice’ oficialmente se deve à inspiração numa história real de bandidos e mocinhos, mas que em muito também cheira a aceno para os consumidores de Pequim e adjacências.
Não que o filme seja um desastre, sobretudo porque Mann tem habilidade de sobra para imaginar surpreendentes ângulos de câmera, como os que mostram de maneira pouco usual um tiroteio da pesada nas docas de Miami. E em alguns momentos o diretor consegue transmitir a angústia vivida por Crockett, cujo trabalho de infiltração em gangues de traficantes tem efeitos sombrios.
– Há toda uma geração que não teve chance de ver a série original, mas hoje seria impossível deixar de lado a maior liberdade moral e financeira à disposição para explorar questões como a distorção nas personalidades de homens da lei que vivem entre o bem e o mal, fingindo-se de milionários quando na verdade ganham salários ordinários como policiais – ressaltou Mann.
Pode até ser. Mas nem por isso o novo ‘Miami Vice’ consegue evitar a sensação de infância ou adolescência roubada provocada ultimamente pela febre de remakes que tomou conta de Hollywood. Por mais que não faça falta nenhuma na versão moderna o horrendo blazer rosa usado por Don Johnson, o Crockett da série de TV.’
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Folha de S. Paulo
Sexta-feira, 4 de agosto de 2006
ELEIÇÕES 2006
Suposta censura provoca bate-boca entre senadores
‘Senadores de PT, PSDB e PFL trocaram acusações ontem após a líder petista Ideli Salvatti (SC), dizer que o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), não poderia acusar a ‘Voz do Brasil’ de censura porque ele teria dado suporte à ditadura.
Foi o terceiro dia de discussões no Senado. Na terça, Tasso Jereissati (PSDB-CE) acusou o governo de comprar voto por emendas, o que foi rebatido por Eduardo Suplicy (PT-SP). No dia seguinte a oposição afirmou que a ‘Voz do Brasil’ tinha excluído discursos com críticas a Lula. Ontem, no bate-boca entre Ideli, Bornhausen e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que presidia a sessão, o presidente do PFL reiterou críticas ao presidente Lula.
A líder do PT acusou o governo anterior de ter vendido a Companhia Vale do Rio Doce ‘por menos do que o lucro de um trimestre’.
Tucanos e pefelistas condenaram o que chamaram de loteamento das estatais o governo Lula.’
TODA MÍDIA
A terceira
‘Na home do ‘New York Times’, destaque para oito mortos civis em Israel e para as imagens de Beirute antes e depois dos bombardeios. Ao lado, também em destaque, ‘ameaça de guerra civil no Iraque’.
O site do ‘Washington Post’ também foi por aí, mas europeus como ‘Le Monde’, ‘El País’ e ‘Guardian’ ainda dedicavam atenção ao esforço de cessar-fogo.
Ao fundo, nos mesmos e em outros como ‘Times’ e ‘Washington Times’, ontem e nos últimos dias, vem crescendo uma expressão, como se vê nos serviços de busca Inform.com e Google News: ‘third world war’.
Começou semana passada, com o republicano Newt Gingrich dizendo, à NBC, que ‘estamos nos estágios iniciais do que eu descreveria como terceira guerra mundial, e não estamos com a atitude correta’. Dias depois, o embaixador de Israel na ONU ecoava.
O ‘FT’ deu até ‘pergunta e resposta’. A primeira questão falou de uma ‘tentativa de preparar o espírito para aceitar o uso de armas nucleares’. Para o jornal, não é o caso -e os ‘falcões’ que veiculam a analogia buscam ‘no momento’ trabalhar só a ‘ameaça’.
NA FRONTEIRA
Na legenda do ‘WP’ para a fronteira, ‘investigadores dos EUA dizem que imigrantes árabes estão envolvidos no apoio a grupos como o Hizbollah’
Do blog de Sérgio Dávila, no UOL, ‘olha os americanos falando besteira da tríplice fronteira de novo’, referência a Brasil, Paraguai e Argentina. Era um link para a longa reportagem do ‘Washington Post’, sob o título ‘Tríplice fronteira vista como foco de ajuda para grupos radicais’.
Assinado de Ciudad del Este, no Paraguai, o texto traz como sua fonte principal o vice-secretário-assistente de Tesouro dos EUA, Daniel Glaser, que se disse ‘altamente confiante’ de que na região há organizações ‘financiando o Hizbollah e outros grupos radicais’. A reportagem cita ações de quatro ministérios americanos em andamento.
NÃO-ESPETACULAR
Em meio à guerra e à ameaça de novas guerras, os jornais financeiros ‘Wall Street Journal’, americano, e ‘Financial Times’, britânico, ainda se esforçam em reativar as negociações comerciais da Rodada Doha, em ‘colapso’.
No primeiro, artigo do presidente da Goldman Sachs, ex-diretor-geral da Organização Mundial de Comércio, defende retomar as conversas, por um acordo ‘não-espetacular’, que seja. E registra que ‘nada está acontecendo, obviamente, porque a agenda política é problemática’.
Estados Unidos e França vão às urnas no final do ano.
CONSEQÜÊNCIAS
Por outro lado, o ‘FT’ destacou o pedido feito pela Austrália de retomada das negociações -e o ‘WSJ’ noticiou que até a resistente federação dos fazendeiros americanos abriu ‘lobby’ no Congresso para estender o poder de negociação comercial concedido ao presidente George W. Bush, que expira em 2007.
De sua parte, na BBC Brasil, o chanceler Celso Amorim voltou a avisar que ‘não existe alternativa: se Doha não der certo, as conseqüências serão gravíssimas’. E anunciou uma reunião do G20, dos países em desenvolvimento, para setembro no Rio de Janeiro.
VÍRUS
É o chamado ‘efeito viral’. Desde a manhã, a home do UOL destacou o blog de Fernando Rodrigues, que postou fotos de uma entrega de ambulâncias, com o ex-ministro José Serra e acusados do esquema dos sanguessugas. O blog de Josias de Souza linkou na Folha On Line.
E veio a guerra nos ‘comentários’ dos internautas, às centenas, avançando pelos que não linkaram, Nomínimo, Noblat etc. Com elogios, palavrões e contra-informação, ecoaram depois nos sites e blogs engajados, como pt.org. br, Reinaldo Azevedo, Por um novo Brasil etc. etc.
Início da noite e Rodrigues acrescentou que, na CPI, ‘Luiz Vedoin disse que ele e o pai estiveram na entrega’.’
ARGENTINA
Oposição usa TV para lançar a candidatura de Lavagna
‘Na noite em que o governo do presidente Néstor Kirchner conseguiu transformar em lei os chamados ‘superpoderes’ -liberdade para alterar destinos do Orçamento sem aprovação do Congresso, que já vale na prática há alguns anos-, a oposição usou a TV para lançar o ex-ministro da economia Roberto Lavagna como candidato à Presidência do país em 2007.
O ex-presidente Raul Alfonsín afirmou que a convenção de seu partido -a tradicional UCR (União Cívica Radical)- vai consagrar Lavagna como candidato para disputar a Casa Rosada. ‘Acredito que esse é o homem que pode enfrentar com mais êxito este populismo novo que se criou’, disse anteontem num programa de televisão.
O ex-ministro de Kirchner ainda não confirmou sua candidatura à sucessão, mas já está em campanha, cujo centro do debate será disputar com o presidente argentino a ‘paternidade’ da recuperação econômica depois da forte crise por que passou o país em 2001.
Para se diferenciar do governo atual e se apresentar como alternativa moderada, Lavagna tem criticado o intervencionismo estatal -até no combate à inflação, a principal ameaça à economia atualmente-, a aproximação com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e os próprios ‘superpoderes’ sobre o Orçamento -dos quais o próprio ex-ministro se aproveitou quando fazia parte do governo.
‘FHC argentino’
‘Roberto Lavagna quer se converter em um Fernando Henrique Cardoso da Argentina’, compara o cientista político Sergio Berensztein. Para ele, o antigo chefe da economia, do mesmo modo que o ex-presidente brasileiro, combina boa relação com os empresários, com a classe política tradicional e com a academia.
Os ‘superpoderes’ foram aprovados ontem pelos deputados argentinos -já haviam passado pelo Senado há 15 dias. Kirchner defendeu a medida dizendo que ela ajudará a execução orçamentária e dará mais celeridade à realização de obras.
Os partidos de oposição e centros especializados em finanças públicas, por outro lado, afirmam que a medida diminui os controles sociais sobre os gastos públicos e põe o governo entre os piores da América Latina no ranking de transparência administrativa.’
TELEVISÃO
TV Globo cresce 21% no primeiro semestre
‘A TV Globo fechou o primeiro semestre com um crescimento de 21% em relação ao mesmo período de 2005. O desempenho só não foi melhor do que o dos seis primeiros meses de 2004, quando a publicidade começava a se recuperar de um início de década muito ruim.
As Globos de São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Recife tiveram uma receita líquida de cerca de R$ 2,260 bilhões.
‘Foi um crescimento maravilhoso’, festeja Willy Haas, diretor-geral da Central Globo de Comercialização. Como a inflação está baixa neste ano, o crescimento real da Globo ficou próximo dos 20%.
O mercado de mídia cresceu cerca de 15% no primeiro semestre, segundo estimativas. Mas a TV, por causa da Copa do Mundo, ficou acima dessa média. A Record declara ter crescido 38% e a Band, 27%.
Segundo Haas, a Copa do Mundo não provocou um crescimento tão significativo dos investimentos publicitários em TV, mas concentrou nos meses de maio e junho boa parte dos gastos planejados pelos anunciantes para este ano.
Por causa dessa concentração na Copa, e nem tanto devido ao ‘fator eleições’, o segundo semestre não será tão azul para a mídia, prevê Haas. Ele estima um crescimento ‘apertado’ do mercado, em torno de 8%. Na média do ano, avalia o executivo da Globo, o mercado deve faturar 13% a mais do que em 2005. A Globo, uns 17%.
ECLIPSE OCULTO 1 A entrevista exclusiva do presidente Lula ao ‘SBT Brasil’ de anteontem não aumentou a audiência do telejornal. Na média arredondada dos 13 minutos que durou, foi a terceira atração mais vista. Marcou cinco pontos. Perdeu para Globo (39) e Record (9) e bateu por um ponto a Band e a Rede TV!.
ECLIPSE OCULTO 2 Durante dois minutos e por uma diferença de décimos, a entrevista de Lula amargou um quinto lugar no ranking da Grande São Paulo, ficando atrás até do ‘TV Fama’.
EXPANSÃO PAGA A TVE, emissora educativa do Rio sustentada pelo governo federal, fechou acordo com associação de operadoras NeoTV. Assim, atingirá 820 mil novos domicílios assinantes.
NASCE UMA ESTRELA O apresentador de telejornal da Globo Chico Pinheiro foi muito aplaudido no show do Cirque du Soleil anteontem em São Paulo. Um palhaço o chamou ao palco e travou com ele um bangue-bangue de mentirinha. Pinheiro fingiu atirar e até se jogou ao chão, ‘morto’.
PAGANDO UM MICO Já Ana Maria Braga derrapou no ‘Mais Você’. Chamou um cartunista de ‘Israel Abre’. Na verdade, leu em ficha indicação de o programa ‘abriria’ com material sobre ‘Israel’, o país.
TRABALHO DURO O ‘Jornal da Band’ exibe durante a semana que vem uma série de reportagens, produzida pela BBC Brasil, sobre as condições dos brasileiros que vivem de trabalhos domésticos no país e no mundo.’
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